A leitura dos jornais, desta semana, trouxe alguns factos que merecem reflexão. Primeiro a condenação do ex-primeiro ministro Juppé e actual presidente do principal partido da maioria, por causa do financiamento ilegal de um partido RPR na década de 90. Depois a implicação nos mesmos factos do actual Presidente Chirac ao qual lhe vale a imunidade penal do cargo que ocupa para não estar em Tribunal. Também são referidas pressões sobre os juízes. Segundo, no caso Parmalat, vieram onterm a público as confissões do antigo director financeiro, Fausto Tonna, que implicam no esquema de entregas de dinheiro um ex-Presidente da República, Francesco Cossiga, segundo o jornal “Público”. Terceiro, o Relatório Hutton parece não ter sido muito imparcial e segundo o diário conservador Daily Telegraph para além das críticas do ex-director da BBC Greg Dyke que se declara chocado de o relatório ser tão preto no branco, uma sondagem revela que 56% da opinião pública acha que o relatório Hutton desculpou o Governo de forma injustificada, e que 67% confiam nos jornalistas da BBC e apenas 31 % confiam no Governo de Tony Blair.
Algumas dúvidas se instalam. Será que as mentalidades destes paíse ainda têm restos de “fascismo”? O que sucederia se estes ocupantes de cargos públicos acumulassem funções em orgãos superiores da Magistratura? Vão reformar o sistema de Justiça?
Parece é que nestes países, todos são iguais perante a lei, quando não há misturas.
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