domingo, abril 30, 2006

A salvação para a Tribulandia


Christof Wittwer (Switzerland)

Um remédio milagroso

Para as dores de cabeça, sofrimento de unhas encravadas, períodos de menstruação difíceis, quedas de cabelo súbitas, paixões não correspondidas, perdas de virilidade, sensações de enjôo, vómitos. mal-estar geral, dores nas costas, dívidas vencidas e não pagas, traições do conjuge, filas de espera das repartições, impostos agravados, gasolinas caras, sensações de afundamento, previsão de desemprego a curto prazo, borbulhas na cara, cólicas intestinais, feitiços de mau agoiro, resultados negativos consecutivos do clube favorito, discursos políticos, telenovelas das céguinhas e tantos outros males que afligem o cidadão normal porque não experimentar o supositório Simplex que nos foi recomendado por @mail?

O choque tecnológico que nos espera


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Le Monde.fr : Chicago interdit le foie gras

Le Monde.fr : Chicago interdit le foie gras

ichard Daley, maire de Chicago (Illinois), n'était pas ravi mercredi soir à la sortie du conseil municipal. "Nous avons des enfants qui se font tuer par des chefs de gang et des trafiquants de drogues. Nous avons de sérieux problèmes ici dans la ville et nous nous occupons du foie gras !" Le conseil venait de décider de faire de Chicago la première ville américaine à rendre hors la loi le foie gras.

Devem ter aprendido com os governantes da Tribulandia a dar atenção ao supérfluo e a desprezar o essencial...

Tal e qual na Tribulandia



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A inutilidade absoluta

Público

Líder do PSD critica Manuel Pinho
Marques Mendes sugere extinção do cargo de ministro da Economia

O líder do PSD, Marques Mendes, sugeriu hoje a extinção do cargo de ministro da Economia, insistindo nas críticas a Manuel Pinho por "nada dizer e nada fazer" sobre o relatório da Organização da Cooperação e Desenvolvimento Económico, divulgado na semana passada.

Estamos inteiramente de acordo. Se a economia está como está para que serve o ministro?

Um país ao tamanho dos seus dirigentes

No "Público" de hoje, António Barreto escreve:

"É preciso não esquecer que se nasce muito menos hoje em Portugal. Que as mães têm menos filhos. Que o número dos alunos de ensino básico está em permanente diminuição (mesmo se o dos prrofessores aumenta sempre...) É bom não esquecer que o país está mais pequeno."

O país está a ficar do tamanho de uma quinta, onde meia dúzia de donos enriquecem, alguns capatazes se safam e o resto é paisagem seca.

De boas palavras está o inferno cheio

No "Público", de hoje:

Presidente apela à serenidade no sector agrícola

"Na abertura da Ovibeja, Cavaco e Silva afirmou que os agricultores merecem "carinho e atenção especial" depois de um "ano muito difícil" e apelou ao diálogo com o Governo."

Campeons, campeons

No Publico

Plano Nacional de Acção para a Inclusão

Peso da população em risco de pobreza mantém-se

Contratos de Inserção Social escasseiam

Pobreza infantil agravou-se

Adultos arredados da formação ao longo da vida

Abrandou construção de equipamentos sociais

Pensões mínimas têm aumentado
A situação da população mais idosa, ainda que corresponda à população que regista melhorias mais significativas desde 1995, é ainda mais preocupante do ponto de vista das pessoas em risco. Em 2001, 29,7 % das pessoas idosas viviam abaixo do limiar da pobreza monetária« (3950 euros por ano), diagnostica-se.

Muitos abandonam a escola precocemente

A cultura da pobreza

O Público de hoje refere-se à tese de doutoramento do sociólogo Eduardo Rodrigues da Universidade do Porto sobre a inclusão social e as debilidades dos programas de inserção praticados. A determinado passo, lê-se: "Encontramos vastas zonas residenciais com populações em dificuldades, num complexo de estigmatização", assinala. A vulnerabilidade "sentida" é "insuflada pela percepção de que as formas de intervenção pública não têm servido para inverter a situação". Ergue-se "uma crescente distância às instituições, elas próprias fragilizadas do ponto de vista da capacidade de respostas (técnicas, financeiras e organizacionais). Noutro artigo sobre o mesmo tema: As mulheres da comunidade cigana do Freixo, no Porto, aprendem as primeiras letras. Estão "sedentas de uma oportunidade". Mas os homens "não fazem nada", circulam por ali. Dependem todos do Rendimento Social de Inserção. Assim vai este país que tentam iludir já com os slogans da final do Campeonato Mundial de Futebol, esperando talvez que os outros países vão à Alemanha para acompanhar o triunfo dos nossos heróis. Para além da cultura da pobreza, todo o sistema e, em especial, o estatal, tenta difundir uma cultura do embrutecimento para a generalidade do povo, deixando a cultura erudita para o Centro Cultural de Belém. Só nos resta ficarmos agradecidos pela quantidade de camisolas e de cachecóis que abrilhantam a nossa existência aos sábados e domingos.

quinta-feira, abril 27, 2006

A vitória do cinzento

JN
Conselho de Ministros
Governo reconduziu Vítor Constâncio no Banco de Portugal
Grandes Operações do Plano para 2007 também foram hoje aprovadas

O Conselho de Ministros renovou hoje a nomeação de Vítor Constâncio para o cargo de Governador do Banco de Portugal e aprovou as Grandes Operações do Plano para 2007.

O plano deve ser de cortar verbas na educação e na saúde, esperando que os velhos não durem tanto...

A ruína da casa da Justiça

JN
Justiça
Tribunal do Trabalho de Viana "corre o risco de ruir"
Sindicato dos Funcionários Judiciais exige "medidas imediatas"

O Sindicato dos Funcionários Judiciais exige "medidas imediatas" face ao estado "deplorável" do Tribunal do Trabalho de Viana do Castelo, que "corre o risco de ruir".

Mais um ataque contra a Justiça...

O futuro da Tribulandia


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A mesma moeda

DN
Tentar perceber

Enjoo
Francisco
sarsfield cabral
(...)
Se estivesse no poder, o PSD decerto gostaria de apresentar um Orçamento semelhante. Pelo seu lado, com esta proposta o PS contraria a sua própria oposição aos governos anteriores e a última campanha eleitoral, como disse Medina Carreira à Antena 1. PS e PSD recitam as mesmas e contraditórias cassetes, consoante estão no Governo ou na oposição. Não percebem que assim provocam um enorme enjoo no cidadão normal, que já não acredita no que eles dizem.

Não acreditam mas aguentam os efeitos...

O enjoo colectivo

Nada como uma sessão de Assembleia ao jantar durante um telejornal para tirar o apetite ao cidadão mais atento. Sempre a eterna falência do sistema social dentro de quinze ou vinte anos. Por um lado a necessidade de trabalhar até mais tarde (até aos 80 ou 90 anos, talvez) e por outro lado o desemprego existente! Os que trabalharam e descontaram podem não vir a ter reforma mas ninguém se interroga como foi gasto o dinheiro dos seus descontos ou como o valor acrescentado do seu trabalho desapareceu em proveito de alguns, nomeadamente em profissões altamente produtivas como jogador de futebol, construtor civil de estradas esburacadas ou utilizador de subsídios europeus improdutivos! Talvez em lugar de se falar de choque tecnológico se deva falar de choque de valores éticos e de equidade. Tudo isto na boca de socialistas! Menos admiraria na boca de extremistas ou de fazedores de Goulags. No fundo, a receita é sempre a mesma, desde os tempos mais antigos: uns merecem morrer a carregar pedras para pirâmides e outros a vida terrena e eterna dos luxos divinos. Todos os raciocínios servem para enganar os tolos e a "elite" pensante para comer as sobras do festim. Nem o mais impedernido ditador de jardim à beira mar se atreveria a tais lógicas de massacre colectivo, utilizando as técnicas arcaicas da censura e da polícia política. Quem falou na queda do muro, enganou-se. Mantém-se de pé, mediático e soberbo, separando os que vivem e os que vegetam. E por favor, já agora, não se esqueçam de pedir aos reformados para colocarem bandeirinhas durante o mundial. Fica o quadro completo.

domingo, abril 23, 2006

Simplex para ministros e deputados

As meias verdades


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Os traumatismos e as verdades

DN
Intimidades públicas
Jurista brederode@clix.pt
Nuno Brederode Santos

Após o traumatismo da falta de quórum no dia 14, os trabalhos parlamentares viveram agora novo incidente, ao ser repetida a votação da Lei da Paridade, com fundamento na desconformidade entre a verdade electrónica e a verdade material e política

E por onde andará a verdade democrática?

Quando a sociedade se recria e dança o mesmo

Marcelo é o visconde do regime. A palavrinha certa e o tom adequado do politicamente correcto para portuga ver. As coisas vão mal mas não é culpa do governo, o Bitor Constante tem sempre razão e adocica a situação e quanto à questão de o Cavaco usar ou não o cravo, no 25 de Abril que aí vem, deve tê-lo por perto mas não demasiado junto ao peito. Se a gasolina chegar ao 100 dólares vai ser uma desgraça mas, por sorte, vem aí o campeonato do mundo e a vitória do Campeon já deu uma ajudinha para suportar a crise. Basta olhar para a alegria sadia de tanto dragon a invadir o campo.. Agora para completar a nossa felicidade de telespectador só nos falta o Bitorino e o Bitalino. Os deputados não prestam e são calaceiros mas são indispensáveis para a existência da democracia e assim há que aturá-los. O navio afunda-se mas o baile dos ratos segue e soma e a orquestra não para de tocar música para os nossos ouvidos.