terça-feira, novembro 30, 2010

best of socrates (2009 - 2010)

Requiem por uma nação

Há dias celebrando o 25 de Novembro, um ilustre militar, antigo Presidente da República (ou resprivada) declarou que quando os militares fizeram o 25 de Abril só tinham a intenção de restaurar uma democracia parlamentar, logo esquecendo-se do resto que a devia acompanhar: igualadade de oportunidades, educação a sério para os jovens, saúde competente para a população, mérito no serviço da causa pública e justiça decente para todos. Bem dizia meu bisavô que quando os militares se metem a fazer alguma coisa só sai porcaria. Passamos assim de uma ditadura mais ou menos branda e ruralizada para uma democracia de república das bananas. Alguns benefícios apareceram para quem trabalhava, sobretudo fruto de uma política de crédito ao consumo, alicerçada no esbanjamento e no endividamento externo mas foi sol de pouca dura. A famosa entrada na União Europeia tão badalada pelos políticos serviu para construir estradas, subsídios agrícolas para comprar jeeps e Mercedes e claro está para escoar produtos de novidade de países mais desenvolvidos.
Resultado à vista, uma agricultura despedaçada e improdutiva, uma indústria a desmoronar-se e uma banca vendida na sua maioria. Meia dúzia de monopólios na área da distribuição e da especulação imobiliária
constituem os restos do tecido empresarial, juntamente com a electridade, os correios, os combustíveis e as águas (tudo a preços de monopólio). Para adormecer o cada vez mais inculto indígena os campeonatos de futebol,
os telemóveis, os carros a pagar a 72 e mais meses, os televisores LCD (com e sem led), as telenovelas e a cerveja a rodos.
Agora, aqui del rei. A bancarrota, os juros e os impostos a subir, as pensões a diminuir, os benefícios sociais a irem para o balde do lixo e quem quiser que se aguente.
Claro que houve uma crise internacional e isso parece uma manta rota que cobre todos os disparates. Os partidos são uma espécie de agência de empregos no Estado, o abanar a cauda sinónimo de competência, a iniciativa privada é quasi nula e as escolas afadigam-se em produzir doutores ignorantes. Haverá meia dúzia de excepções que só servem para confirmar a regra. Claro está que Bruxelas manda cada vez mais nos serventuários locais e a independência nacional que os antepassados defenderam com sangue suor e lágrimas é agora também vendida ao quilo a alemães, franceses e espanhois entre outros.
Avizinham-se elições para a Presidência da República (se a isto se pode chamar República). Os discursos inflamados aí virão mas pouco mudarão ou nada.
Chama-se a isto enterrar uma nação

domingo, outubro 03, 2010

Beleza de final de tarde


via FB Nudes

Português à espera do paraíso socialista

Candidatos a inaugurar fontenários e cortar fitas




Oa candidatos partidários alinham-se para ocupar o cadeirão. Um já lá está, acompanhado da sua Maria, fazendo figura decorativa e esperando uma nova reforma. Ouro o poeta da liberdade, engolido a muito custo pelo seu partido, prepara-se para continuar a dar uma no cravo e outra na ferradura. O terceiro, produto da fábrica de políticos de leste (talvez se converta ainda) prepara-se para deitar faladura às massas para um porvir de misérias. Onde apostar? Que venha o Diabo e escolha...




Simplesmente anedótico e trágico

JN

"Não é fácil ser fã de U2 sem ser fanático"
Fã de U2 desde os 10 anos, Pedro Rodrigues, agora com 37, tem em casa uma divisão exclusivamente dedicada à banda irlandesa. Em Coimbra, vai assistir ao 22º concerto de U2, uma paixão que partilha com a mulher e o filho, de 9 anos, que verá a banda liderada por Bono subir ao palco pela terceira vez.

Psiquiatras precisam-se...

Zita Seabra, a convertida, fala dos U2


JN
Concentremo-nos no essencial

..."Que ideia a do dr. Passos Coelho e do PSD de quererem ler e conhecer o Orçamento em vez de assegurarem de imediato que o aprovam e aclamam e o assinam de cruz, como nós todos fazemos com as infindáveis letras pequeninas dos papéis dos bancos e dos seguros. E depois o que lhe adianta ler o Orçamento se o nosso calendário assegura que até Junho de 2011 temos PS no Governo e ao leme do barco o eng.º Sócrates? Vamos a Coimbra ver os U2 que não vale a pena perder tempo com ninharias. Concentremo-nos no essencial."

Para esta ex-comunista, convertida aos benefícios deste sistema podre, na verdade, acaba por acertar no que é a política neste país: um circo ambulante.

Pode Sócrates estar tranquilo

JN
Cultura

Oito quilómetros de fila para sair de Coimbra

A fila de trânsito para sair, ontem, da cidade de Coimbra depois do concerto dos U2 chegou aos oito quilómetros, de acordo com fonte do destacamento de trânsito da GNR.

Duas horas após o final do concerto da banda irlandesa, existiam cerca de oito quilómetros de fila no IC2, entre o final da circular externa e o nó de Trouxemil, em direcção à entrada de Coimbra Norte na autoestrada A1.

Segundo o "Público", os tempos estão austeros, mas tudo foi à grande. "Bono mostrou saber que Coimbra é uma cidade, ,as disse que os músicos da banda nunca forma à universidade" sic. Eis o exemplo chapa de um espírito de loucura ou de alienação que leva muita gente a esquecer o cotidiano. Autêntica Roma de Nero.

Quem fez a cama que se deite nela

JN
Crise acende rastilho para nacionalismo e depressões
Combate ao défice poderá agravar problemas mentais , bolsas de pobreza e desregular EstadoSocial. Especialistas alertam que ainda não vimos tudo e que o pior poderá estar para surgir

Tristeza, desespero e pobreza podem ser as consequências das medidas de austeridade do Governo, que, em último caso, descambarão em nacionalismos exacerbados e até em implicações na saúde pública. A classe média será particularmente sensível a tais efeitos.

Aí vêm eles com os nacionalismos exacerbados e quejandos... Para eles ficarem satisfeitos devemos ajudar a por a sela para eles montarem...

Conselho para Sócrates


gapingvoid

A beleza da mulher brasileira


Ana Hickman - modelo brasileiro

Bem precisamos de uma faca destas para as medidas fiscais


Nicholsoncartoons

A Grande Obra socialista e democrática

A Obra está quase completa. Dão-se os recortes finais no desmantelar do Estado. Estado entendido como nação politicamente organizada e nação com sentido de identidade, de cultura, tradições e costumes. De novo a necessidade de diminuir o défice que os nossos ilustres e ignorantes governantes criaram. Primeiro a noção de liberdade desenfreada (nas palavras que não nas acções), o incentivar de um consumismo louco pela utilização dos media, o abater constante das defesas industriais nacionais, o servilismo a uma União Europeia acéfala e apenas económica, a obtenção de subídios para obras de fachada (dois submarinos nucleares?), o endividamento da Banca aos fundos internacionais e o endividamento do Estado com as famosas rotundas municipais, as Expo, o Campeonato da Europa e seus inúteis estádios que são apenas alguns exemplos de megalomania. A par de tudo isto uma classe política incompetente e corrupta cujos jogos de poder se sobrepõem ao interesse colectivo, uma educação facilitada que mais não produz que mão de obra não qualificada, um controlo desenfreado dos media e um conjunto de partidos que mais parecem seitas. Os valores para o fundo do baú. O enriquecimento de alguns e o empobrecimento de uma classe média semi-analfabeta. Reformados que se aguentem. Não têm dinheiro? Que vão morrendo aos pedaços nas suas vidinhas vazias. Corta-se nas suas reformas. corta-se nos seus cuidados de saúde e a democracia avança. Alguns intelectuais (formais) alinham nesta borracheira e vêm à televisão defender o aperto de cinto dos outros com palavras que o povo nao entende. Estes, deviam ter era vergonha e ficar em casa a disfrutar das suas tvs hdmi.Desemprego tanto quanto o necessário para ajoelhar os que mais precisam.
O desastre geral aproxima-se mas como no Sudão ou na Nigéria também alguns se safarão. Os salafrários que alimentam os poderosos com lambidelas por todo o lado. Para garantir o futuro avançam as privatizaçõe por preços baixos. No final ficaremos com a polícia paga pelos contribuintes para serem os cães de guarda dos governantes. Já gora também podiam privatizar o Exército.
Tudo será pago com o sangue e suor dos que trabalham.
Obrigado Mário Soares. Obrigado Guterres. Obrigado Sócrates. Os que vão morrer na merda vos saúdam.

sábado, setembro 11, 2010

Um país que mais parece uma pocilga

Cada vez mais esta república se parece com a primeira. O país tornou-se uma manta de retalhos onde muitos cortam pedaços para se agasalharem. Os discursos bem falam em solidariedade, futuro comum, esperança e desenvolvimento mas, na realidade, o que se vê é uma carroça sem condutor ao sabor do vento e com todos os eixos e rodas apodrecidos. Cada vez mais ignorante o povinho vai-se entretendo com o futebol, as telenovelas e os carros pagos a prestações, comendo sandes ao almoço e ao jantar para enganar os estômagos. Esta felicidade socratiana tem evidentemente origem na ausência de valores e de escrúpulos que se espalhou pela sociedade. Vive-se o presente num lodaçal que só a alguns proporciona um tipo de felicidade ilusória pela posse de bens materiais.
Passando pelo "julgamento" dos pedófilos onde só o da arraia miúda apanhou pela grande, onde os arguídos e condenados se passeiam a dar entrevistas e a fazer conferências de imprensa em todos os meios de comunicação, pelos escândalos de enriquecimento acelerado, pela corrupção no grupo de imbecis que nos governam de joelhos lambendo as mãos do mestre ( e só assim sobrevivem) até chegarmos ao futebol onde todos são inocentes, explorando as emoções primárias de um povo ignorante que ainda acredita que os resultados são verdade desportiva. Correu-lhes mal o campeonato do mundo e aflitos toca de encenar um drama com a substituição do seleccionador. Assunto para uns meses ou anos. A classe dos bobos não para de aumentar, espalhando-se pelos jornais, empresas públicas e orgãos do estdo. Se ainda se pode chamar a isto um Estado.
A juventude consciente só pensa em emigrar, provando que há alguns que não têm ainda areia no cérebro. Areia têm os que encomendaram 2 submarinos atómicos para dar passeios no Tejo. Bem podem festejar a 1ª República porque esta é bem filha dela.
Na cúpula do poder um idiota que acha que é presidente de alguma coisa a não ser que mande alguma coisa na sua Maria.
Já nos esquecíamos de dizer que, claro, a culpa de tudo isto é da globalização... Tem as costas largas a globalização e o liberalismo.
No fundo uma geração de porcos que se rolam na merda que eles mesmo fizeram.

quinta-feira, julho 01, 2010

A noção de democracia de Francisco Assis


Confrontado pela televisão acerca da afirmação de um deputado municipal sobre a possibilidade de um levantamento popular contra o pagamento de portagens nas SCUTS, o ilustre líder parlamentar do PS afirmou que vivívamos num estado de direito e que portanto, nessa eventualidade, o Estado não deixaria de usar os meio adequados (subentenda-se a GNR, a Polícia, os carros de água e as cargas de pancadaria, entre outras mais elaboradas por cérebros como o deles (políticos).
Ora aí esta o velho ditado: "Se queres ver o vilão, mete-lhe a vara na mão".
Não há qualquer dúvida que Francisco Assis é um democrata de gema. adepto de uma democracia musculada. Felizmente para ele, o povo é sereno e aguenta todas as arbritariedades. Os meios de escravizar os cidadãos acabam por ser sempre os mesmos.

A PT, a Telefónica, A Vivo e os interesses de Portugal

Nois últimos dias temos assistido a grandes declarações de várias personalidades dobre a venda da participação da PT na Vivo brasileira. Uns que querem vender e outros que advogam a manutenção de uma participação rentável. Finalmente, os accionistas privados disseram de sua justiça votando a favor da venda e O Estado usou o seu poder de veto através da sua golden-share. Agora virá o Tribunalç Europeu pronunciar-se sobre a "legalidade" de este veto. Tudo isto faria sentido se a PT sempre tivesse sido privada e não tivesse sido ao longo dos anos um monopólio que explorou os portugueses através de tarifas exorbitantes e de injecção de investimentos feitos com dinheiros públicos. O mesmo se passou com a EDP. Na ânsia de privatizar, de acordo com a filosofia de mercado liberal, nunca os interesses públicos foram bem defendidos. Tudo se vende a rasto barato e em nome de grandes filosofias. Se repararmos ainda a TAP tem-se aguentado com milhões de prejuízos à custa do erário público e, quando for vendida, certamente, não se repercutirão os prejuízos para os "privados" que muitas vezes recorrem ainda a empréstimos da Caixa Geral de Depósitos para comprar estas acções públicas, não arriscando a ponta de um chavo.
Como houve amplos protestos, desta vez o Governo tomou posição. Resta saber se não contam com o Tribunal Europeu para mais este espúrio negocial.
Refúgio político de muitos a PT, certamente, acabará vendida como tudo o que resta de um património nacional de gerações.

terça-feira, junho 29, 2010

Os três comentadores desportivos da SIC Notícias

Hoje, perdemos um bocado de tempo ouvindo os comentários desportivos dos comentadores da SIC José Guilherme Aguiar, Dias Ferreira e Silvio Cervan no "Dia seguinte" que mais parece o dia naterior. Falaram do campeonato do mundo de futebol da àfrica do Sul 2010, das perspectivas da selecção nacional e das arbritagens, entre outros. O jogo é sempre o mesmo: uma mascarada de sabedoria futebolística com a pretensa "ingenuidade" da crítica das arbitragens, da transparência e dos meios electrónicos para a "verdade desportiva". Claro está que, nas entrelinhas, logo se percebem as alusões ao caracter enganador e mafioso que está metido no futebol e,se por um lado lembram a necessidade de alterações por outro se verifica que "vivem" dos mesmos enganos e trafulhices, embora se apresentem de fato e gravata.
Nós entendemos que para além das longas horas de futebol em directo seja ainda necessário ter estes comentadores para encenar melhor a procura da tal verdade desportiva. Todos eles são de uma mediocridade absoluta e pavoneiam-se no ecran pequeno como autoridades em matéria de táctica, fair-play e adivinhos do futuro para além dum patriotismo barato e senil.
Não chegamos ao fim porque enjoamos. Nem sabemos bem porquê empregamos tempo neste programa. Masoquismo nacional? Restos de salazarismo caduco? Quem sabe? Só a "Bola" e o "Record" poderão esclarecer.
Vídeo:Sábado

domingo, junho 27, 2010

A beleza simples


Wineblat Eugene

A formatação das mentalidades

Sem dúvida alguma, vivemos uma época em que a formatação da maneira de pensar atingiu o seu auge, mercê dos meios tecnológicos, sobretudo audio-visuais, e consegue alinhar os comportamentos de grande parte da sociedade em diversas matérias, desde a política até ao espectáculo desportivo (sobretudo o futebol), transformado em altar de novos deuses que nos impulsionam para a irracionalidade e descontrolo emocional.
Fala-se de uma crise económica e financeira como se se tratasse de algo inevitável e transcendente derivada de circunstâncias alheias aos poderes instiuídos e que as populações têm que pagar através dos impostos e da redução de rendimentos, sobretudo do trabalho e ainda da redução dos cuidados de saúde e da educação. Por outro lado, a máquina de intoxicação colectiva continua a injectar modelos de vida totalmente desfasados da realidade, imbuindo muitos de ideais de consumo e opulência que só existem para alguns. A crise é real para a maioria mas a alienação é total também.
Veja-se o que acontece com o campeonato do mundo de futebol que paralisa países em horário laboral. Veja-se pessoas adultas nos cafés e bares, vestidos da maneira mais estranha, aos gritos e a soprar vuvuzelas como se fossem crianças de jardim infantil. Alguém em Portugal sabia o que era uma vuvuzela antes da campanha publicitária? Mulheres adultas enlouquecidas pelas pernas e peitorais do Cristiano Ronaldo, promovido a símbolo sexual, aguardam horas e horas junto do hotel para o verem ao longe. Aliás para alimentar esta histeria colectiva, consta-se que as mulheres espampanantes que o acompanham são pagas para tal, criando uma figura de macho irresístivel e, claro, ajudando a vender os produtos que ele publicita.
Todos estes ganham milhões pagos indirectamente pelas populações no consumo dos productos que englobam sempre uma percentagem para a publicidade. Este endeusamento serve na verdade para ilusionar quem nunca ganhará a milésima parte daqueles rendimentos e, se calhar, flutua no mercado de trabalho ao sabor do emprego d curta duração.
A democracia que tanto enche a boca dos políticos, a maioria ignorantes habilidosos que fazem carreira sem outro esforço que não seja a sabujice, é na verdade formal e pouco a pouco se torna um regime totalitário onde a polícia política foi substiuída pela persuasão da propaganda e da continuação da política da manutenção da ignorância colectiva. Muitas vozes como o prémio Nobel Krugman se levantam contra uma política económica de desastre social que, na verdade, nada mais pretende do que eliminar uma parte da população e submeter a restante a condições de vida de miséria e de sujeição às condições laborais que beneficiem os detentores do poder económico. De uma maneira geral, vamos como os bois para o matadouro, entretidos a observar um monitor de televisão.
Haverá alguma solução? Acreditamos que sim pois a história demonstra que acontecerá algo que destruirá esta vivência ilusória de felicidade no caos.

sexta-feira, maio 21, 2010

Vendem-se lotes da Tribulandia

Vendem-se lotes de terreno junto ao oceano Atlântico com localização privilegiada para a construção de condomínios fechados e hoteis, podendo paralelamente serem adjudicados serviços de saúde, justiça e educação. As parcelas junto de bairros degradados, barracas e outras situações que possam incomodar a vista para o mar serão eliminadas. Há ainda a possibilidade de venda de vários estádios de futebol que entretêm muito a população desfavorecida e a afastam de incomodar os turistas e estrangeiros. Por uma avença módica mensal podem ser utilizados vários comentadores políticos e de futebol que dirão o que os compradores pretenderem. Também se alienam jornais, estações de televisão, rádios e outros meios de ilusão colectiva.
A população indígena existente é pacífica e contenta-se com algumas migalhas que sobrem do prato dos futuros donos.
Propostas em carta fechada (aceitam-se luvas)para o ministro das finanças rotas.

A telenovela Portugal segue dentro de momentos

Temos de um lado os impostos para tapar os buracos que os nossos ilustres desgovernantes fizeram com o seu despesismo estúpido e, do outro lado, uma novela parlamentar sobre um inquérito às tentativas do governo de tomar conta de um grupo de comunicação social. A última cena que mais parece uma comédia apresenta o presidente da comissão parlamentar a abafar extractos das escutas que envolviam o nosso grande líder da patranha, o celebérrimo construtor de currais de vacas, Engº José Sócrates. Os deputados do PSD na comissaõ mostram-se agastados pela atitude do Mota Amaral que também veste a mesma camisola. Este invoca princípios constitucionais inexistentes para dar cobertura ao abafamento de provas... Uma palhaçada que mais não pretende do que manter os portugueses entretidos até começar o campeonato do mundo, na África do Sul.
Quanto aos impostos uma confusão dos diabos para explicar os procedimentos. No final, interessa é sacar a massa. Qual inconstitucionalidade qual carapuça. Qual ética ou responsabilidade... Qualquer vulgar vigarista não se portaria pior.
Para terminar uma moção de censura do PCP (sempre faz qualquer coisita) na qual o PSD embora chamando o governo de incompetente, de desastroso e de imbecil, se irá abster por não ser oportuno... Será que andaram a snifar? Sempre seria uma justificação plausível.

segunda-feira, maio 17, 2010

Sinais de fogo a ou a casa dos outros a arder

"Sinais de fogo", programa de Miguel de Sousa Tavares na SIC, deriva do título de um romance de Jorge de Sena, e pretende ser um talk-show com alguma pretensão intelectual. Muito longe de um Jon Stewart com o seu humor peculiar, lá vai levando figuras públicas a pronunciarem-se sobre uma série de temas que varrem e trespassam a realidade nacional. Tudo está mal e não se vê solução. Desde António Barreto agora dedicado a uma base de dados de uma fundação qualquer até Marcelo Rebelo de Sousa todos repetem o linguado bem pensante de uma classe inútil que se revê em pensamentos especulativos acerca de uma realidade que e também ajudaram e ajudam a manter. Tira-se a conclusão que o povo é bovino e está embalado nos media, na simpatia do candidato corrupto ou no menos mau. Uma espéciie de fado trágico digno de uma tragédia grega que nos inunda de impostos e de falácias sobre o desenvolvimento (que há vários anos é antes retrocesso).Fala-se de um modo vago em despesa pública e em blá blá de gestão pública e privada. No final, ficamos tão esclarecidos como no princípio. Sócrates bem se pode rir sobretudo depois de ser acompanhado por outro dos encanastrados do sistema: o seu novo amigo Passos Coelho.
Na verdade, a democracia permitiu a uma série de imbecis dominar a coisa pública (seriam meros funcionários e empregados subalternos em qualquer lugar, sem a dita revolução dos cravos) e utilizar todo um conjunto de meios que embruteceram mais ainda a população. O problema é ainda mais grave porque se hipotecou completamentea independencia nacional a todo o tipo de interesses e o país pode mesmo deixar de existir enquanto realidade específica económica, cultural e social. Riam-se que isto não pode acontecer e esperem mais um bocado. O pai da democracia Mário Soares para aqui trouxe este povo e se ainda viver também poderá ser um dos coveiros, senão o principal.

quinta-feira, maio 13, 2010

A sagrada trilogia portuguesa -futebol, fado e fátima

Chegou o Papa à terra do senhor Sócrates. Veio certamente purificar as almas, lavar a imagem de pedofilia instalada na "Igreja", aprofundar a transcendência para melhor poderem continuar a explorar a pobreza desgraçada dos que só podem aspirar a uma vida decente depois de morrer e a confirmar que o povo é sereno como disse o ministro das finanças. Nada como um ambiente bovino desta sociedade amorfa para vender o reino dos Céus. E será que estes vendedores representam Deus ou são a penas os figurantes de uma ópera cómico-trágica que se aproxima mais de Satanás e dos seus sequazes do que da doutrina de Cristo? Microfones de ouro, um altar que custou 200000,00 Euros, aviões luxuosos e vestes de sendeiro. Tudo isto e muito mais para convencer uma geração de pobres coitados que o paraíso há-de vir para eles quando morrerem enquanto outros também muito "religiosos" se dão aos prazeres do materialismo e da carne.
O espectáculo foi bem montado, segue-se o campeonato do Mundo de futebol e a elevação do fado a património da humanidade. Se isto não chegar haverá sempre recurso à violência policial para purificar os corpos e as almas. Tudo em nome de um regime podre e putrefacto. Até quando?

segunda-feira, maio 10, 2010

Medina Carreira e o plano inclinado

Temos vindo a acompanhar na SIC Notícias o "Plano Inclinado". O jornalista da estação Mário Crespo já foi incomodado pelas entrevistas que conduz. Medina Carreira que tem vindo a por a boca no trombone como já o afirmámos anteriormente, desdobra-se em raciocínios e em contas para demonstrar o grave desequilíbrio em que se encontra o que sobra deste país. Uma nova vaga de privatizações se avizinha com os chamados justificativos de melhor gestão privada, de necessidade de reduzir a dívida pública e de obedecer aos critérios estabelecidos por Bruxelas. Não se vê qualquer utilidade a não ser passar sectores lucrativos para as mãos de amigos e claro está estes devem, no futuro, mostra-se agradecidos com quem lhes fez os fretes. A mecânica é sempre a mesma e não é inocentemente que se festeja a vitória do Benfica durante horas nos canais televisivos ou se dão quatro telenovelas seguidas para entreter as donas de casa e não só. Durante meses, estivemos aqui a mostrar a técnica e a denunciar a falta de carácter dos nossos políticos. Se lerem este blog verão que a crise já cá foi anunciada há muito. A Justiça é o que se tem observado cheia de pressa em queimar provas que um dia possam, mesmo que tardiamente, demonstrar a responsabilidade criminal de muito ilustre compadre. Creio que sem grande margem para erro dizer que o sistema está infiltrado de uma máfia legalizada que vai absorvendo os dinheiros públicos. Depois, apela-se ao sentimento e "patriotismo" para cobrir os buracos deixados pelo despesismo, incompetência e roubalheira generalizada. Parece que este é o melhor regime mas não deixa de ser um regime abandalhado. Não é só aqui? Claro que não. O fenómeno é globalizado. Se tem alguma tradução em termos de slogan será:-Corruptos ao poder! Toca a fanar rapaziada!
Vê-se saída para isto? Nenhuma. Vê-se é que as gratificações de Natal vão ter imposto especial e que o que interessa é começar o campeonato do mundo de futebol e gritar aos ronaldos e quejandos que nos façam esquecera miséria em que vivemos.
Tranquilos com a protecção de juízes, militares e polícias irão continuando a sua tarefa de sugar o povo. As leis fazem-nas eles para consumo próprio e assim continuará a haver apitos dourados, furacões e faces ocultas. Serão assim tão ocultas? Embrulhados na mesma merda ficam o presidente da república, os pretensos honestos defensores da causa e, claro está, todos nós.
Obrigado Mário Soares, Cunhal e sócios por esta linda liberdade.

domingo, janeiro 24, 2010

Uma crise que encobre a incompetência

Pois a crise económica anda por aí. Os partidos estão muito preocupados com os carenciados e todos eles discutem medidas sociais. Falta é interrogarem-se porque é que os carenciados e desprovidos crescem tão rapidamente. Os famosos comentadores de televisão dizem as coisas mais contraditórias: que o Estado não pode gastar mais em apoios e subsídios por causa do famoso défice mas ao mesmo tempo apoiam a candidatura ao Campeonato do Mundo de futebol! Os exemplos da UE são sempre para comparar o pior. Nada para comparar com o melhor que há lá fora.
Falam muito de PMEs mas esquecem-se que a grande maioria sempre viveu descapitalizada e gerida como mercearia. Claro que num mundo competitivo como o actual, a maioria não tem quaisquer condições estruturais para sobreviver. Falam que é preciso exportar mas onde param os apoios nesta área? Não falamos apenas de dinheiro, falamos da capacidade de penetrar mercados externos com produtos inovadores e marketing adequado. E que é feito da base principal da competitividade: a educação e preparação profissional? Sabemos como para o sector gerido por meia dúzia de teóricos e entregue a corporações de professores que, grande parte, só vê os manuais e a progressão de carreira. Onde param as políticas de integração dos jovens na vida profissional? Se passarmos para a saúde, interrogamo-nos se existem bons profissionais com falta de dentes e esperando anos para serem operados? Isto para já não falar do índice de ocupação de postos elevados por elementos partidários com competências ao nível do primata.
Nunca nenhum país abre falência mas a grande maioria do povo cai sim a viver pior e a apertar o cinto. Um círculo vicioso de decadência onde os sindicatos apenas se preocupam em manter postos de trabalho obsoletos e a grande maioria dos ditos empresários a comprar Mercedes, a construir piscinas e a culparem a crise, acompanhados por uma classe política que já demonstrou bem a sua incompetência e voracidade para viver à custa dos outros sem fazer nada para já não falar da roubalheira de alguns "banqueiros" que descobriram o eldorado sobre a forma de prémios à destruição da poupança.
Continuamos no entanto a propagar a filosofia do agora e do consumo a todo o custo, tornando os nossos jovens, desde crianças, dependentes do telemóvel, do Ipod e das calças de marca. Estudar neste país só para meia dúzia de "burros" que, naturalmente, acabarão por emigrar.
Neste panorama do desenrasca-te serve par alguma coisa o governo que temos? Serve porque ele só pode ser o espelho de um país decadente.