sábado, novembro 21, 2009

Uma sociedade kafkiana

Este país vai com os seus brandos costumes a caminho do abismo. Com o argumento da salvação da democracia desde a fraca qualidade do ensino até à mais descarada roubalheira, tudo vai roendo os alicerces de um futuro que se presumia e desejava risonho para as novas gerações do pós 25 de Abril. Nacionalizou-se tontamente e desnacionalizou-se parvamente. Agora com os buracos criados pela incompetência, desonestidade e pelo politicamente correcto, toca a desbaratar o produto do sacrifício de gerações e a tornar indigente a pouca classe média que ainda trabalha e paga impostos. Tiraram reformas fabulosas em meia dúzia de anos, ocupam cargos que nunca mereceram e viajavam em primeira classe para todo o lado. Superiores, basta apenas um palavreado mais ou menos entusiasmante para os pobres tolos semi-analfabetos, uns beijinhos nas crianças das escolas e a vidinha triste desses eleitos vai correndo.
Por detrás, nos bastidores, toda uma rede de relações e amizades escuras que aqui e ali ganham os concursos públicos de obras loucas e oferecem, facilmente, aos detentores do poder salvas de prata, Mercedes e casas ao preço da chuva. Como base destas cúpulas, nas concelhias e distritais toda uma série de subservientes bajuladores que esperam um lugar na junta de freguesia ou um emprego público para o sobrinho. Nas jotas a continuação da escola do subir sem esforço, tirando o agitar das bandeirinhas quando é preciso. Em cima de tudo isto, um Presidente figurativo para dar um ar honesto e uma justiça que só sabe aplicar os códigos aos mais desprotegidos cidadãos. Assim se constrói uma sociedade kafkiana.

Os fieis acólitos do chefe do PS

A propósito dos recentes escândalos do envolvimento de figuras muito próximas do primeiro-ministro Sócrates ( e das suspeições sobre a sua própria actuação) referiremos duas interessantes personagens que vagueiam no nosso horizonte político e jornalístico. Uma é o líder da bancada do PS (Partido da Sucata) Francisco Assis e e a outra Mário Bettencourt, jornalista e comentador habitual da SIC. Refere Francisco Assis que intentam "assassinar" o carácter de Sócrates o que é, manifestamente, impossível porque duvidamos muito que Sócrates tenha qualquer vestígio dessa qualidade (basta ver as trapalhadas que o têm acompanhado ao longo da carreira política). Mário Bettencourt com ar calmo e sereno, inteligente, vai debitando um discurso de perigo para a democracia e para o Estado de Direito ao aparecer o "inocente" Sócrates no centro de um descarado tráfico de influências. Não dizemos que eles sejam também corruptos mas são seguramente intelectualmente desonestos. No intuito de limparem, à partida, o chefe inventam os mais sofisticados argumentos para que tudo continue no pantanal. Claro que não esperamos grande coisa do procurador nem dos juízes e a memória do povo continuará a ser curta e a interessar-se por novos escândalos que venham a aparecer.
Nós não acusamos Sócrates sem se conhecerem as provas mas não aceitamos, também, limpezas "ab initio". Muito menos Goebbels e Goerings disfarçados de acólitos da verdade.
Será que tudo está justificado em nome da democracia? Ou será que vivemos uma ditadura do silêncio? Estaline também estava legal no seu tempo.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Conversas inocentes e gravações indecentes

Segundo fontes bem informadas, as conversas gravadas entre José Sócrates e Armando Vara eram inocente diálogo de amigos que falavam do tempo e da possibilidade de chuva para os lados de Aveiro. Possivelmente, Vara lamentava-se de ter deixado o guarda-chuva na casa do José Godinho quando, em agradável convívio jogavam o jogo da sucata. Sócrates, sempre amigo do ambiente, dizia que a chuva era boa para os nabais e má para os procuradores que se podiam constipar. Sócrates terminou a conversa dizendo ao amigalhaço que tinha um guarda-chuva de reserva que lhe podia emprestar. Tudo muito inocente e nada de negócios nem de garotas...
Estes jornais armam cada conspiração...

Um Estado de Direito muito torto

Decididamente, este nosso país, só por piada, se lhe pode chamar um Estado de Direito. A chamada separação de poderes só funciona para inglês ver pois os recentes acontecimentos de Furacão, submarinos e Face Oculta vão demonstrando as mais sofisticadas técnicas de levar as investigações de meia dúzia de agentes honestos da PJ para o baú do esquecimento. Ele são as certidões que chegam às pingas, as escutas que se anulam por interpretações duvidosas do interesse de Estado, os processos que dormem meses e anos nas gavetas e os sempre eternos arguídos, presumidos até à eternidade de inocentes (inocentados). Já não se fala dos pedófilos e o juiz de instrução bem sabe que levou cacetada. Depois vêm ainda os abraços de alguns limpos colegas para ajudar a lavar a imagem porque, no fundo, todos vivem de uma mentira sofisticada que transforma, passo a passo a democracia em moribunda fantochada.
Cairia o Estado se se soubesse a verdade? Talvez caísse mas de pé. Assim tombará de podridão.
Ninguém confia em ninguém e sabe-se quanto isto prejudica a actividade económica. Desemprego e mais desemprego, habilidades e mais habilidades. Quando existirá uma lanterna que permitirá encontrar, entre esta gente, um homem verdadeiro?
A verdade como a justiça parece que só chegará quando D. Sebastião regressar da bruma...

sexta-feira, novembro 06, 2009

Paulo Bento faz chorar Bettencourt

Hoje os telejornais abriram com um acontecimento extraordinário e que afecta milhões de seres humanos: Paulo Bento, após montes de assobios, deu à sola do Sporting Clube de Portugal. Embora tenha mudado um pouco o penteado, continuou nos últimos anos a ser o mesmo primário incompetente de sempre, bem acompanhado pelo Pedro Barbosa ( o qual, como jogador, só jogava bem de vez em quando, se lhe apetecia) e pelo novo presidente. Adorávamos as conferências de imprensa do Bento. Nada nos podia dar uma melhor medida da estupidez lusitana. Vamos sentir saudade. Pobre Sporting! Quem te viu e quem te vê!
Foram horas, em todas as estações, a falar do coitadinho, vítima de forças ocultas que não deixavam a equipa triunfar. Ele é o máximo, competente, bom chefe de família, determinado, enfim cheio de qualidades. Agora já temos tema para os próximos meses e esqueceremos, com facilidade, os pedófilos, a operação Furacão, o caso dos submarinos e o Freeport. Cá para nós a demissão do Paulo Bento foi sugerida pelo Sócrates com o beneplácito do Cavaco e Silva. Todos mais o Vara e Godinho vão dormir hoje mais descansados. Afinal qual é a importãncia de uns biliões de euros roubados com a descoberta do novo treinador do Sporting?
Forever Paulo Bento (como disse lacrimoso Bettencourt) ficarás na memória dos políticos nacionais

O governo da Face Oculta

O que prevíamos aí está. Meia dúzia de inspectores honestos da Polícia Judiciária começaram a esgravatar a partir de Aveiro e encontraram mais umas pontas do polvo. Gestores de meia tijela, camaradas e amigos do Sócrates, resolveram "socializar" as sucatas e começarem a transformar detritos em dinheiro. Apareceu um simpático Godinho que resolveu ajudar a democracia socialista e toca de assaltar as empresas públicas, enquanto o são. Claro que depois de privatizadas totalmente a coisa já não irá correr tão bem, pese a obrigação dos empresários em arranjarem uns lugares com algum vencimento chorudo para os pobres e sacrificados governantes.
Mas tanto vale vir o Medina Carreira, o Hernâni Lopes e o António Barreto berrarem que isto está podre porque o país está acomodado aos brandos costumes e só se interessa pela prisão de pequenos ladrões, os quais são um elemento decorativo perante tanto roubo descarado dos elegantes gestores e governantes. Estes têm a Justiça, os polícias e os media no bolso e continuam a rir-se, com descaro, da ética e da moral. Além do mais com o papão de o país se tornar ingovernável, os pais desta democracia formal e apodrecida, colaboram indirectamente com os corruptos, desde presidentes da republica até procuradores cheios de palavreado formal.
Já me esquecia de lembrar que o importante para estes salafrários é o casamento homosexual. Com temas como este e outros se enganam os tolos. Que nos importa o casamento homosexual? Cada um que viva como quer. O que nos importa é que deixemos de alimentar com os nossos impostos toda uma camada de proxenetas da coisa pública.