A propósito dos recentes escândalos do envolvimento de figuras muito próximas do primeiro-ministro Sócrates ( e das suspeições sobre a sua própria actuação) referiremos duas interessantes personagens que vagueiam no nosso horizonte político e jornalístico. Uma é o líder da bancada do PS (Partido da Sucata) Francisco Assis e e a outra Mário Bettencourt, jornalista e comentador habitual da SIC. Refere Francisco Assis que intentam "assassinar" o carácter de Sócrates o que é, manifestamente, impossível porque duvidamos muito que Sócrates tenha qualquer vestígio dessa qualidade (basta ver as trapalhadas que o têm acompanhado ao longo da carreira política). Mário Bettencourt com ar calmo e sereno, inteligente, vai debitando um discurso de perigo para a democracia e para o Estado de Direito ao aparecer o "inocente" Sócrates no centro de um descarado tráfico de influências. Não dizemos que eles sejam também corruptos mas são seguramente intelectualmente desonestos. No intuito de limparem, à partida, o chefe inventam os mais sofisticados argumentos para que tudo continue no pantanal. Claro que não esperamos grande coisa do procurador nem dos juízes e a memória do povo continuará a ser curta e a interessar-se por novos escândalos que venham a aparecer.
Nós não acusamos Sócrates sem se conhecerem as provas mas não aceitamos, também, limpezas "ab initio". Muito menos Goebbels e Goerings disfarçados de acólitos da verdade.
Será que tudo está justificado em nome da democracia? Ou será que vivemos uma ditadura do silêncio? Estaline também estava legal no seu tempo.
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