quarta-feira, dezembro 16, 2009

Os milagres do Freeport

A zona onde está instalado o Freeport era zona protegida e obrigatória por decisão da União Europeia como condição para a construção da ponte Vasco da Gama. Sócrates como secretário de estado elaborou ou defendeu a legislação da protecção. Como ministro levantou a mesma interdição. Há quatro longos anos que a polícia judiciária investiga os contornos de negócio... Esta investigação envolve a polícia britânica pois há intervenientes do reino de sua majestade. Uma carta rogatória demora 44 dias a vir de Londres para Lisboa!!! O procurador-geral portugês só a menciona depois dela aparecer nos media... Aparece um tio do primeiro-ministro que começa a abrir a boca... Sócrates diz que não sabe nada do assunto mas mais tarde confessa que esteve numa reunião com os promotores do empreendimento. Os media que todos os dias falavam do assunto,há semanas que o esqueceram. A TVI que andava em volta do tema silenciou-se, voluntariamente (?). A polícia britânica arquiva o assunto. Há alguns arguídos mas tudo arraia miúda. A Pátria estará em perigo? Ou talvez a Pátria se condunda agoara com os bolsos de alguns. Tudo que os pode lesar é abafado.
Senhor procurador-geral tenha alguma vergonha e assuma uma atitude digna: demita-se.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Num mar de lama onde todos se sentem bem

Muitos e variados acontecimentos se têm verificado na chamada onda da Face Oculta. Desde espionagenm polítca até tentativa de assassinato de carácter, chega-se agora à fase dos insultos de deputados, cada qual a puxar a brasa para a sua sardinha. Um ambiente de generalizado decrédito das instituições e dos políticos se vai desenrolando, dissolvendo-se, lentamente, na indiferença dos cidadãos, mais ou menos confornmados com os seus destinos cinzentos e cotidianos. Uns sem emprego mas com subsídio, outros com emprego mas sem condições para uma vida digna. E quando nos referimos a uma vida digna não queremos significar apartamento novo, carro luzídio ou relógio de marca. Queremos sim significar um ambiente limpo de poluição e de maus costumes, uma supremacia do carácter e da honradez sobre a palavra fácil e embaladora dos spots televisivos.
Tudo se vende e tudo se compra na maior tranquilidade. Todos nos vendemos por um prato de lentilhas ou por um lugar na bancada vip. Por baixo uma porcaria lamacenta quer nos suja a alma e não os sapatos. A ignorância tornou-se raínha, os dias vivem-se aos bochechos e os subservientes tornam-se modelos de comportamento profissional.
Fim último da democracia tornar todos iguais na boçalidade? Criar valores de chico esperto para significar algo? Um marxismo tornado democratico a partir de nojo? Uma ditadura aceite e elogiada pelos escravos? Sócrates pode dormir tranquilo pois todo o ambiente lhe é favorável. Resta saber se as gerações vindouras sobrevirão a este mar de mansas ondas onde tudo é possível.

sábado, novembro 21, 2009

Uma sociedade kafkiana

Este país vai com os seus brandos costumes a caminho do abismo. Com o argumento da salvação da democracia desde a fraca qualidade do ensino até à mais descarada roubalheira, tudo vai roendo os alicerces de um futuro que se presumia e desejava risonho para as novas gerações do pós 25 de Abril. Nacionalizou-se tontamente e desnacionalizou-se parvamente. Agora com os buracos criados pela incompetência, desonestidade e pelo politicamente correcto, toca a desbaratar o produto do sacrifício de gerações e a tornar indigente a pouca classe média que ainda trabalha e paga impostos. Tiraram reformas fabulosas em meia dúzia de anos, ocupam cargos que nunca mereceram e viajavam em primeira classe para todo o lado. Superiores, basta apenas um palavreado mais ou menos entusiasmante para os pobres tolos semi-analfabetos, uns beijinhos nas crianças das escolas e a vidinha triste desses eleitos vai correndo.
Por detrás, nos bastidores, toda uma rede de relações e amizades escuras que aqui e ali ganham os concursos públicos de obras loucas e oferecem, facilmente, aos detentores do poder salvas de prata, Mercedes e casas ao preço da chuva. Como base destas cúpulas, nas concelhias e distritais toda uma série de subservientes bajuladores que esperam um lugar na junta de freguesia ou um emprego público para o sobrinho. Nas jotas a continuação da escola do subir sem esforço, tirando o agitar das bandeirinhas quando é preciso. Em cima de tudo isto, um Presidente figurativo para dar um ar honesto e uma justiça que só sabe aplicar os códigos aos mais desprotegidos cidadãos. Assim se constrói uma sociedade kafkiana.

Os fieis acólitos do chefe do PS

A propósito dos recentes escândalos do envolvimento de figuras muito próximas do primeiro-ministro Sócrates ( e das suspeições sobre a sua própria actuação) referiremos duas interessantes personagens que vagueiam no nosso horizonte político e jornalístico. Uma é o líder da bancada do PS (Partido da Sucata) Francisco Assis e e a outra Mário Bettencourt, jornalista e comentador habitual da SIC. Refere Francisco Assis que intentam "assassinar" o carácter de Sócrates o que é, manifestamente, impossível porque duvidamos muito que Sócrates tenha qualquer vestígio dessa qualidade (basta ver as trapalhadas que o têm acompanhado ao longo da carreira política). Mário Bettencourt com ar calmo e sereno, inteligente, vai debitando um discurso de perigo para a democracia e para o Estado de Direito ao aparecer o "inocente" Sócrates no centro de um descarado tráfico de influências. Não dizemos que eles sejam também corruptos mas são seguramente intelectualmente desonestos. No intuito de limparem, à partida, o chefe inventam os mais sofisticados argumentos para que tudo continue no pantanal. Claro que não esperamos grande coisa do procurador nem dos juízes e a memória do povo continuará a ser curta e a interessar-se por novos escândalos que venham a aparecer.
Nós não acusamos Sócrates sem se conhecerem as provas mas não aceitamos, também, limpezas "ab initio". Muito menos Goebbels e Goerings disfarçados de acólitos da verdade.
Será que tudo está justificado em nome da democracia? Ou será que vivemos uma ditadura do silêncio? Estaline também estava legal no seu tempo.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Conversas inocentes e gravações indecentes

Segundo fontes bem informadas, as conversas gravadas entre José Sócrates e Armando Vara eram inocente diálogo de amigos que falavam do tempo e da possibilidade de chuva para os lados de Aveiro. Possivelmente, Vara lamentava-se de ter deixado o guarda-chuva na casa do José Godinho quando, em agradável convívio jogavam o jogo da sucata. Sócrates, sempre amigo do ambiente, dizia que a chuva era boa para os nabais e má para os procuradores que se podiam constipar. Sócrates terminou a conversa dizendo ao amigalhaço que tinha um guarda-chuva de reserva que lhe podia emprestar. Tudo muito inocente e nada de negócios nem de garotas...
Estes jornais armam cada conspiração...

Um Estado de Direito muito torto

Decididamente, este nosso país, só por piada, se lhe pode chamar um Estado de Direito. A chamada separação de poderes só funciona para inglês ver pois os recentes acontecimentos de Furacão, submarinos e Face Oculta vão demonstrando as mais sofisticadas técnicas de levar as investigações de meia dúzia de agentes honestos da PJ para o baú do esquecimento. Ele são as certidões que chegam às pingas, as escutas que se anulam por interpretações duvidosas do interesse de Estado, os processos que dormem meses e anos nas gavetas e os sempre eternos arguídos, presumidos até à eternidade de inocentes (inocentados). Já não se fala dos pedófilos e o juiz de instrução bem sabe que levou cacetada. Depois vêm ainda os abraços de alguns limpos colegas para ajudar a lavar a imagem porque, no fundo, todos vivem de uma mentira sofisticada que transforma, passo a passo a democracia em moribunda fantochada.
Cairia o Estado se se soubesse a verdade? Talvez caísse mas de pé. Assim tombará de podridão.
Ninguém confia em ninguém e sabe-se quanto isto prejudica a actividade económica. Desemprego e mais desemprego, habilidades e mais habilidades. Quando existirá uma lanterna que permitirá encontrar, entre esta gente, um homem verdadeiro?
A verdade como a justiça parece que só chegará quando D. Sebastião regressar da bruma...

sexta-feira, novembro 06, 2009

Paulo Bento faz chorar Bettencourt

Hoje os telejornais abriram com um acontecimento extraordinário e que afecta milhões de seres humanos: Paulo Bento, após montes de assobios, deu à sola do Sporting Clube de Portugal. Embora tenha mudado um pouco o penteado, continuou nos últimos anos a ser o mesmo primário incompetente de sempre, bem acompanhado pelo Pedro Barbosa ( o qual, como jogador, só jogava bem de vez em quando, se lhe apetecia) e pelo novo presidente. Adorávamos as conferências de imprensa do Bento. Nada nos podia dar uma melhor medida da estupidez lusitana. Vamos sentir saudade. Pobre Sporting! Quem te viu e quem te vê!
Foram horas, em todas as estações, a falar do coitadinho, vítima de forças ocultas que não deixavam a equipa triunfar. Ele é o máximo, competente, bom chefe de família, determinado, enfim cheio de qualidades. Agora já temos tema para os próximos meses e esqueceremos, com facilidade, os pedófilos, a operação Furacão, o caso dos submarinos e o Freeport. Cá para nós a demissão do Paulo Bento foi sugerida pelo Sócrates com o beneplácito do Cavaco e Silva. Todos mais o Vara e Godinho vão dormir hoje mais descansados. Afinal qual é a importãncia de uns biliões de euros roubados com a descoberta do novo treinador do Sporting?
Forever Paulo Bento (como disse lacrimoso Bettencourt) ficarás na memória dos políticos nacionais

O governo da Face Oculta

O que prevíamos aí está. Meia dúzia de inspectores honestos da Polícia Judiciária começaram a esgravatar a partir de Aveiro e encontraram mais umas pontas do polvo. Gestores de meia tijela, camaradas e amigos do Sócrates, resolveram "socializar" as sucatas e começarem a transformar detritos em dinheiro. Apareceu um simpático Godinho que resolveu ajudar a democracia socialista e toca de assaltar as empresas públicas, enquanto o são. Claro que depois de privatizadas totalmente a coisa já não irá correr tão bem, pese a obrigação dos empresários em arranjarem uns lugares com algum vencimento chorudo para os pobres e sacrificados governantes.
Mas tanto vale vir o Medina Carreira, o Hernâni Lopes e o António Barreto berrarem que isto está podre porque o país está acomodado aos brandos costumes e só se interessa pela prisão de pequenos ladrões, os quais são um elemento decorativo perante tanto roubo descarado dos elegantes gestores e governantes. Estes têm a Justiça, os polícias e os media no bolso e continuam a rir-se, com descaro, da ética e da moral. Além do mais com o papão de o país se tornar ingovernável, os pais desta democracia formal e apodrecida, colaboram indirectamente com os corruptos, desde presidentes da republica até procuradores cheios de palavreado formal.
Já me esquecia de lembrar que o importante para estes salafrários é o casamento homosexual. Com temas como este e outros se enganam os tolos. Que nos importa o casamento homosexual? Cada um que viva como quer. O que nos importa é que deixemos de alimentar com os nossos impostos toda uma camada de proxenetas da coisa pública.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Gato Fedorento e seus seguidores

Terminou hoje mais uma série da telenovela "Eleições Fedorentas" que nos têm enchido os olhos e os ouvidos das palavras sábias dos fedorentos deputados, presidentes de câmara e decoradores do parlamento europeu. Além disso esta telenovela que promete continuar por séculos ou enquanto durar o erário público, também passou pelo programa humorístico do "Gato Fedorento" onde Marinho Pinto, fazendo o humor a que nos habituou também classificou de fedorentos: juízes, procuradores, advogados e funcionários do estado. Não houve político que resistisse ao convite dos "Gato Fedorento" para promover a sua imagem, mesmo passando por autênticos palhaços, sem dignidade nem decoro. Só faltaram no programa os porta-bandeirinhas pagos.
No final todos ganharam e têm razão. Daqueles ordenados e outras benesses já ninguém os tira, durante quatro anos, incluindo os acusados de corrupção e fortunas duvidosas. Tudo em nome da democracia formal a que, inclusivé, também sustenta, sem nada fazer, o grande arauto das causas nobres, Manuel Alegre e o "pai" desta maravilhosa invenção da democracia do palavreado, Mário Soares.
Os comentadores habituais (tipo bobos da corte) fizeram-nos, mais uma vez, dores de cabeça. O seu arrazoado é tão, tão elaborado, que lembra as torturas da pinga de água.
O povo esse vai continuar iludido pois não consegue distinguir um homem competente e honesto de um engravatado bem falante. Também os povos das repúblicas socialistas de leste julgavam que estavam no paraíso, aplaudiam os dirigentes como o famigerado Estaline e desconheciam as purgas e os Goulags. Estes e os outros certamente se encontrarão no Inferno pois as suas almas estão mais do que hipotecadas.

quinta-feira, outubro 08, 2009

Quando a noite revela os sonhos


Galeria de Mario EA

Orçamentos de défice zero quem os paga?

Todos acreditavam que um orçamento de défice zero, uma inflação baixa, o mercado livre e a não regulamentação do sistema financeiro levavam à felicidade dos povos. Foi o que se viu: falência de bancos, falência de empresas, desemprego e oferta sem procura. Depressão que não passa com barbitúricos.
Todos apontam causas mas esquecem-se que a principal é a falta de confiança nas instituições, sobretudo as financeiras, derivada das grandes falcatruas praticadas pelos eleitos do sistema. Muitos se governaram à custa da teoria e agora a generalidade dos povos sofre as consequências. E que é feito dos modelos matemáticos com que nos geriam? Feito o trabalhinho, emigraram para as offshores, à espera de melhores dias. Sim, porque quando a economia estabilizar e arrancar de novo eles vão voltar de novo para encher os bolsos.

O futuro segundo Sócrates


Publicada ao abrigo de uma licença Creative Commons
Neil T

Quando a televisão ressuscita um político

Marcelo Rebelo de Sousa volta todos os domingos. E como aparece no pequeno ecran já começa a ser indigitado para presidente do falhado PSD que morreu com Sá Carneiro. A Avózinha continua a teimar mas parece que tem os dias contados. O mais engraçado é que no último domingo começou a futurar sobre a composição do poder político neste triste país. PS sózinho, coligação à esquerda e à direita, tréguas com o presidente da república (das bananas), jogo e mais jogo para um lado e para o outro. Grande comentador!
Quanto à sua carreira pessoal(esqueceu-se que já foi corrido de presidente), que iria ponderar se ponderaria quando pudesse ponderar. Não há pachorra!
O que se aproveita de todo aquele palavreado é o som tom morenaço de boas praias e as gravatas bem escolhidas. Poderia estar num programa de moda. Seria, sem dúvida, um excelente modelo para figurino da clique lisboeta.

quarta-feira, outubro 07, 2009

A verdade desportiva

Um dia destes quando via um telejornal, reparei que em rodapé vinha circulando uma lista de vários nomes que assinaram na Net uma petição, creio, a favor da verdade desportiva. Figurava lá de tudo desde jogadores de futebol a políticos de esquerda e de direita. No fundo, toda uma lista de colunáveis que poderiam estar nas revistas de coração mais variadas. Pensamos que sobretudo se dirigiam ao futebol porque me parece não existirem muitos adeptos de atletismo ou de basquetebol. O que transparece destas petições é que todos sabem que o futebol se tornou um negócio mas que mexe com as emoções dos simplórios ( principalmente dos que ganham o salário mínimo ou estão desempregados, não viajam, não compram livros, não vão ver bom cinema e muitos nem o 1º ciclo têm) e os não simplórios aproveitam-se, sobretudo os políticos como no tempo de Nero. Parece, também, que o país não tem outros problemas bem mais graves. Tanta "ingenuidade" enjoa.
Como está na moda o espanhol ( o vento que sopra suavemente no capital das nossas empresas) podemos actualizar-nos e dizer: "No hay cojones".

quinta-feira, outubro 01, 2009

Assim vai Portugal

Onde para o dinheiro aplicado no lixo tóxico?



nicholsoncartoons

Cavaco e Silva confessa não saber nada de informática

Kafka devia ter raízes portuguesas. Só assim se podem compreender as peripécias do nosso jogo político. Agora discute-se o mal-fadado caso das escutas no palácio presidencial quando pelos vistos o que acontece é que o Cavaco e Silva não percebe nada de informática e não sabia que os sistemas são vulneráveis. Que o PS tem algumas tendências policiais também não é novidade e a sua expressão mais simpática é o Santos Silva que mudou o tom de vermelho ao sabor do liberalismo. Mas o mais interessante disto tudo é que parece que o PSD perdeu por causa do presidente ter ficado calado. Com tanto falatório na campanha e um mudo muda o sentido do voto!
Claro que todos eles andam há anos a tentar resolver os problemas reais do país mas parece que já resolveram muitos como por exemplo a compra dos submarinos que a NATO considerou um desperdício. Na verdade o que nos faz falta são os submarinos e a selecção nacional de futebol ganhar um campeonato qualquer nem que seja o dos pequeninos. Todos sabemos o quanto nos custa não termos uma frota de submarinos para dinamizar a nossa economia. Já nos esquecíamos do TGV para Madrid para os nossos vizinhos poderem vir ver "in loco" a nossa miséria franciscana (franciscana porque passamos a vida a apertar o cinto).
Agora, pelos vistos vamos ter as autárquicas onde por milagre da Virgem concorrem candidatos condenados e outros em vias de condenação. Ainda se fossem simplesmente arguídos, vá que não vá. Como ficam sempre em liberdade, alguém que assuma as culpas, possivelmente o destino ou a natureza.
Assim, o Sócrates, arquitecto e engenheiro de currais da Beira, tem toda a razão em continuar a política que nos está afundando. Logo que esta seja concretizada terá a hipótese de ser presidente da comissão europeia. Assim se fará justiça a este iluminado no meio dos cegos, como Saramago descreveu.
Não se esqueçam de votar nas autárquicas para termos mais uma rotundas nas cidades e estradas e mais uns primos da Suiça a juntarem dinheiro com muito suor.
Valha-nos Deus que os homens já não nos podem valer, a não ser que sejamos invadidos por estra-terrestres.

terça-feira, setembro 29, 2009

Eleições para inglês ver

Acabaram as eleições legislativas. A reter a fraca perfomance de Manuela Ferreira Leite que mesmo com um pouco mais de pó de arroz fartou-se de meter os pés pelas mãos com a asfixia democrática e com o rasgar ou não dos papeis do Sócrates. Este, seguro da comandita que comanda e alimenta, tornando a estrutura do Estado uma máquina de sustentar vadios, lá veio cantar vitória para a televisão como bom comediante que é.
Adianta alguma coisa esta mudança relativa de percentagens? Nada, absolutamente nada. Em nome disto e daquilo o que lhes interessa é encher os bolsos e fazer o que bem lhes apetece com o orçamento. O povo vai continuar a sofrer com o desemprego e com os novos pidescos das finanças, da ASAE e do SIS. Mudam algumas moscas mas a sujeira seré sempre a mesma. Alberto João Jardim que costumam ridicularizar nos meios snobs da nouvelle politique de Lisboa, veio por o dedo na ferida, numa entrevista:"O povo português está mal da cabeça ao votar nos mesmos que os exploraram e desgraçaram durante quatro anos". Desta vez, concordamos plenamente. Sina do destino? Fado? Esta fantochada certamente irá ainda durar uns anos mais. Esperamos para ver quando já não pudermos comer ou dar educação aos nossos filhos.
Refira-se que o "poeta" bem instalado e sem-vergonha do Manuel Alegre veio dar o dito por não dito e o caquético do Mário Soares veio apoiar o Sócrates. Na hora da verdade, os amigos a aparecem, mesmo que de vez em quando revelem algum remorso para se sentirem decentes.
Cá para nós, lembrando Jorge de Sena, temos vergonha de ser português. Embora o tenham enterrado em Portugal, esqueceram-se que se naturalizou brasileiro e que raramente punha cá os pés. Sempre o politicamente correcto dos nossos governantes.
O Presidente vai falar hoje. Dirá alguma coisa de jeito ou vai também alinhar com a cambada?

quarta-feira, setembro 16, 2009

Quem se lembra dos pedófilos em Portugal?

JN
Rede de pedofilia com membros em Portugal


A Polícia Federal brasileira está a realizar uma operação com a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) para desarticular uma rede de pedofilia em 23 países, incluindo Portugal, um dos países onde foram localizados membros da rede criminosa.

A acção policial conjunta pretende uma "repressão à produção e divulgação de imagens com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes", segundo informa a Polícia Federal.


Pode ser que, com um pouco de sorte e decência, a polícia brasileira descubra o que a portuguesa não conseguiu. A menos que a esponja política e judicial já tenha destruído tudo...

O suplício do eleitor português


bicocalado

Os planos de Sócrates


Gapingvoid

terça-feira, setembro 15, 2009

Debates políticos e comentadores desportivos

Entramos outra vez na época das promessas. Os actores são mais ou menos os mesmos e preparam-se para depois de nos levarem a carne se deliciarem com os ossos. Debates todos os dias com a mesma conversa monótona e, certamente, aconselhada pelos consultores de imagem. Finalmente, vem aí o paraíso. Na verdade, ficamos encantados com as promessas e adoramos os seus tristes retratos nas pracetas, jardins e vias movimentadas. O Pinóquio tornou-se um socialista, a Manela mudou de penteado e tenta sorrir, o Louçã canta as auroras do amanhã esquerdista e quer ver as nossas contas bancárias (porque será?), o pobre do Jerónimo sonha com a medalha de operário modelo e o Portas dá uma no cravo e outra na ferradura. Onde andarão os Salazaristas? Talvez numa distribuição harmoniosa por todos eles.
Ao mesmo tempo, em terra de pobreza, cantam-se as loas do costume nos comentadores desportivos de segunda-feira. Que não foi ou foi penalty, que o relatório do árbitro era omisso (???) e que todos eles são licenciados nessa ciência chamada losangofute.
Haverá diferenças entre estes e os outros que nos querem salvar? Os desportivos querem fazer-nos adormecer e os políticos algo parecido.
Chama-se a isto liberdade de expressão por contraposição ao bom senso de não dizer asneiras. Claro que liberdade verdadeira têm os ilustres banqueiros que nos levaram a massa com uma limpeza digna de nota.

sábado, julho 11, 2009

A comédia das Comissões de Inquérito da Assembleia

A Assembleia da República quando rebentam alguns escândalos, resolve fazer comissões de inquérito. Normalmente, os resultados são zeros absolutos para efeitos práticos. Desta vez, a propósito da roubalheira verificada no sistema bancário e em especial no BPN (Banco Português de Negócios) organizou mais uma que chegou a um grau elevado de mediatização, sobretudo pela transmissão em directo de muitos dos seus episódios. Aliás, um dos principais "arguidos" e anterior presidente da instituição Dr Oliveira e Costa chegou até a gozar com a comissão. O governador do Banco de Portugal, seguindo-lhe as pisadas não apresentou elementos e tratou a comissão com um certo desprezo, atendendo a que tinha as costas bem protegidas pelo partido de maioria absoluta e actual governo da quinta. Alguns deputados distinguiram-se na oratória e na investigação e assim vieram disso dar conta nos telejornais. Em suma, uma encenação bem feita para acreditarmos nesta "democracia". Elogiaram-se uns aos outros, tiraram proveito mediático da coisa mas os resultados finais, traduzidos no relatório aprovado, mais uma vez, pela maioria única, nem de longe nem de perto se traduziram em alguma coisa que se assemelhasse a apuro da verdade e sobretudo condenasse a ineficiência do Governador Vítor Constâncio, um exemplo prático do intelectual bajulador do poder. Diga-se que, paralelamente, a justiça anda a dar voltas com o assunto para ficar como sempre na gaveta dos esquecidos e dos presumíveis e sempre inocentes. A quadrilha estava bem organizada e agora os grandes senhores nem se lembram de terem decidido o que quer que fosse!
Dias Loureiro demitiu-se, a muito custo, do Conselho de Estado mas certamente os seus proveitos esperam-no em qualquer lugar paradisíaco da Terra. Uma verdadeira vergonha que se pretende fazer passar como alavanca democrática. Só que não conseguimos ver como!
Na verdade, a Assembleia da República não passa de uma caixa de ressonância do Governo e do PS, onde outros protagonistas fazem figura de figurantes.
Já nos esquecíamos de dizer que nas listas de votantes figura um compatriota com 136 anos que ninguém sabe quem é. Maravilhas deste Portugal à beira-mar plantado.

domingo, julho 05, 2009

A nova imagem de Sócrates


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Sócrates poderá ser salvo por alguma bruxa?

Vasco Pulido Valente com a sua caneta afiada vem no "Público" aconselhar o senhor primeiro Sócrates a ir à bruxa. Diz ele que uma desgraça nunca vem só e as desgraças de Sócrates têm vindo ultimamente em grande quantidade e muito depressa.
Normalmente, isto acontece aos aldrabões que fazem da imagem e da mentira a sua principal política. Mas cada povo tem os políticos que merece...

Elisa Ferreira com menos hipóteses de vários lugares

A não permissão de candidaturas duplas parece que está a afectar Elisa Ferreira, candidata à Cãmara do Porto, segundo o Público, que parece gostar de ter os pés assentes em várias hipóteses ou seja colocar os seus ovos em vários cestos. Por outro lado, parece que as relações com a concelhia do partido não são as melhores. Amigos, amigos mas lugares à parte. Não nos parece que ela venha a ganhar o que quer que seja no burgo portuense e também que a sua presença traga algo de novo para a cidade, toda ela adormecida no meio da contabilidade certinha do Sr Presidente. Ficará muito melhor em Bruxelas com o seu jeito peculiar para os discursos vazios e emproados. No fundo, criaturas como ela não passam de satélites na órbita dos partidos para decoração e inglês ver, tipo Vital Moreira, o defensor oficioso do partido socialista com o seu penteado à francesa e longe do seu proselitismo comunista.

Sombras, beleza e sonho


Galeria Mario EA

Bento XVI defende que modelos económicos e financeiros devem ser repensados

Gentebien
“Nadie pone remiendo de paño nuevo, como Jesús dijo, en vestido viejo”, dijo Benedicto XVI en su bendición de Año Nuevo ante miles de personas, muchas de ellas con paraguas en una Plaza de San Pedro empapada por la lluvia.

Pode ser que o ministro das Finanças Teixeira dos Santos aprenda alguma coisa com a inspiração do Papa pois nos parece que o modelo de desenvolvimento continuará a ser o mesmo: apertar o cinto aos contribuintes para injectar meios nos bolsos dos amigos grandes empreendedores e perdedores...

A morte como espectáculo e receita de marketing

Morreu Michael Jackson. Como qualquer morte de um ser humano, é lamentável e digna de desgosto ara os seus mais próximos. A morte, única regra democrática que toca a todos, cria no entanto, em certos casos, uma histeria colectiva, difícil de explicar. Esses casos são, normalmente, figuras mediáticas que os meios de comunicação engrandeceram e levaram a ícones desta sociedade ávida de acontecimentos clamorosos. Já foi assim, por exemplo com Diana, Princesa de Wales e agora com o cantor acima mencionado. Não interessam até os lados menos positivos do seu carácter e só o endeusamento conta. Claro que tudo isto se traduz em negócio futuro de recordações e venda de revistas e discos ou outros artefactos. Estátuas são erguidas, algumas vezes igrejas, os jovens vestem-se à maneira dos ídolos e gastam-se milhões de dólares ou euros que normalmente sairão do bolso dos contribuintes, adeptos ou não dos deuses. Neste caso, a cidade de Los Angeles tem um défice de quatrocentos milhões de dólares, coisa pouca, em período de crise, e não se sabe muito bem quem pagará a despesa das cerimónias gigantescas, embora se presuma que haverá muitos doadores entre os crentes. Certo é que a editora já começou a vender record de discos, o dono do clube onde Michael Jackson fez a sua estreia tenciona vender o edifício aos pedaços e a Forbes que publica anualmente uma lista com as 13 celebridades mortas mais lucrativas seguramente vai incluir esta na sua lista de 2009.
O editor desta revista escreveu já que o artista foi um dos grandes entertainers mundiais e foi continuamente acusado de molestar crianças e por tal não acredita que as pessoas vão pagar para ir ao rancho Neverland, símbolo das suas excentricidades.
O que é para já incontestável é a onda de loucura colectiva que o marketing montou.
Alguém disse que tudo se compra e tudo se vende e nem a morte escapa às leis do mercado.

sábado, julho 04, 2009

Cornudos, cornos e outras explicações

Cuckolds, horns and other explanations

Comentários...

La beauté du geste

O corno da abundância?

Et si la vraie raison de son geste était ailleurs ? Si, en bon ministre de l'économie, M. Pinho avait voulu, tout simplement, faire taire les inquiétudes de l'opposition en brandissant la corne d'abondance ?

Sócrates a perder o gás

elpais
Sócrates pierde fuelle en Portugal en pleno periodo preelectoral
La dimisión del ministro de Economía agudiza la crisis del Gobierno socialista


FRANCESC RELEA - Lisboa - 04/07/2009

Al primer ministro portugués, José Sócrates (socialista), le crecen los enanos desde la aparatosa derrota sufrida por su partido en las elecciones europeas del 7 de junio. En tres semanas, el líder arrogante, seguro de sí mismo y confiado en mantener la mayoría absoluta ha dado paso a un político debilitado, errático y acosado desde múltiples frentes. Mal asunto a tres meses de las elecciones legislativas del 27 de septiembre, en las que está en juego el próximo Gobierno. Cada día que pasa, el escenario político portugués es más confuso y el futuro más incierto.


O líder arrogante passa a coelhinho...

A internacionalização dos cornudos

Manchete do insulto exportado pelo ministro da Economia, Sua ExceLência Dr Manuel Pinho

O gesto que Manuel Pinho deveria ter feito


gapingvoid

Uma tourada na Assembleia da República

Foi na verdade inusitado. Já se tinham percebido insultos entre os deputados e caretas mais ou menos agressivas. Num universo onde a imagem e o palavreado imperam para uma plateia nacional emotiva e pouco racional, esperava-se mais uma morna sessão na pseudo-defesa dos nossos interesses. Vasco Pulido Valente interpreta no Público a atitude como uma expressão do:-Vão-se lixar todos. Lixados já andamos com as decisões deste governo acéfalo, explorador do sangue do povinho e vendendo gato por lebre. Todos os grupos políticos se mostraram indignados o que "parece" só lhes ficar bem. Mas não sera´uma falsa ética parlamentar aquele coro unânime de reprovação à atitude dos corninhos do Manuel Pinho? Não andarão eles todos a insultar de outra maneira a nossa inteligência e a tentarem passar uma imagem decente de toda uma série de porcarias que nos vão envenenando a vida? Veja-se que até um acusado de pedofilia veio reprovar a atitude como se fosse um poço de virtudes. Valeu-lhe uma justiça pouco digna do nome pois mais parece um braço armado dos poderosos e dos ricos. Alguns dirão que é preciso calma e que é natural errar mas reparem que os erros deles são tantos e tão cheios de corrupção que mais parecem obra de mafiosos experimentados. O Estado foi assaltado por uma corja e agora é um fartar vilanagem.
Haverá solução para isto? Cremos que só o aprofundar do poço onde nos metemos e quando o lodo subir aos narizes haverá uma nova política. Pelo andar da carruagem, isso ainda vai demorar o seu tempo e quando chegar o momento estaremos a pedir esmola aos turistas.
Já nos esquecíamos de dizer que não pensem que isto é uma visão catastrófica.

Manuel Pinho - um expoente da politica portuguesa

domingo, junho 28, 2009

Versão para encantar reformados, polícias e professores


bicocalado

Reformas no país das Bananas

IOL Diário
O ex-homem forte do BCP, Jardim Gonçalves, reformado do banco desde o final de 2007, continua a utilizar o avião alugado e pago pelo banco para uso pessoal - um Falcon 2000, que é alugado anualmente pela instituição financeira à Heliavia, empresa de Hipólito Pires, revela o «Diário de Notícias».
...
Mas as regalias de Jardim Gonçalves não ficam por aqui. Segundo o mesmo jornal, o ex-presidente e fundador do maior banco privado português mantém um conjunto de regalias, nomeadamente a hipótese de viajar pelo mundo e contar com cerca de 40 seguranças privados, cujos custos são suportados pelo banco.

No país dos cegos quem tem um olho é rei...

A Bolsa segundo Teixeira dos Santos


nicholsoncartoons

Proíbido estacionar junto das velhotinhas

A importância de ser Provedor na Tribulandia

Dizem os entendidos que os blogs já eram e que agora o que se está a usar é o twitter, os encontros instantâneos nos Messenger, o Facebook e o MySpace. A rede ama a imagem e assim também o upload de fotografias e de vídeos tornaram-nos a todos jornalistas dos media. Claro que sempre fomos um pouco voyeurs, imediatistas e pouco dados ao pensamento, à leitura e à escrita. Estes últimos enfadonhos se comparados com qualquer jogo de futebol na televisão.
Pomos assim em dúvida a utilidade de estarmos para aqui a expressar pensamentos que muitas vezes chocam com a mediocridade bovina que por aí grassa. Mas algumas vezes não resistimos, em termos de desabafo, perante tanta estupidez e sonolência imposta pelo regime. Note-se que o Sócrates mudou de estilo o que fez a delícia de todos os comentadores arregimentados à panela do Estado. Assim, podemos esquecer a falência do neoliberalismo, as vigarices dos banqueiros e as reformas chorudas como compensação do brilhantismo das suas cabeças ao utilizarem a ineficiência da justiça em seu proveito.
Mas hoje vimos aqui tratar dos Provedores e Altas Autoridades da Justiça, do Tribunal de Contas, da Comunicação Social e quejandos que eles são muitos mais do que as mães. São sempre figuras respeitáveis a quem incumbe defender os cidadãos do inevitável. Lembremo-nos da quantidade de auditorias que o Tribunal de Contas faz, das notícias alarmantes nos jornais e na televisão e dos resultados das mesmas: zero, zero e zero. Assim, o sistema criou um escudo virtual que nos dá a sensação de protecção mas é só para admirar em noites de luar. Veja-se a polémica do Provedor de Justiça, do desacordo e acordo dos maiores partidos e finalmente a nomeação de um tal de Sousa que como os restantes assume um ar sério (não dizemos que pessoalmente o não seja), vai ocupar um gabinetezinho, ter uma secretária, um carrinho com motorista eum vencimento também condizente. Vai dar entrevistas, produzir palavreado, assegurar que tudo está sobre controlo e quando chegar a casa vai dizer à mulherzinha que é um baluarte da República. Claro que se não fosse para este lugar iria para Provedor do Crédito, matéria que supomos desconhece completamente. Mais adequado na justiça por ser da especialidade embora os resultados venham a ser semelhantes.
O Público diz mesmo que a sua nomeação resultou de um "acordo de cavalheiros". Mas que cavalheiros! De facto, chamar cavalheiro a um ilustre membro da seita política que nos tem governado parece um delírio.
Boa sorte Senhor Provedor e veja se se entretêm a plantar uma batatas no seu jardim para fazer algo de útil.

terça-feira, março 24, 2009

Quando lhes foge a boca para a verdade

O futuro que os nossos governantes nos desejam


Publicada ao abrigo de uma licença Creative Commons

Noticiário é algo surrealista em Portugal

Ligar a televisão na altura dos noticiários é algo de surrealista. A crise aparece invariavelmente através de entrevistas individualizadas a trabalhadores, políticos e empresários. Todos eles enchem a boca de lugares comuns como a importação da crise, a acção da Europa ou que estão muito preocupados. Nós ficamos com a sensação que percebem muito pouco de economia. O chavão exportar está agora na primeira linha, isto vai recuperar lá para Junho (sabem lá eles quando) e só falta falar de forças ocultas pois essas andam muito ocupadas a inventar (?) corruptos como se tal fosse necessário.
O ministro Manuel Pinho com a sua superior inteligência vem nos informar que passou o dia a falar com a administração da Qimonda. E pode saber-se sobre o quê? O Basílio Horta atira-se ao parlamento alemão local e vai-se embora com cara de muito aborrecido para o almoço. Sócrates diz que está a fazer tudo o que é possível mas parece-nos que esse possível é muito pouco.
Anos e anos de desorganização empresarial, de burocracia estatal, de má educação e formação profissional, de endividamento estúpido perante o estrangeiro, de geração de analfabetos que sabem ler a Bola, de atraso na investigação (veja-se a percentagem do PNB destinada a tal fim), de espertismo saloio político, de neolibaralismo cego tinham que dar isto. Para já não falar no sistema de justiça, torto, encravado e totalmente cego como a sua padroeira.

Nada como uma reformulação oportuna

JN
F.C. Porto não será castigado pela UEFA

O FC Porto ficará a salvo de qualquer sanção por parte da UEFA depois de terem sido reformulados, esta terça-feira, os critérios de admissão às competições europeias pelo Comité Executivo, reunido em Copenhaga.

Fonte da UEFA confirmou à Agência Lusa que os novos critérios de admissão definem que um clube será suspenso por um ano das provas caso tenha estado envolvido, directa ou indirectamente, na manipulação ou viciação de um jogo, desde que os factos tenham ocorrido após 27 de Abril de 2007, altura da reformulação dos estatutos do organismo.

Como os dois casos de tentativa de corrupção - pelos quais o FC Porto foi condenado pela justiça desportiva portuguesa - ocorreram em 2004, os tetracampeões nacionais ficarão a salvo de qualquer castigo da UEFA no que respeita às condenações no âmbito do Apito Final.


Até já lhe mudaram o nome para Apito Final. Aliás o que é que interessa a manipulação dos resultados? Tudo uma questão de data...

Democrata que acreditou nos políticos da Tribulandia


gapingvoid

Um rato de mil e quinhentos euros

JN
Dirigente tentou comprar árbitro com 1500 euros
NUNO MIGUEL MAIA

Um vice-presidente do Coimbrões é suspeito de ser o mandante de um intermediário apanhado em flagrante pela Polícia Judiciária quando entregava 1500 euros a um árbitro. Mas o detido nem sequer foi interrogado por juiz.
"Acho que a montanha está a parir um rato", diz presidente

Só que a montanha anda a parir ratos todos os dias...

A política do Pinóquio

JN

Mais 60 mil perdem trabalho num mês

ALEXANDRA FIGUEIRA

O fim de contratos a prazo e os despedimentos colectivos estão a deixar no desemprego dezenas de milhares de pessoas. Só nos dois primeiros meses desde ano, 131 mil acorreram a inscrever-se, 60 mil dos quais em Fevereiro.

Este é o paraíso qu o Pinóquio sonhou para nós...

Nada acontece por acaso nesta crise

O sistema montado deu os seus resultados. Endividaram-se os cidadãos pelo incentivo ao consumo, lucraram-se milhões com operações de investimento fantasma e depositou-se o problema no Estado. Este, obediente e submisso, embora com grandes palavreados, através dos seus legítimos proprietários, os nossos queridos governantes toca de acudir ao fogo.
Tudo já estava mais fragilizado neste paraíso à beira mar plantado mas a crise internacional veio dar uma ajuda para tapar a sujidade própria, a incompetência, a corrupção, a sem vergonha e a qualidade exacrável dos nossos políticos.
Os media ajudam com o seu alarido a tornar banal a safardice e passados alguns dias ou semanas tudo continua na mesma: pedófilos, subsídios repartidos entre quem recebe e quem concede, futebol manuseado, políticos que se agridem verbalmente e dividem os lucros a meias. A Justiça tão célere em prender quem rouba um pão, arranja os argumentos mais irracionais para safar os amiguinhos de poder e o cidadão que sempre trabalhou é espoliado na saúde, nas reformas, nos impostos absurdos e no engordar da Galp, da EdP e da Galpgas. Nunca neste país se pagaram impostos tão elevados para sustentar uma democracia podre e a cheirar mal. Assim se vai gastando a vida de milhões em prol da ostentação de alguns.
Afinal parece que, passem as palavras bonitas dos discursos, o sistema está montado para a desonestidade e castiga quem se mantiver honesto. Claro que é preciso alguma esperteza para se manterem na ilegalidade dentro das leis que eles mesmos fabricam. Ao lado da criminalidade mais tradicional temos a de colarinho branco não menos perigosa mas mais estável nos sofrimentos que inflige.
Vamos para onde? Para tapetes dos senhores, para uma nova forma de escravidão adormecida nas telenovelas, nas transmissões consecutivas de futebol, nos escândalos das revistas. Do país pouco há a dizer. Está quase todo vendido e só falta nos obrigarem a falar outra língua qualquer. No meio disto tudo, Manuel Alegre continua a fazer de virgem impoluta romana, farta de andar nos bacanais.

domingo, fevereiro 01, 2009

Um cidadão que não se cala e engole

No blog de José Maria Martins

Caso Freeport - A equipa mista proposta pelos ingleses e a teoria do "orgulhosamente sós" da PGR

No âmbito da apaixonada discussão do caso "Freeport" e , sobretudo, no debate sobre a eventual culpabilidade de José Sócrates, assistimos a factos suficientemente graves que devem merecer a nossa atenção especial.
Ao ouvir a Drª Cândida Almeida os portugueses ficaram perplexos. Parece muito claro que José Sócrates nunca será investigado em Portugal. É Primeiro Ministro, o PGR foi nomeado pelo Governo, a Drª Cândida Almeida parece aspirar a vir a ser PGR.
No entanto, tendo em atenção a posição das polícias britânicas há - pelo menos para eles - indicios suficientes para abrirem uma investigação envolvendo o PM português.
A Drª Cândida Almeida , ainda mais surpreendemente, disse à SIC que não era aceitável polícias estrangeiros investigarem o PM português!
Ora, este "orgulhosamente sós" choca com três ordens de razões:
1ª - Noriega era Presidente do Panamá , mas nem por isso deixou de ser destituído, julgado e encarcerado nos EUA;
2ª - Saddam Hussein, claramente ex-aliado dos EUA, não deixou de ser deposto, preso, julgado e enforcado;
3ª - A Comunidade Internacional tem regras que não param perante o PM do Estado menos desenvolvido da União Europeia, o mais dependente.

A cabala e as forças ocultas

Nos últimos trinta anos um fenómeno desenvolveu-se na nossa sociedade: o enriquecimento rápido. Normalmente e naturalmente, acompanhado de muitos escândalos, investigações criminais e relatórios inócuos do Tribunal de Contas. A maior parte destes processos encontram-se enterrados. Paz à sua alma. O crédito fluía para a compra de carros, casas e gadjets electrónicos, a crise vinha longe e tudo era aceite no bom costume brando do deixa correr. Infelizmente, o Benfica não ganhava campeonatos mas como todos os outros clubes alimentava as ilusões do povo adormecido. Continuávamos atrasados em relação aos outros países europeus mas também nunca tínhamos conhecido o progresso. Aliás, ainda hoje continuamos a confundir o pedido de um pequeno favor com o desvio de milhões. Tudo no mesmo saco e assim a desculpabilização torna-se fácil. Quem se lembra do pagamento de facturas em duplicado na Capital da Cultura ou das comissões pagas pelo aluguer de barcos para a Expo que nunca foram utilizados? Talvez algum mal intencionado...
Dividido o país em fatias e distribuidas as regalias pelos vários intervenientes de diversos partidos, agora mando eu e comes tu, amanhã mandas tu e como eu a coisa lá vai caminhando. A justiça (se é que ainda conserva o nome) lá foi debitando declarações e justificando a sua ineficiência. Isto para o grande crime que, para o pequeno, lá vai actuando. Tudo um pântano de comportamentos sem qualquer dignidade nem ética. De vez em quando, a imprensa não consegue abafar a escandaleira e lá vai subindo as tiragens à custa da porcaria que vem ao de cima. Sabemos todos, perfeitamente que depois de um grande alarido a coisa arrefece e esquece à espera de um novo caso. Alguns até levam indemnizações chorudas pois para isso servem os bons advogados que fazem as leis e conhecem os buracos da mesma.
Por fim, esquecíamos de referir que tudo não passa de cabalas montadas por poderes ocultos até prova em contrário que nunca chega a ver a luz do dia. E como factos destes também se verificam na Europa porquê desejarmos ser diferentes?
Dada a falta de emprego que existe para os jovens, sugerimos até cursos de formação em cabalas pois assim termos mais uma profissão no país para defender os inocentes apropriadores da coisa alheia que sempre se preocuparam com o nosso bem estar.
Só para terminar uma pequena nota: recomendamos à Clara Ferreira Alves do programa "Eixo de Mal" que não abuse da nossa inteligência, querendo fazer-nos crer que a polícia inglesa anda a quer deixar-nos mal vistos...

Uma crise anunciada

O ano de 2008 terminou com a explosão do neo-liberalismo como já havíamos previsto anteriormente. Na verdade, toda a loucura tem seu fim e os desequilíbrios eram tantos que só poderiam dar asneira. A mãozinha invisível deixou de funcionar e a crise apareceu em todo o seu esplendor. O senhor Greenspan, muito entendido em finanças, ficou surpreendido e o nosso céguinho Vitor Constâncio não viu nada como é natural. Claro que os anteriores adeptos d uma completa privatização do sistema bancário mudaram de opinião, em nome da salvação da economia (coitada) e viraram-se para o saque dos nossos impostos como tábua de salvação, esquecendo-se que o dinheiro que não havia para a saúde ou para a educação já existe para cobrir prejuízos. Os grandes gestores foram saindo pela porta baixa mas certamente de bolsos cheios à custa dos tolos. Claro que no nosso país a culpa da crise e do desnorte veio de fora e são todos inocentes. Inocentes ou incompetentes?
Junto com a crise do subprime vieram os Oliveira e Costa e os Rendeiros, acolitados pelo Cadilhe a fazer de virgem financeira com uns milhões no bolso, na esperança de sacar mais 600 milhões ao Estado. Um a coisa é certa: quando há lucro é para alguns e quando dá para o torto pagamos todos. Santa moral.