terça-feira, novembro 18, 2008

Democracias há muitas

JN
Governo quer esclarecimentos sobre a ideia de suspender a democracia
19h50m

O ministro dos Assuntos Parlamentares exortou a presidente do PSD a esclarecer rapidamente a sua ideia de suspender a democracia por seis meses, alegando que existem "fundadas dúvidas" sobre o que pensa do regime democrático.
No final de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Americana, Manuela Ferreira Leite perguntou, a propósito da reforma do sistema de justiça, se "não é bom haver seis meses sem democracia" para "pôr tudo na ordem".
Em reacção a estas palavras da líder dos sociais-democratas, Augusto Santos Silva considerou estar perante "declarações gravíssimas".


Olha quem reclama! Certamente está a pensar numa democracia tipo cubana... Lembram-se do controlo sobre os jornalistas? A dos senhores ou a dos escravos?

Onde para a democracia para todos?

JN
"Não é bom haver seis meses sem democracia?"
00h30m
ISABEL TEIXEIRA DA MOTA

A líder do PSD foi longe na ironia de querer explicar por que falham os governos. Manuela Ferreira Leite disse esta terça-feira que mais vale suspender por uns meses a democracia para se poder fazer todas as reformas necessárias e só depois, então, repô-la.
O PS é que não gostou das palavras da social-democrata. E houve reacções de protesto sucessivas em todos os partidos, incluindo as vindas do interior do PSD.
Discursando como convidada na Câmara de Comércio Luso-Americana, ontem, em Lisboa, Ferreira Leite confessou ser pouco crédula no que toca a fazer reformas em democracia: "Eu não acredito em reformas quando se está em democracia", disse a presidente do maior partido da oposição e ex-ministra das Finanças.
Manuela Ferreira Leite falava da reforma da Justiça, aquela que elegeu como prioritária para pôr a economia nacional a funcionar. Questionada sobre o que faria para melhorar o sistema de Justiça, demarcou-se da declaração do primeiro-ministro que, na sua tomada de posse, "anunciou como grande medida reduzir as férias do juiz".


A democracia formal funciona. A democracia real nasceu desformada e com a maioria absoluta funciona como ditadura de meia dúzia.

Medina Carreira - O estado do país

Uma conferência de imprensa para inglês ver

De repente no telejornal um grande suspense. Anuncia-se a todo o momento uma conferência de imprensa da Dra Maria de Lurdes Rodrigues, a campeã das certezas absolutas, que parece vem dizer algo muito importante. Finalmente lá aparece com o seu ar seráfico e tomamos atenção. Uma jornalista pergunta-lhe se vai suspender o modelo de avaliação dos professores, tendo em atenção a oposição generalizada de todas as organizações de professores e dos próprios. Ela responde que teve um dia muito ocupado com reuniões que a levaram a entender os pontos de vista de algumas dessas organizações e que continuava a trabalhar. Posta perante a questão da suspensão do modelo ou não, começa a responder com voltinhas de linguagem, praticamente sem dizer nada de novo. O telejornal sai da conferência e vai para outras notícias. Em resumo, a montanha pariu um rato. O que andará naquela brilhante cabeça ou quem lhe teria aconselhado a fazer uma conferência de imprensa de repente? Para nos entreter com habilidades discursivas e evasivas? Mostra que aprendeu bem com o chefe Sócrates que também costuma dizer muito pouco. Ah, esquecíamos de referir que este perante a s chefias militares terminou um discurso com palavras de Camões (Esta é a ditosa pátria minha amada) e com um viva as Forças Armadas! Isto deve ser sinónimo de maiores pesadelos para os militares pois a invocação do poeta pretendia. certamente, por os militares a chorar...

segunda-feira, novembro 17, 2008

No Name têm os que os orientam

Público
Outros cinco suspeitos só vão ser ouvidos amanhã
"No Name Boys": três detidos saíram em liberdade

17.11.2008 - 21h38 Lusa, PÚBLICO
Três dos 13 detidos na operação que visou elementos da claque benfiquista “No Name Boys” saíram em liberdade do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, enquanto outros cinco foram transferidos para as instalações do Governo civil de Lisboa, uma vez que só amanhã deverão ser ouvidos.

O fenómeno das claques não andará ligado aos negócios dos clubes de futebol? Quem os incentiva? A quem dá jeito a sua existência? Não nos venham com a historia de que é um fenómeno desportivo para entreter jovens. Prendem-se os pequenos mas os tubarões continuam à solta. Para nós não passam de marionetas de senhores muito ilustres que se dedicam a altos jogos e não incendeiam autocarros para enraivecer a populaça.

Estamos fartos de rótulos

Ferraz da Costa que nos parece ter parado no tempo, veio à Sic Notícias explicar que 70% dos professores portugueses são comunistas! Para ele todas as manifestações havidas são obra do PCP. Valha-nos Santa Bárbara! Onde é que já ouvimos isto?
A partir de agora quem reclamar os seus direitos é comunista! E quem não gostar do governo do Sr Sócrates é fascista? Deixem-se de rótulos...

A luta popular de Saldanha Sanches

Por falar em comentadores, o ex-MRPP Saldanha Sanches veio hoje à SIC vestidinho com um casaco feito com pano de bilhar, armado em justiceiro dos off-shores. Vá lá que acabou por reconhecer que os impostos dos Estados são elevados sobre os rendimentos e que algumas operações só são viáveis sem essa exagerada carga fiscal. E qual será a diferença entre não pagar os tais impostos para satisfazer a mania das grandezas dos Sócrates & Cª e outras habilidades legais (mas imorais) e essa dita fuga? Mais tarde ou mais cedo esse dinheiro entra no circuito produtivo através de investimento e gera impostos. Não será assim? E só haverá dinheiro lavado nas off-shores? E quem criou as off-shores? Foi obra divina?

Comentadores, uma fonte de sabedoria

Já nos era difícil aturar os comentadores desportivos na televisão. As suas análises complicadas do que é simples enjoam-nos. Agora começamos também a ter a tentação no dedo de mudar de canal e muito, muito depressa. Ele são professores de economia que só têm um olho e fazem análises desastradas, tentando tapar o sol com a peneira ou então fiscalistas e empresários meio vesgos. Hoje apareceu um a dizer que o dinheiro injectado nos bancos era muito bom para evitar o efeito dominó (jogo que nunca foi tão popular) e que era mau injectar dinheiro na indústria automóvel norte-americana porque os sindicatos eram muito fortes. Claro que o dinheiro injectado para tapar buracos em jogos financeiros duvidosos é bom para os gestores aldrabões mas manter milhões de postos de trabalho é mau. Continuam a esquecer-se que tudo na Economia se refere a utilização de recursos para satisfazer necessidades e que o dinheiro é simplesmente um meio de facilitar a troca. Continuam a esquecer-se que existe uma economia real e não modelos abstractos de sala de aula. Para o leigo que nada estudou destas matérias eles parecem sábios mas as suas teorias vê-se onde nos levam. Depois defendeu o crescimento da China para permitir exportar para lá, esquecendo-se dos direitos humanos, do trabalho condigno e do direito ao descanso dos trabalhadores e também da poluição que acabará por nos liquidar a todos. E já agora, porque não investem em África para aumentar o equilíbrio das trocas mundiais?
E finalmente, lembrem-se que os recursos são finitos e que a aumentar sempre a produção, um dia nem haverá talvez que comer (veja-se a destruição das águas do mar, a poluição dos plásticos e lixos informáticos e quejandos). Sim é necessária uma nova ordem económica que satisfaça necessidades reais e não nos atire para o abismo ou para guerras que permitam a sobrevivência apenas dos vencedores. E por falar em sobrevivência, vejam se tiram o Vitor Constâncio do Banco de Portugal. Sempre seria uma ajudinha para nos livrarmos de um sonsa que não sabe para onde cair.

domingo, novembro 16, 2008

O suave perfume brasileiro


Ana Beatriz Barros

Quem sai aos seus não degenera

Vital Moreira escreve no Causa Nossa
Activo político
Não tendo conseguido evitar a guerra da maioria dos professores contra a avaliação (e contra as demais reformas no ensino), o Governo só tem uma via a seguir, se não a quiser perder -- tornar claro que não cede, aguentar firme e ganhar a população a seu favor contra a tentativa de boicote corporativo, invocando o interesse geral (e sobretudo o interesse da escola e dos alunos) contra os interesse sectoriais e profissionais.

Ai, a velha escola marxista-leninista que vem, de vez em quando, ao de cima. Aqueles tempos radiosos da obediência cega aos iluminados do Comité Central...

Por aqui se vê que somos um país irmão


moon316
Publicado ao abrigo de uma licença Creative Commons

Estes ainda não estão amordaçados

O silêncio do Presidente

No Telejornal, a jornalista questiona o Sr Cavaco sobre a sua manutenção de confiança no Dr Dias Loureiro, ex-administrador da SLN (Sociedade Lusa de Negócios - caso BPN) conselheiro por ele escolhido e aquele pede que compreenda a sua não resposta.

Claro que compreendemos e bem. Pode ficar descansado. Não se passa nada. Zero. E ponto final.

O inocente Vitor Constâncio

josemariamartins escreve:

Terça-feira, Novembro 04, 2008
Nacionalização do Banco Português de Negócios - A ponta do Iceberg da corrupção e da vigarice


O Diário de Notícias de hoje, notícia que o Governador do Banco de Cabo Verde informou o Governador do Banco de Portugal que havia irregularidades no Banco Insular, em Cabo Verde, logo em Março de 2008, como se pode ver aqui:

Victor Constâncio - que tem um"ordenado" no montante de quase o dobro do seu homólogo nos Estados Unidos da América - nada terá feito.

Com o colapso do BNP o Governo de José Sócrates decidiu nacionalizá-lo. O Governo estava entre a espada e a parede e preferiu a nacionalização.

A primeira questão é esta: Porque não agiu de imediato o Governador do Banco de Portugal? Nomeadamente participando os factos ao Ministério Público?

A segunda é esta: Como é possível que Victor Constâncio - fracassado Secretário-Geral do Partido Socialista - ter estado quieto desde Março de 2008?

Boas perguntas. Só que a maioria dos ilustres gestores socialistas tudo farão para apagar os traços...

Apenas o Sócrates e o Barroso aceitaram


nicholsoncartoons

Quando a verdade vem ao de cima

Público
Segundo Manuel Alegre, "o partido [PS] neste momento é uma máquina eleitoral, é uma máquina de poder. Deixou de ter uma vida própria e uma vida autónoma, a direcção do partido é o Governo".

E que bem exerce o poder em benefício de meia dúzia... Tudo em nome do socialismo. Esperemos as palavras simpáticas do Vital Moreira a explicar o inexplicável.

O desencanto: fome, ensino e política

Domingo que termina. Semana nova que começa. Repetição de ritmos assumidos na constante Metropolis que se instalou nas nossas vidas. Na Etiópia correm risco de vida 5 milhões de pessoas por falta de alimentos. Ninguém se incomoda. Falam na seca e no aumento do preço dos alimentos. Ficam por aqui as intervenções de Banco Mundial e de todos os bancos centrais. Encantadora e singela posição do salve-se quem puder. Na boca dos famintos não entra a piedade dos cristãos. Entra a penas a saliva das rezas exteriorizadas e dos améns.
Em Portugal, os professores ainda não desistiram de vir à rua manifestar o seu descontentamento. Como pode isto acontecer, pergunta-se o Governo, com tanto futebol e com tanta telenovela? Ingratos é o que eles são. Deviam curvar a espinha como todos os outros e submeterem-se voluntariamente ao arbítrio e ao poder absoluto. Será que eles não estão contentes pelo Ronaldo ter marcado o seu 101º golo?
Avaliar e controlar. Reformar e sacar. Deixar os crimes de colarinho branco impunes. Isto sim é bem governar-se.
Manuel Alegre diz que talvez não acompanhe Sócrates nas próximas eleições. Até este pacífico socialista começa a ter vergonha de entrar na palhaçada. Cumprirá ou voltará ao rebanho? Veremos...

quinta-feira, novembro 13, 2008

O santo padroeiro do BPN e amigalhaços


Al Capone

O país das maravilhas

Nascem em bairros de lata. Não vão à escola e os seus locais de brincadeira são as ruas. Os pais, também eles párias forçados de uma sociedade desumanizada, emborracham-se e batem nas mulheres. Querem possuir o que os outros jovens têm e não podem. Vêm a felicidade nos objectos mais ou menos sofisticados da sociedade de consumo. Começam a roubar na adolescência, a fazer sexo com um machismo entranhado na pele. Fazem filhos cedo que irão prolongar o mesmo ciclo. Falam mal, são agressivos e revoltados. Mais tarde ou mais cedo irão ser julgados e parar à cadeia.
Ao seu lado, passam, nas viaturas reluzentes, os sortalhudos desta roda cega que alimenta a sociedade. Estes acham que os outros feios e porcos tornam o ambiente feio.
Estes admiram os futebolistas, os modelos e os Vitor Constâncios do sistema. Para aqueles espertos são os que roubam milhões. Passam trinta anos e tudo fica pior. Culpa de quem? De ninguém...

Uma região em decadência

JN
Norte bate recorde de taxa de desemprego
A região Norte atingiu o máximo histórico de 186 mil desempregados, segundo um estudo divulgado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional. A falta de mão-de-obra qualificada continua a sentir-se e o salário médio mensal está 9,5 por cento abaixo da média nacional.

A miséria nortenha é compensada pela ilusão de ganhar no jogo da bola. Quanto ao resto é uma verdadeira tristeza. E chamam-lhe a capital do trabalho. Só pode ser por ironia...

Aplauso dos alunos aos membros do Governo

JN
Alunos atiram ovos a secretários de Estado
JN
(Em actualização) A equipa de intervenção rápida da PSP foi chamada à Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, após vários alunos terem atirado ovos aos secretários de Estado da Educação Valter Lemos e Jorge Pedreira, confirmou ao JN fonte das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.

Se a moda pega, qualquer dia não há ovos suficientes para mimosear os governantes...

O inocente governador do Banco de Portugal

JN
Operação de financiamento de 100 milhões foi subscrita por clientes do banco
Constâncio autorizou SLN Valor a financiar-se junto dos clientes do BPN

13.11.2008 - 09h22
Por Cristina Ferreira
O Banco de Portugal (BdP) autorizou em Julho deste ano accionistas do Grupo Banco Português de Negócios (BPN) a endividarem-se em 100 milhões de euros junto dos clientes do banco, através de títulos de dívida de curto prazo.

A decisão da autoridade de supervisão decorreu três meses antes da nacionalização do banco e quando já era do seu conhecimento que este se encontrava insolvente, com uma insuficiência de 800 milhões de euros. O BdP já veio dizer, no entanto, que nessa fase ainda estava à procura de uma solução para o BPN.


Toca a tapar o buraco com o dinheiro dos clientes mesmo que o BPN já se encontrasse insolvente. Sem qualificativo. Até onde vai a sem-vergonha?

A culpa morreu solteira

Jornal de Negócios
João Salgueiro defende governador do Banco de Portugal
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), João Salgueiro, saiu hoje em defesa do governador do Banco de Portugal ao afirmar que não vê "nenhuma razão" para se dizer que a supervisão falhou.
Jornal de Negócios com Lusa

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), João Salgueiro, saiu hoje em defesa do governador do Banco de Portugal ao afirmar que não vê "nenhuma razão" para se dizer que a supervisão falhou.

"Não vejo nenhuma razão para dizer que a [supervisão] foi lenta", disse João salgueiro, acrescentado que "o importante é que a acção seja rápida" e que "o problema é da justiça".


Mais um compagnon de route que sai em defesa do desgovernador...

O que não queremos ver

quarta-feira, novembro 12, 2008

Quando há gente graúda não há segurança para ninguém

Correio da Manhã

12 Novembro 2008 - 09h00
Estado das Coisas
Mendigar segurança
“A segurança do juiz não pode ser vista como uma esmola que o Governo dá, como um favor que presta”


Os juízes consentiram que este Governo os tratasse a pão e água, clamando e mendigando sempre por melhores condições de trabalho. De forma envergonhada, lá iam pedindo essas condições, sempre com medo de incomodar quem decide. Raramente souberam ser ouvidos com eficácia. Mas é preciso dizer ‘basta’ no que toca à sua segurança. O juiz não tem de andar a mendigar a sua segurança ao Governo.

Vem isto a propósito da anunciada decisão da direcção da PSP de pretender retirar protecção ao juiz Carlos Alexandre,o único juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, onde estão os processos mais ‘quentes’ da Justiça portuguesa, como a ‘Operação Furacão’, Portucale, Freeport, submarinos e BPN, todos envolvendo ‘gente graúda’.

Assim funciona melhor a democracia socialista. Os juizes que tenham juízo senão ainda apanham. O Estado lava daí as mãos. Estamos mesmo a ver o teor das sentenças.

Há máfias da noite e máfias de dia

Lisboa: Julgamento da Máfia da noite em risco. Juíza pergunta se há medo
Testemunhas temem Máfia da noite

Quando construiu a acusação por associação criminosa e lenocínio contra o grupo de Alfredo Morais, o Ministério Público tinha asseguradas quatro testemunhas-chave: o agente da PSP espancado, além dos sócios-gerentes do Gallery, do Elefante Branco e um funcionário deste bar de alterne. Os últimos três garantiram na fase de inquérito que eram aterrorizados – o grupo impunha-lhes as várias prostitutas que controlava e ainda lhes extorquia milhares de euros em troca de segurança. Quem não pagasse, sofria. Agora, ou não aparecem ou estão a desmentir tudo em julgamento. A própria juíza levantou ontem a suspeita de existir "medo" e a PSP deverá reforçar desde já a segurança às testemunhas ameaçadas.

E algum pedófilo foi condenado? E do Apito Dourado? E alguém de BPN vai ser investigado?

O Provedor Nacional de Buracos

JN
"Numa economia de mercado há fraudes"
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, considerou que num sistema de livre iniciativa existem fraudes e lembrou que os buracos encontrados em bancos noutros países não levantaram dúvidas sobre a supervisão.
Se há mais incompetentes no mundo está tudo justificado...

Vitoe Constâncio de consciência tranquila

JN
BPN: Vítor Constâncio sem peso na consciência
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, rejeitou qualquer responsabilidade em relação ao que aconteceu no BPN, afirmando que não se demitirá

Se ele se demitisse é que era para admirar. Num país onde a vergonha desapareceu de cena e só os proveitos contam, tolo era ele para destoar do ambiente geral.

Números não são para a ministra

JN
Ana Jorge deixou de ter condições para tutelar ministério
O deputado do PSD Carlos Miranda considerou hoje que a ministra da Saúde, Ana Jorge, deixou de ter condições para tutelar o ministério depois de ter manifestado ignorar o valor das dívidas acumuladas do sector.

Uma ministra que não sabe a quantas anda. Aliás, não é uma grande novidade que grande parte do governo não sabe o que anda a fazer. Vai por palpites...

Democracia boa só a do governo

JN
Sócrates lamenta "comportamentos anti-democráticos" em Fafe
O primeiro-ministro, José Sócrates, lamentou os "comportamentos anti-democráticos" registados terça-feira em Fafe, quando alunos da Escola Secundária local atiraram ovos ao carro da ministra da Educação.

Agora são os alunos que são anti-democráticos? E o que vem fazendo esta maioria absoluta que nos governa? Lobos disfarçados de socialistas arriscam-se a levar com ovos e tomates quando o povo acordar da letargia.

Um país onde a democracia funciona


nicholsoncartoons

O governador vai nu...

Todos se aprestam a defender o Dr Vitor Constâncio de qualquer culpa na falta de controlo do sistema bancário. Manuela Ferreira Leite é uma política que não se refere ao assunto e ao passar pelo blog Bicho Carpinteiro verifico que José Medeiros Ferreira escreve o seguinte:"Será que vão acusar Vítor Constâncio e absolver os accionistas e os pretéritos gestores do Banco Português de Negócios.?Há gente capaz de tudo..."
E a quem mais acusar? Certamente o Papa ou o Belzebu...
Vitor Constâncio tem a rara virtude de encaixar em todas com o seu ar seráfico de intelectual despreendido das coisas terrenas e capaz de embrulhar qualquer assunto económico ao sabor do poder estabelecido. Estar lá ou não estar teria o mesmp efeito: igual a zero. Aliás, ele é o padrão típico do assexuado, multifacetado e acomodado, elemento de bloco central da política económica que vem desgraçando o país.

terça-feira, novembro 11, 2008

Leilão de político

A Tribulandia e os mil ladrões

A Tribulandia tem como poderes reinantes dois grandes grupos: o PS (Pedantes Salafrários) e o PSD(Parvos Solidários Delirantes). Os seus membros mais ilustres alternam entre os orgãos de poder "democrático" e a gestão de empresas. Enquanto uns em nome do "socialismo", entenda-se Estado, sangram os cidadãos através dos mais absurdos impostos e do cortar de direitos, os outros vão-se governando através de uma gestão de sapateiros, deslocando os fundos das empresas para os seus bolsos e dos amigos. De vez em quando trocam de lugar mas o sistema segue igual. Quando já estão suficientemente gordos e anafados, o amigo Estado (deles) para cobrir os enormes buracos, injecta o dinheiro dos impostos e justifica-se com o interesse do povo. Este, na sua maioria analfabeto, acredita que a glória da Pátria se mede pelo êxito do futebol (uma máfia incrustada no sistema), que a telenovela é um sonho de viver e que os radiosos amanhãs também chegarão um dia para eles, depois de terem trabalhado dezenas de anos a ganhar uma miséria, endividados até ao pescoço para comprarem um GPS, um Phone ou outra porcaria qualquer tecnológica. No meio de tudo isto, meia dúzia de padres lá pregam no deserto, um ou outro jornalista tenta chegar à verdade e um ou outro escritor brada em vão. Outros dois grupos, o PC (Parvos Convictos) e o BE (Barraca de Espumante) lá compõem o leque para estabelecerem algum contraponto, sem qualquer resultado prático.
Perfeitamente drogado, o povinho acredita que o Miguel dos Cadinhos se foi sacrificar para salvar o BPN (Banco para as Negociatas). Se tudo isto não fosse trágico daria uma excelente comédia.

sábado, novembro 08, 2008

Leis feitas por medida

Maria de Lurdes Rodrigues continua a ser contestada na rua pelos professores. Hoje na televisão veio dar uma imagem das certezas absolutas que enformam este governo. A determinada altura refere que qualquer lei deve ser cumprida. Claro que em todos os países há leis, algumas bem aberrantes como a pena de morte ou o apedrejamento das mulheres adúlteras, dependendo de quem tem o poder de as fazer. Hitler, Mussolini e Franco também tinham as suas leis. Todos os que não professavam as suas ideias podiam ser mortos, torturados ou até queimados para sabão como os judeus. O cidadão tem o direito de protestar contra as leis que mais não fazem do que dar satisfação a alguns ou são extremistas. Podem ferir a moral, a equidade, o direito à dignidade e daí o direito ao protesto e à indignação. Claro que uma "democracia" com maioria absoluta pode equivaler uma ditadura. Basta reparar nos sorrisos descarados dos governantes quando interpelados pela oposição como quem pensa: - Vai-te adiantar muito! Lá estarão os paus mandados do partido para lhes assegurar que nada se alterará.
Querem lei mais fascista do que a proibição generalizada de fumar? Claro que o povo domesticado vem para a porta dos cafés como intocáveis dar um espectáculo triste e humilhante. Onde estão as provas científicas de que o fumo passivo mata? O que se passa é que o estado se julga dono e senhor de todos e tem que velar pela aplicação dos fundamentalismos. Já agora porque não proíbem todos os carros de circular?
Nada como uma boa hipocrisia para ser bom governante na Tribulandia...

quinta-feira, novembro 06, 2008

Pequeno ladrão fala verdade, ladrão fino faz sentença

Migula Cadilhe, paladino da via privada

Pois está encontrada uma nova máxima económica: quando há lucros na Banca, estes são para distribuir pelos administradores e accionistas; quando há prejuízos estes são para ser suportados por todos os contribuintes, encarregando-se o Estado de injectar o que for necessário, em nome do santo funcionamento do mercado. Mais tarde se verá quem e como recuperará o capital dispendido. Mesmo assim, o Miguel Cadilhe não fica satisfeito pois preferia que o Estado injectasse "a fundo perdido" 600 milhões de euros e depois quem viesse atrás que fechasse a porta. Claro que a porta só poderia ser fechada se ele e seus amigalhaços recebessem a reforma dourada que lhes permitisse uns últimos dias tranquilos nalguma ilha exótica.
Assim, agastado e sério, disse aos jornalistas que era uma questão política. Claro que é política, sobretudo quando mexe nos bolsos. Tenha dó de nós Dr Miguel Cadilhe e veja se ainda tem a reforma do BCP que não deve ser nada má. Algo mais do que o salário mínimo...

domingo, novembro 02, 2008

Até quando?

O que não preocupa os Bancos Centrais


habacuc
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A Grande Dúvida


nicholsoncartoons

Comida feita, companhia desfeita

O general Loureiro dos Santos (reformado) lá veio à televisão e aos jornais dar conta do descontentamento dos militares. Segundo ele, quer evitar que algum militar mais exaltado chame ou pronuncie nomes feios a algum governante. De uma forma suave,lá vai dizendo que as queixas que ouve são muitas, que os militares ganham mal e têm fraca assistência médica. Refere o caso dos reformados e que os do activo se revêm no que lhes fazem. O que agora acontece com os velhos, é evidente que vai acontecer pior com os agora novos e altivos defensores da Nação. Já foram úteis quando fizeram o 25 de Abril: agora toca a irem para o seu buraco e a sofrer com os comuns portugueses.
A democracia é muito bonita mas primeiro estão os interesses económicos dos amigos. Só depois e lá para o fundo da fila vêm os valores, os sacrifícios e o arriscar da pele. E não se esquecem de aparecer garbosos nos desfiles para deleite dos que estão no palanque e que nunca fizeram guerra nenhuma a não ser a dos tachos...

Toca a construir a muralha de contentores na faixa do Tejo

Em Lisboa o Governo prepara-se para autorizar o alargamento do terminal de contentores de Alcântara, criando uma muralha dom cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura o que certamente agradará muito à empresa Mota-Engil, cujo presidente é um ex-ministro das Obras Públicas e figura importante do PS.
Os cidadãos impedidos assim de ver o rio e dele se aproximarem, já reuniram 5500 assinaturas para levar o assunto a plenário da Assembleia da República.
São uns ingratos que não estão a ver as vantagens que de tal amontoado resultam pois desta maneira ficarão mais encaixotados, gastarão menos solas a passear à beira-rio e sempre ajudam o Dr Jorge Coelho (e seus amigos estivadores) que é uma santa pessoa..

A pen vazia do Governo

Constâcia Cunha e Sá vem no "Público" de 30 p.p. sob o título Lapsos e Trapalhadas, informar que o Governo, fazendo o seu melhor,entregou na Assembleia da República uma pen vazia que devia conter o Orçamento de Estado e que tal facto não suscitou grandes indignações. No dia seguinte, num gesto de grande altruísmo, o Ministro dos Assuntos Parlamentares pediu desculpa ao Parlamento. Os deputados aceitaram comovidos as explicações do Governo e os jornais exultaram com a "humildade" do Dr Santos Silva e puseram-no "a subir" nas colunas que registam os altos e baixoss das personalidades do mundo. A jornalista admira-se ainda como é que se consegue explicar que o Orçamento de Estado, elaborado pelo Governo e entregue na Assembleia da República. esteja sujeito às intervenções criativas de um ser desconhecido, capaz de surpreender o primeiro-ministro com o alcance das suas medidas (isto refere-se à alteração da Lei de Financiamento dos Partidos que passou a permitir o financiamento por particulares em dinheiro que a lei, entretanto tinha proíbido) Este lapso foi atribuído a mão invisível.

Tenha vergonha e demita-se Sr Governador

Foi interessante ver a confissão de Alan Greenspan, perante o COngresso, de que errou ao confiar demasiado nas capacidades auto-reguladoras dos mercados financeiros o que segundo João Caraça, Director do Serviço de Ciência da Fundação Gulbenkian, mostra bem a hipocrisia e o vazio das elites que, ao abrigo do poderio militar dos Estados Unidos controlaram os destinos de metade do mundo durante a agonia, o óbito e as exéquias da ordem da "guerra fria".
Hoje, em noticiário especial da SIC Notícias, vem o Dr Teixeira dos Santos acompanhado do sacristão Vitor Constâncio dar a notícia da "nacionalização" do Banco Português de Negócios. Se a atitude do ministro se entende pela aflição de salvar o sistema (podre) dos mercados financeiros em Portugal, já se entende menos a aparição do Dr Vitor Constâncio que deveria ter a decência e vergonha intelectual de não aparecer com o seu arrazoado técnico e vazio para disfarçar a incompetência do Banco Central que não controla nem nunca controlou nada, a não ser obrigado pelas circunstâncias. Lembram-se do caso BCP? A manta cobertora do inócuo Dr Constâncio lá foi sobrevivendo. E as imparidades para aqui, e as medidas europeias para acolá, e a regulação dos mercados e bla, bla, bla...
É as estes imbecis que entregamos as nossas poupanças e a vigilância das práticas que nos levam ao desastre. Haja paciência! Parece que o país se voltou de pernas para o ar e que uma ventoínha divina começou a espalhar merda para todo o lado.
Esquecíamos de referir que o ministro, para dourar a pílula, informou que vão liquidar as dívidas atrasadíssimas aos credores do Estado. Na verdade, isto depois da inspecção feita aos emails dos funcionários, e da penalização dos devedores de IVa não cobrado para contrariarem os Tribunais, não deixa de dar uma ideia dos princípios que norteiam este Governo: navegar ao sabor do vento.

sexta-feira, outubro 31, 2008

A democracia dos palhaços

Um fenómeno muito interessante de verificar é que a legalidade na Tribulandia é imposta por escroques. Nascidos de fétidos ventres, convertidos do estalinismo, depressa decoraram os slogans do politicamente correcto e se arvoraram em defensores da "democracia" de barriga cheia para uns e miséria para a maioria. Como aliados, encontraram, rapidamente uma série de espertos que mamando na teta do orçamento e nos subsídios desviados da UE se transformaram em seus patronos e amos. Ficou a liberdade de falar mas com o grave risco de não arranjar emprego sem o cartão do partido. E todos se arranjam quer sejam de esquerda quer sejam de direita, se isto ainda tem algum significado. O país afunda-se em dívidas, as empresas abrem falência, os velhos são roubados nas suas reformas com impostos que não lembram ao diabo, há centenas de milhares sem qualquer tipo de assistência médica, a educação ficou uma palhaçada mediática e para estatística europeia ver, as telenovelas e o futebol encarregam-se do resto. Scolari foi embora mas deixou a virgem para nos acudir, os pedófilos pavoneiam-se e os transexuais viram vedetas. Maior porcaria seria difícil de imaginar pelo próprio Belzebu, senhor das Moscas. Isto para lembrar que as moscas mudam mas a merda é sempre a mesma. Já nos esquecíamos de falar do último progresso: o Magalhaes para quem não sabe nada das TIC.

segunda-feira, outubro 27, 2008

Beleza brasileira


Daniela Sarahyba

A democracia existe?

P: ¿Cree usted que la democracia existe? ¿La ha visto usted?

R: La formal, al menos, sí. Claro que existe. Pero, ¿quien puede creerse a estas alturas que el pueblo es soberano? ¿Que pasaría con los ejércitos si fueran los pueblos los que adjudicasen los presupuestos a los militares? Pues seguramente serían mucho más reducidos. Un sistema como el español, con listas cerradas y mayoría absoluta en el gobierno, no es una verdadera democracia. Es tan sólo una democracia formal. Es una democracia autoritaria. Pero no quiero decir que esto sea así sólo en España. ¿Como se hace un presidente de los Estados Unidos? Pues a fuerza de dinero para la campaña. Luego ese presidente deberá devolver el favor a los que le dejaron todo ese dinero. A los que apostaron por él. Y eso no es democracia. Pero sí creo que podría articularse un sistema más democrático. La democracia puede reinventarse, no es algo terminado. Si por ejemplo cada contribuyente pudiese determinar el destino del dinero que paga con la declaración de hacienda, si por ejemplo cada ciudadano pudiese elegir el destino de un 40% de sus impuestos, se conseguiría que en lugar de una vez cada cuatro años los ciudadanos votaran una vez al año, y de un modo mucho más directo. Es en los presupuestos donde se hace la verdadera política. Dar al pueblo la capacidad de decisión sobre en qué se va a gastar el dinero seria aumentar la democracia, hacerla más verdadera.
Jose Luis Sampedro

Ainda há economistas decentes ao contrário de tanto serventuário deste pequeno país à beira mar plantado...

Quando Estaline inspira "democratas"

O governo da Tribulandia está cheio de estalinistas convertidos em neosocialistas da treta. Só que agora não perseguem o futuro igualitário nem os radiosos amanhãs mas sim o equilíbrio orçamental que pode deixar todos de tanga mas orgulhosos da inactividade gerada. A economia estagna (qual Cuba ou Sudão), o desemprego aumenta, a saúde piora, a educação é uma miragem de Magalhaes, os impostos não olham a meios para sangrar quem ainda tem algum dinheiro e são discursos e mais discursos de um europeísmo vazio e cheio de servilismo. Oa amigalhaços enchem os bolsos e quando se retiram da política preenchem lugares chorudos na actividade pública ou privada. O mundo para eles é uma maravilha. Alguns nem precisaram de frequentar as Universidades para serem doutores! O reino da incompetência baixou à terra. Chamam a isto democracia... Eles lá sabem porquê. Agora até o Ministro das Finanças manda ler os emails dos funcionários... Quando chegará a repressão física?

domingo, outubro 26, 2008

Ainda há bons tachos na Europa

É sempre muito educativo ver as reportagens sobre o parlamento europeu, sede da maior burocracia mundial. Aparece sempre um deputado de cada partido, bem vestidinho, cheio de sentenças balofas e de postas de pescada. Se pouco sabíamos sobre o assunto ficamos ainda pior. Parece que foram escolhidos a dedo. Aqueles lugares são uma espécie de reforma dourada para incompetentes sem fronteiras. E ainda nós não vislumbramos os que não aparecem mas enchem todos os edifícios da UE para elaborar regulamentos e exportar cera. E claro, não faltarão os filhos, os sobrinhos, as primas, as amigas e os amigalhaços de peito todos a comer do orçamento europeu. De vez em quando até convidam amigos para visitarem o cenáculo passarem uns dias em Bruxelas. Santa vida.

Há sempre um lobo mau à espera das nossas poupanças


nicholsoncartoons

Há sempre quem queira tapar o sol com a peneira

Na "Única" que acompanha o "Expresso" desta semana, João Pereira Coutinho citando Dennis Sewell descobre a pólvora ao invocar que foi na administração Clinton que ideias absurdas(?) de inclusão social pressionaram a banca a alterar as regras de prudência na concessão de crédito para que os mais pobres pudessem ter casa! Daí, após uma série de deduções palermas chega à brilhante conclusão que a crise financeira que o mundo atravessa deriva dessa política! Enfim, os coitados dos bancos quiseram ajudar o governo americano a dar casas aos pobres e eis o resultado! Assim, em vez de condenar a gestão ruinosa dos bancos transformados em casinos para lucros de muitos, especialmente os gestores, Pereira Coutinho transfere para os políticos (Clinton, claro está!) a responsabilidade da crise do sistema. Além da ignorância em matéria económica e financeira o articulista revela uma habilidosa maneira de passar uma esponja ou uma escova de sapatos nos pobrezinhos banqueiros. Achamos que deveria ler o Finantial Times, pelo menos, para aprender alguma coisa.

terça-feira, outubro 21, 2008

Quando faz geito a diferenciação ideológica

Vital Moreira escreve no Causa Nossa:

"Os Republicanos cortaram nos impostos dos ricos e nas despesas sociais. Os Democratas querem aumentar os impostos sobre os ricos para poderem financiar mais despesas sociais (incluindo o apoio ao seguro de saúde dos pobres).
Quem é que disse que nos Estados Unidos não faz sentido a luta entre a direita e a esquerda?"


É caso para lhe perguntar se em Portugal a mesma questão faz sentido. É tão bom saborear os prazeres do neo-liberalismo-socialista e dizer-se intelectualmente de esquerda. Assim se enganam os tolos com papas e bolos. Isto para não lhe chamar outra coisa.

segunda-feira, outubro 20, 2008

A memória fica apenas na pedra


Fasterdix

A curta memória dos democratas de pacotilha

Em tempos, Paulo Portas, ministro da Defesa lá conseguiu meia dúzia de euros para atribuir umas pensões de miséria aos combatentes da antiga guerra colonial. A palavra pátria estava banida do léxico dos "democratas" barrigudos e lá deixaram passar a decisão. Muitos regressaram sem condições para trabalhar, muitos foram prejudicados na sua vida profissional e, aleijados ou com doenças psicológicas, foram como sempre deixados à sua sorte. A memória é curta mas também foi à custa de muita luta desses militares que aconteceu o 25 de Abril. Só que os novos cristãos convertidos da política, bem instalados na vida à custa da banha da cobra, não queriam passar por saudosistas e como agora o orçamento está apertado, a seguir ao roubo que fizeram aos reformados, vão reduzir esses magros euros para os ex-combatentes. Para já não falar da sua sem-vergonha em tantos casos evidentes, esta atitude denota os mais baixos sentimentos e falta de sentido das responsabilidades. Claro que desta corja já nada mais resta a esperar de decente, e assim se regista mais uma indecorosa e podre atitude. Pode ser que a História os venha a recompensar...

quinta-feira, outubro 16, 2008

As meias soluções da crise


nicholsoncartoons

O segredo é alma da crise

Eles lá estão na TV: Silva Lopes, Macedo e Rendeiro. Discussão: crise. Que mais haveria de ser. Falam de regulação, da sua necessidade e de seus perigos. De menos ou demais. Macedo muito preocupado com o excesso de regulação do sistema financeiro que tão boa conta tem dados das nossa poupanças. Preocupado ainda com a palavra nacionalização (restos de um 25 de Abril para esquecer mas que lhes deu a oportunidade de saírem do buraco). Rendeiro explicando que os contribuintes vão ficar beneficiados com a injecção dos seus impostos nos bancos desfalcados e cheios de lixo tóxico! Claro que o dinheiro dos contribuintes serve para tapar buracos mas não serve para tirar o bolo aos que se desmandaram.. Silva Lopes, o mais esclarecido e decente intelectualmente, lá vai dizendo que o risco é elevado e que o prémio atribuído ao dinheiro emprestado se fosse atractivo não deixaria de interessar aos privados. A jornalista lá tenta levantar questões de coerência. Em vão. Estes senhores têm sempre umas palavrinhas no bolso para enrolar o cidadão. Empregam palavras difíceis mas explicam pouco. O segredo é a alma do negócio. É evidente que o jogo irá voltar ao normal, meia dúzia a puxarem os cordelinhos, os empregados políticos a passarem manteiga nos cidadãos e os de sempre a pagarem a crise.

segunda-feira, outubro 13, 2008

O paraíso socratiano/cavaquista

De boas intenções está o inferno cheio

O Presidente Cavaco aparece sempre cheio de recados abstractos e sem qualquer objectividade. Preocupado com as empresas, com a crise e com as famílias carenciadas vai debitando um discurso inócuo que não menciona responsáveis nem abre caminho a novas políticas. Fica bem com a sua consciência, tem o aplauso da Maria e vai dormir descansado no palácio. Dizem que se dirige ao governos e a seguir o primeiro-ministro diz estar inteiramente de acordo com o dito. Gostou muito de ver as vacas a ordenhar e achou os modelos do show da moda com caras bonitas. Acha que o IRC deve descer mas nem toca no IRS. Está claro quem vai pagar a crise: os de sempre, os contribuintes trabalhadores por conta de outrém. Com presidentes assim não há nação que sobreviva.

Ajudar os pobrezinhos


nicholsoncartoons

domingo, outubro 12, 2008

O fascismo latente

Segundo li no "El País", Christian Abbiati, guarda-redes do Milão sempre foi fascista em privado mas agora deu à luz algumas dicas sobre as suas eleições políticas. Recusa as leis radicais e a aliança de Mussolini com Hitler mas partilha dos ideais da pátria, religião católica e ordem. Por outro lado, Buffon, da Juventus foi denunciado pela comunidade judia e Cannavaro fez ondular uma bandeira fascista. Buffon usava a camisola 88 que remete para o famigerado Hitler e disse que não sabia mas logo a seguir escreveu numa camisola o slogan de Mussolini "Boia chi molla" (para a guilhotina quem se renda). Parece, inclusivé, que já não existe qualquer travão e muito menos sanção para que se exibam desta maneira. Ponta de um iceberg? Na verdade, como condutores de multidões para a alienação e pagos como divas de uma estranha religião estes novos ídolos do Circo de Roma (alastrado à UE) representam bem esta democracia podre que só mantém dos princípios o nome. Roubos por todo o lado, depois legalizados, riquezas ilícitas, miséria crescente, levam a sociedade a esquecer o que é convivência sã e preparam o terreno para piores tempos. Aqui fica o aviso para os incautos que acreditam na palavra vazia dos políticos actuais e esquecem que as mesmas pode ser o início de futuros mais sombrios.

sexta-feira, outubro 10, 2008

Poderia estar falando de Portugal...

A doença de Sócrates

Diario Digital

Crise aumentou procura de consultas de psiquiatria

«A procura de consultas psiquiátricas tornou-se mais aguda com a crise social», disse hoje à Lusa Jorge Bouças, director do serviço de psiquiatria do Hospital de Gaia.
Os problemas de saúde mental têm registado um aumento ao longo dos anos o que faz com que «um em cada quatro pessoas tenha um problema de saúde mental», disse Jorge Bouças.
A depressão é a quarta doença com maior prevalência no mundo, sendo que 121 milhões de pessoas sofrem desta patologia.
Em Portugal, 30 a 40 por cento da população sofre de perturbações mentais e depressivas.


E com tendência para aumentar com os discursos da próxima campanha eleitoral...

Um ex-arauto das vantagens dos produtos tóxicos

Diario Digital

À deriva
Luís Delgado

A Europa (e Portugal) finalmente começou a perceber que a crise financeira não é apenas um problema americano, e que os produtos tóxicos estão espalhados por todo o mundo, por força da globalização. A Europa e Portugal já aceitaram que a catástrofe financeira se transformou num terramoto económico, a todos os níveis e envolvendo todos os sectores, e que é necessário um plano de emergência transversal.

Não havendo dinheiro não há actividade económica, e isso tem um final dramático: os bancos paralisam, as empresas grandes e pequenas tornam-se incapazes de resolver as suas obrigações e necessidades, o desemprego sobe, as famílias tornam-se insolventes e a agitação social dispara. Convém, por isso, que os Governos não olhem só para o sistema financeiro. Isso foi apenas o princípio…


A memória é curta e pelos vistos o saber também é pouco...

Os novos pobres e a nova acção social

JN

Banqueiros espanhóis pediram 100 mil milhões de euros ao governo

A banca espanhola pediu esta semana ao primeiro-ministro uma injecção de 100 mil milhões de euros para responder ao problema de liquidez e responder à dívida que se vence até finais de 2009, revela hoje a imprensa espanhola.
O pedido foi formulado por responsáveis de bancos e caixas de aforro que se reuniram na segunda-feira com o primeiro-ministro, José Luís Rodríguez Zapatero, a quem informaram de que a dívida que se vence até ao final do próximo ano ascende a 94 mil milhões de euros.
Nesse encontro, e segundo o jornal ABC, os banqueiros informaram que a banca espanhola serve de intermediário para a injecção anual de 100 mil milhões de euros (10 por cento do PIB) através de empréstimos ao exterior.


Aqui está o resultado do incentivo ao consumo desmesurado...

A roda


nicholsoncartoons

quinta-feira, outubro 09, 2008

As vantagens do neo-liberalismo

Por todo o lado a banca treme e arrasta consigo um colossal stress do mercado de valores. De repente, a liquidez desapareceu. Para onde terá ido? Esfumou-se? Foi tão grande a asneira e a pouca vergonha que parece que os activos são virtuais. E não terá havido quem lucrasse com essas negociatas voláteis? Os governos, até aqui defensores da privatização geral, de tudo e de todos, viraram intervencionistas. Agora já não tem importância o défice. Necessário é tapar a má gestão que deu lugar a este estado de coisas. E, espanto dos espantos vemos a Inglaterra a nacionalizar, a Alemanha a injectar dinheiro e por aí adiante. A grande mistificação financeira perdeu oxigénio e deixou de respirar.
Todos os sábios relatam o acontecido mas não sabem o que fazer para restabelecer a confiança dos cidadãos. Pudera, gato escaldado de água fria tem medo. Mas não adianta fugir a este esquema montado; se não for de forma voluntária será forçada pois para isso existem os impostos para nos sugar o sangue.
Finalmente, também descobriram que a crise financeira afecta a economia real: a dos que produzem alguma coisa. Desorientados mas governados baixam a taxa de juro e injectam meios líquidos. A inflacção deixa de ser papão. E as "comodities" sobem. A favor de quem?
Alguns pedem mais regulação. Regular a aldrabice? Uma nova era se avizinha.
E quando a economia recuperar quem vai lucrar? Os mesmos que a puseram em crise.
Já agora, o que andam a estudar nas universidades os sábios que mandam bocas na televisão? Não seria melhor aprenderem jardinagem nos cursos de maiores de 23? Pelo menos teríamos os jardins melhor tratados.

terça-feira, setembro 30, 2008

A crise e as baratas tontas

Na televisão, Tony Blair, Vitorino e Costa Ribas. Uma santíssima trindade de banalidades feita. Atarantados com a crise da qual parece perceberem muito pouco, arranjaram uns remendos para o discurso não sair muito do anteriormente dito. Que a crise é global, grande novidade e que mesmo na crise há oportunidades. Claro que as há para os que ainda não foram afectados e vivem do discurso barato sem qualquer fundamento lógico nem fio de continuidade. Se nos deslocarmos para as telenovelas, veremos que a diferença não é muita. Uns e umas apelam ao coração e à lágrima fácil, outros ao doce desvario de um sonho de consumo transformado em pesadelo.
Ao menos o Herman deixou de fazer piada barata e dedicou-se aos concursos.
O Magalhães lá vai fazendo a delícia do Sócrates e o Chávez dá uma ajudinha preciosa ao negócio. Afinal, nem é já tão mau rapaz. Mas que grande elefante devem estar a engolir no fim das almoçaradas.. De facto, a tecnologia de "assemblar" computadores é algo que exige muita ciência!!! As criancinhas podem não saber ler ou interpretar um texto mas vão passar a saber teclar sem raciocinar. Belo! Já alguém pensou nos textos? Já alguém pensou nos professores que mal passam do Word? Sugerimos que ofereçam um Magalhães ao presidente Cavaco. Talvez assim, ele esqueça que os divórcios são mais do que uma partilha de bens. E por este caminho vamos, com a bolsa a parecer histérica de tanta oscilação.

domingo, setembro 21, 2008

A Europa dos copos e abraços

A roleta russa emocional

No "Expresso":

John Motulsky usou uma só palavra para descrever a atmosfera que se viveu até quinta-feira na capital do mundo financeiro:"Horrível". Mas, perguntámos, já bateu no fundo ou vai ainda piorar? A voz de Motulsky, director da StonehillCapital Management, denota cansaço e impaciência. Responde-nos com uma pergunta: "Quando é que o seu artigo é publicado? No sábado? Tenho pena de si, poeque o que você escrever hoje estará incorrecto amanhã, Ninguém sabe o que vai acontecer. É grave. Não posso falar. Estamos aqui numa reunião urgente.
Isto passava-se na quarta-feira, perto da meia noite.


A bolha da especulação e o encolhimento da "moeda" gerada pelo sistema bancário convivem com a mais profunda desorientação dos sábios. Será que eles, particularmente, também andarão aflitos?

Em directo para alegrar com o sangue dos outros

Há tempos aconteceu em Lisboa um assalto a uma dependência bancária, daquelas pequenas, com pouco dinheiro na caixa, mais parecendo uma pequena mercearia. Os assaltantes eram brasileiros, dois jovens que talvez sem encontrarem o eldorado ou um trabalho decente, iludidos pela facilidade com que se rouba neste país, impunemente, sobretudo os colarinhos brancos, decidiram, em má hora para um deles, tentar a sorte. Foram pouco hábeis, pouco treinados e meteram-se na boca do lobo. O acontecimento foi dado em directo e chegou a assistir-se ao tiro de um polícia nervoso, mais tarde considerado herói pelo ministro da tutela e pelos media. Louvou-se ainda a eficiência da policia perante tão "temíveis" assaltantes que até apareceram à porta da agência com a luz acesa e uma refém que pode fugir tranquilamente depois do tiro... Santa inocência que dá aso a tanta parvoíce tola de pessoas responsáveis. Não teria sido possível evitar o sangue se houvesse um negociador capaz? Encurralados não lhes restava outra saída senão entregarem-se. Aliás o produto do roubo não mereceria tanto sacrifício, pois a agência pouco dinheiro tinha.
Alguns xenófobos de pacotilha logo se deitaram a adivinhar roubos a partir da nacionalidade. Tanta tristeza num país que não se mede e que deixa tanto gatuno de alto coturno a passear-se por aí e a vociferar conta a justiça. Sinais de um tempo sem valores.

Cabecinha pensadora

No "Expresso":

Q.I. Lusitano

"Os trabalhadores são sensatos.(...)Vão aceitar as reduções salariais, que em muitos casos podem ser inevitáveis"

João César das Neves, economista, sobre os efeitos da crise, no "Diário Económico"

Com economistas destes quem precisa da crise da bolsa para empobrecer?

Coisas sem grande significado para ministro

Lemos no "Expresso" sobre o ministro Manuel Pinho, da Economia nos Altos e Baixos:
Entre 2000 e 2008 o gasóleo subiu 100% em Portugal e 52% na UE; desde Julho que o petróleo caiu 35%, enquanto a nossa gasolina baixou 6%. E o ministro só agora se indignou?

Se a falta de carácter matasse, muitas cadeiras muitas de ministro ficavam viúvas...

O negócio bancário


nicholsoncartoons

Há crises e crises

Estivemos ausentes uns tempos. A crise já estava latente. Há tempos que vínhamos chamando a atenção para os perigos de um mercado que não é perfeito; encerra muitas virtualidades mas a mãozinha não funciona sempre, especialmente quando a loucura se apodera de gestores pouco escrupulosos e que transformam os mercados financeiros em autênticos casinos. Assim, as aplicações especulativas que alguns julgavam não afectar a economia de bens e serviços deram o que tinham que dar: incobráveis. E a bola de neve financeira começou rolar. Grandes instituições sem liquidez para solver responsabilidades, auxílio dos Estados (tão mal referenciados pelos privados em tempo de vacas gordas) agora transformados em salvadores, impostos para tapar buracos e muitos administradores e especuladores de bolsos cheios. Assim vai o mundo. Agora toca a apertar ainda mais o cinto dos que sempre o tiveram apertado. Sim, porque isto está para os que beneficiaram das asneiras e não para os que passaram a vida a ir para o trabalho e a regressar a casa. Pelo meio, muito futebol, telenovelas, gadgets (iPops e outros) e uma tribo de comentadores e de palhaços a enganar os tolos.
Quando já todos estiverem de joelhos, aptos a tudo aceitar e sofrer mesmo vencimentos de miséria talvez a economia se relance e nova especulação tenha oportunidade de arrancar...

quinta-feira, julho 03, 2008

Medina Carreira põe a boca no trombone sobre a economia

Medina Carreira veia à SIC Notícias dar uma entrevista sobre o estado do país ao programa "Negócios da Semana". Aberto e contundente pôs a boca no trombone sobre a actuação do governo e sobre o descalabro que desabou sobre este país à beira-mar plantado. Muito do que expressou tem sido uma preocupação constante da Tribulandia em inúmeros "posts". Que os ministros não sabem o que andam a fazer e que são incompetentes, que o primeiro Sócrates não percebeu ainda nada do que se está a passar, que tudo não passa de uma palhaçada para inglês ver através dos meios de comunicação que testemunham actos pouco próprios de um governante que anda a conferir facturas na rua ou a distribuir computadores, em vez de pensar e cumprir o seu lugar. Disse claramente que a economia já estava há muito fragilizada e que tem tendência a piorar ainda mais quando a conjuntura internacional se agrava economicamente e que nada tem sido feito para alterar as estruturas. Em resumo, um autêntico desastre. O termo palhaçada é na verdade adequado.
Questionado sobre a possível evolução do país, no futuro, disse claramente que este tipo de regime democrático não serve porque os partidos e os seus políticos (a tratarem da sua vida e não da nação) são absolutamente incompetentes. Mais grave do que isso, disse ainda que a continuar tudo como até aqui não vislumbra o que se vai passar mas certamente não serão apenas protestos silenciosos.
O jornalista ficou um pouco incomodado e lá tentou levar a conversa para um tom mais conciliatório, sem resultado.
Os tempos estão a mudar e os puxa-saco habituais do governo devem ter ficado com as orelhas a arder. Ficamos satisfeitos por verificar que uma voz autorizada não está embalada no lodo habitual.

segunda-feira, junho 23, 2008

O Tratado de Lisboa

Pois é! O Tratado de Lisboa foi chumbado pela Irlanda. Malditos e pequenos irlandeses dirão os adeptos de uma Europa centralizada em Bona e Paris com uma florescente burocracia instalada em Bruxelas e a quem convinha desenvolver o seu domínio sobre tudo e todos. Aliás este novo Tratado não passa de uma série de remendos aos anteriores, pretendendo estender resoluções por maioria a muitos assuntos que mal se sabe como, dada a posição de muitos países em manter jurisdição própria sobre muitos temas. Mas eles não desistem. Querem a toda a força arranjar alguma coisa para manterem os privilegiados de Bruxelas. Matam a cabeça para arranjarem mais burocracia. Eles que são adeptos de um neoliberalismo doentio querem conciliá-lo com um novo Estado omnipresente em todos os pontos da Europa. Tarefa complicada.
Como já alguém disse em Bruxelas, primeiro têm que ser eles próprios a entenderem os regulamentos que elaboram. O que começou por ser uma tentativa de conciliar interesses de franceses e alemães tornou-se um elefante branco político que ninguém sabe onde vai parar. Aguardemos próximos capítulos de Barroso e sus muchachos.

quarta-feira, junho 11, 2008

A revolta dos camionistas

Os cheiros da Primavera nas escolas

JN
Rottweiller guarda escola
pedro antunes pereira

As condições da Escola Básica e jardim-de-infância de Visage, na freguesia de Cervães, são muito más. As crianças estão rodeadas de barreiras nas suas brincadeiras habituais. A olhar para elas está uma cadela rottweiller.
...
Mas as queixas não se ficam por aqui: a "eterna" falta de caleiras e os entupimentos e sistemáticos são mais alguns dos problemas apontados. "As caixas de saneamento, às vezes, entopem e as crianças, além de ficarem sem sanitas, ficam também com líquidos e cheiros nauseabundos". Para José Luís Alves, "isto é um verdadeiro atentado à saúde pública" para o qual já foi pedida a intervenção do delegado de Saúde de Vila Verde.


Assim se tratam as crianças neste país tecnológico do Simplex. Claro que o cheiro nauseabundo não é exclusivo das escolas...

Os arautos bem pagos da crise

A crise veio para ficar. O povo, cada vez mais endividado começa a sufocar. Vai valendo o facto de a selecção nacional ir ganhando uns joguitos aos turcos e aos checos. Como as coisa começam a ficar feias para o partido socialista que de socialista só tem a bandeirinha, os srs Mário Soares e Manuel Alegre, velhas relíquias do socialismo na gaveta, tentam através de declarações e comícios levar os seus adeptos a acreditarem que eles também pensam nos humilhados e ofendidos. Isto tudo, sem terem feito qualquer coisa para inverter a marcha da desgraça do governo. Claro que de boas intenções está o Inferno cheio. Esta bendita Europa de défice zero é uma autêntica corda de forca onde se metem alegremente a maioria dos cidadãos.
Será que estes intelectuais da política perderam a vergonha? Andaram a dar vivas à Cristina em prol da liberdade e depois fecharam os cidadãos num buraco de dívidas e de baixo nível de vida. Claro que a eles nada acontece, debaixo do guarda-chuva dos partidos, essa expressão de uma mentira descarada, onde o que hoje é verdade amanhã é outra coisa qualquer.

As consequências do aumento dos preços dos combustíveis

Os combustíveis atingem preços incríveis por causa de diversos factores: primeiro, os produtores que gerem a escassez; segundo, as petrolíferas que aproveitaram para realizar maiores lucros; terceiro, o governo que quer continuar a encher a arca som os seus impostos desalmados. Vai daí os camionistas revoltam-se porque já não aguentam o apertar do cinto. A sua associação passa o tempo a negociar com o governo, muito entretida. De modo espontâneo os camionistas, fartos de esperar, resolvem de sua livre iniciativa paralisar. Começam os problemas. Então os camionistas já não estavam domesticados pela sua querida associação? Mas que grande escândalo! Os engarrafamentos sucedem-se e as marchas lentas continuam. A associação sempre a negociar.Os produtos começam a faltar nos supermercados, muita gente a queixar-se e claro o governo à espera que o povo se vire contra os camionistas. Primeira conclusão: as associações e os sindicatos já começaram a perder o querido controlo dos associados para benefício dos seus dirigentes. O governo começa a conhecer o protesto dos seus cidadãos espoliados, especialmente o sr primeiro-ministro que parece ter a barriga inchada e daqui a pouco a cabeça e os poucos miolos que tem.
Na televisão, comentadores apressados vêm buscar a ilegalidade das manifestações por isto e por aquilo. Protestar sim mas mas dentro das água mornas e do lodo do sistema. Esquecem-se que nem os maiores impérios contiveram os cidadãos com papas e bolos durante os tempos da história.

terça-feira, maio 27, 2008

A crise e a alienação do povo

Finalmente, o resultado da ignorância dos nossos políticos está aí: a crise. O total desconcerto da governação, acompanhado pelo sentimento do crédito e do consumo infinito começa a revelar as falhas de um tecido político, económico e social esfrangalhado. Perdido o sentido do bom senso em matéria de crédito bancário para exacerbar o consumo individual que se transformou no paraíso terreno, aberto o mercado à inevitável concorrência de empresas muito mais poderosas, o país tem vivido não o sonho de uma vida mais tranquila e de progresso mas sim o sonho de sermos campeões da Europa. Uma classe de afortunados beneficiada e uma multidão de aparentes europeus adormecida no doce embalo do futebol, das fofocas e das telenovelas eis o quadro triste onde se vai inserindo o fenómeno da pobreza real. São trinta anos de loucura colectiva, amenizados por comentadores serventuários do poder. E a loucura continua. Ele são entrevistas das mulheres dos jogadores, ele é o seleccionador a fazer de agricultor e o Mourinho a dar lições de liderança e do ganhar fácil. Toda uma máquina montada para a alienação.
Fracos e pouco desenvolvidos tecnicamente, julgamos que a competitividade se mediria pelo tamanho dos Mercedes pagos a anos de vista. Incultos, propagamos a facilidade da obtenção de diplomas sem qualquer esforço para reforço das estatísticas a mandar para Bruxelas. Nada de modificar o tecido empresarial ou de investigar. Nada de apoiar as boas iniciativas desbaratando subsídios sem qualquer efeito económico reprodutor. As pequenas e médias empresas são apenas um slogan de comício e a concentração em meia dúzia de grupos pouco imaginativos é a regra, submetendo o consumidor a autênticos carteis de enriquecimento que nunca deixam de se alimentar do Estado e dos nossos impostos.
Claro que o mercado tem muitas virtudes mas tem algumas falhas. Entre elas a falta de concorrência, a gestão da escassez por parte de alguma empresas e factores externos como a intervenção do estado na fixação de condições que determinam o seu mau funcionamento (caso por exemplo de alguns impostos). Este não é um mercado de livre concorrência mas sim um mercado de livre actuação de algumas empresas poderosas. E a diferença é substancial.
Rezemos para que a selecção ganhe à Turquia e esperemos que os nossos tão sábios economistas, de receitas feitas, resolvam a maneira de chegarmos à final do Europeu.

domingo, maio 18, 2008

A lei é para os outros...



Desculpas esfarrapadas cada um dá as que quer...

Um país onde a tristeza assentou arraiais

Tomava o café. Encetei uma daquelas breves conversas com a empregada que serve para quebrar o gelo de um qualquer balcão. Acabei descobrindo que tinha vindo há alguns meses da Suiça, onde tinha vivido muitos anos. Naturalmente, perguntei a razão da volta e se estava mais contente por viver na nossa terra. Sabia já das dificuldades que iria encontrar cá mas tinha julgado que se sentiria melhor junto do seu povo. Afinal, acabou ficando desiludida, não por uma questão de dinheiro mas sim pela diferença de ambiente social. Cá tudo era mais triste, menos convidativo a experimentar a alegria de viver. Enfim, ia voltar para a Suiça porque já não lhe agradava viver aqui. Paguei, desejei-lhe felicidade no retorno e fiquei também com vontade de partir para outro lugar. Este país ficou cinzento, cheio de carros com caras rígidas, egoísmo estampado nos olhares para os outros, americanizado no mau sentido do que lá existe de mais vulgar, desconfiado e competitivo pela baixeza, reino onde a mentira impera e o espertismo saloio se evidencia. Atenua esta mediocridade de vida a inserção da alegria dos imigrantes brasileiros e africanos que mesmo com dificuldades e muitas vezes mal acolhidos, impregnam os nossos dias de sorrisos e sotaques mais abertos.
Na verdade, esta cultura ortodoxo-cristã, misturada com certos estrangeirismos europeus está a gerar uma raça seca, anódina e de prazeres individuais, onde a ignorância substituíu a cultura e as contas do défice estrangulam o cotidiano.

sexta-feira, maio 16, 2008

Pagará Socrates pela sua falta de ética?

El País
¿Está justificada la mentira en política?

...
Por consiguiente, la primera virtud diplomática es el amor a la verdad, según dice el diplomático británico sir Harold Nicolson en su clásica obra de 1939, Diplomacy, que, por cierto, Kissinger menciona a regañadientes en su libro, en la página del copyright, pero luego no vuelve a citar en ninguna parte.
Eso significa que algunos estadistas como Thomas Jefferson tenían razón: no existe más que una sola ética sin divisiones. Ni siquiera los políticos y hombres de Estado tienen derecho a una moral especial. Los Estados deben regirse por los mismos criterios éticos que los individuos. Los fines políticos no justifican medios inmorales.
O sea, la veracidad, que está reconocida desde la Ilustración como condición previa fundamental para la sociedad humana, no sólo es un requisito para los ciudadanos individuales sino también para los políticos; especialmente para los políticos.
¿Por qué? Porque los políticos tienen una responsabilidad especial respecto al bien común y además disfrutan de una serie de privilegios considerables. Es comprensible que, si mienten en público y faltan a su palabra (sobre todo, después de unas elecciones), luego se les eche en cara y, en las democracias, tengan que pagar el precio, en pérdida de confianza, pérdida de votos en las elecciones e incluso pérdida de su cargo.

...

Algo que os políticos portugueses desconhecem...

quinta-feira, maio 15, 2008

Os vendilhões da Democracia

Vimos na televisão a notícia, segundo um estudo da Universidade Nova, que cada português trabalha 139 dias por ano para pagar impostos. Assim sendo, só a partir de amanhã, passaremos a trabalhar para nós. Um professor entrevistado diz que os portugueses andam adormecidos e nem têm consciência do que pagam. Funciona assim a música dos "socialistas" que devem ter aprendido com a criação de vacas e o aumento da produção leiteira através da difusão musical. E existirá pior droga do que o adormecimento das consciências? Transformamo-nos num bando de autênticos idiotas que sustenta um grupo de malandros, tudo em nome do santo dia do voto. Eles viajam, eles esbanjam, eles enriquecem os amigos e engordam-se e depois basta um conjunto de promessas que nunca serão cumpridas para enganar os eleitores. Chamam a isto "democracia". Entretanto, a vida vai passando para muitos num mar de amarguras à espera do reino dos céus. Ele são os desempregados que vegetam dias e dias sem qualquer sonho, os estudantes que nunca terão qualquer perspectiva de futuro e os doentes que morrem lentamente por falta de tratamento e mal mastigam por falta de dentes. Chamam também a isto espaço europeu e choque tecnológico. Os novos Coliseus erguem-se à custa daqueles impostos e devem estar desejosos do Campeonato da Europa para iludirem ainda mais o povo. Este, ignorante, lá continuará a tentar sobreviver e a carregar às costas os vendilhões da Democracia.

segunda-feira, maio 12, 2008

Averdade que tardou em vir ao de cima



Tanto se falou que finalmente este senhor reconheceu a verdade...

A democracia é uma palavra para esconder a corrupção

No "JN" de 13/4/08, jornal que folheamos por acaso, vemos Pedro Paixão, escritor, responder:

Votaria nos Estados Unidos e em quem?

Votaria sempre democrata. Uma coisa é poder votar, outra é a democracia. No Irão, na Rússia, em Angola também se pode votar. O que define a democracia não é esse privilégio. É ser um estado de direito. E, tristemente, Portugal é cada vez menos um estado de direito, é lugar onde não se faz justiça e em que a verdade não é apurada. Democracia é cada vez mais uma palavra para esconder a corrupção.

Aqui está uma boa definição da democracia portuguesa. Só se esqueceu que cada vez mais este país é um estado policial, quase de partido único e que a liberdade se confina à expressão.

Tapar o sol com a peneira

António Barreto, no "Público" de hoje, escreve sobre futebol e sobre um programa chamado "ALiga dos Últimos". Trata-se de um programa da RTPN que faz a reportagem dos clubes de futebol das divisões inferiores. A determinada altura escreve: "Não. O futebol também é do povo. Por isso se mostra o povo. Campos de terra batida, jogadores com quarenta anos e barriga proeminente, clubes carregados de dívidas e destreza desportiva mais ou menos nula. Jogos de nenhum interesse e de estética duvidosa. Por esse programa passam clubes que nunca ganham um desafio, que estão em vésperas de desistir e que por vezes têm dificuldades em alinhar o numero adequado de jogadores.
...
Não sei porque carga de água, o programa é hoje de culto. Os urbanos gostam e deliciam-se. Dizem-se ali boçalidades cruas. Toda a gente bebe cerveja a mais. Aquelas brincadeiras de bairro ou de aldeia aspiram agoa o momento de glória que lhes é trazido pelo facto de os novos dirigentes da RTP teram passado o programa para a RTP1, às 21H00 de sexta-feira...
É uma hora de autêntico desprezo social pelos aldeões, pelos provincianos, pelos pobres, pelso gordos, pelso mais velhos, pelso ignorantes e pelosa analfabetos."


O que encontramos de engraçado neste artigo do intelectual é esta separação entre este tipo de futebol e o chamado de Liga de Honra, onde se exibem as vedetas. Se pensarmso bem o tipo de público é o mesmo, descontando os políticos, os ricos, as madames e os pseudo intelectuais que têm sempre uma predilecção clubística para se identificarem com o povo. Será que ele nunca foi a um estádio de futebol e tem apenas uma imagem idílica do que se lá passa? Será que nunca ouviu os palavrões, a idiotice de gritar golo quando a bola passa a dez metros da baliza, os saltos de autênticas molas, os apupos, as assobiadelas e o choro dos que acham que perdem? Será que nunca viu os adeptos aos abraços, os jogadores a apalparem o traseiro dos colegas e o ar parvo dos dirigentes e convidados muito compenetrados como se estivessem na ópera?
Este futebol é idêntico ao outro só que com mais mediatismo e mais elaborados comentadores que o tentam tornar ciência. Sr António Barreto olhe para o povo em geral e verá muita boçalidade nua ou disfarçada. Não é assim que o querem? Sublisso e disposto a carregar toda a vida uma miséria encoberta, na cauda da Europa, num país onde meia dúzia de manobradores e corruptos puxam os cordelinhos?

domingo, maio 11, 2008

Pinto da Costa vai tentar salvar a honra do clube ou a sua pele?



Depois de um simulacro de justiça para inglês ver e que praticamente não altera nada, parece vergonhoso tentar culpar um clube tão prestigiado, muito antes de ter deste tipo de dirigentes, quando o que está em causa é o que ele fez. Os dirigentes passam e o clube fica...
Também haverá franchising de corrupção?

Venha a nós o vosso reino



Prof Martelo falando da fome no mundo, do encarecimento dos cereais, da "política" e dos livrinhos que lhe oferecem... Uma verdadeira enciclopédia para dar sono, Pena que não fale cerca da meia-noite. O gesto é elucidativo. Parece que lhe custou a engolir alguma coisa... Amanhã há mais. A não perder.

terça-feira, abril 29, 2008

Um artigo que vale a pena ler

Six crises qui bousculent l'ordre économique mondial
LE MONDE ECONOMIE | 28.04.08 | 14h10 • Mis à jour le 28.04.08 | 19h54


A quelle place l'Histoire situera-t-elle la crise globale - dont les symptômes sont à la fois financiers, monétaires, économiques, alimentaires, énergétiques et écologiques - que subit la planète depuis mi-2007 et qui s'est accélérée en ce premier semestre de l'année 2008 ? Quelle sera son amplitude sur l'échelle de Richter des tremblements de terre économiques et sociaux ? Plus forte que la grande dépression de 1929 ? Similaire à celle des années 1970 où, juste avant le premier choc pétrolier de 1973 et la récession du deuxième semestre 1974, des scientifiques, des industriels et des économistes, fondateurs du Club de Rome en 1968, appelaient dans le rapport Meadows (1972) à stopper la croissance, afin d'éviter l'épuisement des ressources de la planète d'ici à la fin du XXIe siècle ?

Milagres do apito dourado

Faltam documentos no processo Apito Dourado
Juiz quer saber as regras para nomeação de árbitros

O juiz presidente do julgamento do caso Apito Dourado solicitou hoje documentos em falta no processo, entre os quais um comunicado da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sobre as normas de nomeação de árbitros para a época 2003/04.

Vários arguidos estão acusados de violar as normas da FPF para a nomeação de árbitros, mas estas "não existem no processo", sustentou hoje, em Gondomar, o juiz presidente, Carneiro da Silva.


Mais um capítulo desta telenovela cujo final, possivelmente, se dissolverá em águas de bacalhau...

Todo o encanto e beleza do Brasil


Ana Beatriz Barros

segunda-feira, abril 28, 2008

A mentira e a irracionalidade como forma de viver

O tempo muda de calor para frio e chuva. A mentira que paira por todo o lado não muda nunca. E ela é tão convincente que os que a alimentam já se sentem vivendo, naturalmente, no meio dela. Sempre a falarem do bem da sociedade querem significar o bem das suas barrigas e mãos sujas de tanto manipular. Vendo a televisão actual, tirando o aspecto colorido, ela diferencia-se pouco da televisão do Estado Novo. Outras caras, outros meios tecnológicos mas sempre a mesma mensagem: a estupidificação do cidadão. Esquerda, direita, tudo caminha no mesmo sentido: usufruir dos bens públicos. Conseguir transformar o suor de muitos em água de piscina, à beira-mar plantada. E tudo com um ar muito natural, como se a pouca vergonha fizesse parte de um código ético, quase uma religião de promessas a cumprir no além. Lá fora, vão aparecendo vozes e escritos a recordar a necessidade de acordar os cidadãos para a vida, mostrando-lhes novos caminhos como fez a Madonna, pasme-se, em programa televisivo. Uma nova sociedade precisa-se, onde o homem encontre no rosto do outro a alegria de o ver feliz. Enquanto os maiores economistas mundiais procuram explicações na racionalidade das opções, a irracionalidade de muitos dos nossos comentadores e políticos atola-se na construção megalómana, na artificialidade das suas escolhas e numa imagem enganadora de seriedade e compostura.
Agora, a vida de São Scolari na TV qual novo mito da Senhora de Fátima. Logo a pequena tragédia individual para assustar uma burguesia acéfala. A seguir mais comentáriso sobre golos, balizas e meniscos. São Ronaldo transforma-se em mago. As escolas de futebol proliferam e já não se aguenta tanta conversa tonta sobre os pormenores de jogos nos cafés e em toda a parte. Um Outono de ideias cerca qualquer esperança de Primavera. Terra mais esquecida por Deus, certamente não haverá.

domingo, abril 27, 2008

Olhares


Esta foto é pública
monstershaq2000

O científico-positivista e a cor da gravata

Genrais desiludidos com o 25 de Abril

No "Público":

Recctificação
Lei da rolha nos militares

Ao contrário do que foi escrito na primeira página do dia 25 de Abril no texto com o título "Generais desiludidos com a democracia 34 anos depois", o Governo já se pronunciou sobre uma alegada tentativa de impor o silêncio aos militares sobre o novo Regulamento de Disciplina Militar (RDM)... O ministro da Defesa garantiu então que "nunca esteve em causa a liberdade de expressão dos militares em situação de reserva e de reforma", no RDM.

É claro que a desilusão permanece e não é só nos Generais. Palavras leva-as o vento, sobretudo com ministros como o Silva da Desinformação (tipo soviético).

O que os empresários pensam da política em Portugal

Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) em entrevista ao "Público":

Como vê a crie da oposição?

O problema da crise dos partidos quando estão na oposição não é só português. Os melhores não querem ir para a política, não querem ter a sua vida devassada sem qualquer vantagem, e por isso osmelhores fogem e os profissionais da política não são políticos, são carreiristas. Basta olhar para o nível do nosso Parlamento.

Evidente, meu caro Watson.

No país dos lunáticos

Vasco Pulido Valente no "Público" escreve a propósito dos candidatos à liderança no PSD:
...
De resto, sendo simpático, Pedro Passsos Coelho não é mais nada. Arrasta consigo um currículo vazio: vazio de experiência profissional, de experiência autárquica, de experiência governativa. Um homem assim cheira a "último recurso" e não pode dirigir a oposição ou designar, como certos lunáticos sugerem, o primeiro-ministro. Eleito, instalaria imediatamente o caos.

Sinceramente, duvidamos que os outros candidatos sejam muito melhores. O padrão do político português está acima muito bem retratado.

A gestão por objectivos da ASAE

9800 é o número de processos anuais que os inspectores da ASAE deverão concluir por ano, de acordo com um documento interno que o CDS-PP denunciou e que o "Público teve acesso. Parece que cada inspector tem que realizar duas detenções por ano! Isto é que é procurar a eficiência policial. Se não fosse tão ridículo valeria a pena chorar. Esta democracia vai-se transformando ao sabor dos instintos mais baixos que podem existir no ser humano. O que se vai chamar a esta perseguição policial do cidadão? A continuar assim termos certamente que pedir asilo político em Espanha.

A escassez de alimentos no mundo

No "Público" de hoje na sua capa e nas páginas principais foca-se o espectro da escassez de alimentos no mundo, o aumento do preço dos cerais e o seu efeito, sobretudo sobre os pobres e a possibilidade de crises sociais graves. Esta crise é ainda focada como um imposto sobre os mais pobres, parecendo um follow-up da política do Sócrates. A agricultura que tanto tem sido desprezada na cadeia produtiva acabará assim por voltar a ser uma prioridade. Põe-se cada vez mais na ordem do dia a necessidade de um crescimento sustentável, adequado aos recursos da Terra, respeitando o direito à dignidade humana e equilibrado. Muitas grandes empresas e universidades mundiais já se vêm preocupando com o tema mas nesta santa terrinha à beira mar plantada continua a pensar-se em crescimento do PIB como sinónimo de desenvolvimento. A poluição gerada pelo absurdo dos grandes e potentes carros, os congestionamentos de tráfego que tudo atrasam e causam doenças psicossomáticas, a maneira como educamos as crianças e finalmente a sobrevivência dos seres humanos entram para o PIB? Certamente muitos continuarão a pensar que a felicidade está na posse e na destruição maciça de recursos, na exibição de status social pela ignorância e na concepção de empresas produtivas à custa da existência diária da maioria das pessoas. Aqui, o lixo televisivo acabará por aparecer nas nossa vidas e se alguns pensam que apenas o dinheiro os salvará pensamos que se enganam redondamente.

sexta-feira, abril 25, 2008

Descartáveis

JN
Descartáveis
Mário Contumélias, Docente universitário

Eles e elas estão aí e são cada vez em maior número. Constituem a nova classe de trabalhadores, criada pela economia capitalista. Depois dos "proletários" das fábricas, eis agora os "precários", do comércio e dos serviços. Para mal da sua ausência de pecado, não passam de trabalhadores "descartáveis", tipo usar e deitar fora, com baixos salários, sujeitos a grande rotatividade e total insegurança, impedidos de se projectarem no futuro.

São os filhos bastardos no neoliberalismo, o produto perverso da flexisegurança. Configuram uma nova forma de exclusão de uma vida plena que nos é apresentada como uma inevitabilidade do mundo moderno, como se, por detrás da sua existência, não estivessem decisões propriamente políticas e económicas.


Um professor universitário que não anda adormecido pelos slogans dos hipermercados...

O cravo e o povo vencido sempre será esquecido

As conquistas do 25 de Abril

Festejos do 25 de Abril

Hoje festeja-se o 25 de Abril (?) e o sr Silva foi fazer um discurso à Assembleia. Todos alinhadinhos e vem vestidinhos lá deviam estar os deputados de sempre. Alarmado com o desconhecimento da juventude sobre a data, o sr Silva lá foi dando conselhos sobre a matéria. Vasco Lourenço, agora presidente da Associação 25 de Abril que deve andar a ganhar bolor, ouvido sobre o tema na rádio, disse que já o ano passado o sr Silva tinha dito que os festejos do 25 de Abril deviam ser diferentes e que ficou tudo na mesma. Disse ainda que o sr Silva tinha ido à Madeira e que tinha feito uma triste figura. Meia dúzia de adeptos co cravo vermelho devem ter andado aos vivas à Cristina mas os demais ou foram para o Algarve aproveitar o calor da praia ou estiveram a trabalhar para ganhar o pão de cada dia que a coisa está difícil. Foi para isto que os bravos militares de Abril saíram das casernas? Temos sérias dúvidas. Há uma aparente evolução da sociedade que se traduz em carros, telemóveis e televisores de plasma, isto para uns quantos, mas tudo à custa de endividamento e do vive hoje. Socialmente é o que se vê: educação, saúde, investigação, progresso industrial, emprego, etc...zero. Estupidez e infelicidade colectiva, infinito. Valha-nos o futebol e a eterna esperança de campeões. Já que nos esquecíamos de festejar a nomeação do Jorge Coelho para presidente da Mota-Engil que nos parece uma significativa conquista de Abril e a lavagem dos pedófilos.

Uma palhaçada em 3 actos

De repente, o líder elegido pelas bases, Menezes de nome e proveito, achou que não tinha condições para liderar o partido sem os barões. Nem a reportagem sobre a sua vida pessoal, onde aparece como treinador de futebol, o salvou. Entretido a ultrapassar Sócrates pela direita, mais neoliberal do que aquele, faltou-lhe o carisma para entusiasmar os bem instalados na política ou fora dela. Na verdade, a direita encontra-se muito bem defendida pelo PS (entenda-se por direita os que usufruem de privilégios mesmo que se digam de esquerda). Aliás já há poucos lugares para satisfazer os boys do aparelho que normalmente se formam na jota (qualquer uma serve) e que lá vão subindo e condicionando o poder de outros mais visíveis. Gente capaz e honesta fugiu. Ficou assim o país entregue a uma cambada de inúteis, alguns com cursos rápidos, que entre bacorada e asneira lá vai levando a vidinha. Assim, perfilam-se novos candidatos à cadeira do poder qual deles o mais desastrado.Uma tem o cabelo cheio de laca, ar austero e é obcecada pelos orçamentos, outro veio da jota e já se julga carapau crescido, outro é contabilista e dirige uma câmara como se fosse uma mercearia e outro, já esquecido das asneiras que fez e da vergonha que passou ao ser demitido, crê-se o salvador de festas e noitadas nacionais. Alguns, perante tudo isto, dizem que o partido vai às favas. Perdia-se alguma coisa? Duvidamos. Ficaríamos com o PS (Partido Socialista Universal dos à Procura de Tachos
até que o país se afunde. E depois? Só Nossa Senhora de Fátima saberá. Falta saber quem serão os novos pastorinhos e se continuarão a vir da jota...