Por todo o lado a banca treme e arrasta consigo um colossal stress do mercado de valores. De repente, a liquidez desapareceu. Para onde terá ido? Esfumou-se? Foi tão grande a asneira e a pouca vergonha que parece que os activos são virtuais. E não terá havido quem lucrasse com essas negociatas voláteis? Os governos, até aqui defensores da privatização geral, de tudo e de todos, viraram intervencionistas. Agora já não tem importância o défice. Necessário é tapar a má gestão que deu lugar a este estado de coisas. E, espanto dos espantos vemos a Inglaterra a nacionalizar, a Alemanha a injectar dinheiro e por aí adiante. A grande mistificação financeira perdeu oxigénio e deixou de respirar.
Todos os sábios relatam o acontecido mas não sabem o que fazer para restabelecer a confiança dos cidadãos. Pudera, gato escaldado de água fria tem medo. Mas não adianta fugir a este esquema montado; se não for de forma voluntária será forçada pois para isso existem os impostos para nos sugar o sangue.
Finalmente, também descobriram que a crise financeira afecta a economia real: a dos que produzem alguma coisa. Desorientados mas governados baixam a taxa de juro e injectam meios líquidos. A inflacção deixa de ser papão. E as "comodities" sobem. A favor de quem?
Alguns pedem mais regulação. Regular a aldrabice? Uma nova era se avizinha.
E quando a economia recuperar quem vai lucrar? Os mesmos que a puseram em crise.
Já agora, o que andam a estudar nas universidades os sábios que mandam bocas na televisão? Não seria melhor aprenderem jardinagem nos cursos de maiores de 23? Pelo menos teríamos os jardins melhor tratados.
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