sábado, setembro 11, 2010

Um país que mais parece uma pocilga

Cada vez mais esta república se parece com a primeira. O país tornou-se uma manta de retalhos onde muitos cortam pedaços para se agasalharem. Os discursos bem falam em solidariedade, futuro comum, esperança e desenvolvimento mas, na realidade, o que se vê é uma carroça sem condutor ao sabor do vento e com todos os eixos e rodas apodrecidos. Cada vez mais ignorante o povinho vai-se entretendo com o futebol, as telenovelas e os carros pagos a prestações, comendo sandes ao almoço e ao jantar para enganar os estômagos. Esta felicidade socratiana tem evidentemente origem na ausência de valores e de escrúpulos que se espalhou pela sociedade. Vive-se o presente num lodaçal que só a alguns proporciona um tipo de felicidade ilusória pela posse de bens materiais.
Passando pelo "julgamento" dos pedófilos onde só o da arraia miúda apanhou pela grande, onde os arguídos e condenados se passeiam a dar entrevistas e a fazer conferências de imprensa em todos os meios de comunicação, pelos escândalos de enriquecimento acelerado, pela corrupção no grupo de imbecis que nos governam de joelhos lambendo as mãos do mestre ( e só assim sobrevivem) até chegarmos ao futebol onde todos são inocentes, explorando as emoções primárias de um povo ignorante que ainda acredita que os resultados são verdade desportiva. Correu-lhes mal o campeonato do mundo e aflitos toca de encenar um drama com a substituição do seleccionador. Assunto para uns meses ou anos. A classe dos bobos não para de aumentar, espalhando-se pelos jornais, empresas públicas e orgãos do estdo. Se ainda se pode chamar a isto um Estado.
A juventude consciente só pensa em emigrar, provando que há alguns que não têm ainda areia no cérebro. Areia têm os que encomendaram 2 submarinos atómicos para dar passeios no Tejo. Bem podem festejar a 1ª República porque esta é bem filha dela.
Na cúpula do poder um idiota que acha que é presidente de alguma coisa a não ser que mande alguma coisa na sua Maria.
Já nos esquecíamos de dizer que, claro, a culpa de tudo isto é da globalização... Tem as costas largas a globalização e o liberalismo.
No fundo uma geração de porcos que se rolam na merda que eles mesmo fizeram.