terça-feira, novembro 18, 2008

Democracias há muitas

JN
Governo quer esclarecimentos sobre a ideia de suspender a democracia
19h50m

O ministro dos Assuntos Parlamentares exortou a presidente do PSD a esclarecer rapidamente a sua ideia de suspender a democracia por seis meses, alegando que existem "fundadas dúvidas" sobre o que pensa do regime democrático.
No final de um almoço promovido pela Câmara de Comércio Luso-Americana, Manuela Ferreira Leite perguntou, a propósito da reforma do sistema de justiça, se "não é bom haver seis meses sem democracia" para "pôr tudo na ordem".
Em reacção a estas palavras da líder dos sociais-democratas, Augusto Santos Silva considerou estar perante "declarações gravíssimas".


Olha quem reclama! Certamente está a pensar numa democracia tipo cubana... Lembram-se do controlo sobre os jornalistas? A dos senhores ou a dos escravos?

Onde para a democracia para todos?

JN
"Não é bom haver seis meses sem democracia?"
00h30m
ISABEL TEIXEIRA DA MOTA

A líder do PSD foi longe na ironia de querer explicar por que falham os governos. Manuela Ferreira Leite disse esta terça-feira que mais vale suspender por uns meses a democracia para se poder fazer todas as reformas necessárias e só depois, então, repô-la.
O PS é que não gostou das palavras da social-democrata. E houve reacções de protesto sucessivas em todos os partidos, incluindo as vindas do interior do PSD.
Discursando como convidada na Câmara de Comércio Luso-Americana, ontem, em Lisboa, Ferreira Leite confessou ser pouco crédula no que toca a fazer reformas em democracia: "Eu não acredito em reformas quando se está em democracia", disse a presidente do maior partido da oposição e ex-ministra das Finanças.
Manuela Ferreira Leite falava da reforma da Justiça, aquela que elegeu como prioritária para pôr a economia nacional a funcionar. Questionada sobre o que faria para melhorar o sistema de Justiça, demarcou-se da declaração do primeiro-ministro que, na sua tomada de posse, "anunciou como grande medida reduzir as férias do juiz".


A democracia formal funciona. A democracia real nasceu desformada e com a maioria absoluta funciona como ditadura de meia dúzia.

Medina Carreira - O estado do país

Uma conferência de imprensa para inglês ver

De repente no telejornal um grande suspense. Anuncia-se a todo o momento uma conferência de imprensa da Dra Maria de Lurdes Rodrigues, a campeã das certezas absolutas, que parece vem dizer algo muito importante. Finalmente lá aparece com o seu ar seráfico e tomamos atenção. Uma jornalista pergunta-lhe se vai suspender o modelo de avaliação dos professores, tendo em atenção a oposição generalizada de todas as organizações de professores e dos próprios. Ela responde que teve um dia muito ocupado com reuniões que a levaram a entender os pontos de vista de algumas dessas organizações e que continuava a trabalhar. Posta perante a questão da suspensão do modelo ou não, começa a responder com voltinhas de linguagem, praticamente sem dizer nada de novo. O telejornal sai da conferência e vai para outras notícias. Em resumo, a montanha pariu um rato. O que andará naquela brilhante cabeça ou quem lhe teria aconselhado a fazer uma conferência de imprensa de repente? Para nos entreter com habilidades discursivas e evasivas? Mostra que aprendeu bem com o chefe Sócrates que também costuma dizer muito pouco. Ah, esquecíamos de referir que este perante a s chefias militares terminou um discurso com palavras de Camões (Esta é a ditosa pátria minha amada) e com um viva as Forças Armadas! Isto deve ser sinónimo de maiores pesadelos para os militares pois a invocação do poeta pretendia. certamente, por os militares a chorar...

segunda-feira, novembro 17, 2008

No Name têm os que os orientam

Público
Outros cinco suspeitos só vão ser ouvidos amanhã
"No Name Boys": três detidos saíram em liberdade

17.11.2008 - 21h38 Lusa, PÚBLICO
Três dos 13 detidos na operação que visou elementos da claque benfiquista “No Name Boys” saíram em liberdade do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, enquanto outros cinco foram transferidos para as instalações do Governo civil de Lisboa, uma vez que só amanhã deverão ser ouvidos.

O fenómeno das claques não andará ligado aos negócios dos clubes de futebol? Quem os incentiva? A quem dá jeito a sua existência? Não nos venham com a historia de que é um fenómeno desportivo para entreter jovens. Prendem-se os pequenos mas os tubarões continuam à solta. Para nós não passam de marionetas de senhores muito ilustres que se dedicam a altos jogos e não incendeiam autocarros para enraivecer a populaça.

Estamos fartos de rótulos

Ferraz da Costa que nos parece ter parado no tempo, veio à Sic Notícias explicar que 70% dos professores portugueses são comunistas! Para ele todas as manifestações havidas são obra do PCP. Valha-nos Santa Bárbara! Onde é que já ouvimos isto?
A partir de agora quem reclamar os seus direitos é comunista! E quem não gostar do governo do Sr Sócrates é fascista? Deixem-se de rótulos...

A luta popular de Saldanha Sanches

Por falar em comentadores, o ex-MRPP Saldanha Sanches veio hoje à SIC vestidinho com um casaco feito com pano de bilhar, armado em justiceiro dos off-shores. Vá lá que acabou por reconhecer que os impostos dos Estados são elevados sobre os rendimentos e que algumas operações só são viáveis sem essa exagerada carga fiscal. E qual será a diferença entre não pagar os tais impostos para satisfazer a mania das grandezas dos Sócrates & Cª e outras habilidades legais (mas imorais) e essa dita fuga? Mais tarde ou mais cedo esse dinheiro entra no circuito produtivo através de investimento e gera impostos. Não será assim? E só haverá dinheiro lavado nas off-shores? E quem criou as off-shores? Foi obra divina?

Comentadores, uma fonte de sabedoria

Já nos era difícil aturar os comentadores desportivos na televisão. As suas análises complicadas do que é simples enjoam-nos. Agora começamos também a ter a tentação no dedo de mudar de canal e muito, muito depressa. Ele são professores de economia que só têm um olho e fazem análises desastradas, tentando tapar o sol com a peneira ou então fiscalistas e empresários meio vesgos. Hoje apareceu um a dizer que o dinheiro injectado nos bancos era muito bom para evitar o efeito dominó (jogo que nunca foi tão popular) e que era mau injectar dinheiro na indústria automóvel norte-americana porque os sindicatos eram muito fortes. Claro que o dinheiro injectado para tapar buracos em jogos financeiros duvidosos é bom para os gestores aldrabões mas manter milhões de postos de trabalho é mau. Continuam a esquecer-se que tudo na Economia se refere a utilização de recursos para satisfazer necessidades e que o dinheiro é simplesmente um meio de facilitar a troca. Continuam a esquecer-se que existe uma economia real e não modelos abstractos de sala de aula. Para o leigo que nada estudou destas matérias eles parecem sábios mas as suas teorias vê-se onde nos levam. Depois defendeu o crescimento da China para permitir exportar para lá, esquecendo-se dos direitos humanos, do trabalho condigno e do direito ao descanso dos trabalhadores e também da poluição que acabará por nos liquidar a todos. E já agora, porque não investem em África para aumentar o equilíbrio das trocas mundiais?
E finalmente, lembrem-se que os recursos são finitos e que a aumentar sempre a produção, um dia nem haverá talvez que comer (veja-se a destruição das águas do mar, a poluição dos plásticos e lixos informáticos e quejandos). Sim é necessária uma nova ordem económica que satisfaça necessidades reais e não nos atire para o abismo ou para guerras que permitam a sobrevivência apenas dos vencedores. E por falar em sobrevivência, vejam se tiram o Vitor Constâncio do Banco de Portugal. Sempre seria uma ajudinha para nos livrarmos de um sonsa que não sabe para onde cair.

domingo, novembro 16, 2008

O suave perfume brasileiro


Ana Beatriz Barros

Quem sai aos seus não degenera

Vital Moreira escreve no Causa Nossa
Activo político
Não tendo conseguido evitar a guerra da maioria dos professores contra a avaliação (e contra as demais reformas no ensino), o Governo só tem uma via a seguir, se não a quiser perder -- tornar claro que não cede, aguentar firme e ganhar a população a seu favor contra a tentativa de boicote corporativo, invocando o interesse geral (e sobretudo o interesse da escola e dos alunos) contra os interesse sectoriais e profissionais.

Ai, a velha escola marxista-leninista que vem, de vez em quando, ao de cima. Aqueles tempos radiosos da obediência cega aos iluminados do Comité Central...

Por aqui se vê que somos um país irmão


moon316
Publicado ao abrigo de uma licença Creative Commons

Estes ainda não estão amordaçados

O silêncio do Presidente

No Telejornal, a jornalista questiona o Sr Cavaco sobre a sua manutenção de confiança no Dr Dias Loureiro, ex-administrador da SLN (Sociedade Lusa de Negócios - caso BPN) conselheiro por ele escolhido e aquele pede que compreenda a sua não resposta.

Claro que compreendemos e bem. Pode ficar descansado. Não se passa nada. Zero. E ponto final.

O inocente Vitor Constâncio

josemariamartins escreve:

Terça-feira, Novembro 04, 2008
Nacionalização do Banco Português de Negócios - A ponta do Iceberg da corrupção e da vigarice


O Diário de Notícias de hoje, notícia que o Governador do Banco de Cabo Verde informou o Governador do Banco de Portugal que havia irregularidades no Banco Insular, em Cabo Verde, logo em Março de 2008, como se pode ver aqui:

Victor Constâncio - que tem um"ordenado" no montante de quase o dobro do seu homólogo nos Estados Unidos da América - nada terá feito.

Com o colapso do BNP o Governo de José Sócrates decidiu nacionalizá-lo. O Governo estava entre a espada e a parede e preferiu a nacionalização.

A primeira questão é esta: Porque não agiu de imediato o Governador do Banco de Portugal? Nomeadamente participando os factos ao Ministério Público?

A segunda é esta: Como é possível que Victor Constâncio - fracassado Secretário-Geral do Partido Socialista - ter estado quieto desde Março de 2008?

Boas perguntas. Só que a maioria dos ilustres gestores socialistas tudo farão para apagar os traços...

Apenas o Sócrates e o Barroso aceitaram


nicholsoncartoons

Quando a verdade vem ao de cima

Público
Segundo Manuel Alegre, "o partido [PS] neste momento é uma máquina eleitoral, é uma máquina de poder. Deixou de ter uma vida própria e uma vida autónoma, a direcção do partido é o Governo".

E que bem exerce o poder em benefício de meia dúzia... Tudo em nome do socialismo. Esperemos as palavras simpáticas do Vital Moreira a explicar o inexplicável.

O desencanto: fome, ensino e política

Domingo que termina. Semana nova que começa. Repetição de ritmos assumidos na constante Metropolis que se instalou nas nossas vidas. Na Etiópia correm risco de vida 5 milhões de pessoas por falta de alimentos. Ninguém se incomoda. Falam na seca e no aumento do preço dos alimentos. Ficam por aqui as intervenções de Banco Mundial e de todos os bancos centrais. Encantadora e singela posição do salve-se quem puder. Na boca dos famintos não entra a piedade dos cristãos. Entra a penas a saliva das rezas exteriorizadas e dos améns.
Em Portugal, os professores ainda não desistiram de vir à rua manifestar o seu descontentamento. Como pode isto acontecer, pergunta-se o Governo, com tanto futebol e com tanta telenovela? Ingratos é o que eles são. Deviam curvar a espinha como todos os outros e submeterem-se voluntariamente ao arbítrio e ao poder absoluto. Será que eles não estão contentes pelo Ronaldo ter marcado o seu 101º golo?
Avaliar e controlar. Reformar e sacar. Deixar os crimes de colarinho branco impunes. Isto sim é bem governar-se.
Manuel Alegre diz que talvez não acompanhe Sócrates nas próximas eleições. Até este pacífico socialista começa a ter vergonha de entrar na palhaçada. Cumprirá ou voltará ao rebanho? Veremos...

quinta-feira, novembro 13, 2008

O santo padroeiro do BPN e amigalhaços


Al Capone

O país das maravilhas

Nascem em bairros de lata. Não vão à escola e os seus locais de brincadeira são as ruas. Os pais, também eles párias forçados de uma sociedade desumanizada, emborracham-se e batem nas mulheres. Querem possuir o que os outros jovens têm e não podem. Vêm a felicidade nos objectos mais ou menos sofisticados da sociedade de consumo. Começam a roubar na adolescência, a fazer sexo com um machismo entranhado na pele. Fazem filhos cedo que irão prolongar o mesmo ciclo. Falam mal, são agressivos e revoltados. Mais tarde ou mais cedo irão ser julgados e parar à cadeia.
Ao seu lado, passam, nas viaturas reluzentes, os sortalhudos desta roda cega que alimenta a sociedade. Estes acham que os outros feios e porcos tornam o ambiente feio.
Estes admiram os futebolistas, os modelos e os Vitor Constâncios do sistema. Para aqueles espertos são os que roubam milhões. Passam trinta anos e tudo fica pior. Culpa de quem? De ninguém...

Uma região em decadência

JN
Norte bate recorde de taxa de desemprego
A região Norte atingiu o máximo histórico de 186 mil desempregados, segundo um estudo divulgado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional. A falta de mão-de-obra qualificada continua a sentir-se e o salário médio mensal está 9,5 por cento abaixo da média nacional.

A miséria nortenha é compensada pela ilusão de ganhar no jogo da bola. Quanto ao resto é uma verdadeira tristeza. E chamam-lhe a capital do trabalho. Só pode ser por ironia...

Aplauso dos alunos aos membros do Governo

JN
Alunos atiram ovos a secretários de Estado
JN
(Em actualização) A equipa de intervenção rápida da PSP foi chamada à Escola Secundária D. Dinis, em Lisboa, após vários alunos terem atirado ovos aos secretários de Estado da Educação Valter Lemos e Jorge Pedreira, confirmou ao JN fonte das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.

Se a moda pega, qualquer dia não há ovos suficientes para mimosear os governantes...

O inocente governador do Banco de Portugal

JN
Operação de financiamento de 100 milhões foi subscrita por clientes do banco
Constâncio autorizou SLN Valor a financiar-se junto dos clientes do BPN

13.11.2008 - 09h22
Por Cristina Ferreira
O Banco de Portugal (BdP) autorizou em Julho deste ano accionistas do Grupo Banco Português de Negócios (BPN) a endividarem-se em 100 milhões de euros junto dos clientes do banco, através de títulos de dívida de curto prazo.

A decisão da autoridade de supervisão decorreu três meses antes da nacionalização do banco e quando já era do seu conhecimento que este se encontrava insolvente, com uma insuficiência de 800 milhões de euros. O BdP já veio dizer, no entanto, que nessa fase ainda estava à procura de uma solução para o BPN.


Toca a tapar o buraco com o dinheiro dos clientes mesmo que o BPN já se encontrasse insolvente. Sem qualificativo. Até onde vai a sem-vergonha?

A culpa morreu solteira

Jornal de Negócios
João Salgueiro defende governador do Banco de Portugal
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), João Salgueiro, saiu hoje em defesa do governador do Banco de Portugal ao afirmar que não vê "nenhuma razão" para se dizer que a supervisão falhou.
Jornal de Negócios com Lusa

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), João Salgueiro, saiu hoje em defesa do governador do Banco de Portugal ao afirmar que não vê "nenhuma razão" para se dizer que a supervisão falhou.

"Não vejo nenhuma razão para dizer que a [supervisão] foi lenta", disse João salgueiro, acrescentado que "o importante é que a acção seja rápida" e que "o problema é da justiça".


Mais um compagnon de route que sai em defesa do desgovernador...

O que não queremos ver

quarta-feira, novembro 12, 2008

Quando há gente graúda não há segurança para ninguém

Correio da Manhã

12 Novembro 2008 - 09h00
Estado das Coisas
Mendigar segurança
“A segurança do juiz não pode ser vista como uma esmola que o Governo dá, como um favor que presta”


Os juízes consentiram que este Governo os tratasse a pão e água, clamando e mendigando sempre por melhores condições de trabalho. De forma envergonhada, lá iam pedindo essas condições, sempre com medo de incomodar quem decide. Raramente souberam ser ouvidos com eficácia. Mas é preciso dizer ‘basta’ no que toca à sua segurança. O juiz não tem de andar a mendigar a sua segurança ao Governo.

Vem isto a propósito da anunciada decisão da direcção da PSP de pretender retirar protecção ao juiz Carlos Alexandre,o único juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, onde estão os processos mais ‘quentes’ da Justiça portuguesa, como a ‘Operação Furacão’, Portucale, Freeport, submarinos e BPN, todos envolvendo ‘gente graúda’.

Assim funciona melhor a democracia socialista. Os juizes que tenham juízo senão ainda apanham. O Estado lava daí as mãos. Estamos mesmo a ver o teor das sentenças.

Há máfias da noite e máfias de dia

Lisboa: Julgamento da Máfia da noite em risco. Juíza pergunta se há medo
Testemunhas temem Máfia da noite

Quando construiu a acusação por associação criminosa e lenocínio contra o grupo de Alfredo Morais, o Ministério Público tinha asseguradas quatro testemunhas-chave: o agente da PSP espancado, além dos sócios-gerentes do Gallery, do Elefante Branco e um funcionário deste bar de alterne. Os últimos três garantiram na fase de inquérito que eram aterrorizados – o grupo impunha-lhes as várias prostitutas que controlava e ainda lhes extorquia milhares de euros em troca de segurança. Quem não pagasse, sofria. Agora, ou não aparecem ou estão a desmentir tudo em julgamento. A própria juíza levantou ontem a suspeita de existir "medo" e a PSP deverá reforçar desde já a segurança às testemunhas ameaçadas.

E algum pedófilo foi condenado? E do Apito Dourado? E alguém de BPN vai ser investigado?

O Provedor Nacional de Buracos

JN
"Numa economia de mercado há fraudes"
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, considerou que num sistema de livre iniciativa existem fraudes e lembrou que os buracos encontrados em bancos noutros países não levantaram dúvidas sobre a supervisão.
Se há mais incompetentes no mundo está tudo justificado...

Vitoe Constâncio de consciência tranquila

JN
BPN: Vítor Constâncio sem peso na consciência
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, rejeitou qualquer responsabilidade em relação ao que aconteceu no BPN, afirmando que não se demitirá

Se ele se demitisse é que era para admirar. Num país onde a vergonha desapareceu de cena e só os proveitos contam, tolo era ele para destoar do ambiente geral.

Números não são para a ministra

JN
Ana Jorge deixou de ter condições para tutelar ministério
O deputado do PSD Carlos Miranda considerou hoje que a ministra da Saúde, Ana Jorge, deixou de ter condições para tutelar o ministério depois de ter manifestado ignorar o valor das dívidas acumuladas do sector.

Uma ministra que não sabe a quantas anda. Aliás, não é uma grande novidade que grande parte do governo não sabe o que anda a fazer. Vai por palpites...

Democracia boa só a do governo

JN
Sócrates lamenta "comportamentos anti-democráticos" em Fafe
O primeiro-ministro, José Sócrates, lamentou os "comportamentos anti-democráticos" registados terça-feira em Fafe, quando alunos da Escola Secundária local atiraram ovos ao carro da ministra da Educação.

Agora são os alunos que são anti-democráticos? E o que vem fazendo esta maioria absoluta que nos governa? Lobos disfarçados de socialistas arriscam-se a levar com ovos e tomates quando o povo acordar da letargia.

Um país onde a democracia funciona


nicholsoncartoons

O governador vai nu...

Todos se aprestam a defender o Dr Vitor Constâncio de qualquer culpa na falta de controlo do sistema bancário. Manuela Ferreira Leite é uma política que não se refere ao assunto e ao passar pelo blog Bicho Carpinteiro verifico que José Medeiros Ferreira escreve o seguinte:"Será que vão acusar Vítor Constâncio e absolver os accionistas e os pretéritos gestores do Banco Português de Negócios.?Há gente capaz de tudo..."
E a quem mais acusar? Certamente o Papa ou o Belzebu...
Vitor Constâncio tem a rara virtude de encaixar em todas com o seu ar seráfico de intelectual despreendido das coisas terrenas e capaz de embrulhar qualquer assunto económico ao sabor do poder estabelecido. Estar lá ou não estar teria o mesmp efeito: igual a zero. Aliás, ele é o padrão típico do assexuado, multifacetado e acomodado, elemento de bloco central da política económica que vem desgraçando o país.

terça-feira, novembro 11, 2008

Leilão de político

A Tribulandia e os mil ladrões

A Tribulandia tem como poderes reinantes dois grandes grupos: o PS (Pedantes Salafrários) e o PSD(Parvos Solidários Delirantes). Os seus membros mais ilustres alternam entre os orgãos de poder "democrático" e a gestão de empresas. Enquanto uns em nome do "socialismo", entenda-se Estado, sangram os cidadãos através dos mais absurdos impostos e do cortar de direitos, os outros vão-se governando através de uma gestão de sapateiros, deslocando os fundos das empresas para os seus bolsos e dos amigos. De vez em quando trocam de lugar mas o sistema segue igual. Quando já estão suficientemente gordos e anafados, o amigo Estado (deles) para cobrir os enormes buracos, injecta o dinheiro dos impostos e justifica-se com o interesse do povo. Este, na sua maioria analfabeto, acredita que a glória da Pátria se mede pelo êxito do futebol (uma máfia incrustada no sistema), que a telenovela é um sonho de viver e que os radiosos amanhãs também chegarão um dia para eles, depois de terem trabalhado dezenas de anos a ganhar uma miséria, endividados até ao pescoço para comprarem um GPS, um Phone ou outra porcaria qualquer tecnológica. No meio de tudo isto, meia dúzia de padres lá pregam no deserto, um ou outro jornalista tenta chegar à verdade e um ou outro escritor brada em vão. Outros dois grupos, o PC (Parvos Convictos) e o BE (Barraca de Espumante) lá compõem o leque para estabelecerem algum contraponto, sem qualquer resultado prático.
Perfeitamente drogado, o povinho acredita que o Miguel dos Cadinhos se foi sacrificar para salvar o BPN (Banco para as Negociatas). Se tudo isto não fosse trágico daria uma excelente comédia.

sábado, novembro 08, 2008

Leis feitas por medida

Maria de Lurdes Rodrigues continua a ser contestada na rua pelos professores. Hoje na televisão veio dar uma imagem das certezas absolutas que enformam este governo. A determinada altura refere que qualquer lei deve ser cumprida. Claro que em todos os países há leis, algumas bem aberrantes como a pena de morte ou o apedrejamento das mulheres adúlteras, dependendo de quem tem o poder de as fazer. Hitler, Mussolini e Franco também tinham as suas leis. Todos os que não professavam as suas ideias podiam ser mortos, torturados ou até queimados para sabão como os judeus. O cidadão tem o direito de protestar contra as leis que mais não fazem do que dar satisfação a alguns ou são extremistas. Podem ferir a moral, a equidade, o direito à dignidade e daí o direito ao protesto e à indignação. Claro que uma "democracia" com maioria absoluta pode equivaler uma ditadura. Basta reparar nos sorrisos descarados dos governantes quando interpelados pela oposição como quem pensa: - Vai-te adiantar muito! Lá estarão os paus mandados do partido para lhes assegurar que nada se alterará.
Querem lei mais fascista do que a proibição generalizada de fumar? Claro que o povo domesticado vem para a porta dos cafés como intocáveis dar um espectáculo triste e humilhante. Onde estão as provas científicas de que o fumo passivo mata? O que se passa é que o estado se julga dono e senhor de todos e tem que velar pela aplicação dos fundamentalismos. Já agora porque não proíbem todos os carros de circular?
Nada como uma boa hipocrisia para ser bom governante na Tribulandia...

quinta-feira, novembro 06, 2008

Pequeno ladrão fala verdade, ladrão fino faz sentença

Migula Cadilhe, paladino da via privada

Pois está encontrada uma nova máxima económica: quando há lucros na Banca, estes são para distribuir pelos administradores e accionistas; quando há prejuízos estes são para ser suportados por todos os contribuintes, encarregando-se o Estado de injectar o que for necessário, em nome do santo funcionamento do mercado. Mais tarde se verá quem e como recuperará o capital dispendido. Mesmo assim, o Miguel Cadilhe não fica satisfeito pois preferia que o Estado injectasse "a fundo perdido" 600 milhões de euros e depois quem viesse atrás que fechasse a porta. Claro que a porta só poderia ser fechada se ele e seus amigalhaços recebessem a reforma dourada que lhes permitisse uns últimos dias tranquilos nalguma ilha exótica.
Assim, agastado e sério, disse aos jornalistas que era uma questão política. Claro que é política, sobretudo quando mexe nos bolsos. Tenha dó de nós Dr Miguel Cadilhe e veja se ainda tem a reforma do BCP que não deve ser nada má. Algo mais do que o salário mínimo...

domingo, novembro 02, 2008

Até quando?

O que não preocupa os Bancos Centrais


habacuc
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A Grande Dúvida


nicholsoncartoons

Comida feita, companhia desfeita

O general Loureiro dos Santos (reformado) lá veio à televisão e aos jornais dar conta do descontentamento dos militares. Segundo ele, quer evitar que algum militar mais exaltado chame ou pronuncie nomes feios a algum governante. De uma forma suave,lá vai dizendo que as queixas que ouve são muitas, que os militares ganham mal e têm fraca assistência médica. Refere o caso dos reformados e que os do activo se revêm no que lhes fazem. O que agora acontece com os velhos, é evidente que vai acontecer pior com os agora novos e altivos defensores da Nação. Já foram úteis quando fizeram o 25 de Abril: agora toca a irem para o seu buraco e a sofrer com os comuns portugueses.
A democracia é muito bonita mas primeiro estão os interesses económicos dos amigos. Só depois e lá para o fundo da fila vêm os valores, os sacrifícios e o arriscar da pele. E não se esquecem de aparecer garbosos nos desfiles para deleite dos que estão no palanque e que nunca fizeram guerra nenhuma a não ser a dos tachos...

Toca a construir a muralha de contentores na faixa do Tejo

Em Lisboa o Governo prepara-se para autorizar o alargamento do terminal de contentores de Alcântara, criando uma muralha dom cerca de 1,5 quilómetros com 12 a 15 metros de altura o que certamente agradará muito à empresa Mota-Engil, cujo presidente é um ex-ministro das Obras Públicas e figura importante do PS.
Os cidadãos impedidos assim de ver o rio e dele se aproximarem, já reuniram 5500 assinaturas para levar o assunto a plenário da Assembleia da República.
São uns ingratos que não estão a ver as vantagens que de tal amontoado resultam pois desta maneira ficarão mais encaixotados, gastarão menos solas a passear à beira-rio e sempre ajudam o Dr Jorge Coelho (e seus amigos estivadores) que é uma santa pessoa..

A pen vazia do Governo

Constâcia Cunha e Sá vem no "Público" de 30 p.p. sob o título Lapsos e Trapalhadas, informar que o Governo, fazendo o seu melhor,entregou na Assembleia da República uma pen vazia que devia conter o Orçamento de Estado e que tal facto não suscitou grandes indignações. No dia seguinte, num gesto de grande altruísmo, o Ministro dos Assuntos Parlamentares pediu desculpa ao Parlamento. Os deputados aceitaram comovidos as explicações do Governo e os jornais exultaram com a "humildade" do Dr Santos Silva e puseram-no "a subir" nas colunas que registam os altos e baixoss das personalidades do mundo. A jornalista admira-se ainda como é que se consegue explicar que o Orçamento de Estado, elaborado pelo Governo e entregue na Assembleia da República. esteja sujeito às intervenções criativas de um ser desconhecido, capaz de surpreender o primeiro-ministro com o alcance das suas medidas (isto refere-se à alteração da Lei de Financiamento dos Partidos que passou a permitir o financiamento por particulares em dinheiro que a lei, entretanto tinha proíbido) Este lapso foi atribuído a mão invisível.

Tenha vergonha e demita-se Sr Governador

Foi interessante ver a confissão de Alan Greenspan, perante o COngresso, de que errou ao confiar demasiado nas capacidades auto-reguladoras dos mercados financeiros o que segundo João Caraça, Director do Serviço de Ciência da Fundação Gulbenkian, mostra bem a hipocrisia e o vazio das elites que, ao abrigo do poderio militar dos Estados Unidos controlaram os destinos de metade do mundo durante a agonia, o óbito e as exéquias da ordem da "guerra fria".
Hoje, em noticiário especial da SIC Notícias, vem o Dr Teixeira dos Santos acompanhado do sacristão Vitor Constâncio dar a notícia da "nacionalização" do Banco Português de Negócios. Se a atitude do ministro se entende pela aflição de salvar o sistema (podre) dos mercados financeiros em Portugal, já se entende menos a aparição do Dr Vitor Constâncio que deveria ter a decência e vergonha intelectual de não aparecer com o seu arrazoado técnico e vazio para disfarçar a incompetência do Banco Central que não controla nem nunca controlou nada, a não ser obrigado pelas circunstâncias. Lembram-se do caso BCP? A manta cobertora do inócuo Dr Constâncio lá foi sobrevivendo. E as imparidades para aqui, e as medidas europeias para acolá, e a regulação dos mercados e bla, bla, bla...
É as estes imbecis que entregamos as nossas poupanças e a vigilância das práticas que nos levam ao desastre. Haja paciência! Parece que o país se voltou de pernas para o ar e que uma ventoínha divina começou a espalhar merda para todo o lado.
Esquecíamos de referir que o ministro, para dourar a pílula, informou que vão liquidar as dívidas atrasadíssimas aos credores do Estado. Na verdade, isto depois da inspecção feita aos emails dos funcionários, e da penalização dos devedores de IVa não cobrado para contrariarem os Tribunais, não deixa de dar uma ideia dos princípios que norteiam este Governo: navegar ao sabor do vento.