domingo, novembro 16, 2008

O desencanto: fome, ensino e política

Domingo que termina. Semana nova que começa. Repetição de ritmos assumidos na constante Metropolis que se instalou nas nossas vidas. Na Etiópia correm risco de vida 5 milhões de pessoas por falta de alimentos. Ninguém se incomoda. Falam na seca e no aumento do preço dos alimentos. Ficam por aqui as intervenções de Banco Mundial e de todos os bancos centrais. Encantadora e singela posição do salve-se quem puder. Na boca dos famintos não entra a piedade dos cristãos. Entra a penas a saliva das rezas exteriorizadas e dos améns.
Em Portugal, os professores ainda não desistiram de vir à rua manifestar o seu descontentamento. Como pode isto acontecer, pergunta-se o Governo, com tanto futebol e com tanta telenovela? Ingratos é o que eles são. Deviam curvar a espinha como todos os outros e submeterem-se voluntariamente ao arbítrio e ao poder absoluto. Será que eles não estão contentes pelo Ronaldo ter marcado o seu 101º golo?
Avaliar e controlar. Reformar e sacar. Deixar os crimes de colarinho branco impunes. Isto sim é bem governar-se.
Manuel Alegre diz que talvez não acompanhe Sócrates nas próximas eleições. Até este pacífico socialista começa a ter vergonha de entrar na palhaçada. Cumprirá ou voltará ao rebanho? Veremos...

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