Estivemos ausentes uns tempos. A crise já estava latente. Há tempos que vínhamos chamando a atenção para os perigos de um mercado que não é perfeito; encerra muitas virtualidades mas a mãozinha não funciona sempre, especialmente quando a loucura se apodera de gestores pouco escrupulosos e que transformam os mercados financeiros em autênticos casinos. Assim, as aplicações especulativas que alguns julgavam não afectar a economia de bens e serviços deram o que tinham que dar: incobráveis. E a bola de neve financeira começou rolar. Grandes instituições sem liquidez para solver responsabilidades, auxílio dos Estados (tão mal referenciados pelos privados em tempo de vacas gordas) agora transformados em salvadores, impostos para tapar buracos e muitos administradores e especuladores de bolsos cheios. Assim vai o mundo. Agora toca a apertar ainda mais o cinto dos que sempre o tiveram apertado. Sim, porque isto está para os que beneficiaram das asneiras e não para os que passaram a vida a ir para o trabalho e a regressar a casa. Pelo meio, muito futebol, telenovelas, gadgets (iPops e outros) e uma tribo de comentadores e de palhaços a enganar os tolos.
Quando já todos estiverem de joelhos, aptos a tudo aceitar e sofrer mesmo vencimentos de miséria talvez a economia se relance e nova especulação tenha oportunidade de arrancar...
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