Terminou hoje mais uma série da telenovela "Eleições Fedorentas" que nos têm enchido os olhos e os ouvidos das palavras sábias dos fedorentos deputados, presidentes de câmara e decoradores do parlamento europeu. Além disso esta telenovela que promete continuar por séculos ou enquanto durar o erário público, também passou pelo programa humorístico do "Gato Fedorento" onde Marinho Pinto, fazendo o humor a que nos habituou também classificou de fedorentos: juízes, procuradores, advogados e funcionários do estado. Não houve político que resistisse ao convite dos "Gato Fedorento" para promover a sua imagem, mesmo passando por autênticos palhaços, sem dignidade nem decoro. Só faltaram no programa os porta-bandeirinhas pagos.
No final todos ganharam e têm razão. Daqueles ordenados e outras benesses já ninguém os tira, durante quatro anos, incluindo os acusados de corrupção e fortunas duvidosas. Tudo em nome da democracia formal a que, inclusivé, também sustenta, sem nada fazer, o grande arauto das causas nobres, Manuel Alegre e o "pai" desta maravilhosa invenção da democracia do palavreado, Mário Soares.
Os comentadores habituais (tipo bobos da corte) fizeram-nos, mais uma vez, dores de cabeça. O seu arrazoado é tão, tão elaborado, que lembra as torturas da pinga de água.
O povo esse vai continuar iludido pois não consegue distinguir um homem competente e honesto de um engravatado bem falante. Também os povos das repúblicas socialistas de leste julgavam que estavam no paraíso, aplaudiam os dirigentes como o famigerado Estaline e desconheciam as purgas e os Goulags. Estes e os outros certamente se encontrarão no Inferno pois as suas almas estão mais do que hipotecadas.
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