Muitos e variados acontecimentos se têm verificado na chamada onda da Face Oculta. Desde espionagenm polítca até tentativa de assassinato de carácter, chega-se agora à fase dos insultos de deputados, cada qual a puxar a brasa para a sua sardinha. Um ambiente de generalizado decrédito das instituições e dos políticos se vai desenrolando, dissolvendo-se, lentamente, na indiferença dos cidadãos, mais ou menos confornmados com os seus destinos cinzentos e cotidianos. Uns sem emprego mas com subsídio, outros com emprego mas sem condições para uma vida digna. E quando nos referimos a uma vida digna não queremos significar apartamento novo, carro luzídio ou relógio de marca. Queremos sim significar um ambiente limpo de poluição e de maus costumes, uma supremacia do carácter e da honradez sobre a palavra fácil e embaladora dos spots televisivos.
Tudo se vende e tudo se compra na maior tranquilidade. Todos nos vendemos por um prato de lentilhas ou por um lugar na bancada vip. Por baixo uma porcaria lamacenta quer nos suja a alma e não os sapatos. A ignorância tornou-se raínha, os dias vivem-se aos bochechos e os subservientes tornam-se modelos de comportamento profissional.
Fim último da democracia tornar todos iguais na boçalidade? Criar valores de chico esperto para significar algo? Um marxismo tornado democratico a partir de nojo? Uma ditadura aceite e elogiada pelos escravos? Sócrates pode dormir tranquilo pois todo o ambiente lhe é favorável. Resta saber se as gerações vindouras sobrevirão a este mar de mansas ondas onde tudo é possível.
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