sexta-feira, novembro 13, 2009

Um Estado de Direito muito torto

Decididamente, este nosso país, só por piada, se lhe pode chamar um Estado de Direito. A chamada separação de poderes só funciona para inglês ver pois os recentes acontecimentos de Furacão, submarinos e Face Oculta vão demonstrando as mais sofisticadas técnicas de levar as investigações de meia dúzia de agentes honestos da PJ para o baú do esquecimento. Ele são as certidões que chegam às pingas, as escutas que se anulam por interpretações duvidosas do interesse de Estado, os processos que dormem meses e anos nas gavetas e os sempre eternos arguídos, presumidos até à eternidade de inocentes (inocentados). Já não se fala dos pedófilos e o juiz de instrução bem sabe que levou cacetada. Depois vêm ainda os abraços de alguns limpos colegas para ajudar a lavar a imagem porque, no fundo, todos vivem de uma mentira sofisticada que transforma, passo a passo a democracia em moribunda fantochada.
Cairia o Estado se se soubesse a verdade? Talvez caísse mas de pé. Assim tombará de podridão.
Ninguém confia em ninguém e sabe-se quanto isto prejudica a actividade económica. Desemprego e mais desemprego, habilidades e mais habilidades. Quando existirá uma lanterna que permitirá encontrar, entre esta gente, um homem verdadeiro?
A verdade como a justiça parece que só chegará quando D. Sebastião regressar da bruma...

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