Nois últimos dias temos assistido a grandes declarações de várias personalidades dobre a venda da participação da PT na Vivo brasileira. Uns que querem vender e outros que advogam a manutenção de uma participação rentável. Finalmente, os accionistas privados disseram de sua justiça votando a favor da venda e O Estado usou o seu poder de veto através da sua golden-share. Agora virá o Tribunalç Europeu pronunciar-se sobre a "legalidade" de este veto. Tudo isto faria sentido se a PT sempre tivesse sido privada e não tivesse sido ao longo dos anos um monopólio que explorou os portugueses através de tarifas exorbitantes e de injecção de investimentos feitos com dinheiros públicos. O mesmo se passou com a EDP. Na ânsia de privatizar, de acordo com a filosofia de mercado liberal, nunca os interesses públicos foram bem defendidos. Tudo se vende a rasto barato e em nome de grandes filosofias. Se repararmos ainda a TAP tem-se aguentado com milhões de prejuízos à custa do erário público e, quando for vendida, certamente, não se repercutirão os prejuízos para os "privados" que muitas vezes recorrem ainda a empréstimos da Caixa Geral de Depósitos para comprar estas acções públicas, não arriscando a ponta de um chavo.
Como houve amplos protestos, desta vez o Governo tomou posição. Resta saber se não contam com o Tribunal Europeu para mais este espúrio negocial.
Refúgio político de muitos a PT, certamente, acabará vendida como tudo o que resta de um património nacional de gerações.
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