segunda-feira, janeiro 05, 2004

Inquisição Tribuvisiva

Malfadadamente, continuo a espirrar e a tentar fazer blog. Sento-me, confortável, aquecedor ligado, e parto à aventura de mergulhar no mar das notícias televisivas. Seguramente, a febre não baixou. Malditas pastilhas. Dolente, não faço zapping.
Uma entrevistadora interroga um juiz... que o colega não era juiz natural e que portanto todas as suas decisões podiam ser anuladas! Dá a entender que os juízes podem não saber o que andam a fazer. Ela sabe, claro. Tenta transformar questões formais em questões de conteúdo. O que é preciso é instalar a dúvida, logo meio caminho andado para pressionar antes de alguém ser julgado. Chego a pensar que existem juízes artificiais ou clonados. Credo. Teríamos sido invadidos por extra-terrestres?
E o que virá a seguir?: As lentes dos óculos do juiz estão mal calibradas? O juiz teria perdido folhas do Código? Não será que ele um dia qualquer pôs a moto em cima do passeio? Será que ele é masoquista e gosta de ser massacrado pela imprensa? Terá, porventura, calos por tratar, e despacha com dores nos pés o que pode provocar uma interpretação distorcida das leis? Teve sarampo em pequeno? Bebe demasiado café?
Anda a tentar ficar com o processo até ser velhote para ter que contar aos netos?
A seguir, outros mediáticos juristas dizem de sua justiça. E qual é a sua táctica, perguntam? E se for assim, não será assado? E se for cozido? Eu cá por mim, fiquei com a ideia que utilizarão um 4x3x3, um 4x4x2 ou todos ao molho e Deus por nós todos, que bem precisamos.

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