Na Tribulandia temos sempre motivo para rir. Basta abrir o jornal e é um festival de humor. No “Público” vem um pequeno artigo, por sinal bem escrito, diga-se,sobre “ O Desporto para Além do Óbvio” livro apresentado no Porto, na Fundação António Cupertino de Miranda.
Parece que um jornalista alertou par a necessidade de mudar a linguagem no desporto-rei.”Discutir futebol como quem discute literatura”, sublinhou. Dar oportunidade ao contributo de autores que procuraram abordar áreas como antropologia, filosofia, estética, cultura, educação, ambiente (estragam a relva?), cooperação internacional, demografia (bolas por km quadrado?), direito museologia, religião (uma nova?), saúde ( mental?), turismo, urbanismo e investigação científica (a trajectória da bola num livre de canto?). (!!!!!!!!!!!!).
Paulo Silva e Cunha, presidente do Instituto das Artes, debruçou-se sobre “ O Corpo que dança” da seguinte maneira: “ O palco, lugar convencional da dança, é um mapa comprimido, um mapa hiperdenso. Sobrepovoado de corpos, por todos os corpos que lá estão e por lá passaram, mas também sobrepovoado de ideias , de desejos, o desejo de estar no palco”
O jornalista, que não padece da doença das vacas loucas, graças a Deus, interrogava: “Futebol?”.
Não há dúvida que o futebol se transformou de desporto em poder, a seguir ao financeiro e ao dos media. Agora entendo porque algum ou alguns bispos andaram a falar com os presidentes dos clubes sobre a falta de fieis nas Igrejas. Eu julguei que era por falta de fé. Mas com tanta abrangência não demora nada o Prémio Nobel de Literatura e outros serão concedidos a treinadores, jogadores, massagistas, árbritos e roupeiros. E sobretudo gostei da imagem poética do último orador. Também passei a entender a magia do sobrepovoado de corpos.para não falar dos desejos...
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