Tinha eu abandonado os blogs por hoje quando dou por mim a ver a televisão.
O que era aquilo? Nada mais nada menos do que uma conversa em família, ao estilo de lembranças antigas: défice, Casa Pia (deveriam mudar o nome), investimentos megalómanos e TGVês. Muito preocupadas as nossas figuras públicas com o nosso dia a dia. Fazem-me até lembrar uns senhores de má memória que tinham a mania da índústria pesada, dos planos a largos anos, e deixavam, no curto prazo, as populações carenciadas de tudo. Viu-se o resultado. Foram todos à avó (deles). Uns quadros coloridos, uma grande preocupação social mas nada de medidas concretas. Os desempregados com a alta velocidade vão chegar longe. Depois uma teoria de investimento público e privado. Em que sectores? Como? Deixando ao correr das águas... No sector principal de investimento ou seja a educação, estamos todos cientes dos esforços... Temos uma média de um computador por 8 alunos e falta saber se têm professor de informática. Aqui ao lado há províncias que têm uma média de um comptutador por cada dois alunos. Para mim, o caso da Casa Pia é mais um problema psiquiátrico e judicial do que político. E o TGV vai, certamente, dar mais comodidade ao “invasor” espanhol do que resolver os nossos problemas estruturais. As empresas que se aguentem, enquanto puderem.
Logo a seguir um programa sobre as castanhas. “Deixa cheirar teu bacalhau”, ouvia eu deliciado. Mas que grande tema, a cheirar a castanhas com mofo. E “Viestes-me...”.
O melhor de tudo isto foram os anúncios. Um supermercado vendia lombo de porco a 3,95 euros, se não me engano, Ao menos, não perdi tudo.
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