Público
Estádio Municipal de Braga Um Ano de Arte, Encanto e Sucesso
Por MATILDE ROCHA DIAS
Derrapagens e manutenções da discórdia
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Se a arte e o sucesso desportivo do Braga caracterizam o primeiro ano do Estádio Municipal, a polémica não lhes fica atrás, nomeadamente no que diz respeito às derrapagens financeiras na construção do recinto - os custos totais roçaram os 100 milhões de euros, tornando o estádio no mais caro "per capita" de todos os construídos para o Euro 2004 e ultrapassam em quase o dobro as estimativas iniciais - e aos custos de manutenção anuais (perto de meio milhão de euros, a que se junta um valor semelhante semelhante para conservar o velhinho 1.º de Maio).
"A oposição ao executivo chefiado por Mesquita Machado tem enfatizado estes assuntos nos últimos 12 meses, chamando a atenção para o "esforço elevado" que a câmara terá que suportar para cobrir o investimento (recorreu ao financiamento bancário em todas as fases da obra), o qual poderá complicar a gestão do erário público na próxima vintena de anos. Pelo meio, discussões em torno do contrato-programa com o Braga, que já vai no terceiro aditamento e obriga o clube a pagar uma renda de seis mil euros e a não ceder espaços a terceiros sem a autorização da autarquia. Acresce algum receio de que o Municipal se fique pelas condições estéticas e não garanta nem a multifuncionalidade para que foi concebido nem sustentabilidade económica. É que os espectáculos futebolísticos só acontecem duas vezes por mês. "
Um sucesso estético e um desastre de utilização de fundos públicos com uma utilização deficiente. Assim vai o reino dos faraós na Tribulandia.
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