domingo, dezembro 19, 2004

Da cocaína à heroína com o progresso

Chegam os famosos da bola para mostrarem os seus caridosos corações. Fazem um joguinho, são entrevistados, promovem a imagem e disfarçam o sistema. Dentro de um grande negócio que enche os bolsos a muitos, por onde rola muito dinheiro fácil,que é alimentado muitas vezes for fundos públicos por motivos políticos e de pacificação social (o povo tem que descomprimir e sonhar com alguma coisa, quando lhe falta um mínimo de dignidade e de realização pessoal, profissional e cultural no dia a dia). O expoente máximo foi atingido na Argentina onde uma vitória no campeonato mundial e uma mão santa do Maradona fizeram esquecer as torturas e assassinatos que se produziam na mesma altura. Outros atingem objectivos menos sangrentos mas não menos abjectos. Dizia há tempos um locutor que um jogo em Paris nunca tem muitos espectadores porque há muitas outras solicitações de divertimento. Será porque os parisienses são menos evoluídos? E o Brasil o grande campeão porque tem tanta miséria lado a lado com o seu virtuosismo futebolístico? Dantes diziam os ilustrs opositores do regime que o futebol era a cocaína do povo. Agora passou a heroína. Sinais dos tempos de involução.

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