segunda-feira, dezembro 27, 2004

Os famosos planos de recuperação da Tribulandia

"Governo cedeu a pressões fortíssimas da opinião pública"
Augusto Mateus diz que consolidação orçamental implica um esforço continuado por seis anos. E está solidário com as decisões de Jorge Sampaio sobre o Governo. O antigo ministro do PS fala sobre a situação e os desafios da economia portuguesa
Lucília Tiago
(...)
""Plano Mateus" mostrou que vale a pena cumprir"

Se a conjuntura fosse a mesma, Augusto Mateus voltaria hoje a fazer um "Plano Mateus", ou seja, um plano de recuperação de empresas em situação difícil e de regularização de dívidas ao Fisco e à Segurança Social. Porque, acima de tudo, era necessário acabar com a indisciplina fiscal e consequente concorrência desleal que se verificava em muitas situações. Apesar das críticas de que foi alvo, Augusto Mateus considera que o plano teve várias virtudes, nomeadamente acabar com a faceta do Estado usurário e até de mostrar às pessoas e às empresas de que vale a pena ser cumpridor. Ou seja, foi feito para criar uma outra cultura e mostrar que "quem paga impostos não é parvo. Porque numa democracia, as formas de oportunismo mais cedo ou mais tarde são derrotadas".


Ainda gostaríamos de saber quais foram os resultados alcançados com este plano (aliás como muitos outros). Montes de legislação, burocracia quanto baste e um arrastar de situações que, normalmente, conduzem à falência final. Se os oportunistmos mais tarde ou mais cedo são derrotados, isso demora mais de trinta anos, seguramente.

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