Um post muito interessante sobre a "carreira" de uma blogueira em
Exercícios de Escrita
quinta-feira, março 31, 2005
As facilidades de compra de explosivos na Tribulandia
No Correio da Manhã vimos que uma octogenéria vendia numa mercearia de Baião explosivos iguais aos utilizados em Madrid (Goma 2 Eco). Será que as farmácias e os supermercados também vão ser autorizados a vender explosivos? Cada vez temos mais dificuldades em entender o funcionamento do mercado.
Muitas formas de não viver sem eutanásia
Começamos a achar muito divertido o interesse que tanta gente vem demonstrando pela eutanásia, como se a vida e seus riscos dependessem dos juízos mais ou menos sérios que alguns entendidos fazem nas colunas dos jornais e nas televisões. Tanta gente que nem chega a viver por falta de condições no mumdo e tão pouco se ouve falar e discutir as soluções. Para muitos espíritos isso é inevitável e sem solução o que não é, evidentemente, verdade. Mas como a eutanásia está de moda e fizeram um filme, toca de resolver este problema. Acreditamos na vida, nas mais variadas formas, e quem nos diz que muitos desses entendidos vivem todas? Repetimos dias e dias de quotidianos estúpidos, vazios, ignoramos o nosso vizinho e de repente, zás, toca de ver como se autoriza a matança de alguns que segundo a nossa visão vegetam. Claro que se for rico e importante até o mantêm numa máquina um século. O aborto e a eutanásia como formas de evitar a vida são temas de consciência individual e não há soluções aceitáveis: há soluções mais ou menos escapatórias para os verdadeiros problemas: evitar a miséria social no caso do aborto e aceitar o risco de viver.
Para que serve a cultura na Tribulandia?
Público
Uma situação difícil
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
Fala-se pouco. Durante a campanha eleitoral, praticamente não se falou. Que significa isto? Que o Governo ignora estas matérias? Que não há dinheiro? Que não se considera que a cultura atravessa a vida de todos nós?
Estamos sobretudo a falar na sociedade de conhecimento. O que se entende. Mas não basta. Conhecer é descobrir o saber mas não é encontrar o sentido para este saber. O sentido vai ao encontro da interrogação fundamental: para que serve?
A cultura está para a Tribulandia como Shakespeare está para o futebol.
Uma situação difícil
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
Fala-se pouco. Durante a campanha eleitoral, praticamente não se falou. Que significa isto? Que o Governo ignora estas matérias? Que não há dinheiro? Que não se considera que a cultura atravessa a vida de todos nós?
Estamos sobretudo a falar na sociedade de conhecimento. O que se entende. Mas não basta. Conhecer é descobrir o saber mas não é encontrar o sentido para este saber. O sentido vai ao encontro da interrogação fundamental: para que serve?
A cultura está para a Tribulandia como Shakespeare está para o futebol.
quarta-feira, março 30, 2005
Aprendendo com comentadores desportivos
Frase de um comentador desportivo durante o Eslováquia-Portugal:
"O que é preciso é a bola no centro e, oportunamente, um pontapé."
"Postiga chuta forte (na verdade, fraco). Foi a minha imaginação."
As nossas perspectivas sobre o jogo ficaram muito mais largas.
"O que é preciso é a bola no centro e, oportunamente, um pontapé."
"Postiga chuta forte (na verdade, fraco). Foi a minha imaginação."
As nossas perspectivas sobre o jogo ficaram muito mais largas.
A cultura iliberal da Tribulandia
Público
As dores da direita (1)
O primeiro problema da direita é que em Portugal a cultura político-económica dominante é iliberal
(...)
Ora em Portugal não é preciso ser de esquerda para desconfiar do mercado e da economia liberal: há muita gente de direita que pensa da mesma maneira. Neste domínio a cultura política dominante tanto é uma herança da Revolução - época em que até o programa do então PPD advogava o "caminho para o socialismo" -, como do salazarismo corporativista.
Eles sabem lá onde é que situam. O que eles querem é que renda tanto quanto der.
As dores da direita (1)
O primeiro problema da direita é que em Portugal a cultura político-económica dominante é iliberal
(...)
Ora em Portugal não é preciso ser de esquerda para desconfiar do mercado e da economia liberal: há muita gente de direita que pensa da mesma maneira. Neste domínio a cultura política dominante tanto é uma herança da Revolução - época em que até o programa do então PPD advogava o "caminho para o socialismo" -, como do salazarismo corporativista.
Eles sabem lá onde é que situam. O que eles querem é que renda tanto quanto der.
Estatísticas que podem enganar
Público
Ai os números!
Joaquim Fidalgo Crer para Ver
Era alguém ligado aos jornais, um provedor do leitor, julgo eu, que costumava dizer: "Querem que um jornalista faça uma notícia sobre um determinado assunto? Basta darem-lhe um número, uma estatística... Não resiste!"
Pois não. A estatística faz um título forte, a estatística dá um tom de precisão científica ao texto, a estatística "mede" a realidade, organiza-a, quantifica-a com suposta exactidão. E há lá melhor ciência do que ciência exacta?...
Quando a estatística provém de uma sondagem, ainda melhor: por ela se põe em evidência essa nobilíssima vocação dos media de darem voz à opinião pública, de a captarem e difundirem com os indispensáveis princípios de rigor e objectividade - e há lá coisa mais objectiva, mais rigorosa, do que um número, uma percentagem?...
As estatísticas também são enganadoras. Nem sempre o rigor dos números trabalhados descreve a realidade relativa. Caso do meio frango para dois...
Ai os números!
Joaquim Fidalgo Crer para Ver
Era alguém ligado aos jornais, um provedor do leitor, julgo eu, que costumava dizer: "Querem que um jornalista faça uma notícia sobre um determinado assunto? Basta darem-lhe um número, uma estatística... Não resiste!"
Pois não. A estatística faz um título forte, a estatística dá um tom de precisão científica ao texto, a estatística "mede" a realidade, organiza-a, quantifica-a com suposta exactidão. E há lá melhor ciência do que ciência exacta?...
Quando a estatística provém de uma sondagem, ainda melhor: por ela se põe em evidência essa nobilíssima vocação dos media de darem voz à opinião pública, de a captarem e difundirem com os indispensáveis princípios de rigor e objectividade - e há lá coisa mais objectiva, mais rigorosa, do que um número, uma percentagem?...
As estatísticas também são enganadoras. Nem sempre o rigor dos números trabalhados descreve a realidade relativa. Caso do meio frango para dois...
Rui Rio com hipóteses de ganhar a candidato de Lisboa
Público
Socialistas admitem coligações à esquerda
PS confirma candidaturas de Carrilho e Assis às câmaras de Lisboa e Porto
O coordenador da Comissão Permanente do PS, Jorge Coelho, confirmou hoje os nomes de Manuel Maria Carrilho e de Francisco Assis como os candidatos do partido à presidência das autarquias de Lisboa e Porto, respectivamente.
No caso do Porto, vão ter uma grande sorte com este candidato dos orgãos de Lisboa.
Socialistas admitem coligações à esquerda
PS confirma candidaturas de Carrilho e Assis às câmaras de Lisboa e Porto
O coordenador da Comissão Permanente do PS, Jorge Coelho, confirmou hoje os nomes de Manuel Maria Carrilho e de Francisco Assis como os candidatos do partido à presidência das autarquias de Lisboa e Porto, respectivamente.
No caso do Porto, vão ter uma grande sorte com este candidato dos orgãos de Lisboa.
Resultado final de uma grande aposta
Público
Dados do Eurostat
Turismo registou descida em ano de Euro 2004
Portugal é um dos quatro países europeus que registou uma descida no sector do turismo em 2004, na ordem dos 0,3 por cento, apesar da realização do Campeonato Europeu de Futebol, revela um estudo do Eurostat divulgado hoje em Bruxelas.
Ora aí está um grande resultado nos investimentos do Euro...
Dados do Eurostat
Turismo registou descida em ano de Euro 2004
Portugal é um dos quatro países europeus que registou uma descida no sector do turismo em 2004, na ordem dos 0,3 por cento, apesar da realização do Campeonato Europeu de Futebol, revela um estudo do Eurostat divulgado hoje em Bruxelas.
Ora aí está um grande resultado nos investimentos do Euro...
Directiva a quanto obrigas
Na Sic Notícias Joaõ Cravinho discute com Manuel Monteiro sobre a directiva Bolkestein. Segundo o Público: "A directiva Bolkestein, do nome do antigo comissário europeu holandês do Mercado Interno Frits Bolkestein, prevê que um prestador de serviços a operar nos vários Estados-membros da União Europeia seja sujeito, sob certas condições, apenas à lei do seu país de origem". Encravado, Cravinho lá vai defendendo as orientações de Bruxelas, acabando por dizer que se pode sempre recorrer aos tribunais. Cda vez mais se nota a subordinação deste pequeno país às decisões dos todo-poderosos comissários. Essa de aceitar regras impostas e de recorrer aos tribunais é uma saída muito prática.
terça-feira, março 29, 2005
Maravilhas da Net para levantar o ego
Opiniões positivas sobre a Tribulandia no PageBoost
Web page address to review:
Review of Tribulandia
"I just saw. It must have taken weeks to perfect the page. The URL has 31 characters. Just the perfect length. There are 98,161 characters in the code, which is a high-quality length for Opera users.This explains why www.puxapalavra.blogspot.com put up a link to this page.(...)
Seeing Tribulandia, I'm simply stunned, completely stunned. Magnificent. The color scheme is very fitting. The source for this page is classy. What an awesome page! The page contains 479 links, a perfect amount. If only Real.com would have a high-quality page like that. Well, I expected the creator to work within these quality standards. Thumbs up. I couldn not stop admiring the logo of this page. The creator paid so much attention to details. Awesome stuff."-- Judith Stevenson, Webreview Monthly
Web page address to review:
Review of Tribulandia
"I just saw
Seeing Tribulandia, I'm simply stunned, completely stunned. Magnificent. The color scheme is very fitting. The source for this page is classy. What an awesome page! The page contains 479 links, a perfect amount. If only Real.com would have a high-quality page like that. Well, I expected the creator to work within these quality standards. Thumbs up. I couldn not stop admiring the logo of this page. The creator paid so much attention to details. Awesome stuff."-- Judith Stevenson, Webreview Monthly
A pouca-vergonha do futebol na Tribulandia
JN
Árbitros exigem demissões de dirigentes e observador
(...)
Pedro Proença é muito crítico relativamente à arbitragem. "A arbitragem bateu no fundo, é a pouca-vergonha completa. E agora que sabemos de algumas das situações não podemos ficar calados", continuou, confirmando que também foi levantado o problema das escutas telefónicas relativamente a pelo menos um observador. "Trata-se de uma pessoa sobre quem também ouvimos as escutas. Há suspeitas de manipulações e não aceitamos que continue nas suas funções. Mas o que o nosso presidente nos disse é que não podia fazer nada. Tinha de ser ele a suspender funções, o que ainda não fez".
Árbitros exigem demissões de dirigentes e observador
(...)
Pedro Proença é muito crítico relativamente à arbitragem. "A arbitragem bateu no fundo, é a pouca-vergonha completa. E agora que sabemos de algumas das situações não podemos ficar calados", continuou, confirmando que também foi levantado o problema das escutas telefónicas relativamente a pelo menos um observador. "Trata-se de uma pessoa sobre quem também ouvimos as escutas. Há suspeitas de manipulações e não aceitamos que continue nas suas funções. Mas o que o nosso presidente nos disse é que não podia fazer nada. Tinha de ser ele a suspender funções, o que ainda não fez".
Um PEC de instabilidade e de estagnação
Público
A ilusão monetária europeia
Jorge Ferreira
Pronto. A União Europeia já tem um Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) menos estúpido. Isto apenas significa que se verificou um retrocesso para os partidários da uniformização compulsiva das economias nacionais como pressuposto da moeda única. No fundo, a realidade variada das economias nacionais sobrepôs-se ao voluntarismo de fazer de conta que é igual o que na verdade é profundamente desigual.
Finalmente deram por ela que o PEC era estúpido. E andavam tantos a defendê-lo...
A ilusão monetária europeia
Jorge Ferreira
Pronto. A União Europeia já tem um Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) menos estúpido. Isto apenas significa que se verificou um retrocesso para os partidários da uniformização compulsiva das economias nacionais como pressuposto da moeda única. No fundo, a realidade variada das economias nacionais sobrepôs-se ao voluntarismo de fazer de conta que é igual o que na verdade é profundamente desigual.
Finalmente deram por ela que o PEC era estúpido. E andavam tantos a defendê-lo...
A irracionalidade como motor da Tribulandia
Público
A irracionalidade de pagar impostos
Ana Paiva João Caetano
Os sociólogos e os economistas dizem, cada vez mais, que o segredo do sucesso económico das sociedades de mercado reside nos traços culturais dos povos.
Capital social é a nova expressão de ordem para as economias capitalistas. As relações sociais em rede, a confiança social que elas permitem estabelecer e a virtude que pressupõem afiguram-se hoje como motores do desenvolvimento dos países. Por que não desperta a economia portuguesa? De acordo com a moderna teoria socioeconómica, este impasse poderá dever-se a um défice de capital social, essa nova solução milagrosa para a economia concorrencial e sustentável.
Mas será assim? Será que somos um povo individualista e desconfiado, incapaz de agir de forma virtuosa, tendo em conta o interesse colectivo? Não possuímos capital social?
Não se têm fartado de tentar dar cabo desse interesse colectivo? Não continuam a incentivar o egoísmo cego? Não estamos cada vez mais materialistas? Porque andamos sempre a copiar tudo e todos nos piores aspectos da vida em sociedade?
A irracionalidade de pagar impostos
Ana Paiva João Caetano
Os sociólogos e os economistas dizem, cada vez mais, que o segredo do sucesso económico das sociedades de mercado reside nos traços culturais dos povos.
Capital social é a nova expressão de ordem para as economias capitalistas. As relações sociais em rede, a confiança social que elas permitem estabelecer e a virtude que pressupõem afiguram-se hoje como motores do desenvolvimento dos países. Por que não desperta a economia portuguesa? De acordo com a moderna teoria socioeconómica, este impasse poderá dever-se a um défice de capital social, essa nova solução milagrosa para a economia concorrencial e sustentável.
Mas será assim? Será que somos um povo individualista e desconfiado, incapaz de agir de forma virtuosa, tendo em conta o interesse colectivo? Não possuímos capital social?
Não se têm fartado de tentar dar cabo desse interesse colectivo? Não continuam a incentivar o egoísmo cego? Não estamos cada vez mais materialistas? Porque andamos sempre a copiar tudo e todos nos piores aspectos da vida em sociedade?
A paixão da vida e os sistemas
Público
O intelectual dos intelectuais (1)
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
"Até que um dia Derrida escreveu sobre Sartre em Les Temps Modernes. E antes Deleuze tinha escrito sobre ele. Michel Foucault tinha declarado numa entrevista de 66 a Madeleine Chapsal: "Fizemos a experiência da geração de Sartre como sendo uma geração certamente corajosa e generosa, que tinha a paixão da vida, da política, da existência. Mas para nós descobrimos outra coisa, uma outra paixão: a paixão do conceito e do que eu chamaria "o sistema".""
E onde para essa paixão da vida, da política, da existência nos intelectuais portugueses? Mergulharam noutro sistema?
O intelectual dos intelectuais (1)
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
"Até que um dia Derrida escreveu sobre Sartre em Les Temps Modernes. E antes Deleuze tinha escrito sobre ele. Michel Foucault tinha declarado numa entrevista de 66 a Madeleine Chapsal: "Fizemos a experiência da geração de Sartre como sendo uma geração certamente corajosa e generosa, que tinha a paixão da vida, da política, da existência. Mas para nós descobrimos outra coisa, uma outra paixão: a paixão do conceito e do que eu chamaria "o sistema".""
E onde para essa paixão da vida, da política, da existência nos intelectuais portugueses? Mergulharam noutro sistema?
Frases da Tribulandia
"Portugal é um pequeno país da Europa cuja única mais-valia é exactamente pertencer ao Velho Continente."
Fernando Sobral
Jornal de Negócios, 28-03-05
Portugal tem muitas mais-valias só que não tem tido dirigentes à altura. Deixem-se de palhaçadas mediáticas e de mentiras e ponham-se a trabalhar em prol da sociedade.
Fernando Sobral
Jornal de Negócios, 28-03-05
Portugal tem muitas mais-valias só que não tem tido dirigentes à altura. Deixem-se de palhaçadas mediáticas e de mentiras e ponham-se a trabalhar em prol da sociedade.
segunda-feira, março 28, 2005
Novidades na Tribulandia
Segundo o meu barbeiro, Mourinho vai deixar de treinar o Chelsea para se dedicar inteiramente a causas humanitárias, adoptando o novo nome de Mourinho de Calcuta e partindo em breve para o Sudão acompanhado do Pintinho da Costa, do Valentão Loureiro e de diversos árbitros de futebol. O grupo será conhecido pelo nome de Apito Humanitário e terá sede em Calcutá. Figo encara seriamente a hipótese de lançar uma água de colónia no mercado com o mesmo nome.
Para quem gosta do Porto
Um post muito interessante de Pulido Valente, sobre o que querem alterar na Avenida dos Aliados no Porto
Um centro de cidade deserto
de A Baixa do Porto vim parar a esta notícia:JN
por jorge vilas jornalista
Os sustos são diários
Em que quadro se qualifica o Porto dos nossos dias? Na idade moderna ou pós-moderna?
A uma das mesa do Café Guarany, Agostinho Barrias confidenciava a um pequeno grupo de amigos, entre os quais eu me incluía, que começava a desesperar, não pelo investimento que efectuou para transformar aquele estabelecimento - a exemplo do que, aliás, aconteceu com o Majestic, em Santa Catarina - numa das referências da Baixa Portuense, mas pelo facto desta zona nobre do Porto dar contínuos sinais de abandono.
Quando teremos um executivo camarário e empresários que gostem da cidade e façam algo com bom senso e inteligência?
por jorge vilas jornalista
Os sustos são diários
Em que quadro se qualifica o Porto dos nossos dias? Na idade moderna ou pós-moderna?
A uma das mesa do Café Guarany, Agostinho Barrias confidenciava a um pequeno grupo de amigos, entre os quais eu me incluía, que começava a desesperar, não pelo investimento que efectuou para transformar aquele estabelecimento - a exemplo do que, aliás, aconteceu com o Majestic, em Santa Catarina - numa das referências da Baixa Portuense, mas pelo facto desta zona nobre do Porto dar contínuos sinais de abandono.
Quando teremos um executivo camarário e empresários que gostem da cidade e façam algo com bom senso e inteligência?
A Direita da Tribulandia à procura de uma saída?
Lemos no "Público" de sábado passado "As Direitas à procura de uma saída". Quase nos ia dando um ataque de riso. Seria que a Direita estava à procura de deixar o poder Em nossa concepção ela nunca deixou o poder, mesmo nos períodos folclóricos da pseudo-revolução pois muitas das leviandades cometidas só funcionaram a seu favor. Seria de esquerda assaltar casas, expulsar empresários decentes, querer nacionalizar os quiosques e perturbar sectores fundamentais da economia com gestores políticos? O resultado visível é que impérios mudaram de mãos mas o sistema funciona cada vez melhor para os poderosos e exploradores do país. Desde a bomba até à penetração em grupos extremistas tudo foi utizado para desacreditar a mudança.
Sempre Tomaso di Lampedusa. De uma maneira geral todos os partidos se inserem na Terceira Via ou seja conciliar o sistema de mercado feroz e neo-liberal com mais ou menos pinceladas de justiça social, tirando um que se agarra a concepções ultrapassadas de economia estatal e de unicidade de pensamento e acção. Como estão actualmente os direitos dos trabalhadores? Como se trata a sua dignidade e direito ao trabalho? O despedimento nunca foi tão fácil nem a sua exploração através do trabalho excedentário ou da precaridade. E a educação? E as desigualdades abismais?
Quem está sem saída, de momento são alguns dos serventuários que se apelidam de direita (ou de centro) para melhor agradar. E mais arreliados ainda porque quem os pôs fora do poleiro foram os senhores que pensavam servir zelosamente. Já sabemos que quem, por acaso, ler isto, vai ao baú da memória buscar definições e conceitos que não encaixam com estas concepções, mas tenham paciência, a Direita está de boa saúde e para durar até se fartar de sangrar tudo e todos. Sim, porque a Direita de que estamos a falar só tem um valor: o dinheiro. Os outros valores foram para o caixote do lixo, empurrados pela ignorância, pela estupidez, pelas televisões, pelos media em geral e por políticos sem um mínimo de dignidade ou de carácter.
Sempre Tomaso di Lampedusa. De uma maneira geral todos os partidos se inserem na Terceira Via ou seja conciliar o sistema de mercado feroz e neo-liberal com mais ou menos pinceladas de justiça social, tirando um que se agarra a concepções ultrapassadas de economia estatal e de unicidade de pensamento e acção. Como estão actualmente os direitos dos trabalhadores? Como se trata a sua dignidade e direito ao trabalho? O despedimento nunca foi tão fácil nem a sua exploração através do trabalho excedentário ou da precaridade. E a educação? E as desigualdades abismais?
Quem está sem saída, de momento são alguns dos serventuários que se apelidam de direita (ou de centro) para melhor agradar. E mais arreliados ainda porque quem os pôs fora do poleiro foram os senhores que pensavam servir zelosamente. Já sabemos que quem, por acaso, ler isto, vai ao baú da memória buscar definições e conceitos que não encaixam com estas concepções, mas tenham paciência, a Direita está de boa saúde e para durar até se fartar de sangrar tudo e todos. Sim, porque a Direita de que estamos a falar só tem um valor: o dinheiro. Os outros valores foram para o caixote do lixo, empurrados pela ignorância, pela estupidez, pelas televisões, pelos media em geral e por políticos sem um mínimo de dignidade ou de carácter.
Quem manda em quem na Tribulandia
Se ainda têm alguma dúvida acerca do predomínio do sector económico sobre a camada política da Tribulandia, procurem acercar-se de algum grupo que inclua um grande empresário e políticos e observem o comportamento servil dos últimos.
Os relatórios do Tribunal de Contas
A cada passo, lemos nos jornais, em grandes títulos, os resultados de relatórios elaborados pelo Tribunal de Contas, relatando montes de irregularidades na prestação de contas de diversas entidades. Sai a notícia, ficamos alarmados com a incompetência revelada pelos dirigentes dessas entidades, para não imaginarmos outras razões, e durante uns dias ficamos com a sensação que estamos num estado de direito transparente e onde nada se passa impunemente. Meses ou anos depois não se ouve falar de mais nada sobre o assunto. Uma dúvida nos assalta: qual será o resultado final e prático de tais inspecções e relatórios?
A educação na Tribulandia
JN
Uma em cada três crianças tem peso em excesso
Sedentarismo Maus hábitos alimentares, excesso de televisão e videojogos na origem do problema Pais não ajudam a mudar estilo de vida
Portugal está entre os países europeus com maior taxa de crianças com excesso de peso
Sandra Silva*
Pais obesos, hábitos alimentares errados, pouco exercício físico e muitas horas em frente à televisão são traços comuns aos cerca de 30 por cento de crianças portuguesas com excesso de peso, concluíram especialistas junto da população escolar. O retrato parte das conclusões de um estudo pedido pela Câmara Municipal de Lisboa - que vai agora dar continuidade ao trabalho - e em que foram inquiridas 3.500 crianças da capital com idades entre os 10 e os 19 anos, e um outro, sobre 1.125 crianças de Sintra, entre os sete e os nove anos.
Continuem a encher-se de fast-food e a ver muita televisão e atingirão a felicidade completa.
Uma em cada três crianças tem peso em excesso
Sedentarismo Maus hábitos alimentares, excesso de televisão e videojogos na origem do problema Pais não ajudam a mudar estilo de vida
Portugal está entre os países europeus com maior taxa de crianças com excesso de peso
Sandra Silva*
Pais obesos, hábitos alimentares errados, pouco exercício físico e muitas horas em frente à televisão são traços comuns aos cerca de 30 por cento de crianças portuguesas com excesso de peso, concluíram especialistas junto da população escolar. O retrato parte das conclusões de um estudo pedido pela Câmara Municipal de Lisboa - que vai agora dar continuidade ao trabalho - e em que foram inquiridas 3.500 crianças da capital com idades entre os 10 e os 19 anos, e um outro, sobre 1.125 crianças de Sintra, entre os sete e os nove anos.
Continuem a encher-se de fast-food e a ver muita televisão e atingirão a felicidade completa.
Derivar como actividade na Tribulandia
Público
Montados à deriva
Em Portugal, o que impera são as interpretações casuísticas, jogos de poder e uma incapacidade confrangedora de se aplicarem no terreno estratégias que encarem os sobreiros e as azinheiras como um recurso indispensável para o futuro do país
Ainda se fossem os montados os únicos a andar à deriva, vá que não vá. E quantas vezes a deriva resulta de decisões com objectivos?
Montados à deriva
Em Portugal, o que impera são as interpretações casuísticas, jogos de poder e uma incapacidade confrangedora de se aplicarem no terreno estratégias que encarem os sobreiros e as azinheiras como um recurso indispensável para o futuro do país
Ainda se fossem os montados os únicos a andar à deriva, vá que não vá. E quantas vezes a deriva resulta de decisões com objectivos?
Frases da Tribulandia
"Se a esquerda viveu demasiado tempo embaraçada com o fantasma de Estaline, a direita portuguesa continua incapaz de desembaraçar-se do fantasma de Salazar."
Vicente Jorge Silva
Diário de Notícias", 27-03-05
Ainda vão acabar por descobrir que foi o Salazar o responsável pelas asneiras todas destes últimos trinta anos...
Vicente Jorge Silva
Diário de Notícias", 27-03-05
Ainda vão acabar por descobrir que foi o Salazar o responsável pelas asneiras todas destes últimos trinta anos...
Protegidas de quem e de quê?
Público
Abate de sobreiros para projectos imobiliários teve apoio de três governos
Ricardo Garcia
Executivos de António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes declararam "utilidade pública" de empreendimentos privados
Há sobreiros e azinheiras que morrem por doença. E há os que são cortados para dar lugar a projectos de investimento público, como estradas e barragens. Mas o abate destas árvores protegidas para fins imobiliários privados começa a ganhar força, e já há três casos que contaram com a anuência de três governos sucessivos.
O que está a dar é a construção civil.
Abate de sobreiros para projectos imobiliários teve apoio de três governos
Ricardo Garcia
Executivos de António Guterres, Durão Barroso e Santana Lopes declararam "utilidade pública" de empreendimentos privados
Há sobreiros e azinheiras que morrem por doença. E há os que são cortados para dar lugar a projectos de investimento público, como estradas e barragens. Mas o abate destas árvores protegidas para fins imobiliários privados começa a ganhar força, e já há três casos que contaram com a anuência de três governos sucessivos.
O que está a dar é a construção civil.
O desperdício na Tribulandia
Público
Missão do instituto ficou aquém do esperado
Tribunal de Contas questiona compras da Segurança Social
A Segurança Social contratou, em 2002, por ajuste directo, a aquisição de bens e serviços informático a empresas externas num total de 53,3 milhões de euros, revela uma auditoria do Tribunal de Contas. Devido à reduzida autonomia técnica, os dirigentes do Instituto de Informática e Estatística da Solidariedade (IIES) reconhecem que, até 2002, a qualidade desses contratos foi deficientemente avaliada e o actual presidente do IIES admite que a missão do instituto ficou aquém do esperado.
Quantos casos como este se passarão nos serviços públicos? Agora adianta muito reconhecer a deficiente qualidade. O Estado também paga tarde e sabe que os preços estão longe de ser os de mercado...
Missão do instituto ficou aquém do esperado
Tribunal de Contas questiona compras da Segurança Social
A Segurança Social contratou, em 2002, por ajuste directo, a aquisição de bens e serviços informático a empresas externas num total de 53,3 milhões de euros, revela uma auditoria do Tribunal de Contas. Devido à reduzida autonomia técnica, os dirigentes do Instituto de Informática e Estatística da Solidariedade (IIES) reconhecem que, até 2002, a qualidade desses contratos foi deficientemente avaliada e o actual presidente do IIES admite que a missão do instituto ficou aquém do esperado.
Quantos casos como este se passarão nos serviços públicos? Agora adianta muito reconhecer a deficiente qualidade. O Estado também paga tarde e sabe que os preços estão longe de ser os de mercado...
A atracção pela construção civil
O DW-World.DE, relata um escândalo surgido com a construção do Estádio de Futebol de Munique para o Mundial de 2006. Karl-Heinz Wildmoser, presidente do TSV 1860 Munique foi preso pela suspeição de receber luvas da companhia que ganhou o concurso para construir o novo Allianz Arena um dos principais estádios para o Mundial de 2006. Parece que, felizmente isso não aconteceu na Tribulandia...
domingo, março 27, 2005
O deserto na cidade
Domingo de Páscoa. Saio de carro. Os cafés todos fechados e as ruas, praticamente, desertas. Um que outro peão perdido na grandeza do vazio. Passo por um Bingo aberto. À entrada, o porteiro e um vendedor de cautelas. Conversam. O jogo não pode parar num país em crise financeira. Teriam jogadores? Certamente que sim. Noutros tempos sentia-se mais a alegria das famílias nos passeios a pé, nos cafés e nos cinemas. Agora, cada um no seu buraco.
As cabeças duras do Compromisso Tribulandia
No Público de sábado, Vasco Pulido Valente, num artigo com o título de "É lúgubre", que já referimos em anterior post, diz ainda o seguinte:
"Aconteceu o mesmo com o Compromisso Portugal e o Portugal Positivo. Um certo sucesso,uma certa competência e muita "modernidade" saloia chegaram para convencer personagens dolorosamente modestas da sua importância e lucidez. Para governar bem, julgam elas, basta aplicar as boas regras, como qualquer gestor em qualquer empresa ou em qualquer país "competitivo". A suspeita de que há uma diferença entre Portugal e a Irlanda ou, por exemplo, a Goldman Sachs não penetra, nem pode penetrar naquelas cabeças."
Compartilhamos da observação e acrescentamos que alguém lhes encomendou o recado.
"Aconteceu o mesmo com o Compromisso Portugal e o Portugal Positivo. Um certo sucesso,uma certa competência e muita "modernidade" saloia chegaram para convencer personagens dolorosamente modestas da sua importância e lucidez. Para governar bem, julgam elas, basta aplicar as boas regras, como qualquer gestor em qualquer empresa ou em qualquer país "competitivo". A suspeita de que há uma diferença entre Portugal e a Irlanda ou, por exemplo, a Goldman Sachs não penetra, nem pode penetrar naquelas cabeças."
Compartilhamos da observação e acrescentamos que alguém lhes encomendou o recado.
Falsos humanismos e altruísmos
Na TV Mourinho viaja até à Palestina para participar numa acção humanitária. É interessante verificar nos últimos tempos as iniciativas de grandes estrelas do futebol para participarem em iniciativas de carácter humanitário. Mourinho afirma mesmo que dentro de, mais ou menos dez anos, se vai dedicar exclusivamente a essa causas, depois de atingidos os objectivos "desportivos" e pessoais($). Diz ainda que a sua mulher também é muito dada a essas acções. Desejo de reconhecimento público para além dos amantes do espectáculo? Sacrifício pessoal em nome da colectividade? Duvidamos e muito. Fazendo todos estes actores parte do enorme show do adormecimento de vastas camadas da população, servem de guia para uma ilusão que um dia todos poderão atingir aquele nível de vida de uma maneira rápida. Não é inocentemente que se apregoam os seus vencimentos fabulosos, que se mostram nos media vezes e vezes sem fim e que os colocam em ícones desta nova civilização materialista. Acabou a miséria no mundo? Deixaram de morrer crianças por falta de tratamento médico? Nada: tudo mais ou menos na mesma, simplesmente porque para acabar com esses flagelos da humanidade seria necessária uma acção instituída por todo o mundo, mais ou menos civilizado. Vi há dias as percentagens dos vários PIB atribuídas por diversos governos para as vítimas do Tsunami e são ridículas. Aliás as grandes estrelas vivem faustosamente à custa de muita gente humilde que consagra parte do seu reduzido orçamento para bilhetes, camisolas, ténis e outros produtos que, pela via da publicidade e, sobretudo, da televisão, acabam por lhes encher os bolsos já para não falar dos dinheiros públicos que não vão para escolas ou hospitais mas vão para os clubes que lhes pagam, de uma maneira ou de outra. A humanidade não melhora com esta caridade, melhora com mais justiça e equidade.
Todos se lembram de Santa Bárbara quando troveja
No "Público" de sábado:
A Frase
Faz falta uma "Sedes" de direita e uma publicação de filosofis e ciência política, para pensar a direita.
Maria josé Nogueira Pinto
Existirá uma "Sedes" de esquerda? Grande novidade a ser verdade. O que nos parece é que quem andou a destruir as ideologias e a mergulhar no utilitarismo material sente agora que lhe falta alguma coisa para além dos carros, mordomias e hotéis de cinco estrelas.
A Frase
Faz falta uma "Sedes" de direita e uma publicação de filosofis e ciência política, para pensar a direita.
Maria josé Nogueira Pinto
Existirá uma "Sedes" de esquerda? Grande novidade a ser verdade. O que nos parece é que quem andou a destruir as ideologias e a mergulhar no utilitarismo material sente agora que lhe falta alguma coisa para além dos carros, mordomias e hotéis de cinco estrelas.
As decisões urgentes na Tribulandia
Público
Juristas duvidam da legalidade do despacho de adjudicação do SIRESP
João Correia, Mário Esteves de Oliveira e Bernardo Ayala defenderam, em declarações ao PÚBLICO, a ilegalidade do despacho assinado pelo ex-ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, e pelo ex-titular pela pasta das Finanças, Bagão Félix, que adjudicou um sistema de comunicações no valor de mais de 500 milhões de euros, três dias após as eleições legislativas, quando o Governo estava em gestão.
Todos reconhecem que este é um "exemplo de escola" que suscita diversas questões jurídicas, nomeadamente ao nível das incompatibilidades/impedimentos. E João Correia admite mesmo que o despacho é nulo, uma vez que Daniel Sanches tinha tido ligações à empresa em causa.
Porquê tanta pressa em assinar contratos?
Juristas duvidam da legalidade do despacho de adjudicação do SIRESP
João Correia, Mário Esteves de Oliveira e Bernardo Ayala defenderam, em declarações ao PÚBLICO, a ilegalidade do despacho assinado pelo ex-ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, e pelo ex-titular pela pasta das Finanças, Bagão Félix, que adjudicou um sistema de comunicações no valor de mais de 500 milhões de euros, três dias após as eleições legislativas, quando o Governo estava em gestão.
Todos reconhecem que este é um "exemplo de escola" que suscita diversas questões jurídicas, nomeadamente ao nível das incompatibilidades/impedimentos. E João Correia admite mesmo que o despacho é nulo, uma vez que Daniel Sanches tinha tido ligações à empresa em causa.
Porquê tanta pressa em assinar contratos?
A dívida perante os emigrantes
Público
Esta semana foram assassinados três portugueses no país
Criminalidade na África do Sul: presidente do Fórum Português acusa Sampaio de desinteresse
O presidente do Fórum Português na África do Sul acusou o Presidente da República de desinteresse pelos emigrantes portugueses vítimas de violência naquele país, onde só esta semana três comerciantes foram assassinados.
Em declarações à TSF, o padre Jorge Gabriel afirmou que Jorge Sampaio “nunca se preocupou” com a comunidade portuguesa na África de Sul vítima de violência e que espera “muito pouco” do encontro agendado com os seus assessores, no final de Abril, em Lisboa, a quem vai pedir uma intervenção junto das autoridades sul-africanas.
Os emigrantes são muito estimados para mandarem divisas para equilibrar a balança de pagamentos.
Esta semana foram assassinados três portugueses no país
Criminalidade na África do Sul: presidente do Fórum Português acusa Sampaio de desinteresse
O presidente do Fórum Português na África do Sul acusou o Presidente da República de desinteresse pelos emigrantes portugueses vítimas de violência naquele país, onde só esta semana três comerciantes foram assassinados.
Em declarações à TSF, o padre Jorge Gabriel afirmou que Jorge Sampaio “nunca se preocupou” com a comunidade portuguesa na África de Sul vítima de violência e que espera “muito pouco” do encontro agendado com os seus assessores, no final de Abril, em Lisboa, a quem vai pedir uma intervenção junto das autoridades sul-africanas.
Os emigrantes são muito estimados para mandarem divisas para equilibrar a balança de pagamentos.
sábado, março 26, 2005
O homem que descobriu a pólvora
Público
É lúgubre
Vasco Pulido Valente
Apareceu em cena um novo grupo com o propósito pouco original de salvar a Pátria e "refundar" a direita, neste caso o PSD. O chefe é o miraculado António Borges (que Deus salvou de um desastre de avião para nosso futuro gozo e benefício) e os comparsas já anunciados Leonor Beleza, Rui Rio, Aguiar Branco, Jorge Bleck (quem?...), Silveira Botelho e Alexandre Relvas. Como de costume, o chefe foi à televisão (à RTP, evidentemente) dizer de sua justiça e, como de costume, não tinha nada a dizer. Tudo espremido, Borges não passou da velha panaceia liberal, mil vezes repetida desde Thatcher e Reagan: reduzir o Estado, baixar impostos, privatizar e desregular. Falou também na "integridade" da política e no espírito de serviço público, duas baboseiras sem sentido, que ele piedosamente toma a sério. Se ele quer de facto, e jurou que sim, "discutir ideias", tem de arranjar primeiro meia dúzia delas.
Para um país em estado de panaceia geral nada mais adequado. Vai longe o artista e sus muchachos.
É lúgubre
Vasco Pulido Valente
Apareceu em cena um novo grupo com o propósito pouco original de salvar a Pátria e "refundar" a direita, neste caso o PSD. O chefe é o miraculado António Borges (que Deus salvou de um desastre de avião para nosso futuro gozo e benefício) e os comparsas já anunciados Leonor Beleza, Rui Rio, Aguiar Branco, Jorge Bleck (quem?...), Silveira Botelho e Alexandre Relvas. Como de costume, o chefe foi à televisão (à RTP, evidentemente) dizer de sua justiça e, como de costume, não tinha nada a dizer. Tudo espremido, Borges não passou da velha panaceia liberal, mil vezes repetida desde Thatcher e Reagan: reduzir o Estado, baixar impostos, privatizar e desregular. Falou também na "integridade" da política e no espírito de serviço público, duas baboseiras sem sentido, que ele piedosamente toma a sério. Se ele quer de facto, e jurou que sim, "discutir ideias", tem de arranjar primeiro meia dúzia delas.
Para um país em estado de panaceia geral nada mais adequado. Vai longe o artista e sus muchachos.
A tanga que deram à Tribulandia
"Há três anos, Durão Barroso e Paulo Portas marcaram o início do seu ciclo político com o discurso da tanga que ajudou a que Portugal tenha a crise que hoje vivemos."
Jorge Coelho
Diário de Notícias, 25-03-05
Jorge Coelho
Diário de Notícias, 25-03-05
sexta-feira, março 25, 2005
Anda tudo à experiência na Tribulandia
JN
Despedimento colectivo na Impala
A revista "TV,Top" não saiu ontem para as bancas, depois de ter sido extinta pela administração do Grupo Impala. A decisão de encerrar a revista, que tinha sido remodelada no final do ano passado e que chegou a ter como director Carlos Narciso - demitido antes de começar a exercer funções - terá sido só ontem comunicada aos trabalhadores, não lhes tendo sido apresentadas justificações. Segundo o JN apurou, a administração pretende avançar para um despedimento colectivo, depois da maior parte dos trabalhadores ainda se encontrarem no período experimental definido no contrato
A continuar assim, ainda acabaremos por ver reformados em período experimental!
Despedimento colectivo na Impala
A revista "TV,Top" não saiu ontem para as bancas, depois de ter sido extinta pela administração do Grupo Impala. A decisão de encerrar a revista, que tinha sido remodelada no final do ano passado e que chegou a ter como director Carlos Narciso - demitido antes de começar a exercer funções - terá sido só ontem comunicada aos trabalhadores, não lhes tendo sido apresentadas justificações. Segundo o JN apurou, a administração pretende avançar para um despedimento colectivo, depois da maior parte dos trabalhadores ainda se encontrarem no período experimental definido no contrato
A continuar assim, ainda acabaremos por ver reformados em período experimental!
Na Tribulandia a honestidade não compensa
Público
Justiça e segurança
Francisco Teixeira da Mota
Aquestão da preparação das forças de segurança para enfrentar os riscos decorrentes da "nova" criminalidade é uma questão premente. Parece-me pouco realizável, por motivos economicistas, o desejo de que todos os agentes da PSP tenham coletes de segurança, mas parece, igualmente, claro que em certos períodos ou em certos locais os agentes têm de estar devidamente protegidos e armados. E, no que toca à questão de os agentes estarem devidamente armados, o problema não é só o de as armas serem eficazes e modernas, o maior problema é o seu manuseamento.
Não tenho números para poder afirmar como verdade aquilo que tenho como tal, pelo que leio e ouço: que as munições estão contadas e racionadas e que só alguns agentes da PSP têm acesso a uns curtos e espaçados períodos de treino com a arma que transportam mas que não permitem criar uma relação de segurança com a arma, que seria desejável.
A quem interessa o predomínio da marginalidade sobre a legalidade? Não se criou um sistema virado para o egoísmo e para o triunfo por qualquer meio? Não se aplaudem muitos marginais mediáticos? Não se condecoram suspeitos de crimes? O cumprimento da lei restou para os pobres e humildes.
Justiça e segurança
Francisco Teixeira da Mota
Aquestão da preparação das forças de segurança para enfrentar os riscos decorrentes da "nova" criminalidade é uma questão premente. Parece-me pouco realizável, por motivos economicistas, o desejo de que todos os agentes da PSP tenham coletes de segurança, mas parece, igualmente, claro que em certos períodos ou em certos locais os agentes têm de estar devidamente protegidos e armados. E, no que toca à questão de os agentes estarem devidamente armados, o problema não é só o de as armas serem eficazes e modernas, o maior problema é o seu manuseamento.
Não tenho números para poder afirmar como verdade aquilo que tenho como tal, pelo que leio e ouço: que as munições estão contadas e racionadas e que só alguns agentes da PSP têm acesso a uns curtos e espaçados períodos de treino com a arma que transportam mas que não permitem criar uma relação de segurança com a arma, que seria desejável.
A quem interessa o predomínio da marginalidade sobre a legalidade? Não se criou um sistema virado para o egoísmo e para o triunfo por qualquer meio? Não se aplaudem muitos marginais mediáticos? Não se condecoram suspeitos de crimes? O cumprimento da lei restou para os pobres e humildes.
Quem atira a primeira pedra?
Público
O rei Sol
Nestas últimas semanas, vários foram os artigos publicados em jornais e em blogues que nos explicaram que Freitas do Amaral nunca foi de direita.
(...)
É este o Freitas do Amaral que nunca foi de direita. Freitas do Amaral nunca saiu do seu sítio. Portugal é que virou à direita. E virou tanto à direita que Freitas se tornou ministro de Estado do primeiro Governo maioritário do Partido Socialista.
Neste país o que interessa é ter um rótulo. Numa altura em que o primado do dinheiro está acima de tudo que interessa se é socialista ou não? Pelo menos não é medíocre...
O rei Sol
Nestas últimas semanas, vários foram os artigos publicados em jornais e em blogues que nos explicaram que Freitas do Amaral nunca foi de direita.
(...)
É este o Freitas do Amaral que nunca foi de direita. Freitas do Amaral nunca saiu do seu sítio. Portugal é que virou à direita. E virou tanto à direita que Freitas se tornou ministro de Estado do primeiro Governo maioritário do Partido Socialista.
Neste país o que interessa é ter um rótulo. Numa altura em que o primado do dinheiro está acima de tudo que interessa se é socialista ou não? Pelo menos não é medíocre...
A máquina do embrutecimento
Quando se liga o televisor tem-se uma imagem deste país, qualquer que seja a estação. Numa Rui Reineta diz um poema de Ricardo Reis num cemitério. Para ornamentar o clip várias pessoas de luto, andam para a frente e para trás. Ele, claro, de t-shirt, mais ou menos extravagante. Nada, diz, somos nada. Claro que ninguém consegue ser nada de jeito com clips assim. A seguir sai Mr Bean. muito adequada a sequência. Na quinda dos porcos, continua tudoa chafurdar, como de costume. Noutra, o mesmo mau humor de sempre, serôdio e fora de moda. Desligo antes que me convença que vivo num manicómio colectivo.
Invenção para aumentar a produtividade na Páscoa
De acordo com os princípios de gestão do Compromisso Tribulandia
As gentilezas e os negócios públicos
Público
Costa diz que antecessor o avisou da adjudicação do SIRESP
O ministro da Administração Interna, António Costa, afirmou ontem que o seu antecessor, Daniel Sanches, o alertou para o facto de ter adjudicado, três dias depois das legislativas um negócio de mais de 500 milhões de euros.
"O meu antecessor teve o cuidado e a gentileza de assinalar essa matéria", afirmou Costa, no Parlamento, à saída de uma reunião com os lídereres dos grupos parlamentares para discutir a definição do elenco de cargos dirigentes da administração pública sujeitos a nomeação política.
Não se podem perder bons negócios e se houve gentileza está tudo bem.
Costa diz que antecessor o avisou da adjudicação do SIRESP
O ministro da Administração Interna, António Costa, afirmou ontem que o seu antecessor, Daniel Sanches, o alertou para o facto de ter adjudicado, três dias depois das legislativas um negócio de mais de 500 milhões de euros.
"O meu antecessor teve o cuidado e a gentileza de assinalar essa matéria", afirmou Costa, no Parlamento, à saída de uma reunião com os lídereres dos grupos parlamentares para discutir a definição do elenco de cargos dirigentes da administração pública sujeitos a nomeação política.
Não se podem perder bons negócios e se houve gentileza está tudo bem.
O pontapé para cima na Tribulandia
Público
Ex-primeiro-ministro português e actual presidente da Internacional Socialista
António Guterres entre os candidatos a alto comissário da ONU para os refugiados
O ex-primeiro-ministro português e actual presidente da Internacional Socialista, António Guterres, é um dos oito candidatos da lista hoje anunciada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para o cargo de alto comissário da ONU para os refugiados.
Será que também estão a tentar retirar o Tonecas da corrida para a presidência como fizeram com o Freitas? Será que o prof. Cavacas é o preferido dos lobbies?
Ex-primeiro-ministro português e actual presidente da Internacional Socialista
António Guterres entre os candidatos a alto comissário da ONU para os refugiados
O ex-primeiro-ministro português e actual presidente da Internacional Socialista, António Guterres, é um dos oito candidatos da lista hoje anunciada pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para o cargo de alto comissário da ONU para os refugiados.
Será que também estão a tentar retirar o Tonecas da corrida para a presidência como fizeram com o Freitas? Será que o prof. Cavacas é o preferido dos lobbies?
O bom cinema brasileiro
Cidade de Deus
Realizador: Fernando Meirelles
Vejo o filme no escaparate da loja. Já me tinham dito que se tratava de um bom filme sobre a vida numa favela da periferia do Rio de Janeiro. Coloco o dvd no leitor e delicio-me com uma magnífica obra de cinema. . Tudo se processa com um ritmo, uma naturalidade e um conteúdo que faz pensar e muito, pese a violência de algumas cenas que ao contrário de tantos filmes não é gratuita. O espírito e a emoção vão pelas tramas do enredo em constante êxtase cinematográfico. Uma pequena maravilha.
Parabéns Brasil. Viva a cultura.
Realizador: Fernando Meirelles
Vejo o filme no escaparate da loja. Já me tinham dito que se tratava de um bom filme sobre a vida numa favela da periferia do Rio de Janeiro. Coloco o dvd no leitor e delicio-me com uma magnífica obra de cinema. . Tudo se processa com um ritmo, uma naturalidade e um conteúdo que faz pensar e muito, pese a violência de algumas cenas que ao contrário de tantos filmes não é gratuita. O espírito e a emoção vão pelas tramas do enredo em constante êxtase cinematográfico. Uma pequena maravilha.
Parabéns Brasil. Viva a cultura.
quinta-feira, março 24, 2005
Luto e tristeza que se repetem
Dias de tristeza no coração do homem. Cristo, símbolo de sacrifício, é morto, uns querendo a sua condenação, outros lavando as mãos e alguns tentando minimizar o sofrimento. A traição pelas vis moedas de ouro de quem se sentou à sua mesa conduz ao início do tormento. Exemplo máximo do que pode a maldade, o orgulho, a ambição e a falta de escrúpulos contra um homem pacífico, a história se encarrega de mostrar quantos e quantos homens sucumbem às mãos dos carrascos. A todos eles que Cristo os conforte e lhes dê a paz. Aos outros, o perdão será difícil de conseguir.
Ticiano
Cristo Coroado de Espinhos, c. 1576
Munique, Bayerish Staatsmaldesammlungen, Alte Pinakothek
Ticiano
Cristo Coroado de Espinhos, c. 1576
Munique, Bayerish Staatsmaldesammlungen, Alte Pinakothek
Os rufiões da Tribulandia
Se ainda restassem dúvidas quanto à mediocridade reinante na Assembleia da República Tribulandia bastaria perder algum tempo vendo na tv o primeiro debate parlamentar. Para além do ataque pessoal e soez a quem, no mínimo, deveria merecer algum respeito, o tema escolhido não era dos mais importantes para a vida da população que lhes paga com o suor do seu trabalho. Qual rufiões a soldo toca de atacar os que ofenderam o senhor. Fracas espadas desembainhadas, lá se foram com os seus sorrisos larvares, dar contas a quem certamente se riria se os tivesse visto, por acaso. Sempre pode sobrar alguma iguaria que caia da mesa...
Diferenças substanciais na Tribulandia
Uma enorme diferança entre o regime anterior de ditadura e o actual regime democrático consiste na alteração do regime de trabalho extraordinário: no regime ditatorial as empresas pagavam horas extraordinárias e agora não.
Teorizar para tribu ver
Público
Pessoas, competência e gestão
Os fenómenos da competitividade global, da deslocalização do trabalho, da (constante) mutação tecnológica têm condicionado fortemente a gestão de recursos das empresas actuais.
As empresas estão hoje amplamente conscientes da importância da introdução constante de mutações no mercado para fazer face à pressão da concorrência. Para tanto, transferem o tipo de capacidades associadas ao trabalho para um nível em que se faz, cada vez mais, apelo a uma inteligência criativa. Para determinados sectores de actividade económica, empresas e/ou profissões impõe-se a adopção de políticas de gestão estratégica que passam, maxime, por um conceito estratégico da actual gestão de recursos humanos (GRH): a "flexibilidade ofensiva associada à ideia de formação contínua".
Não deve estar a falar da Tribulandia: pessoas, competência e gestão são palavrões muito escutados e pouco considerados nas instituições públicas e privadas. A flexibilidade está mais ligada aos horários de trabalho e a formação contínua aos contractos a prazo. E esta, hem?
Pessoas, competência e gestão
Os fenómenos da competitividade global, da deslocalização do trabalho, da (constante) mutação tecnológica têm condicionado fortemente a gestão de recursos das empresas actuais.
As empresas estão hoje amplamente conscientes da importância da introdução constante de mutações no mercado para fazer face à pressão da concorrência. Para tanto, transferem o tipo de capacidades associadas ao trabalho para um nível em que se faz, cada vez mais, apelo a uma inteligência criativa. Para determinados sectores de actividade económica, empresas e/ou profissões impõe-se a adopção de políticas de gestão estratégica que passam, maxime, por um conceito estratégico da actual gestão de recursos humanos (GRH): a "flexibilidade ofensiva associada à ideia de formação contínua".
Não deve estar a falar da Tribulandia: pessoas, competência e gestão são palavrões muito escutados e pouco considerados nas instituições públicas e privadas. A flexibilidade está mais ligada aos horários de trabalho e a formação contínua aos contractos a prazo. E esta, hem?
No kravar é que está o ganho na Tribulandia
Gosto muito de ouvir o anúncio do Krava. Krava o teu namorado, krava o teu pai, Krava a tua tia, Krava qualquer um. Tem uma linha de orientação muito moderna: gasta connosco de qualquer maneira que amanhã se verá. Es se não puderes kravar ninguém? A resposta é óbvia.
Esperamos que seja feita uma canção com o krava. Deverá ser difundida em todas as rádios,televisões e espaços públicos. Assim o ambiente geral ficará mais ameno com o habitual sistema de pagar tarde ou nunca. Ah, já nos esquecíamos de um conselho: Krava o Banco, krava o Estado e vai passar férias nas Antilhas.
Esperamos que seja feita uma canção com o krava. Deverá ser difundida em todas as rádios,televisões e espaços públicos. Assim o ambiente geral ficará mais ameno com o habitual sistema de pagar tarde ou nunca. Ah, já nos esquecíamos de um conselho: Krava o Banco, krava o Estado e vai passar férias nas Antilhas.
Pensamentos políticos da Tribulandia
Extrema-direita - Pensa que o mundo tem gente a mais e que tem que haver guerras para libertar espaço, despoluir a atmosfera e limpar os oceanos.
Direita - Pensa que sempre houve ricos e pobres e que os habitantes do Sudão morrem porque não querem trabalhar.
Centro - Pensa que um dia vai ser rico, o Mercedes é um utilitário e o jeep é uma delícia para a mulher ir às compras.
Esquerda - Pensa que a liberalização é inevitável, que ter lido Engels foi um must e que se vai comer a Cascais é porque merece.
Extrema-Esquerda- Pensa que Mao gozou bem a vida, que o vermelho fica bem num bom par de calças e que se Deus quiser ainda há-de ser Comissário Europeu.
Direita - Pensa que sempre houve ricos e pobres e que os habitantes do Sudão morrem porque não querem trabalhar.
Centro - Pensa que um dia vai ser rico, o Mercedes é um utilitário e o jeep é uma delícia para a mulher ir às compras.
Esquerda - Pensa que a liberalização é inevitável, que ter lido Engels foi um must e que se vai comer a Cascais é porque merece.
Extrema-Esquerda- Pensa que Mao gozou bem a vida, que o vermelho fica bem num bom par de calças e que se Deus quiser ainda há-de ser Comissário Europeu.
quarta-feira, março 23, 2005
As irmandades da Tribulandia
Público
O Governo e os mitos da esquerda
Manuel Queiró
Este novo Governo é em grande medida filho dos governos da anterior maioria. Desde logo porque só a grande impopularidade de que eles se revestiram o tornou possível. Mas também por outra razão não menos relevante. É que hoje é muito melhor aceite e compreendido o discurso da crise. O choque com a realidade dos governos PSD-CDS não deixou de exercer alguma acção pedagógica, e passou a ser muito mais fácil compreender as dificuldades e os limites da acção governativa.
Mais nos parece irmão do anterior e esperemos que não seja gémeo.
O Governo e os mitos da esquerda
Manuel Queiró
Este novo Governo é em grande medida filho dos governos da anterior maioria. Desde logo porque só a grande impopularidade de que eles se revestiram o tornou possível. Mas também por outra razão não menos relevante. É que hoje é muito melhor aceite e compreendido o discurso da crise. O choque com a realidade dos governos PSD-CDS não deixou de exercer alguma acção pedagógica, e passou a ser muito mais fácil compreender as dificuldades e os limites da acção governativa.
Mais nos parece irmão do anterior e esperemos que não seja gémeo.
A monotonia das sessões na Tribulandia
Público
AUTO-ELOGIO DE SÓCRATES NO FECHO DO DEBATE DO PROGRAMA DO GOVERNO
O Parlamento terminou ontem a discussão do programa do Governo, numa sessão em que não foram, coisa rara, esgotados os tempos previstos para os discursos. Nem o programa foi votado: nenhum partido da oposição julgou relevante apresentar uma moção de rejeição e o Governo também não quis apresentar uma de confiança
E havia alguma matéria importante para discutir? Não estavam todos bem dispostos e bem sentados em cima das costas do povo?
AUTO-ELOGIO DE SÓCRATES NO FECHO DO DEBATE DO PROGRAMA DO GOVERNO
O Parlamento terminou ontem a discussão do programa do Governo, numa sessão em que não foram, coisa rara, esgotados os tempos previstos para os discursos. Nem o programa foi votado: nenhum partido da oposição julgou relevante apresentar uma moção de rejeição e o Governo também não quis apresentar uma de confiança
E havia alguma matéria importante para discutir? Não estavam todos bem dispostos e bem sentados em cima das costas do povo?
terça-feira, março 22, 2005
As prioridades da Tribulandia
Público
"É a mudança que cria a história"
O presidente do English Heritage, o instituto britânico do património, esteve em Portugal. Simon Thurley diz que o grande desafio é convencer as pessoas a não trabalharem contra o desenvolvimento económico. Para este especialista, "o património são as pessoas". E o futuro.
Por Lucinda Canelas
Não para o governo da Tribulandia que entende só investir em cimento. Eles sá sabem porquê...
"É a mudança que cria a história"
O presidente do English Heritage, o instituto britânico do património, esteve em Portugal. Simon Thurley diz que o grande desafio é convencer as pessoas a não trabalharem contra o desenvolvimento económico. Para este especialista, "o património são as pessoas". E o futuro.
Por Lucinda Canelas
Não para o governo da Tribulandia que entende só investir em cimento. Eles sá sabem porquê...
Só a partir dos 80 anos se é idoso pensionista na Tribulandia
Público
programa do governo em debate no parlamento
Aumentam pensões de idosos e diminuem férias judiciais
Ana Sá Lopes
Sócrates apresentou ao país dezenas de medidas. Instituir já a pensão mínima de 300 euros para os maiores de 80 anos e o corte nas férias judiciais foram dois anúncios simbólicos
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou ontem, na Assembleia da República que, a partir de 2006, os idosos com mais de 80 anos já vão poder beneficiar da pensão mínima de 300 euros, prometida pelo PS na campanha eleitoral.
"Ao longo da legislatura, estenderemos progressivamente a nova prestação a todos os idosos com mais de 65 anos", disse José Sócrates
Sem dúvida que vai atingir a partir de 2006 (?) a maioria dos pensionistas... Parece uma brincadeira com os idosos!
programa do governo em debate no parlamento
Aumentam pensões de idosos e diminuem férias judiciais
Ana Sá Lopes
Sócrates apresentou ao país dezenas de medidas. Instituir já a pensão mínima de 300 euros para os maiores de 80 anos e o corte nas férias judiciais foram dois anúncios simbólicos
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou ontem, na Assembleia da República que, a partir de 2006, os idosos com mais de 80 anos já vão poder beneficiar da pensão mínima de 300 euros, prometida pelo PS na campanha eleitoral.
"Ao longo da legislatura, estenderemos progressivamente a nova prestação a todos os idosos com mais de 65 anos", disse José Sócrates
Sem dúvida que vai atingir a partir de 2006 (?) a maioria dos pensionistas... Parece uma brincadeira com os idosos!
A metodologia do sucesso na Tribulandia
Público
A Irlanda, a Finlândia e Portugal
José Manuel fernandes
O nosso problema não é de tecnologia ou educação: é de vivermos num ambiente cultural contrário aos factores de sucesso no mundo do século XXI
No papel é tudo muito bonito: Portugal só tem de se inspirar nos exemplos de outros dois países periféricos para conseguir o milagre de ultrapassar o seu atraso secular. A Irlanda era rural e pobre, hoje é rica e competitiva. A Finlândia vivia triste na órbita da União Soviética, hoje é a economia mais competitiva do mundo. Portugal só tem de fazer o mesmo.
E o que é fazer o mesmo? Investir na inovação, na investigação científica, nas novas tecnologias, na educação - o resto virá depois, sem esforço nem sobressalto.
Com mais uns discursos, meia dúzia de cantigas e seis telenovelas o progresso vem aí...
A Irlanda, a Finlândia e Portugal
José Manuel fernandes
O nosso problema não é de tecnologia ou educação: é de vivermos num ambiente cultural contrário aos factores de sucesso no mundo do século XXI
No papel é tudo muito bonito: Portugal só tem de se inspirar nos exemplos de outros dois países periféricos para conseguir o milagre de ultrapassar o seu atraso secular. A Irlanda era rural e pobre, hoje é rica e competitiva. A Finlândia vivia triste na órbita da União Soviética, hoje é a economia mais competitiva do mundo. Portugal só tem de fazer o mesmo.
E o que é fazer o mesmo? Investir na inovação, na investigação científica, nas novas tecnologias, na educação - o resto virá depois, sem esforço nem sobressalto.
Com mais uns discursos, meia dúzia de cantigas e seis telenovelas o progresso vem aí...
A bela adormecida da Tribulandia
Público
Da "reforma" à "modernização" administrativa
Vital Moreira
Hoje em dia não é concebível nenhum programa eleitoral nem programa de governo que não dedique a devida atenção à administração pública, seja no contexto da melhor organização do Estado e da acção pública, seja no quadro dos instrumentos para o desenvolvimento económico e social, seja no âmbito da consolidação das finanças públicas. O programa eleitoral do PS e, presumivelmente, o programa do novo Governo não fogem à regra. Importa ver quais são as novidades e quais podem ser as perspectivas.
Muito se oferece e muita lengalenga se produz para acordar a princesa mas o príncipe encantado não aparece mais...
Da "reforma" à "modernização" administrativa
Vital Moreira
Hoje em dia não é concebível nenhum programa eleitoral nem programa de governo que não dedique a devida atenção à administração pública, seja no contexto da melhor organização do Estado e da acção pública, seja no quadro dos instrumentos para o desenvolvimento económico e social, seja no âmbito da consolidação das finanças públicas. O programa eleitoral do PS e, presumivelmente, o programa do novo Governo não fogem à regra. Importa ver quais são as novidades e quais podem ser as perspectivas.
Muito se oferece e muita lengalenga se produz para acordar a princesa mas o príncipe encantado não aparece mais...
segunda-feira, março 21, 2005
Quando os defeitos se tornam virtudes
Público
Uma ida ao futebol
João J. Brandão Ferreira
É um povo paradoxal e difícil de governar, os seus defeitos podem ser as suas virtudes e as suas virtudes os seus defeitos conforme a égide do momento.
Prof. Jorge Dias
(in Elementos essenciais da cultura portuguesa)
A experiência foi frustante.
Há cerca de dois anos que não ia ver um jogo de futebol ao vivo.
A gente vê-se grego para parar o carro, mas já se espera; Paga-se uma nota pelo bilhete (quando não temos que nos confrontar com o mercado negro), mas enfim só lá vai quem quer; apanha-se uma carga de frio (quando não é frio é outra coisa qualquer),
Mas tal é o ónus de quem quer ir ver desporto "in loco"; leva-se uma "seca"para entrar, outra para sair, o que é mau q.b., etc. Agora o que começa a ser intolerável é as pessoas serem tratadas como gado - por culpa de alguns energúmenos -, e encaminhadas por estreitas passagens afim de serem "apalpados" pela polícia que assim garante que nenhum objecto perigoso seja transportado para dentro do estádio; a seguir é a difícil tarefa de se conseguir um lugar livre e que não tenha gente em pé à frente e outros obstáculos à visão.
Jogo iniciado o barulho das claques torna-se ensurdecedor e não pára mais (enfim, há quem goste), e depois temos que aguentar com um chorrilho de asneiras e palavrões quase ininterrupto que invariavelmente se dirigem ao árbitro, na sua maioria, mas também, a todos os que se encontram dentro das quatro linhas e a alguns outros fora delas.
Outro artigo muito interessante sobre o comportamento cívico actual e que pelos vistos entusiasma tantos adeptos da massificação neo-liberal.
Uma ida ao futebol
João J. Brandão Ferreira
É um povo paradoxal e difícil de governar, os seus defeitos podem ser as suas virtudes e as suas virtudes os seus defeitos conforme a égide do momento.
Prof. Jorge Dias
(in Elementos essenciais da cultura portuguesa)
A experiência foi frustante.
Há cerca de dois anos que não ia ver um jogo de futebol ao vivo.
A gente vê-se grego para parar o carro, mas já se espera; Paga-se uma nota pelo bilhete (quando não temos que nos confrontar com o mercado negro), mas enfim só lá vai quem quer; apanha-se uma carga de frio (quando não é frio é outra coisa qualquer),
Mas tal é o ónus de quem quer ir ver desporto "in loco"; leva-se uma "seca"para entrar, outra para sair, o que é mau q.b., etc. Agora o que começa a ser intolerável é as pessoas serem tratadas como gado - por culpa de alguns energúmenos -, e encaminhadas por estreitas passagens afim de serem "apalpados" pela polícia que assim garante que nenhum objecto perigoso seja transportado para dentro do estádio; a seguir é a difícil tarefa de se conseguir um lugar livre e que não tenha gente em pé à frente e outros obstáculos à visão.
Jogo iniciado o barulho das claques torna-se ensurdecedor e não pára mais (enfim, há quem goste), e depois temos que aguentar com um chorrilho de asneiras e palavrões quase ininterrupto que invariavelmente se dirigem ao árbitro, na sua maioria, mas também, a todos os que se encontram dentro das quatro linhas e a alguns outros fora delas.
Outro artigo muito interessante sobre o comportamento cívico actual e que pelos vistos entusiasma tantos adeptos da massificação neo-liberal.
Nem todos estão adormecidos na Tribulandia
Público
Igualdade de oportunidades, dinâmica de rendimentos e políticas sociais em Portugal
José Madureira Pinto e Leonor Vasconcelos Ferreira
A influência de que gozam as concepções económicas neo-liberais no panorama ideológico contemporâneo tem levado a reduzir a discussão sobre as perspectivas de mudança ao alcance dos cidadãos a um conjunto muito limitado de alternativas políticas. Tais concepções baseiam-se no pressuposto de que a regulação pelo mercado é a melhor forma de gerir a economia, senão mesmo a sociedade no seu conjunto, sendo muito limitada a atenção que, no seu âmbito, se dirige à identificação das "imperfeições" do sistema social (os "problemas sociais") e praticamente nula a possibilidade de as encarar como, precisamente, falhas de mercado. Daí à concentração da atenção em medidas que descrevam "performances" económicas, e não tanto a globalidade das suas dimensões e consequências sociais, não vai senão um passo.
Um artigo que merece ser lido na íntegra e meditado. Raramente, vemos dismistificar tão bem as concepções enganadoras dos neo-liberais.
Igualdade de oportunidades, dinâmica de rendimentos e políticas sociais em Portugal
José Madureira Pinto e Leonor Vasconcelos Ferreira
A influência de que gozam as concepções económicas neo-liberais no panorama ideológico contemporâneo tem levado a reduzir a discussão sobre as perspectivas de mudança ao alcance dos cidadãos a um conjunto muito limitado de alternativas políticas. Tais concepções baseiam-se no pressuposto de que a regulação pelo mercado é a melhor forma de gerir a economia, senão mesmo a sociedade no seu conjunto, sendo muito limitada a atenção que, no seu âmbito, se dirige à identificação das "imperfeições" do sistema social (os "problemas sociais") e praticamente nula a possibilidade de as encarar como, precisamente, falhas de mercado. Daí à concentração da atenção em medidas que descrevam "performances" económicas, e não tanto a globalidade das suas dimensões e consequências sociais, não vai senão um passo.
Um artigo que merece ser lido na íntegra e meditado. Raramente, vemos dismistificar tão bem as concepções enganadoras dos neo-liberais.
Eu amo Abramovich?
Público
Parte 3
Fernando Ilharco
(...)
No centro desta Europa da inovação e do dinheiro, uma equipa de um russo, liderada por um português, com jogadores de mais de dez países, colocou um estádio inteiro a cantar música tradicional de além dos Urais. Ao ritmo dos cossacos, no "Eu amo Abramovich!", ouvia-se o comentário de Nietzsche: "a vitória é o melhor remédio!" E isto nos écrãs das televisões portuguesas.
Ouvia-se mais; ouvia-se que num estádio cabem milhões de vidas, que em Londres, em Barcelona ou em Lisboa cabem todos os sonhos da vida de um homem. O futebol contemporâneo, na televisão de écrãs cada vez maiores, filmado de cima para baixo como se se tratasse da visão de um helicóptero, é o que é para nós, europeus, sendo isso e mais na Palestina, no Iraque, no Vietname, na Colômbia ou no Zimbabué. Se lhe juntarmos os videoclips da MTV, os Óscares de Hollywood, os anúncios dos telemóveis, dos automóveis e dos hotéis de luxo por todo o mundo temos uma das mais poderosas frentes informacionais e culturais globais.
Que felicidade verdadeira estará trazendo esta mistura internacional de adormecimento colectivo? Que sonhos são esses que se afastam tanto dos ideais humanistas e reduzem a vida a emoções fáceis e ilusórias?
Parte 3
Fernando Ilharco
(...)
No centro desta Europa da inovação e do dinheiro, uma equipa de um russo, liderada por um português, com jogadores de mais de dez países, colocou um estádio inteiro a cantar música tradicional de além dos Urais. Ao ritmo dos cossacos, no "Eu amo Abramovich!", ouvia-se o comentário de Nietzsche: "a vitória é o melhor remédio!" E isto nos écrãs das televisões portuguesas.
Ouvia-se mais; ouvia-se que num estádio cabem milhões de vidas, que em Londres, em Barcelona ou em Lisboa cabem todos os sonhos da vida de um homem. O futebol contemporâneo, na televisão de écrãs cada vez maiores, filmado de cima para baixo como se se tratasse da visão de um helicóptero, é o que é para nós, europeus, sendo isso e mais na Palestina, no Iraque, no Vietname, na Colômbia ou no Zimbabué. Se lhe juntarmos os videoclips da MTV, os Óscares de Hollywood, os anúncios dos telemóveis, dos automóveis e dos hotéis de luxo por todo o mundo temos uma das mais poderosas frentes informacionais e culturais globais.
Que felicidade verdadeira estará trazendo esta mistura internacional de adormecimento colectivo? Que sonhos são esses que se afastam tanto dos ideais humanistas e reduzem a vida a emoções fáceis e ilusórias?
domingo, março 20, 2005
Um erro que não existe apenas na Educação
Sete pecados capitais
António Barreto
"Vale a pena recordar, sumariamente, os principais erros da educação portuguesa. Aqueles que têm sido, ano após ano, década após década, cometidos por quase todos os governantes, repetidos por todos os governos e confirmados pelos partidos que até agora se ocuparam da questão
(...)
A GESTÃO DEMOCRÁTICA. Aquilo a que em Portugal se chama gestão democrática é tudo menos democrática. A ser alguma coisa, é demagógica e corporativa. Mas desconfia-se que também não seja bem gestão. Será qualquer coisa como autogestão docente, com o apoio do ministério e dos sindicatos, o que equivale a dizer em circuito fechado. A recusa, feita em nome da democracia, do "director de escola", é o mais pernicioso dogma da demagogia educativa reinante. A gestão democrática das escolas é o princípio fundador da irresponsabilidade dos professores perante a comunidade."
Toda e qualquer balbúrdia, mais ou menos orquestrada, alicerçada em braços no ar ou grupos de pressão, passou a ser democrática.
António Barreto
"Vale a pena recordar, sumariamente, os principais erros da educação portuguesa. Aqueles que têm sido, ano após ano, década após década, cometidos por quase todos os governantes, repetidos por todos os governos e confirmados pelos partidos que até agora se ocuparam da questão
(...)
A GESTÃO DEMOCRÁTICA. Aquilo a que em Portugal se chama gestão democrática é tudo menos democrática. A ser alguma coisa, é demagógica e corporativa. Mas desconfia-se que também não seja bem gestão. Será qualquer coisa como autogestão docente, com o apoio do ministério e dos sindicatos, o que equivale a dizer em circuito fechado. A recusa, feita em nome da democracia, do "director de escola", é o mais pernicioso dogma da demagogia educativa reinante. A gestão democrática das escolas é o princípio fundador da irresponsabilidade dos professores perante a comunidade."
Toda e qualquer balbúrdia, mais ou menos orquestrada, alicerçada em braços no ar ou grupos de pressão, passou a ser democrática.
Só na Tribulandia
"Eu não me demiti por qualquer crime, mas porque não declarei tudo no Tribunal Constitucional. Não era crime, nem é, ter uma conta no estrangeiro."
Isaltino Morais
Expresso, 19-03-05
Isaltino Morais
Expresso, 19-03-05
Problemas graves da Tribulandia
Público
"Temos mais pessoas a pedir e menos para lhes dar"
Andreia Sanches e António Marujo
As educadoras do Centro Social de Camarate contavam que à segunda-feira os meninos vinham esfomeados. Maria José dizia que tinha dias em que não provava "um bocadinho de pão". Foi há um ano. E os números então recolhidos apontavam para 200 mil pessoas com fome em Portugal. Um ano depois, o PÚBLICO foi ver o que mudou no dia-a-dia de algumas das instituições e das pessoas cujas histórias há um ano relatou. Há uma ideia bastante consensual: "É muito claro que a situação piorou." Por Andreia Sanches e António Marujo
Onde param os planos do Compromisso Tribulandia para resolver problemas como este? Ou serão resolvidos por intervenção divina?
"Temos mais pessoas a pedir e menos para lhes dar"
Andreia Sanches e António Marujo
As educadoras do Centro Social de Camarate contavam que à segunda-feira os meninos vinham esfomeados. Maria José dizia que tinha dias em que não provava "um bocadinho de pão". Foi há um ano. E os números então recolhidos apontavam para 200 mil pessoas com fome em Portugal. Um ano depois, o PÚBLICO foi ver o que mudou no dia-a-dia de algumas das instituições e das pessoas cujas histórias há um ano relatou. Há uma ideia bastante consensual: "É muito claro que a situação piorou." Por Andreia Sanches e António Marujo
Onde param os planos do Compromisso Tribulandia para resolver problemas como este? Ou serão resolvidos por intervenção divina?
Estranhos procedimentos da Tribulandia
Segundo ouço na rádio, há pouco, dois polícias foram mortos a tiro na Amadora. Entrevistado um graduado sobre uma possível assistência financeira à família dos malfadados polícias, este responde evasivamente e diz que cada caso é um caso, devendo ser estudada as condições em que vivia a família, o agregado familiar, etc. Se não existem leis para proteger as famílias de polícias assasinados não é culpa dele mas desconhecer a situação dos subordinados revela, no mínimo, desorganização e imediatismo no conceder da entrevista. Também afirmaram que o ministro da tutela se deslocou à Amadora para prestar condolências mas sem dizer nada sobre a parte do apoio às famílias. É caso para dizer o que foi lá fazer? De bons sentimentos estamos fartos e se não se protegem as famílias de polícias, mortos em serviço sobretudo, será isto encorajar o combate ao crime?
Uma desgraça nunca vem só na Tribulandia
À boa maneira da Tribulandia, segundo consta, parece que os cofres recheados do campeon foram vorazmente esvaziados. Aguardam-se as lamentações do presidente.
Espelho meu, quem é mais bonito do que eu?
O protagonismo, sobretudo mediático, é uma grande preocupação das nossa figurinhas públicas. Modestos protagonistas profissionais e sociais, antes da alteração do regime, fazendo uso da chamada inteligência emocional (?), conquistando a atenção dos amigalhaços da imprensa e da televisão, usando a vulgaridade como factor de atracção aí se encontram eles no topo da mesquinha ambição pessoal. Passam a génios, gestores do ano e representantes excelsos da raça (não esquecendo o enriquecimento pessoal, muitas vezes, indevido). Atropelam tudo e todos e são bajulados pela turba ignorante ou pseudo-culta. Quando aprece alguém que lhes tira o protagonismo, perdem a fleuma, arrepelam os cabelos e torma-se meio-histéricos. Assim pode ter acontecido, rezam as crónicas a um conhecido "papa" que, por estranhas fabulações do destino, se viu suplantado, na ribalta do efémero, por um mero treinador de futebol, depois de recambolescas peripécias.
A gestão casuística da Tribulandia
O desenvolvimento do país sempre foi assimétrico e concentrado nas regiões do litoral com especial incidência nas áreas circundantes da capital. Temos assim um pequeno país com diferenciais elevados na distribuição do rendimento, no nível de vida, da educação e da saúde. As boas intenções para alteração da situação ficam-se, a maior parte das vezes pelos discursos. Outras vezes os recursos são colocados à disposição do poder local e são esbanjados para prova de democraticidade e enriquecimento de alguns. Quando se toma alguma medida, como no sector dos acessos rodoviários, fazem-se contratos ruinosos. Faltando o dinheiro tenta-se empurrar o serviço de dívida. E lá aparecem os sábios com soluções escriturais ou seja de forma. Passam a pagar taxa os utilizadores, sai o dinheiro dos impostos ou cria-se um imposto especial? Far-se-á como mais agradar ao respeitável público que será intoxicado, previamente.
A bandeira negra da corrupção na Tribulandia
Lemos no "Expresso" que 308 cãmara do país têm 350 processos por ilegalidades e 10 % dos eleitos têm problemas com a Justiça. Alguns não abandonam as actividades políticas e, segundo os investigadores, eles acham que estão acima da lei por serem eleitos e pelo papel outorgado no desenvolvimento (?). São referidas ainda aas passagens directas de funcionários autaárquicos para as empresas de construção civil. O caso mais relevante, em termos jurídicos é o de Fátima Felgueira que se julga acima da lei e merededora de tratamento especial. E que sistema é este que assiste ao fenómeno com tanta complacência em termos de uso e costume? Pomos sérias dúvidas que os respectivos partidos não soubessem do andamento das carruagens, mas como quem não vê não peca, muitos se vão fazendo de cegos.
A roleta política da Tribulandia
O exemplo mais acabado da situação, incoerente e destrambelhada, da política na Tribulandia é dado pelo que se poderia chamar o paradigma Xantana Chopes. Enfant gâté dos media, perdedor em vários congressos do partido, sempre com um protagonismo balofo, comentador desportivo, dirigente do negócio do futebol presidente de uma câmara numa terra que deveria conhecer do mapa, ganhador de outra com um marketing de sabonete e finalmente empossado como primeiro-ministro do país, numa sucessão não eleita (dominando a máquina partidária) e beneficiando da indecisão de um presidente que mais tarde, pressionado, acaba por o demitir, agora já com o apoio dos media, tanta e tanta foi a asneira. Pois, finalmente, atá já não serve para candidato à câmara de onde saíu para o sumo poleiro. Nos bastidores, fala-se do convite de um grupo económico-financeiro. Certamente para decorar a panóplia das salas de reunião e exibir em certas ocasiões. Caso único? Nem de longe nem de perto. Brevemente, noutro cinema e noutro cenário. algum dos resposáveis pela situação do país já estão na calha para a suma presidência.
Recados repetidos anos e anos na Tribulandia
JN
Sampaio pede no Alentejo uma administração pública moderna
Recados no fim da visita presidencial
O Presidente da República, Jorge Sampaio, deixou hoje, no Alentejo, uma mensagem de esperança no desenvolvimento do país, baseado na inovação, sem esquecer alertas para o combate à burocracia e para a modernização da administração pública.
"A inovação é a palavra chave da Europa de hoje para resistir à competição internacional. Só lá iremos se formos cada vez melhores, se tivermos mais capacidade e qualificações e se trouxermos inovação às empresas", declarou.
Era mais fácil ter pedido chuva...
Sampaio pede no Alentejo uma administração pública moderna
Recados no fim da visita presidencial
O Presidente da República, Jorge Sampaio, deixou hoje, no Alentejo, uma mensagem de esperança no desenvolvimento do país, baseado na inovação, sem esquecer alertas para o combate à burocracia e para a modernização da administração pública.
"A inovação é a palavra chave da Europa de hoje para resistir à competição internacional. Só lá iremos se formos cada vez melhores, se tivermos mais capacidade e qualificações e se trouxermos inovação às empresas", declarou.
Era mais fácil ter pedido chuva...
sábado, março 19, 2005
De incoerência está a Tribulandia bem cheia
Público
Incapacidade de mudar
Helena Matos
Existe na sociedade portuguesa o culto dos homens que nunca mudam. Em geral usamos o termo "coerência" para designar o mais absoluto imobilismo. A esta luz, Salazar e Cunhal são os expoentes nacionais da galeria da coerência. Acresce que a futebolização das mentes leva a que se olhe para quem muda como uma espécie de traidor ao seu clube.
Deve estar muito desatenta para não ver a quantidade de mudanças que houve nos últimos trinta anos... O que existe mais neste país é incoerência.
Incapacidade de mudar
Helena Matos
Existe na sociedade portuguesa o culto dos homens que nunca mudam. Em geral usamos o termo "coerência" para designar o mais absoluto imobilismo. A esta luz, Salazar e Cunhal são os expoentes nacionais da galeria da coerência. Acresce que a futebolização das mentes leva a que se olhe para quem muda como uma espécie de traidor ao seu clube.
Deve estar muito desatenta para não ver a quantidade de mudanças que houve nos últimos trinta anos... O que existe mais neste país é incoerência.
Análises profundas da Tribulandia
Público
Comportamento de Sócrates é comparável ao de Cavaco Silva
O primeiro-ministro segue modelo de governação de Cavaco Silva, defendem Manuel Meirinho e António Costa Pinto. Para Maria de Fátima Bonifácio, Sócrates tem necessidade de manifestar "grande determinação para a acção". Por Maria José Oliveira
O homem que lidera o Governo socialista, José Sócrates, adoptou para a sua estratégia governamental aquilo que as ciências políticas designam como "misto de governação": o balancear entre uma "promessa estruturante" e a abertura de "caminhos" nos quais as decisões favoráveis e/ou desfavoráveis acontecem em contextos previamente definidos.
Saia uma mista para a mesa do lado. Esperemos que o balancear não cause enjoo, desiquilibrando a estrutura da promessa e que a abertura de caminhos não seja igual aos do metro do Porto. Será que ele se vai passa a pentear como o prof e a mastigar as palavras?
Comportamento de Sócrates é comparável ao de Cavaco Silva
O primeiro-ministro segue modelo de governação de Cavaco Silva, defendem Manuel Meirinho e António Costa Pinto. Para Maria de Fátima Bonifácio, Sócrates tem necessidade de manifestar "grande determinação para a acção". Por Maria José Oliveira
O homem que lidera o Governo socialista, José Sócrates, adoptou para a sua estratégia governamental aquilo que as ciências políticas designam como "misto de governação": o balancear entre uma "promessa estruturante" e a abertura de "caminhos" nos quais as decisões favoráveis e/ou desfavoráveis acontecem em contextos previamente definidos.
Saia uma mista para a mesa do lado. Esperemos que o balancear não cause enjoo, desiquilibrando a estrutura da promessa e que a abertura de caminhos não seja igual aos do metro do Porto. Será que ele se vai passa a pentear como o prof e a mastigar as palavras?
Verdades incontestáveis
"Convém lembrar que quando uma revolução acaba os «oprimidos» frequentemente assumem o poder e começam a actuar como os «opressores». É claro que a partir desta altura é muito difícil contactar com eles pelo telefone e é de esquecer por completo o dinheiro para cigarros e pastilhas elásticas que emprestámos durante a luta."
Woody Allen - "Um guia breve, mas útil, de desobediência civil" - "Sem penas"
Woody Allen - "Um guia breve, mas útil, de desobediência civil" - "Sem penas"
Uma leitura muito interessante
Se quer saber se faz parte ou não da normalidade, leia e faça este teste:
E o seu nível de corrupção, como vai? de Millôr Fernandes
E o seu nível de corrupção, como vai? de Millôr Fernandes
As estranhas acumulações de empregos na Tribulandia
Público
Situação na Metro do Porto resolvida após o caso de Nuno Cardoso
Não são de hoje os problemas com a acumulação de vencimentos de autarcas com lugares no Conselho de Administração do Metro do Porto. Quase todos os que partilharam cargos nas respectivas autarquias e nesta empresa de capitais maioritariamente públicos foram confrontados com situação idêntica à agora detectada na remuneração de Mário de Almeida em 2002. A questão já tinha sido colocada com o ex-presidente da Câmara do Porto Nuno Cardoso, que chegou a prometer que resolveria a ilegalidade dando o dinheiro recebido na Metro a uma instituição de solidariedade social.
Ainda gostaríamos de saber como conseguem preencher mais do que um lugar de responsabilidade executiva. Devem ser super-homens, tirando o lugar a outros com a acumulação derivada do poder dos cargos que exercem, em nome do povo.
Situação na Metro do Porto resolvida após o caso de Nuno Cardoso
Não são de hoje os problemas com a acumulação de vencimentos de autarcas com lugares no Conselho de Administração do Metro do Porto. Quase todos os que partilharam cargos nas respectivas autarquias e nesta empresa de capitais maioritariamente públicos foram confrontados com situação idêntica à agora detectada na remuneração de Mário de Almeida em 2002. A questão já tinha sido colocada com o ex-presidente da Câmara do Porto Nuno Cardoso, que chegou a prometer que resolveria a ilegalidade dando o dinheiro recebido na Metro a uma instituição de solidariedade social.
Ainda gostaríamos de saber como conseguem preencher mais do que um lugar de responsabilidade executiva. Devem ser super-homens, tirando o lugar a outros com a acumulação derivada do poder dos cargos que exercem, em nome do povo.
Flagrantes do quotidiano da Tribulandia
Um casal de cerca dos 50 anos discute na rua. De repente, desatam à bofetada e ao pontapé. A assistência ri e delicia-se. Alguém procura intervir. Despedem-se com os últimos repelões. Ele entra no carro. Ela segue a pé. Estranha maneira de evidenciar o amor perdido (terá algum dia existido?). Volta tudo à normalidade dos carros e dos semblantes mais ou menos pesados. Estranha terra onde as frustrações se tratam com a violência física.
sexta-feira, março 18, 2005
O que dá sono na Tribulandia
Público
Aos seus lugares
Miguel Sousa Tavares
Sócrates falava da magna questão do défice externo e das escassas soluções para o enfrentar. De repente, a câmara dá-nos um plano do primeiro-ministro cessante, sentado na primeira fila: Pedro Santana Lopes bocejava perdidamente.
O que só prova que o ex-primeiro-ministro é uma pessoa normal. Tanta repetição já cansa e dá sono.
Aos seus lugares
Miguel Sousa Tavares
Sócrates falava da magna questão do défice externo e das escassas soluções para o enfrentar. De repente, a câmara dá-nos um plano do primeiro-ministro cessante, sentado na primeira fila: Pedro Santana Lopes bocejava perdidamente.
O que só prova que o ex-primeiro-ministro é uma pessoa normal. Tanta repetição já cansa e dá sono.
Primeiro o telemóvel, depois os outros
Público
Interrupções
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
O episódio já foi contado em vários lugares, mas vale a pena voltar a ele. No São Luiz, concerto de Artur Pizarro, um dos grandes nomes da música portuguesa. A dada altura, um telemóvel toca, Pizarro interrompe, diz que espera, o senhor deixa o móvel tocar e depois responde baixinho. Recomeça o concerto, certamente já numa atmosfera de incómodo e tensão. E de novo o telemóvel (o mesmo? Não sei) volta a tocar. Pizarro interrompe a sua prestação e sai de cena. Jorge Salavisa, director do São Luiz, vem ao palco dar explicações: o pianista não vai regressar.
Assimm fica demonstrado o nível de educação e de civismo de muitas pessoas e o que é pior: a sua generalização.
Interrupções
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
O episódio já foi contado em vários lugares, mas vale a pena voltar a ele. No São Luiz, concerto de Artur Pizarro, um dos grandes nomes da música portuguesa. A dada altura, um telemóvel toca, Pizarro interrompe, diz que espera, o senhor deixa o móvel tocar e depois responde baixinho. Recomeça o concerto, certamente já numa atmosfera de incómodo e tensão. E de novo o telemóvel (o mesmo? Não sei) volta a tocar. Pizarro interrompe a sua prestação e sai de cena. Jorge Salavisa, director do São Luiz, vem ao palco dar explicações: o pianista não vai regressar.
Assimm fica demonstrado o nível de educação e de civismo de muitas pessoas e o que é pior: a sua generalização.
O medo de existir na Tribulandia
Público
Portugal, "o medo de existir"?
Esther Mucznik
Pequenos, invejosos, ressentidos, queixosos, e fundamentalmente com medo: medo de arriscar, medo de enfrentar, medo de não estar à altura. A análise de José Gil, no seu livro Portugal Hoje, O Medo de Existir, é arrasadora.
E quem lhes incutiu essa maneira de estar na vida? Quem os tem colocado em situações precárias em vários aspectos como: trabalho, saúde e educação?
Portugal, "o medo de existir"?
Esther Mucznik
Pequenos, invejosos, ressentidos, queixosos, e fundamentalmente com medo: medo de arriscar, medo de enfrentar, medo de não estar à altura. A análise de José Gil, no seu livro Portugal Hoje, O Medo de Existir, é arrasadora.
E quem lhes incutiu essa maneira de estar na vida? Quem os tem colocado em situações precárias em vários aspectos como: trabalho, saúde e educação?
quinta-feira, março 17, 2005
Problemas com o Blogger
Ultimamente, o Blogger tem andado muito lento ou engasgado com a publicação de posts. Será algum contágio da Tribulandia?
Não há pressa na Tribulandia
SIC Online
Aparelhos deteriorados
Hospital de São João tem de adiar cirurgias devido ao ar condicionado
Seis dos 19 blocos operatórios do Hospital de S. João, no Porto, encontram-se encerrados devido a problemas com o ar condicionado, o que provocou o adiamento de cirurgias, disse hoje o director clínico.
"Os aparelhos de ar condicionado começaram a lançar partículas correspondentes à deterioração das tubuladuras daqueles aparelhos", explicou, em comunicado, Belmiro Patrício.
Ainda se fosse o ar condicionado dos camarotes de algum estádio de futebol... A saúde é um bem acessório na Tribulandia.
Aparelhos deteriorados
Hospital de São João tem de adiar cirurgias devido ao ar condicionado
Seis dos 19 blocos operatórios do Hospital de S. João, no Porto, encontram-se encerrados devido a problemas com o ar condicionado, o que provocou o adiamento de cirurgias, disse hoje o director clínico.
"Os aparelhos de ar condicionado começaram a lançar partículas correspondentes à deterioração das tubuladuras daqueles aparelhos", explicou, em comunicado, Belmiro Patrício.
Ainda se fosse o ar condicionado dos camarotes de algum estádio de futebol... A saúde é um bem acessório na Tribulandia.
Os comentadores independentes da Tribulandia
Diário Digital
Colunistas
Um programa para governar
Luís Delgado
O que se pede a Sócrates, e ao seu novo Governo, com uma maioria absoluta, é que tome todas as decisões que o país exige e carece, sem desculpas ou medos inexistentes.
No seu discurso de posse, em que foi conciso e simples, deu a ideia de que quer governar com o seu programa, sem estar dependente deste ou daquele. É o que se espera.
Mas que mudança de discurso. Será que vai conservar o lugar? Suponhamos que já tinha arranjado lugar nos EUA...
Colunistas
Um programa para governar
Luís Delgado
O que se pede a Sócrates, e ao seu novo Governo, com uma maioria absoluta, é que tome todas as decisões que o país exige e carece, sem desculpas ou medos inexistentes.
No seu discurso de posse, em que foi conciso e simples, deu a ideia de que quer governar com o seu programa, sem estar dependente deste ou daquele. É o que se espera.
Mas que mudança de discurso. Será que vai conservar o lugar? Suponhamos que já tinha arranjado lugar nos EUA...
No acumular é que está o ganho
Público
Presidente da Câmara de Vila do Conde diz que conclusões são "tecnicamente discutíveis"
Tribunal de Contas: autarca Mário de Almeida recebeu "pagamentos ilegais"
Um relatório do Tribunal de Contas refere que o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Mário de Almeida, recebeu "pagamentos ilegais e indevidos" na ordem dos 13.100 euros ao acumular cargos sem a obrigatória redução para metade do vencimento autárquico. O autarca considera que as conclusões do documento são "tecnicamente discutíveis".
Tudo na Tribulandia é tecnicamente discutível, sobretudo o que mexe com a bolsa.
Presidente da Câmara de Vila do Conde diz que conclusões são "tecnicamente discutíveis"
Tribunal de Contas: autarca Mário de Almeida recebeu "pagamentos ilegais"
Um relatório do Tribunal de Contas refere que o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Mário de Almeida, recebeu "pagamentos ilegais e indevidos" na ordem dos 13.100 euros ao acumular cargos sem a obrigatória redução para metade do vencimento autárquico. O autarca considera que as conclusões do documento são "tecnicamente discutíveis".
Tudo na Tribulandia é tecnicamente discutível, sobretudo o que mexe com a bolsa.
Momentos de rua na Tribulandia
Passa por mim sem se dar conta diversas vezes. Ao princípio, o seu andar desajeitado, o aspecto corpulento, as roupas coçadas e o seu ar abstracto davam uma impressão ameaçadora.Até que um dia me pediu um cigarro. Lançou um obrigado, sem me olhar, e voltou a caminhar lentamente. Vim a descobrir que habita um asilo. Hoje passou na rua, saquita de supermercado com duas laranjas e uma banana: um pequeno tesouro. Para numa montra e diz algo para quem não o pode ouvir. De onde veio, quem lhe deu o ser, que sentimentos trará dentro do peito? Da força do hábito de o verem fica para muitos a imagem e para mim um mundo de interrogações. Sigo para o meu quotidiano, no cruzamento de outros destinos. Os carros vão muito apressados. As caras são indiferentes. O cigarro vem para a minha mão. Aquela existência entranha-se em mim.
Frases do tempo actual
Na revista Lire, F.-M. Samuelson:
"Les éditeurs, je connais leur cuisine. Entre eux ils ne parlent que d'argent"
"Les éditeurs, je connais leur cuisine. Entre eux ils ne parlent que d'argent"
O que mais há na Tribulandia
Público
Os analfabetosEduardo Prado Coelho o fio do horizonte
(...)
Deu agora um certo brado o documento com que um júri veio justificar as suas decisões. Foi no domínio do cinema. Presidente do júri: Maria José Stock. Membros do júri: José Luís Andrade, engenheiro electrotécnico (?), Nuno Gonçalves, director do departamento comercial da Lusomundo, e António José Martins (da RTP).
(...)
Estes trôpegos senhores acham que o que define o público é ser "pagante". Que existe "um espectador urbano depressivo" (devem estar a referir-se aos intelectuais, essa raça nefanda). Que uma personagem não pode ser amnésica porque não comunica com o público (tudo é questão de comunicar para estas esburacadas mentes). Que existem filmes para uma audiência feminina e outros para uma audiência masculina. E que existe "um público entradote, eminentemente masculino, mas de corte não urbano" (aqui atingem o limite da tonteria).
EPC em que se habituar à nova metodologia intelectual. Isto só para rir.
Os analfabetosEduardo Prado Coelho o fio do horizonte
(...)
Deu agora um certo brado o documento com que um júri veio justificar as suas decisões. Foi no domínio do cinema. Presidente do júri: Maria José Stock. Membros do júri: José Luís Andrade, engenheiro electrotécnico (?), Nuno Gonçalves, director do departamento comercial da Lusomundo, e António José Martins (da RTP).
(...)
Estes trôpegos senhores acham que o que define o público é ser "pagante". Que existe "um espectador urbano depressivo" (devem estar a referir-se aos intelectuais, essa raça nefanda). Que uma personagem não pode ser amnésica porque não comunica com o público (tudo é questão de comunicar para estas esburacadas mentes). Que existem filmes para uma audiência feminina e outros para uma audiência masculina. E que existe "um público entradote, eminentemente masculino, mas de corte não urbano" (aqui atingem o limite da tonteria).
EPC em que se habituar à nova metodologia intelectual. Isto só para rir.
quarta-feira, março 16, 2005
O respeito pela privacidade
JN
Projecto de lei alemão ameaça vida privada
Maioria dos Estados discorda Autoridades de proteção de dados opõem-se
O ministro do Interior da Alemanha, Otto Schily, quer impor um projecto-lei que vai violar a esfera privada dos cidadãos. Antigo advogado de defesa da RAF - "Rote Armee Fraktion" (Facção do Exército Vermelho) - e ex-ambientalista, o governante quer arquivar, durante um ano, os dados telefónicos, e-mails e SMS's de todos os cidadãos comunitários, para melhor combater a criminalidade organizada e o terrorismo.
Onde param as ideias liberais? O Big Brother começa a estender os tentáculos sobre os cidadãos.
Projecto de lei alemão ameaça vida privada
Maioria dos Estados discorda Autoridades de proteção de dados opõem-se
O ministro do Interior da Alemanha, Otto Schily, quer impor um projecto-lei que vai violar a esfera privada dos cidadãos. Antigo advogado de defesa da RAF - "Rote Armee Fraktion" (Facção do Exército Vermelho) - e ex-ambientalista, o governante quer arquivar, durante um ano, os dados telefónicos, e-mails e SMS's de todos os cidadãos comunitários, para melhor combater a criminalidade organizada e o terrorismo.
Onde param as ideias liberais? O Big Brother começa a estender os tentáculos sobre os cidadãos.
No país dos pagamentos atrasados
JN
OURIQUE
Empresa invade paços do concelho
Cerca de 30 trabalhadores da construtora Val Vaz, juntamente com os administradores, invadiram os paços do concelho de Ourique. Exigem o pagamento de 450 mil euros, alegadamente referentes a obras levadas a cabo no município pela empresa, sedeada em Sines.
Se a moda pega, vai ser o bonito na Tribulandia.
OURIQUE
Empresa invade paços do concelho
Cerca de 30 trabalhadores da construtora Val Vaz, juntamente com os administradores, invadiram os paços do concelho de Ourique. Exigem o pagamento de 450 mil euros, alegadamente referentes a obras levadas a cabo no município pela empresa, sedeada em Sines.
Se a moda pega, vai ser o bonito na Tribulandia.
A transparência dos gigantes económicos
Público
Maior falência da história dos EUA
Ex-director da WorldCom condenado por fraude e conspiração
Bernard Ebbers, ex-director executivo da WorldCom, o gigante de telecomunicações que faliu no Verão de 2002 em pleno escândalo contabilístico, foi hoje condenado pelos crimes de conspiração, fraude e falsas declarações.
(...)
O julgamento ocorreu quase dois anos depois de uma auditoria interna ter concluído que a administração da empresa usou esquemas contabilísticos fraudulentos para esconder um buraco financeiro de um mil milhões de dólares.
Aqui está um buraco ao nível dos da Tribulandia. Só que este teve o azar de ser descoberto.
Maior falência da história dos EUA
Ex-director da WorldCom condenado por fraude e conspiração
Bernard Ebbers, ex-director executivo da WorldCom, o gigante de telecomunicações que faliu no Verão de 2002 em pleno escândalo contabilístico, foi hoje condenado pelos crimes de conspiração, fraude e falsas declarações.
(...)
O julgamento ocorreu quase dois anos depois de uma auditoria interna ter concluído que a administração da empresa usou esquemas contabilísticos fraudulentos para esconder um buraco financeiro de um mil milhões de dólares.
Aqui está um buraco ao nível dos da Tribulandia. Só que este teve o azar de ser descoberto.
Contas fantasmas de um ditador em queda
Público
Augusto Pinochet tinha contas em banco português nos EUA
A comissão de investigação do Senado norte-americano que se debruça sobre o escândalo das contas "fantasma" do ex-ditador Augusto Pinochet nos EUA descobriu que o chileno tinha contas no Banco Espírito Santo da Florida, entre outras 125 encontradas no país.
Alguma vez o dinheiro teve cheiro ou queimou as mãos? E por onde andará a massa dos apitos?
Augusto Pinochet tinha contas em banco português nos EUA
A comissão de investigação do Senado norte-americano que se debruça sobre o escândalo das contas "fantasma" do ex-ditador Augusto Pinochet nos EUA descobriu que o chileno tinha contas no Banco Espírito Santo da Florida, entre outras 125 encontradas no país.
Alguma vez o dinheiro teve cheiro ou queimou as mãos? E por onde andará a massa dos apitos?
Frases da Tribulandia
"Ao procurar disponibilizar a todos facilitada aquisição de aspirinas está a ajudar-nos a combater as dores de cabeça que o difícil período que Portugal atravessa a todos provoca."
Rita Marques Guedes
Diário Económico, 15-03-05
Rita Marques Guedes
Diário Económico, 15-03-05
Dedicação ao Porto
Público
Ambições
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
(...)
Outro exemplo é o de José Lello. Não sei porquê, mas parece verdadeiramente amuado e diz que lhe não interessa candidatar-se à Câmara do Porto: "Para a Câmara do Porto, basta um contabilista. E para isso já lá temos um." Outro motivo é que ser presidente da Câmara do Porto "não traz prestígio", e Lello anseia por prestígio. Da sua experiência governativa tem estas palavras amargas: "Já fingi que tinha poder durante cinco anos, quando fui secretário de Estado das Comunidades. Não quero voltar a passar por essa má experiência." Creio que este atestado de infelicidade e desejo de prestígio são coisas que não é costume vir dizer.
Não admiraria nada que venha a dizer que é um grande tripeiro. Gente balofa não falta por aí.
Ambições
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
(...)
Outro exemplo é o de José Lello. Não sei porquê, mas parece verdadeiramente amuado e diz que lhe não interessa candidatar-se à Câmara do Porto: "Para a Câmara do Porto, basta um contabilista. E para isso já lá temos um." Outro motivo é que ser presidente da Câmara do Porto "não traz prestígio", e Lello anseia por prestígio. Da sua experiência governativa tem estas palavras amargas: "Já fingi que tinha poder durante cinco anos, quando fui secretário de Estado das Comunidades. Não quero voltar a passar por essa má experiência." Creio que este atestado de infelicidade e desejo de prestígio são coisas que não é costume vir dizer.
Não admiraria nada que venha a dizer que é um grande tripeiro. Gente balofa não falta por aí.
terça-feira, março 15, 2005
Fazem-se os buracos e depois estiliza-se na Tribulandia
Público
Obra concluída entre Julho e Agosto
Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade unidas por piso de granito escuro
Natália Faria
(...)
Entre outras coisas, porque, como ressaltou Souto Moura, "o que é bonito nas praças é o vazio que pode ser ocupado". Por isso (e também por causa da estação do metro, cuja construção foi condicionada pelo rio que cruza o subsolo das praças), os actuais canteiros desaparecerão do mapa e a placa central verá a sua largura reduzida em oito metros.
De vazio na cidade estamos nós cheios. Tudo em nome do santo metro e dos buracos.
Obra concluída entre Julho e Agosto
Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade unidas por piso de granito escuro
Natália Faria
(...)
Entre outras coisas, porque, como ressaltou Souto Moura, "o que é bonito nas praças é o vazio que pode ser ocupado". Por isso (e também por causa da estação do metro, cuja construção foi condicionada pelo rio que cruza o subsolo das praças), os actuais canteiros desaparecerão do mapa e a placa central verá a sua largura reduzida em oito metros.
De vazio na cidade estamos nós cheios. Tudo em nome do santo metro e dos buracos.
JN
santo tirso
Na ilegalidade há ano e meio
Empresa trata minerais com água do rio Vizela que é devolvida ainda mais poluída pela encosta abaixo Sucessivas notificações camarárias têm esbarrado em sucessivos recursos
Tiago Rodrigues Alves
Uma empresa de processamento e lavagem de areias, situada nas margens do rio Vizela, no concelho de Santo Tirso, funciona ilegalmente há ano e meio apesar das sucessivas notificações camarárias. A empresa tem interposto sucessivos recursos que, embora sempre negados, lhe têm permitido continuar a poluir a zona onde labora e a afectar as vidas dos moradores.
Ora aqui temos uma boa maneira de defender o ambiente. Por quanto tempo ainda?
santo tirso
Na ilegalidade há ano e meio
Empresa trata minerais com água do rio Vizela que é devolvida ainda mais poluída pela encosta abaixo Sucessivas notificações camarárias têm esbarrado em sucessivos recursos
Tiago Rodrigues Alves
Uma empresa de processamento e lavagem de areias, situada nas margens do rio Vizela, no concelho de Santo Tirso, funciona ilegalmente há ano e meio apesar das sucessivas notificações camarárias. A empresa tem interposto sucessivos recursos que, embora sempre negados, lhe têm permitido continuar a poluir a zona onde labora e a afectar as vidas dos moradores.
Ora aqui temos uma boa maneira de defender o ambiente. Por quanto tempo ainda?
Um brasileiro que dá cartas na Tribulandia
JN
TAP espera ter lucros entre 15 e 20 milhões em 2005
António Mexia alargou mandato da equipa de Fernando Pinto até Junho Transportadora aérea portuguesa tornou-se, ontem, o 16.º membro pleno da Star Alliance
Lucília Tiago
A TAP espera atingir lucros entre 15 e 20 milhões de euros em 2005, revelou, ontem, o administrador-delegado, à margem da cerimónia que, momentos antes, tinha assinalado a adesão plena da companhia na Star Alliance. Fernando Pinto esclareceu ainda que está disponível para se manter à frente dos destinos da TAP, mas esta é uma questão que será agora apreciada pelo novo ministro das Obras Públicas. Para já, o seu contrato foi renegociado com a Parpública (empresa que gere as participações do Estado) e alargado até Junho.
Este sim, merece o que ganha. Apresenta resultados. Já tentaram marginalizá-lo pela demonstração de competência que não deve agradar a muito gestor (político) que por aí anda a dar cabo de tudo e a mostrar apenas competência verbal.
TAP espera ter lucros entre 15 e 20 milhões em 2005
António Mexia alargou mandato da equipa de Fernando Pinto até Junho Transportadora aérea portuguesa tornou-se, ontem, o 16.º membro pleno da Star Alliance
Lucília Tiago
A TAP espera atingir lucros entre 15 e 20 milhões de euros em 2005, revelou, ontem, o administrador-delegado, à margem da cerimónia que, momentos antes, tinha assinalado a adesão plena da companhia na Star Alliance. Fernando Pinto esclareceu ainda que está disponível para se manter à frente dos destinos da TAP, mas esta é uma questão que será agora apreciada pelo novo ministro das Obras Públicas. Para já, o seu contrato foi renegociado com a Parpública (empresa que gere as participações do Estado) e alargado até Junho.
Este sim, merece o que ganha. Apresenta resultados. Já tentaram marginalizá-lo pela demonstração de competência que não deve agradar a muito gestor (político) que por aí anda a dar cabo de tudo e a mostrar apenas competência verbal.
JN
Número de pobres ascende aos dois milhões em Portugal
Dados avançados por economista em congresso da Cais Jorge Sampaio questionou destinos dos fundos estruturais que Portugal recebeu desde que aderiu à União Europeia
lisa soares
Pobreza atinge, sobretudo, idosos com pensões muito baixas
Em Portugal há, pelo menos, dois milhões de pobres, número que, no entanto, deverá ter aumentado nos últimos dados. Isso mesmo revelou o economista Rogério Roque Amaro durante V congresso da Associação Cais, subordinado ao tema "Economia para todos", que ontem começou e hoje termina em Lisboa.
Para Roque Amaro, e no que a Portugal diz respeito, a crise social deve-se a "um modelo de produtividade sobrevalorizado", que incentiva o consumo e deixa de lado os afectos e as relações interpessoais.
Uma vergonha completa duma sociedade que perdeu os seus valores humanistas e se revê na ostentação dos seus bens materiais.
Número de pobres ascende aos dois milhões em Portugal
Dados avançados por economista em congresso da Cais Jorge Sampaio questionou destinos dos fundos estruturais que Portugal recebeu desde que aderiu à União Europeia
lisa soares
Pobreza atinge, sobretudo, idosos com pensões muito baixas
Em Portugal há, pelo menos, dois milhões de pobres, número que, no entanto, deverá ter aumentado nos últimos dados. Isso mesmo revelou o economista Rogério Roque Amaro durante V congresso da Associação Cais, subordinado ao tema "Economia para todos", que ontem começou e hoje termina em Lisboa.
Para Roque Amaro, e no que a Portugal diz respeito, a crise social deve-se a "um modelo de produtividade sobrevalorizado", que incentiva o consumo e deixa de lado os afectos e as relações interpessoais.
Uma vergonha completa duma sociedade que perdeu os seus valores humanistas e se revê na ostentação dos seus bens materiais.
Porque não vender medicamentos nas mercearias?
JN
Saúde
Bombas de gasolina querem venderem medicamentos
Entidade Reguladora da Saúde analisa impacto das mudanças antes de tomar uma posição
Os revendedores de combustíveis querem vender medicamentos nos cerca de 2.000 postos que existem em todo o país e avisam que não vão aceitar que esta medida anunciada pelo primeiro-ministro se restrinja às grandes superfícies.
Parece que o tiro começa a sair pela culatra. Outros se posicionam para um negócio chorudo.
Saúde
Bombas de gasolina querem venderem medicamentos
Entidade Reguladora da Saúde analisa impacto das mudanças antes de tomar uma posição
Os revendedores de combustíveis querem vender medicamentos nos cerca de 2.000 postos que existem em todo o país e avisam que não vão aceitar que esta medida anunciada pelo primeiro-ministro se restrinja às grandes superfícies.
Parece que o tiro começa a sair pela culatra. Outros se posicionam para um negócio chorudo.
Candidaturas vindo do topo
Público
(...)
Porto/Lisboa
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
Demos um exemplo. Muitos pensaram no interior do PS (embora o próprio tenha sido de uma exemplar prudência) que o melhor candidato à Presidência da República era António Guterres. Aparentemente, era. Mas o cidadão comum sabia que ainda não tinha passado tempo suficiente entre o momento em que Guterres tinha deixado o governo e esta campanha. Alguns ainda não se aperceberam deste fenómeno. Mas a campanha de Sócrates confirmou o que dizem as sondagens. Guterres ainda não "passa". Cada vez entusiasma menos as bases do PS e isto acentua-se em relação aos simples apoiantes.
Vejamos dois casos exemplares. O primeiro é o da candidatura para a Câmara do Porto. Tudo leva a crer que será Francisco Assis. É um homem inteligente e bem preparado. Contudo, parece destituído de carisma. A sua imagem televisiva está longe de ser favorável. E as pessoas do Porto não morrem de amores por ele. Há fortes condições para uma derrota frente a Rui Rio. Mas pode ser que os deuses da política se compadeçam.
Estamos inteiramente de acordo. Mas porque é que nos querem impingir tais candidaturas?
(...)
Porto/Lisboa
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
Demos um exemplo. Muitos pensaram no interior do PS (embora o próprio tenha sido de uma exemplar prudência) que o melhor candidato à Presidência da República era António Guterres. Aparentemente, era. Mas o cidadão comum sabia que ainda não tinha passado tempo suficiente entre o momento em que Guterres tinha deixado o governo e esta campanha. Alguns ainda não se aperceberam deste fenómeno. Mas a campanha de Sócrates confirmou o que dizem as sondagens. Guterres ainda não "passa". Cada vez entusiasma menos as bases do PS e isto acentua-se em relação aos simples apoiantes.
Vejamos dois casos exemplares. O primeiro é o da candidatura para a Câmara do Porto. Tudo leva a crer que será Francisco Assis. É um homem inteligente e bem preparado. Contudo, parece destituído de carisma. A sua imagem televisiva está longe de ser favorável. E as pessoas do Porto não morrem de amores por ele. Há fortes condições para uma derrota frente a Rui Rio. Mas pode ser que os deuses da política se compadeçam.
Estamos inteiramente de acordo. Mas porque é que nos querem impingir tais candidaturas?
O peso das heranças na Tribulandia
Público
"Choque cultural"
Teresa de Sousa
(...)
A questão tem também a ver com a história política de cada país. E, nesta matéria, o fascismo deixou aos portugueses uma pesadíssima herança, que a democracia não tem sido muito eficaz em combater. Mais do que na repressão, a longevidade do anterior regime assentou na mentira, na ignorância e no servilismo, e isso deixa marcas profundas.
Não será que muita gente estará interessada em conservar a herança com novas roupagens?
"Choque cultural"
Teresa de Sousa
(...)
A questão tem também a ver com a história política de cada país. E, nesta matéria, o fascismo deixou aos portugueses uma pesadíssima herança, que a democracia não tem sido muito eficaz em combater. Mais do que na repressão, a longevidade do anterior regime assentou na mentira, na ignorância e no servilismo, e isso deixa marcas profundas.
Não será que muita gente estará interessada em conservar a herança com novas roupagens?
Os ângulos de visão dos neo-liberais
Público
Manual para levar de vencida os grupos de interesse
Vital Moreira
Para além de considerações sobre o sinal dado pelo discurso quanto à autorização de venda de medicamentos nos supermercados, dado que a medida é inócua, naquele sentido, diz:
(...)
"Por outro lado, se há uma revolução a fazer em Portugal, ela consiste em fazer prevalecer o interesse geral contra os interesses sectoriais e corporativos. E são muitos, estes, desde as associações empresariais aos sindicatos, passando pelos grupos profissionais de elite (ordens profissionais em especial), desde a Igreja Católica e a Opus Dei à maçonaria, desde os magistrados aos militares, desde as universidades às câmaras municipais."
(...)
"Sucede, porém, que não existe igualdade de oportunidades na organização dos interesses de grupo, nem na sua capacidade de influência sobre o poder político"
Se isto é um sinal de luta contra os lobbies poderosos nós vamos ali e vimos... Os dois mais poderosos lobbies neste país são o sistema financeiro e as grandes cadeias de distribuição. E qual tem sido a capacidade dos cidadãos se defenderem, com menor poder económico e numa sociedade individualista?
Manual para levar de vencida os grupos de interesse
Vital Moreira
Para além de considerações sobre o sinal dado pelo discurso quanto à autorização de venda de medicamentos nos supermercados, dado que a medida é inócua, naquele sentido, diz:
(...)
"Por outro lado, se há uma revolução a fazer em Portugal, ela consiste em fazer prevalecer o interesse geral contra os interesses sectoriais e corporativos. E são muitos, estes, desde as associações empresariais aos sindicatos, passando pelos grupos profissionais de elite (ordens profissionais em especial), desde a Igreja Católica e a Opus Dei à maçonaria, desde os magistrados aos militares, desde as universidades às câmaras municipais."
(...)
"Sucede, porém, que não existe igualdade de oportunidades na organização dos interesses de grupo, nem na sua capacidade de influência sobre o poder político"
Se isto é um sinal de luta contra os lobbies poderosos nós vamos ali e vimos... Os dois mais poderosos lobbies neste país são o sistema financeiro e as grandes cadeias de distribuição. E qual tem sido a capacidade dos cidadãos se defenderem, com menor poder económico e numa sociedade individualista?
segunda-feira, março 14, 2005
A maldição do Dragão
Segundo me contou o meu barbeiro, o terreno onde se encontra o estádio do Dragão está assombrado pela alma do dono que o deixou para alojamento de animais, em testamento. Pelos resultados verificados, ultimamente, devem andar muito mais almas penadas pelo terreno.
Seremos civilizados?
Público
Balanço excluiu vítimas directas da violência
ONU calcula em 180 mil o número de mortos em Darfur
As Nações Unidas calculam que pelo menos 180 mil pessoas tenham perdido a vida no último ano e meio na região sudanesa de Darfur, palco, segundo a organização, da maior crise humanitária da actualidade.
Balanço excluiu vítimas directas da violência
ONU calcula em 180 mil o número de mortos em Darfur
As Nações Unidas calculam que pelo menos 180 mil pessoas tenham perdido a vida no último ano e meio na região sudanesa de Darfur, palco, segundo a organização, da maior crise humanitária da actualidade.
A incompetência da Tribulandia
Público
III Quadro Comunitário de Apoio
CGTP: Portugal desperdiçou 4360 milhões de euros de fundos comunitários
Portugal não utilizou 4360 milhões de euros de fundos comunitários programados para o período 2000-2004, o que significa que apenas fez uso de 69,7 por cento da verba total, denunciou hoje o economista da CGTP Eugénio Rosa.
É porque os objectivos já estariam alcançados e ideias para investir, inovar e progredir interessavam pouco.
III Quadro Comunitário de Apoio
CGTP: Portugal desperdiçou 4360 milhões de euros de fundos comunitários
Portugal não utilizou 4360 milhões de euros de fundos comunitários programados para o período 2000-2004, o que significa que apenas fez uso de 69,7 por cento da verba total, denunciou hoje o economista da CGTP Eugénio Rosa.
É porque os objectivos já estariam alcançados e ideias para investir, inovar e progredir interessavam pouco.
Os neo-liberais da Tribulandia
Os neo-liberais da Tribulandia que, facilmente, podemos tomar por conservadores travestidos esquecem-se facilmente que o liberalismo filosófico postula que "o indivíduo tem a aspiração de ter uma autonomia taõ ampla quanto possível e quer ser respeitado na mesma medida em que respeita o próximo". " Segundo o filósofo liberal americano John Rawls, o liberalismo deve ser temperado por uma exigência forte, não de igualdade, mas de equidade e de igualdade de oportunidades: as duas componentes da justiça social. Claro que os nosso pseudo-liberais criaram para si próprios o "estatuto" de Max Weber e esqueceram-se do resto da população que mais não significa do que um meio para atingir fins de lucro próprio. Poderiam até, noutros regimes, dar bons comissários se tal lhes trouxesse proveito.
Uma andorinha não faz a Primavera
Público
Uma questão de Estado
Assistimos a um espectáculo degradante que tem por centro o futuro de Pedro Santana Lopes. É noticiado que Santana Lopes escolherá esta ou aquela posição porque precisa de sobreviver.
(...)
No Estado Novo, a questão foi posta com Salazar, um prof de Finanças reconvertido em político profissional, em cuja morte Caetano teve que fazer um decreto póstumo sem o qual o funeral ficaria por pagar.
Não há regras sem excepção. Mas por favor não nos façam ter pena dos políticos actuais, a maioria dos quais anda sempre a fazer favores aos amigalhaços endinheirados. Paguem-lhes bem mas exijam competência e honestidade.
Uma questão de Estado
Assistimos a um espectáculo degradante que tem por centro o futuro de Pedro Santana Lopes. É noticiado que Santana Lopes escolherá esta ou aquela posição porque precisa de sobreviver.
(...)
No Estado Novo, a questão foi posta com Salazar, um prof de Finanças reconvertido em político profissional, em cuja morte Caetano teve que fazer um decreto póstumo sem o qual o funeral ficaria por pagar.
Não há regras sem excepção. Mas por favor não nos façam ter pena dos políticos actuais, a maioria dos quais anda sempre a fazer favores aos amigalhaços endinheirados. Paguem-lhes bem mas exijam competência e honestidade.
Os filmes de sonho e a realidade
No Têm Frio? Arranjem Outro Emprego - Blog dos Funcionários dos Cinemas AMC Arrábida 20 - V.N.Gaia - aparece a realidade da situação laboral naquela empresa. Só falta aparecer um intelectual "situado" e um realizador para mostrarem que nem sempre o que reluz é ouro.
Um candidato sem papas na língua
No "Público" de sábado Marques Mendes diz: "O PSD precisa de pessoas normais" e que "quando o Manuel Alegre morrer o PS fica igual a nós se não formos capazes de nos reestruturar em termos ideológicos"
Olhe que não é só o PDS que precisa dessa raridade, nem o Manuel Alegre precisa de morrer. Pelo menos este candidato à liderança não esconde a realidade do país.
Olhe que não é só o PDS que precisa dessa raridade, nem o Manuel Alegre precisa de morrer. Pelo menos este candidato à liderança não esconde a realidade do país.
Anúncio de coleccionador
Coleccionador de retratos de figuras políticas que mudaram de quadrante político ao longo dos últimos anos, já com uma vasta colecção, reconhecida internacionalmente, agradece que, em caso de limpeza das sedes, o contactem para a Caixa Postal 6969, cidade de Tramppa, na República dos Vira-Casacas.
Um adeus que não deixa muita saudade na Tribulandia
No Público de sábado, Augusto Santos Silva parece despedir-se dos leitores e resolve dar uma lição sobre Sartre. Folga com as comemorações do centenário de seu nascimento mas afirma que ele constituiu o paradigam do intelectual europeu mas foi também o primeiro a descontruí-lo. Esta lengalenga vem para demonstrar que "o intelectual-farol e o intelectual profeta pertencem felizmente ao passado", como escreve. Mais adiante vem dizer:"Os intelectuais de que necessitamos são gente situada, nem são neutros, nem assépticos. Não são portadores da verdade, nem gozam de estatuto especial" e que "Há momentos em que perder essa liberdade crítica não é necessariamente sinal de que se renunciou a pensar pela própria cabeça".
Possivelmente, teremos o tipo de intelectual que absorbe os conceitos do meio ambiente e se revê na mediocridade impingida pelos media a soldo e corroborada também por intelectuais a soldo das ideias dominantes. Daqui até a um moderno Goulag, cheio de miríades de felicidade embrutecida vai um passo mais pequeno do que se pensa. Resta saber em que posição de situados se colocam.
Possivelmente, teremos o tipo de intelectual que absorbe os conceitos do meio ambiente e se revê na mediocridade impingida pelos media a soldo e corroborada também por intelectuais a soldo das ideias dominantes. Daqui até a um moderno Goulag, cheio de miríades de felicidade embrutecida vai um passo mais pequeno do que se pensa. Resta saber em que posição de situados se colocam.
Grandes problemas da Tribulandia
Tem sido um frenesim na Tribulandia. Reunião de conselho de recém-chegados ministros para tomar medidas de emergência quanto a um dos assuntos mais discutidos pela população: a venda de tomates nas farmácias. Uns argumentam que há excesso de produção e outros dizem que os existentes nas prateleiras das grandes superfícies são meio-feitos de plástico e que os autênticos rareiam. Estamos até em crer que os últimos têm razão pelas declarações que vamos ouvindo.
Problemas com o Blogger
Por dificuldades de conexão com o Blogger não nos tem sido possível publicar. Esperamos que a situação se resolva o mais rapidamente possível.
quinta-feira, março 10, 2005
Especialista pronuncia-se sobre terrorismo de gravata
Grande especialista em terrorismo da Tribulandia falando sobre redes invisíveis
De teoria está a Tribulandia cheia
Diário de Notícias, 09-03-05
"Em Portugal assistimos ao frequente encerramento de fábricas, mas não se nota a abertura de muitas empresas mais modernas. Sabemos que já não somos competitivos em actividades de baixos salários. Mas ainda mal aprendemos a competir noutro registo."
Francisco Sarsfield Cabral
E porque é que o dinamismo empresarial e os entendidos com poder não fazem nada para alterar o rumo? Contentam-se com as piscinas e os carrões. Que tristeza.
"Em Portugal assistimos ao frequente encerramento de fábricas, mas não se nota a abertura de muitas empresas mais modernas. Sabemos que já não somos competitivos em actividades de baixos salários. Mas ainda mal aprendemos a competir noutro registo."
Francisco Sarsfield Cabral
E porque é que o dinamismo empresarial e os entendidos com poder não fazem nada para alterar o rumo? Contentam-se com as piscinas e os carrões. Que tristeza.
Cabecinhas arrumadas da Tribulandia
Público
O fascínio das Finanças
Luís Costa Pano para Mangas
(...)
Foi assim nos executivos anteriores e assim volta a ser com Luís Campos e Cunha. É verdade que o indigitado ministro se pôs a jeito face à propensão nacional para sobrevalorizar o guardião da tesouraria do país, ao proferir declarações que La Palice não desdenharia subscrever sobre um eventual aumento da carga fiscal a médio prazo. Todavia, não deixa de ser revelador do país que ainda somos, durante meio século condicionados pelo salazarismo que nos guardou as barras de ouro e o direito à liberdade e ao desenvolvimento, esta excessiva valorização do papel conferido ao titular do Ministério das Finanças.
Eles pensam que estão sempre a falar para ignorantes e felizmente há excepções como esta.
O fascínio das Finanças
Luís Costa Pano para Mangas
(...)
Foi assim nos executivos anteriores e assim volta a ser com Luís Campos e Cunha. É verdade que o indigitado ministro se pôs a jeito face à propensão nacional para sobrevalorizar o guardião da tesouraria do país, ao proferir declarações que La Palice não desdenharia subscrever sobre um eventual aumento da carga fiscal a médio prazo. Todavia, não deixa de ser revelador do país que ainda somos, durante meio século condicionados pelo salazarismo que nos guardou as barras de ouro e o direito à liberdade e ao desenvolvimento, esta excessiva valorização do papel conferido ao titular do Ministério das Finanças.
Eles pensam que estão sempre a falar para ignorantes e felizmente há excepções como esta.
Os defeitos continuados da euforia das descobertas
A grande verdade é que a Tribulandia nunca foi um país pobre mas sim um país de desperdício tanto no plano económico e financeiro como no plano da utilização dos seus recursos humanos.
Uma televisão ao serviço da ignorância na Tribulandia
Público
Continuar a pensar
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
O debate era extremamente interessante e a qualidade dos intervenientes deixava-nos impressionados. A questão que se coloca é esta: por que não há debates deste nível na televisão portuguesa? Não quer dizer que tudo seja compreensível, mas há em França, nos jornais, na rádio e na televisão, uma atmosfera de reflexão que nos ajuda a a ler e a pensar.
Não há debates desse género nos principais canais porque quanto mais ignorante e adormecido o povo estiver melhor para muito político e poderoso.
Continuar a pensar
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
O debate era extremamente interessante e a qualidade dos intervenientes deixava-nos impressionados. A questão que se coloca é esta: por que não há debates deste nível na televisão portuguesa? Não quer dizer que tudo seja compreensível, mas há em França, nos jornais, na rádio e na televisão, uma atmosfera de reflexão que nos ajuda a a ler e a pensar.
Não há debates desse género nos principais canais porque quanto mais ignorante e adormecido o povo estiver melhor para muito político e poderoso.
Sempre podemos aprender para corrigir erros
Público
Entrevista com Manuel Castells
Não precisamos de inventar outra estratégia de Lisboa
(...)
Diria, pois, que nos países em que o Estado entendeu que o seu papel era dinamizar a inovação, apoiar o empreendedorismo e fazer da inovação tecnológica e social uma força dinâmica, a acção do Estado facilitou este processo. Nos países em que o Estado, ou adoptou um modelo neoliberal, deixando tudo para o mercado resolver, ou é prisioneiro de interesses corporativos, tanto de empresas como de sindicatos - como é o caso da Alemanha -, aí não houve qualquer avanço.
Vale a pena ler toda a entrevista. Concordamos com a maioria dos seus pontos de vista e é pena que os nosso governantes não tentem aprender alguma coisa com mentes esclarecidas.
Entrevista com Manuel Castells
Não precisamos de inventar outra estratégia de Lisboa
(...)
Diria, pois, que nos países em que o Estado entendeu que o seu papel era dinamizar a inovação, apoiar o empreendedorismo e fazer da inovação tecnológica e social uma força dinâmica, a acção do Estado facilitou este processo. Nos países em que o Estado, ou adoptou um modelo neoliberal, deixando tudo para o mercado resolver, ou é prisioneiro de interesses corporativos, tanto de empresas como de sindicatos - como é o caso da Alemanha -, aí não houve qualquer avanço.
Vale a pena ler toda a entrevista. Concordamos com a maioria dos seus pontos de vista e é pena que os nosso governantes não tentem aprender alguma coisa com mentes esclarecidas.
Mais uma para o rol das despesas da Tribulandia
Público
Factura final foi de 49,2 milhões
Tribunal de Contas: EDIA pagou dez vezes mais para desmantelar Portucel Recicla
A empresa gestora do empreendimento da barragem do Alqueva, EDIA, pagou 49,2 milhões de euros para desmantelar a fábrica da Portucel Recicla e despoluir os respectivos terrenos, valor dez vezes superior aos 4,9 milhões de euros que estavam contratados inicialmente.
Depois queixem-se que o défice não diminui e que a culpa é dos contribuintes...
Factura final foi de 49,2 milhões
Tribunal de Contas: EDIA pagou dez vezes mais para desmantelar Portucel Recicla
A empresa gestora do empreendimento da barragem do Alqueva, EDIA, pagou 49,2 milhões de euros para desmantelar a fábrica da Portucel Recicla e despoluir os respectivos terrenos, valor dez vezes superior aos 4,9 milhões de euros que estavam contratados inicialmente.
Depois queixem-se que o défice não diminui e que a culpa é dos contribuintes...
quarta-feira, março 09, 2005
Uma boa ideia para os quadros desempregados na Tribulandia
A pareceu um site na Internet EBrain, Achetez et vendez du personnel neuf ou d'occasion, com semelhanças ao EBay para licitação de investigadores sem colocação. Chamam-lhe ainda sítio de venda online dos Produtos do Ministério da Educação de França. Ao trabalho portugueses...
Bem precisamos que corram e bem
SIC
"Número um" e "número dois"
Sampaio e Sócrates participam na Meia-Maratona de Lisboa
O Presidente da República, Jorge Sampaio, e o primeiro-ministro, José Sócrates, menos de 24 horas após tomar posse, vão correr entre os cerca de 30 mil inscritos na 15ª edição da Meia-Maratona de Lisboa, no domingo.
Serão corredores de fundo ou de curta distância?
"Número um" e "número dois"
Sampaio e Sócrates participam na Meia-Maratona de Lisboa
O Presidente da República, Jorge Sampaio, e o primeiro-ministro, José Sócrates, menos de 24 horas após tomar posse, vão correr entre os cerca de 30 mil inscritos na 15ª edição da Meia-Maratona de Lisboa, no domingo.
Serão corredores de fundo ou de curta distância?
A vergonha da Tribulandia
SIC
À procura de Carlos Mota
Juíza Ana Peres manda localizar antigo assistente de Carlos Cruz
A juíza do processo Casa Pia já mandou localizar Carlos Mota, antigo assistente de Carlos Cruz. Na sessão de hoje do julgamento soube-se também que o Ministério dos Negócios Estrangeiros já informou o Ministério Público sobre as datas em que Carlos Cruz e Jorge Ritto estiveram a trabalhar no mesmo local.
SIC
Muito interessante o currículo de Carlos Mota...
À procura de Carlos Mota
Juíza Ana Peres manda localizar antigo assistente de Carlos Cruz
A juíza do processo Casa Pia já mandou localizar Carlos Mota, antigo assistente de Carlos Cruz. Na sessão de hoje do julgamento soube-se também que o Ministério dos Negócios Estrangeiros já informou o Ministério Público sobre as datas em que Carlos Cruz e Jorge Ritto estiveram a trabalhar no mesmo local.
SIC
Muito interessante o currículo de Carlos Mota...
O Estado financia e os privados mandam?
JN
SURPRESA
Câmara do Porto afastada da Fundação Casa da Música
Assembleia Municipal rejeitou participação da autarquia na fundação PS, CDU e BE estão contra posição maioritária dos privados no Conselho de Administração Decisão nas mãos da ministra da Cultura
(...)
Para rejeitar a participação da autarquia portuense na fundação a Oposição na AM alegou não concordar com a posição maioritária dos privados no Conselho de Administração, quando é o sector público a assumir a maior parte do financiamento.
O sector público financia e os privados gozam e mandam. O costume. Depois ainda vêm dizer mal do funcionamento do sector público. Parece que desta vez a Assembleia Municipal acordou e tomou a posição correcta.
SURPRESA
Câmara do Porto afastada da Fundação Casa da Música
Assembleia Municipal rejeitou participação da autarquia na fundação PS, CDU e BE estão contra posição maioritária dos privados no Conselho de Administração Decisão nas mãos da ministra da Cultura
(...)
Para rejeitar a participação da autarquia portuense na fundação a Oposição na AM alegou não concordar com a posição maioritária dos privados no Conselho de Administração, quando é o sector público a assumir a maior parte do financiamento.
O sector público financia e os privados gozam e mandam. O costume. Depois ainda vêm dizer mal do funcionamento do sector público. Parece que desta vez a Assembleia Municipal acordou e tomou a posição correcta.
Quiem irá coordenar o que não é coordenado?
JN
Sampaio desafia mulheres a assumirem protagonismo
comemoração Presidente da República denuncia existência de práticas discriminatórias e invisibilidade do trabalho feminino Críticas à falta de agilidade da Administração Pública
(...)
Sampaio lamentou que as leis sejam "instrumentos que ficam imóveis" e que os "funcionários dos serviços não tornem as coisas mais flexíveis", apontando o dedo à "falta de verticalidade" da administração pública, citando a saúde, a justiça e a segurança social. "Nós não coordenamos. A administração não se agiliza e não é capaz de ser mais rápida em função dos novos meios que tem", lamentou.
Gostámos muito do "nós não coordenamos" e juntamos mais um lamento à série que coleccionamos
Sampaio desafia mulheres a assumirem protagonismo
comemoração Presidente da República denuncia existência de práticas discriminatórias e invisibilidade do trabalho feminino Críticas à falta de agilidade da Administração Pública
(...)
Sampaio lamentou que as leis sejam "instrumentos que ficam imóveis" e que os "funcionários dos serviços não tornem as coisas mais flexíveis", apontando o dedo à "falta de verticalidade" da administração pública, citando a saúde, a justiça e a segurança social. "Nós não coordenamos. A administração não se agiliza e não é capaz de ser mais rápida em função dos novos meios que tem", lamentou.
Gostámos muito do "nós não coordenamos" e juntamos mais um lamento à série que coleccionamos
Complicações da alojamento no Além
Segundo fontes bem documentadas, decorrem complexas negociações, no Além, entre S. Pedro e Satanás.Motivo. Satanás pretende aumentar o espaço do Inferno para acolher potenciais corruptos e violadores de crianças da Tribulandia e inaugurar uma filial de uma liga desportiva para seu entretenimento. S. Pedro acredita que será feita justiça na Terra e que alguns serão declarados inocentes o que não convence Satanás. Veremos quem tem razão, no tempo que virá.
Grandes verdades da Tribulandia
Público
Até parece...
Nuno Morais Sarmento
Há coisas que, de tanto vermos afirmadas, quase se tornam verdadeiras.
Concordamos inteiramente, sobretudo quando se exercem cargos de propaganda.
Até parece...
Nuno Morais Sarmento
Há coisas que, de tanto vermos afirmadas, quase se tornam verdadeiras.
Concordamos inteiramente, sobretudo quando se exercem cargos de propaganda.
Movimentações culturais da Tribulandia
Ainda gostávamos de saber porque é que muitos dos réus de processos crime graves escrevem (ou mandam escrever?) grossas biografias? Não seria mais correcto escreverem depois de ilibados das acusações? Ou alguma coisa se "limpa" com a literatura?
A indignação, a ignorância e o masoquismo
Público
A centopeia
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
"Há um gosto masoquista que atravessa a sociedade portuguesa e que muitas vezes é feito de pura ignorância. Considera-se que uma coisa não existe apenas porque se ignora que essa coisa existe. E vai daí temos uma rábula de indignação: parece impossível o estado a que isto chegou, somos sempre os mesmos, ora vejam só isto. Não significa que, por vezes, se não tenha razão. Mas noutras é um tique."
Infelizmente, a maior parte das vezes há razão (não falamos da ignorância, claro)
A centopeia
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte
"Há um gosto masoquista que atravessa a sociedade portuguesa e que muitas vezes é feito de pura ignorância. Considera-se que uma coisa não existe apenas porque se ignora que essa coisa existe. E vai daí temos uma rábula de indignação: parece impossível o estado a que isto chegou, somos sempre os mesmos, ora vejam só isto. Não significa que, por vezes, se não tenha razão. Mas noutras é um tique."
Infelizmente, a maior parte das vezes há razão (não falamos da ignorância, claro)
terça-feira, março 08, 2005
Triste espectáculo no final do Chelsea-Barcelona
Segundo o Sun, um dirigente da UEFA, Anders Frisk, disse a Jose Moutinho para se calar e acabar com as suas frases teatrais contra o Barcelona. Está-se mesmo a ver com quem ele aprendeu esta forma de justificar derrotas.
Hoje, eliminou o Barcelona com um golo polémico (4-2) após um canto em que dizem Carvalho agarrou o guarda-redes Valdés do Barcelona (parecendo que Collina rectificaria a sua decisão inicial de não o validar mas finalmente concedeu-o ao Chelsea). O apito final deu lugar ao show Mourinho, segundo a Marca e incidentes na retirada de Rijkaard, Ronaldinho e Etoo. Mais um triste espectáculo do "génio".
Hoje, eliminou o Barcelona com um golo polémico (4-2) após um canto em que dizem Carvalho agarrou o guarda-redes Valdés do Barcelona (parecendo que Collina rectificaria a sua decisão inicial de não o validar mas finalmente concedeu-o ao Chelsea). O apito final deu lugar ao show Mourinho, segundo a Marca e incidentes na retirada de Rijkaard, Ronaldinho e Etoo. Mais um triste espectáculo do "génio".
O problema das patentes de software na Europa
Público
Parlamento Europeu tem, pela segunda vez, a última palavra
Conselho Europeu aprovou ontem proposta de directiva sobre patentes de "software"
O Conselho Europeu aprovou ontem, por maioria qualificada, uma posição comum sobre a proposta de directiva que estabelece as regras de um sistema de patentes de "software" na União Europeia, com o voto contra de Espanha e as abstenções da Áustria, Itália e Bélgica.
A deliberação de ontem será submetida, pela segunda vez, à apreciação do Parlamento Europeu.
Parece que o Conselho Europeu também é sensível aos interesses das grandes companhias. Felicite-se o voto contra da Espanha. Ficaremos à espera da decisão do Parlamento. Quem patenteará a palavra "rato"?
Parlamento Europeu tem, pela segunda vez, a última palavra
Conselho Europeu aprovou ontem proposta de directiva sobre patentes de "software"
O Conselho Europeu aprovou ontem, por maioria qualificada, uma posição comum sobre a proposta de directiva que estabelece as regras de um sistema de patentes de "software" na União Europeia, com o voto contra de Espanha e as abstenções da Áustria, Itália e Bélgica.
A deliberação de ontem será submetida, pela segunda vez, à apreciação do Parlamento Europeu.
Parece que o Conselho Europeu também é sensível aos interesses das grandes companhias. Felicite-se o voto contra da Espanha. Ficaremos à espera da decisão do Parlamento. Quem patenteará a palavra "rato"?
Subscrever:
Mensagens (Atom)