domingo, março 27, 2005

O deserto na cidade

Domingo de Páscoa. Saio de carro. Os cafés todos fechados e as ruas, praticamente, desertas. Um que outro peão perdido na grandeza do vazio. Passo por um Bingo aberto. À entrada, o porteiro e um vendedor de cautelas. Conversam. O jogo não pode parar num país em crise financeira. Teriam jogadores? Certamente que sim. Noutros tempos sentia-se mais a alegria das famílias nos passeios a pé, nos cafés e nos cinemas. Agora, cada um no seu buraco.

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