domingo, março 20, 2005
Espelho meu, quem é mais bonito do que eu?
O protagonismo, sobretudo mediático, é uma grande preocupação das nossa figurinhas públicas. Modestos protagonistas profissionais e sociais, antes da alteração do regime, fazendo uso da chamada inteligência emocional (?), conquistando a atenção dos amigalhaços da imprensa e da televisão, usando a vulgaridade como factor de atracção aí se encontram eles no topo da mesquinha ambição pessoal. Passam a génios, gestores do ano e representantes excelsos da raça (não esquecendo o enriquecimento pessoal, muitas vezes, indevido). Atropelam tudo e todos e são bajulados pela turba ignorante ou pseudo-culta. Quando aprece alguém que lhes tira o protagonismo, perdem a fleuma, arrepelam os cabelos e torma-se meio-histéricos. Assim pode ter acontecido, rezam as crónicas a um conhecido "papa" que, por estranhas fabulações do destino, se viu suplantado, na ribalta do efémero, por um mero treinador de futebol, depois de recambolescas peripécias.
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