Público
A Natureza do Mal
Por HELENA MATOS
"1. É verdadeiramente assombrosa a capacidade que temos de nos distrair do essencial e perdermo-nos com o acessório. O nosso ainda primeiro-ministro, furioso com os resultados das sondagens, propõe-se processar as empresas que as efectuam. Do mais que provável futuro primeiro-ministro, José Sócrates, cada vez se sabe menos o que pensa. E, contudo, ela move-se. Ou seja a política."
E o que faz correr Sammy? Então não andam todos atrás do mesmo?
segunda-feira, janeiro 31, 2005
À procura da motivação política na quinta
Público
Um Dia de Campanha
"O que é que ontem se discutiu? Pagamento de impostos fora de tempo, credibilidade das sondagens e um parecer jurídico dado em condições eticamente discutíveis. Assim nenhum eleitor se mobiliza
Há momentos em que, mesmo perante o desânimo que suscita o que se vê à nossa volta, se sente vontade de fazer um discurso mais positivo e de "puxar para cima". De procurar elementos encorajadores na campanha eleitoral, de procurar nos programas eleitorais as suas boas ideias, de encontrar quem actue no espaço público com absoluta rectidão. Nessas alturas a realidade raramente nos surpreende: atira-nos logo com um balde de água fria para cima."
Estamos como o Diógenes de lanterna na mão. Afinal a quem pertence a quinta?
Um Dia de Campanha
"O que é que ontem se discutiu? Pagamento de impostos fora de tempo, credibilidade das sondagens e um parecer jurídico dado em condições eticamente discutíveis. Assim nenhum eleitor se mobiliza
Há momentos em que, mesmo perante o desânimo que suscita o que se vê à nossa volta, se sente vontade de fazer um discurso mais positivo e de "puxar para cima". De procurar elementos encorajadores na campanha eleitoral, de procurar nos programas eleitorais as suas boas ideias, de encontrar quem actue no espaço público com absoluta rectidão. Nessas alturas a realidade raramente nos surpreende: atira-nos logo com um balde de água fria para cima."
Estamos como o Diógenes de lanterna na mão. Afinal a quem pertence a quinta?
A concepção na Tribulandia
Público
"Não Me Concebo como Número Dois"
(...)
P. - Há pessoas que têm feitio para líder e outras que gostam de ser número dois. Não tem definitivamente feitio para ser líder?
R. - Não tenho, de certeza, feitio para ser número dois. Não me concebo como número dois, concebo-me como António Vitorino.
Cada um concebe-se como quer. Nova lei genética da Tribulandia.
"Não Me Concebo como Número Dois"
(...)
P. - Há pessoas que têm feitio para líder e outras que gostam de ser número dois. Não tem definitivamente feitio para ser líder?
R. - Não tenho, de certeza, feitio para ser número dois. Não me concebo como número dois, concebo-me como António Vitorino.
Cada um concebe-se como quer. Nova lei genética da Tribulandia.
A decadência da Tribulandia
A Tribulandia é um país tão decadente em matéria de valores e tão apodrecido que até para roubar se matam septagenários com requintes de malvadez. Parece até que não vão ao cinema estudar as técnicas de assalto menos violentas. É caso para dizer que até a marginalidade já não tem qualquer código de honra.
Todos os caminhos vão dar a Roma
Público
Em entrevista ao "Diário Económico", não afasta possibilidade de candidatura a Belém
Apoio ao PS: Freitas do Amaral diz-se vítima de agressão política pelo Governo
O fundador do CDS Diogo Freitas do Amaral queixa-se de ter sido "vítima de uma violenta e descabida agressão política" por parte do Governo na sequência do seu artigo em assume o apoio ao PS nas próximas eleições.
Estava-se mesmo a ver a trajéctória. De fundador da direita até à terceira via. Bom proveito. Os caminhos são idênticos.
Em entrevista ao "Diário Económico", não afasta possibilidade de candidatura a Belém
Apoio ao PS: Freitas do Amaral diz-se vítima de agressão política pelo Governo
O fundador do CDS Diogo Freitas do Amaral queixa-se de ter sido "vítima de uma violenta e descabida agressão política" por parte do Governo na sequência do seu artigo em assume o apoio ao PS nas próximas eleições.
Estava-se mesmo a ver a trajéctória. De fundador da direita até à terceira via. Bom proveito. Os caminhos são idênticos.
Quando falam os senadores da Tribulandia
Almeida Santos, ao fim de três décadas como deputado, diz ao Público no sábado que as instituições e a prática política estão desajustadas da realidade. Ele «que foi um dos principais legislador da democracia lamenta a falta de valores na sociedade e o facto de se ter perdido o "prestígio da lei".» Diz o jornal que "Com a segurança e a maturidade de quem se sabe um dos pais do regime, Almeida Santos não se inibe de apontar as causas do que pensa ser uma crise alargada nas democracias representativas."
É caso para dizer que o seu exercício de "pai" é uma autêntica frustação. E foram precisos trinta anos para se dar conta que as instituições não funcionam e que os políticos são fracos por causa dos vencimentos! Boa desculpa. E porque vão os políticos para os lugares? É muito interessante ler a entrevista toda porque ela é representativa de todo um conjunto de diletantes intelectuais, bem instalados na vida, que continuam a consubstanciar na palavra aquilo que deveria ser acção. E ainda por cima, coitados, pouco agarrados ao poder. Valha-nos Santa Engrácia!
É caso para dizer que o seu exercício de "pai" é uma autêntica frustação. E foram precisos trinta anos para se dar conta que as instituições não funcionam e que os políticos são fracos por causa dos vencimentos! Boa desculpa. E porque vão os políticos para os lugares? É muito interessante ler a entrevista toda porque ela é representativa de todo um conjunto de diletantes intelectuais, bem instalados na vida, que continuam a consubstanciar na palavra aquilo que deveria ser acção. E ainda por cima, coitados, pouco agarrados ao poder. Valha-nos Santa Engrácia!
quinta-feira, janeiro 27, 2005
Um metro que não tem fim
Público
Faculdade de Medicina Quer Travar Obras do Metro em Frente ao S. João
Por ABEL COENTRÃO
A direcção da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto instou uma equipa de advogados a preparar uma providência cautelar, visando travar as obras da Metro do Porto junto ao Hospital de S. João. Segundo o director da instituição académica, José Amarante, a posição de força foi decidida ontem, depois de a Normetro ter entrado em terrenos pertencentes ao hospital-faculdade "sem autorização ou declaração de expropriação".
Esta obra megalómana e faraónica começa a dar que falar. Parece que quanto mais metros de túnel melhor, passem por onde passem. Este novo-riquismo com dinheiro alheio para construir ainda vai dar pano para mangas
Faculdade de Medicina Quer Travar Obras do Metro em Frente ao S. João
Por ABEL COENTRÃO
A direcção da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto instou uma equipa de advogados a preparar uma providência cautelar, visando travar as obras da Metro do Porto junto ao Hospital de S. João. Segundo o director da instituição académica, José Amarante, a posição de força foi decidida ontem, depois de a Normetro ter entrado em terrenos pertencentes ao hospital-faculdade "sem autorização ou declaração de expropriação".
Esta obra megalómana e faraónica começa a dar que falar. Parece que quanto mais metros de túnel melhor, passem por onde passem. Este novo-riquismo com dinheiro alheio para construir ainda vai dar pano para mangas
A decadência que se propaga na Tribulandia
Público
O Silêncio dos Livros
Por EDUARDO PRADO COELHO
É extremamente triste assistirmos à decadência de uma livraria. Deixam de existir novidades, os livros amarelecem nas próprias estantes, são sempre os mesmos, mas o gerente vai fazendo uma lamentável dança da morte das espécies que subsistem, com o propósito de dar uma aparência mais vistosa. Mas há editoras que deixam de enviar livros porque têm pagamentos em atraso, e os vazios, atrozes, começam a aparecer. É um salve-se quem puder - uma paisagem de naufrágio.
E não é o que está acontecendo à cultura portuguesa em geral? Essa decadência corresponde ao silêncio das almas vazias de ideais e de ética, num acomodar das novidades quotidianas.
O Silêncio dos Livros
Por EDUARDO PRADO COELHO
É extremamente triste assistirmos à decadência de uma livraria. Deixam de existir novidades, os livros amarelecem nas próprias estantes, são sempre os mesmos, mas o gerente vai fazendo uma lamentável dança da morte das espécies que subsistem, com o propósito de dar uma aparência mais vistosa. Mas há editoras que deixam de enviar livros porque têm pagamentos em atraso, e os vazios, atrozes, começam a aparecer. É um salve-se quem puder - uma paisagem de naufrágio.
E não é o que está acontecendo à cultura portuguesa em geral? Essa decadência corresponde ao silêncio das almas vazias de ideais e de ética, num acomodar das novidades quotidianas.
Imagens sem conteúdo na Tribulandia
Público
Crise de Representação
Por JOSÉ PACHECO PEREIRA
Os primeiros produtos mediáticos de uma nova geração política estão no poder dos dois partidos mais importantes. Hipervalorizando as emoções, a televisão deu-nos Santana Lopes, entre o comentário do futebol e o mundo das "caras". Hipervalorizando a imagem, a televisão fez de Sócrates o seu par, ou seja, seu igual. É verdade que ambos já existiam antes de serem "feitos" pelos "media", Lopes em particular. Mas o par, a junção que marcou o destino de ambos, foi feita na televisão, assim como a promoção que os lançou para os cargos cimeiros da governação.
E depois de transformarem as assistências públicas em "voyeurs" passivos algo mais interessa do que produtos fabricados e vendáveis? Os conteúdos são para meia dúzia e passam no canal2.
Crise de Representação
Por JOSÉ PACHECO PEREIRA
Os primeiros produtos mediáticos de uma nova geração política estão no poder dos dois partidos mais importantes. Hipervalorizando as emoções, a televisão deu-nos Santana Lopes, entre o comentário do futebol e o mundo das "caras". Hipervalorizando a imagem, a televisão fez de Sócrates o seu par, ou seja, seu igual. É verdade que ambos já existiam antes de serem "feitos" pelos "media", Lopes em particular. Mas o par, a junção que marcou o destino de ambos, foi feita na televisão, assim como a promoção que os lançou para os cargos cimeiros da governação.
E depois de transformarem as assistências públicas em "voyeurs" passivos algo mais interessa do que produtos fabricados e vendáveis? Os conteúdos são para meia dúzia e passam no canal2.
O norte é uma nação mas apenas para o espectáculo televisivo
Público
Portugal Sem Norte
Por LUÍS COSTA
A ampla divulgação e debate que tem suscitado o estudo sobre o poder de compra concelhio realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) não deveria ocultar o impacte mediático e político de um outro estudo, esse sim particularmente revelador e preocupante, realizado por um conjunto de investigadores da Universidade Católica Portuguesa, UCP.
(...)
E o que revela de especialmente novo e assustador a análise realizada pela UCP? Revela, entre outras coisas, que o Norte de Portugal - essa outrora mítica região de quem mais produz e enriquece com facilidade - se encaminha para um abismo aparentemente inexorável
O que mais assusta não é a falta de atenção que os prováveis vencedores das eleições dão ao tema. O que mais preocupa é que durante dezenas de anos este agravamento das condições económicas do norte do país e, em especial, da região do Porto, não teve qualquer acção dos detentores do poder político, empresarial e institucional da região. Vêm todos constatar, de novo, as misérias e mostrar intenções para o futuro. Tudo em nome do Futebol Clube do Porto que levanta no estrangeiro a imagem do país. Mas para a criação de riqueza os espaços geográficos e sociais são outros. Parece que até lhes convém a situação. Assim se ilude o povo.
Portugal Sem Norte
Por LUÍS COSTA
A ampla divulgação e debate que tem suscitado o estudo sobre o poder de compra concelhio realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) não deveria ocultar o impacte mediático e político de um outro estudo, esse sim particularmente revelador e preocupante, realizado por um conjunto de investigadores da Universidade Católica Portuguesa, UCP.
(...)
E o que revela de especialmente novo e assustador a análise realizada pela UCP? Revela, entre outras coisas, que o Norte de Portugal - essa outrora mítica região de quem mais produz e enriquece com facilidade - se encaminha para um abismo aparentemente inexorável
O que mais assusta não é a falta de atenção que os prováveis vencedores das eleições dão ao tema. O que mais preocupa é que durante dezenas de anos este agravamento das condições económicas do norte do país e, em especial, da região do Porto, não teve qualquer acção dos detentores do poder político, empresarial e institucional da região. Vêm todos constatar, de novo, as misérias e mostrar intenções para o futuro. Tudo em nome do Futebol Clube do Porto que levanta no estrangeiro a imagem do país. Mas para a criação de riqueza os espaços geográficos e sociais são outros. Parece que até lhes convém a situação. Assim se ilude o povo.
Mais vale tarde do que nunca
Público
Metade das Pontes em Risco Ainda Carece de Obras
Por SOFIA RODRIGUES
Quase metade das 63 pontes que precisavam de uma intervenção urgente ainda não foi sujeita a obras de reabilitação por parte da empresa Estradas de Portugal (EP). Quarenta por cento destas obras de arte em risco já foram recuperadas.
Este é o mais recente ponto da situação sobre o plano de inspecção e recuperação de pontes e viadutos, lançado em 2001, que abrangeu o inventário das 5600 obras de arte existentes em Portugal, das quais 353 foram vistoriadas.
Vá lá que já foram vistas quarenta por cento e recuperadas. esperemos que não aconteça nada de grave nas outras para não haver mais choradeira tardia nas televisões.
Metade das Pontes em Risco Ainda Carece de Obras
Por SOFIA RODRIGUES
Quase metade das 63 pontes que precisavam de uma intervenção urgente ainda não foi sujeita a obras de reabilitação por parte da empresa Estradas de Portugal (EP). Quarenta por cento destas obras de arte em risco já foram recuperadas.
Este é o mais recente ponto da situação sobre o plano de inspecção e recuperação de pontes e viadutos, lançado em 2001, que abrangeu o inventário das 5600 obras de arte existentes em Portugal, das quais 353 foram vistoriadas.
Vá lá que já foram vistas quarenta por cento e recuperadas. esperemos que não aconteça nada de grave nas outras para não haver mais choradeira tardia nas televisões.
terça-feira, janeiro 25, 2005
A telenovela dos debates
Público
Pré-campanha eleitoral
PSD aceita debate entre Santana e Sócrates na SIC, PS rejeita proposta
O PSD aceitou hoje a proposta da SIC para a realização de um frente-a-frente entre Santana Lopes e José Sócrates no Jornal da Noite, nos dias 2 ou 3 de Fevereiro, mas o PS recusou e insistiu num entendimento entre as várias televisões.
"O PSD aceitou a proposta da SIC, que considera muito equilibrada e abrangente", disse à Lusa o secretário-geral dos sociais-democratas, Miguel Relvas.
Tanta telenovela à volta dos debates. será que vão dizer algo de novo? A concordar com a expressaõ de EPC a política está cheia de "pobreza franciscana". Sempre o mesmo politicamente correcto para apanhar votos e lugares depois das eleições.
Pré-campanha eleitoral
PSD aceita debate entre Santana e Sócrates na SIC, PS rejeita proposta
O PSD aceitou hoje a proposta da SIC para a realização de um frente-a-frente entre Santana Lopes e José Sócrates no Jornal da Noite, nos dias 2 ou 3 de Fevereiro, mas o PS recusou e insistiu num entendimento entre as várias televisões.
"O PSD aceitou a proposta da SIC, que considera muito equilibrada e abrangente", disse à Lusa o secretário-geral dos sociais-democratas, Miguel Relvas.
Tanta telenovela à volta dos debates. será que vão dizer algo de novo? A concordar com a expressaõ de EPC a política está cheia de "pobreza franciscana". Sempre o mesmo politicamente correcto para apanhar votos e lugares depois das eleições.
segunda-feira, janeiro 24, 2005
Os engenhosos neo-liberais da Tribulandia
Público
Redução do Investimento Público Vai Agravar Assimetrias Regionais
Por CRISTINA FERREIRA
A redução do investimento público nas regiões portuguesas mais pobres não contribui para a convergência do território e não contrariará a actual tendência de alargamento do desequilíbrio entre as zonas mais prósperas e mais deprimidas. A riqueza produzida pela sub-região mais pobre do país, o Vale do Tâmega, correspondia, em 2002, a 29 por cento do produto gerado na Grande Lisboa, que apresentava um rendimento por pessoa de 21.000 euros, o que traduz um PIB per capita superior à média nacional de 146 por cento e de 117 por cento em relação à União Europeia já alargada a 25 países. Estes dados estão a ser trabalhados pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa (UCP). O economista João Confraria, da UCP, alerta para a necessidade de esbater as disparidades territoriais, com investimento público "reprodutivo", que se articule com as necessidades locais, assegurando efeitos duradouros.
E o que respondem a isto os crentes do equílibrio natural dos mercados? Deve ser bom para os que estão na região de Lisboa e mau para os outros. E a solução destes neo-liberais que quando em aflição de causa e sem soluções viram-se para os cofres públicos? Grandes descobertas. Merecem o Prémio Nobel da "La Palisse".
Redução do Investimento Público Vai Agravar Assimetrias Regionais
Por CRISTINA FERREIRA
A redução do investimento público nas regiões portuguesas mais pobres não contribui para a convergência do território e não contrariará a actual tendência de alargamento do desequilíbrio entre as zonas mais prósperas e mais deprimidas. A riqueza produzida pela sub-região mais pobre do país, o Vale do Tâmega, correspondia, em 2002, a 29 por cento do produto gerado na Grande Lisboa, que apresentava um rendimento por pessoa de 21.000 euros, o que traduz um PIB per capita superior à média nacional de 146 por cento e de 117 por cento em relação à União Europeia já alargada a 25 países. Estes dados estão a ser trabalhados pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa (UCP). O economista João Confraria, da UCP, alerta para a necessidade de esbater as disparidades territoriais, com investimento público "reprodutivo", que se articule com as necessidades locais, assegurando efeitos duradouros.
E o que respondem a isto os crentes do equílibrio natural dos mercados? Deve ser bom para os que estão na região de Lisboa e mau para os outros. E a solução destes neo-liberais que quando em aflição de causa e sem soluções viram-se para os cofres públicos? Grandes descobertas. Merecem o Prémio Nobel da "La Palisse".
As soluções imediatistas da Tribulandia
Público
A partir de hoje
Lisboa: mais 144 camas para os sem-abrigo e tenda para refeições durante vaga de frio
A Câmara de Lisboa vai disponibilizar a partir desta noite mais 144 camas nos centros de acolhimento para os sem-abrigo e uma tenda com refeições quentes, que estarão disponíveis durante a vaga de frio esperada para esta semana.
Sempre que troveja alguém se lembra de Santa Bárbara...Pena que não seja mais vezes lembrada.
A partir de hoje
Lisboa: mais 144 camas para os sem-abrigo e tenda para refeições durante vaga de frio
A Câmara de Lisboa vai disponibilizar a partir desta noite mais 144 camas nos centros de acolhimento para os sem-abrigo e uma tenda com refeições quentes, que estarão disponíveis durante a vaga de frio esperada para esta semana.
Sempre que troveja alguém se lembra de Santa Bárbara...Pena que não seja mais vezes lembrada.
domingo, janeiro 23, 2005
O carreirismo na Tribulandia
Público
A Dança das Cadeiras
(...)
Os "media" nacionais atentos às mudanças na administração central, raramente se dão conta deste verdadeiro corrupio e frenesim que percorre o Portugal profundo. A nível distrital e concelhio perspectivam-se muitas das "danças das cadeiras", porque apetitosos os cargos de chefia de nomeação governamental que se operam nas direcções, delegações, institutos e administrações regionais e locais. Desde a saúde ao ensino, passando pelas florestas, pelo ambiente, pela segurança social, pelos governos civis, pelo desporto, pela administração dos hospitais, pelo centro de saúde... assiste-se a uma autêntica dança de cadeiras. Nem é preciso ter especial formação para o cargo de nomeação ou tão-só respeitar a lei e possuir o grau académico requerido.
É ou não é um país de carreiristas? E depois queixem-se só dos governos.
A Dança das Cadeiras
(...)
Os "media" nacionais atentos às mudanças na administração central, raramente se dão conta deste verdadeiro corrupio e frenesim que percorre o Portugal profundo. A nível distrital e concelhio perspectivam-se muitas das "danças das cadeiras", porque apetitosos os cargos de chefia de nomeação governamental que se operam nas direcções, delegações, institutos e administrações regionais e locais. Desde a saúde ao ensino, passando pelas florestas, pelo ambiente, pela segurança social, pelos governos civis, pelo desporto, pela administração dos hospitais, pelo centro de saúde... assiste-se a uma autêntica dança de cadeiras. Nem é preciso ter especial formação para o cargo de nomeação ou tão-só respeitar a lei e possuir o grau académico requerido.
É ou não é um país de carreiristas? E depois queixem-se só dos governos.
Utilidade para quem?
Público
A Traição do Pequeno Lorde
Por MÁRIO MESQUITA
(...)
O voto útil
Ao lembrar esta possibilidade de entendimentos pontuais com o PS, o partido de Paulo Portas não anuncia, afinal, nenhum cenário radicalmente novo, visto que tal situação já se verificou na época dos governos de António Guterres, baseados numa maioria relativa. Portas reforça, deste modo, o slogan central da campanha eleitoral do seu partido: o "voto útil".
Explicada deste modo, tal utilidade apresenta-se de uma forma dupla: poderá servir, no âmbito do acordo com Santana Lopes, para viabilizar novo Governo de direita, mas, noutro cenário eleitoral, aliás mais provável, ofereceria a possibilidade de acordos à direita, evitando que Sócrates ficasse dependente apenas das forças parlamentares situadas à sua esquerda.
Todos os arranjos são possíveis para se manterem na mesa do orçamento.
A Traição do Pequeno Lorde
Por MÁRIO MESQUITA
(...)
O voto útil
Ao lembrar esta possibilidade de entendimentos pontuais com o PS, o partido de Paulo Portas não anuncia, afinal, nenhum cenário radicalmente novo, visto que tal situação já se verificou na época dos governos de António Guterres, baseados numa maioria relativa. Portas reforça, deste modo, o slogan central da campanha eleitoral do seu partido: o "voto útil".
Explicada deste modo, tal utilidade apresenta-se de uma forma dupla: poderá servir, no âmbito do acordo com Santana Lopes, para viabilizar novo Governo de direita, mas, noutro cenário eleitoral, aliás mais provável, ofereceria a possibilidade de acordos à direita, evitando que Sócrates ficasse dependente apenas das forças parlamentares situadas à sua esquerda.
Todos os arranjos são possíveis para se manterem na mesa do orçamento.
Público
Intolerâncias, Ainda
Por AUGUSTO M.SEABRA
(...)
"No "Guardian" da terça-feira seguinte, 13, Timothy Garton Ash publicou um texto notável: "Em louvor da blasfémia". "'Jerry Springer - The Opera' foi obsceno, ofensivo, blasfemo e foi inteiramente justificado que a BBC o difundisse, precisamente porque a sua obscenidade, ofensa e blasfémia não são usadas apenas para entreter mas para uma inquietante mensagem sobre a cultura popular da televisão ao estilo americano e o vazio emocional de uma sociedade atomizada em que, como se diz no refrão de um coro, a vida significa 'comer, defecar e ver tv'".
Estamos de acordo e não poderia dar melhor imagem do modernismo da Tribulandia.
Intolerâncias, Ainda
Por AUGUSTO M.SEABRA
(...)
"No "Guardian" da terça-feira seguinte, 13, Timothy Garton Ash publicou um texto notável: "Em louvor da blasfémia". "'Jerry Springer - The Opera' foi obsceno, ofensivo, blasfemo e foi inteiramente justificado que a BBC o difundisse, precisamente porque a sua obscenidade, ofensa e blasfémia não são usadas apenas para entreter mas para uma inquietante mensagem sobre a cultura popular da televisão ao estilo americano e o vazio emocional de uma sociedade atomizada em que, como se diz no refrão de um coro, a vida significa 'comer, defecar e ver tv'".
Estamos de acordo e não poderia dar melhor imagem do modernismo da Tribulandia.
Os telecomandos humanos da moda
Porque será que cada vez que vejo muita gente na rua, de telemóvel no ouvido me lembro do filme Metropolis de Fritz Lang?
Passatempos da Tribulandia
A esquerda vira para a direita. a direita fala como se fosse de esquerda. No final, todos aos abraços e a dividerem o bolo. O povinho tem o Herman e o Frota para satisfação do seu machismo latente (?). Nós, definitivamente, passamos o tempo com os Batatanetes e as peles esticadas das misses de trazer por casa.
Domingos da Tribulandia
Domingo e sol. Um país que anda mais devagarinho do que outros. Alguém me pode explicar porque quando ligo a televisão só me aparecem caras e anúncios parvos? Será que tenho algum vírus instalado de mau gosto e de vulgaridade?
sábado, janeiro 22, 2005
Por trinta moedas de ouro
Mais do que a ignorância ou a ingenuidade, a desonestidade intelectual causa-nos o maior dos fastios. Sabemos bem que no mundo actual o poder económico se sobrepôs a ideologias e políticas, assimilando o social no sistema do imperativo da comercialização do produto. Por esta razão o neo-liberalismo aponta no sentido da felicidade através da posse e do consumo em detrimento de qualquer valor filosófico ou ético. Os resultados, benéficos para uns e prejudiciais para muitos, estão à vista. A massificação faz-se por baixo e pela comunicação. Sabendo isto, não admira que técnicos sabedores e inteligentes e políticos que há trinta anos andavam de camisola vermelha para outro tipo de massificação colectiva se tenham rendido às prebendas do sistema e venham, sistematicamente, defender o indefensável. Com voltas e reviravoltas mentais aí estão eles, nas mesas redondas e debates a cumprir o seu papel de impressionar as faixas da população mais ignorantes. Eduardo Prado Coelho dizia há tempos que o sistema estava apodrecido mas aqueles senhores, a troco das cadeiras confortáveis onde os deixam sentar e das vivendas com piscina, vêm, amiudadamente, dourar a boneca. Têm sempre justificação para tudo. Mesmo para as desonestidades "legalizadas". Que lhes faça bom proveiro porque acreditamos que a história se encarregará de mostra a fibra de que são feitos.
O dinamismo do endividamento
JN
Economia abrandou mas venderam-se mais carros
(...)
Depois do ajustamento registado em anos anteriores, os particulares voltaram a hipotecar com mais dinamismo o seu rendimento, ao terem reforçado o recurso ao crédito para compra de bens que não habitação. Já a taxa de variação anual dos empréstimos a empresas diminuiu 0,33 pontos percentuais. Ainda assim, a recuperação das vendas de veículos comerciais pesados foi da ordem de 23,9% (contra uma quebra de 21% em 2003).
Pelo menos no endividamento há dinamismo. Não tomem precauções e qualque dia estão inteiramente penhorados a alguma entidade anónima.
Economia abrandou mas venderam-se mais carros
(...)
Depois do ajustamento registado em anos anteriores, os particulares voltaram a hipotecar com mais dinamismo o seu rendimento, ao terem reforçado o recurso ao crédito para compra de bens que não habitação. Já a taxa de variação anual dos empréstimos a empresas diminuiu 0,33 pontos percentuais. Ainda assim, a recuperação das vendas de veículos comerciais pesados foi da ordem de 23,9% (contra uma quebra de 21% em 2003).
Pelo menos no endividamento há dinamismo. Não tomem precauções e qualque dia estão inteiramente penhorados a alguma entidade anónima.
Ideias inovadoras da Tribulandia
Público
"Choque de Gestão" Contra "Plano Tecnológico"
"O fundamental, para Portugal, é assumir a necessidade de um choque de gestão". Santana Lopes lançou ontem o "choque de gestão" contra o "plano tecnológico" do PS, durante a apresentação do programa de governo do PSD, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Acordaram tarde mas agora é que vai ser. Possivelmente, mais do mesmo como até agora. Depois da casa roubada, trancas na porta.
"Choque de Gestão" Contra "Plano Tecnológico"
"O fundamental, para Portugal, é assumir a necessidade de um choque de gestão". Santana Lopes lançou ontem o "choque de gestão" contra o "plano tecnológico" do PS, durante a apresentação do programa de governo do PSD, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Acordaram tarde mas agora é que vai ser. Possivelmente, mais do mesmo como até agora. Depois da casa roubada, trancas na porta.
Reclamação cívica louvável na Tribulandia
Público
Uma Obra Pouco Consensual
Luís Filipe Menezes até já lhe chamou um "crime". O presidente da Comissão Executiva da Empresa Metro do Porto, Oliveira Marques, pediu o "consenso da cidade", mas o projecto da linha de metro da Boavista está muito longe de ser consensual, como se viu na semana passada numa tertúlia no Café Guarany. De tal forma que, esta semana, um médico reformado, Manuel Macedo Pinto, se atirou à tarefa de promover um abaixo-assinado contra a actual proposta e em defesa do eléctrico rápido, uma opção também acolhida por vários especialistas contactados pelo PÚBLICO.
Pelo menos temos discussão quanto às opções de buracos e de obras que nem sempre se justificam do ponto de vista do cidadão mas sim de outros interesses. Louvável a atitude do médico numa sociedade caracterizada pela apatia e o «está sempre tudo bem».
Uma Obra Pouco Consensual
Luís Filipe Menezes até já lhe chamou um "crime". O presidente da Comissão Executiva da Empresa Metro do Porto, Oliveira Marques, pediu o "consenso da cidade", mas o projecto da linha de metro da Boavista está muito longe de ser consensual, como se viu na semana passada numa tertúlia no Café Guarany. De tal forma que, esta semana, um médico reformado, Manuel Macedo Pinto, se atirou à tarefa de promover um abaixo-assinado contra a actual proposta e em defesa do eléctrico rápido, uma opção também acolhida por vários especialistas contactados pelo PÚBLICO.
Pelo menos temos discussão quanto às opções de buracos e de obras que nem sempre se justificam do ponto de vista do cidadão mas sim de outros interesses. Louvável a atitude do médico numa sociedade caracterizada pela apatia e o «está sempre tudo bem».
Um ausência de estratégia e um modelo gasto
Público
Estudo permitiu definir concelhos
Combate à Pobreza: Governo elege quase 200 concelhos para intervenção prioritária
(...)
"Letargia social e envelhecimento"
O Progride, continua, é "um instrumento importante e indispensável" para combater a pobreza ao nível micro, mas a verdade é que "não é suficiente para reabilitar economicamente e socialmente os concelhos" que apresentam mais problemas. Aí a estratégia tem de ser outra. Implica "soluções de maior alcance.
(...)
"Há, aqui, uma maior letargia social e um problema grave de envelhecimento da população. Houve países que deixaram o interior esvaziar-se. É um modelo. Em Portugal tem de se definir o que é que se quer dos concelhos do interior", defende Joaquina Madeira. Se a opção for pela reabilitação, tem de se conceber uma estratégia que envolva diversos actores económicos e sociais.
Soluções de curto prazo são necessárias mas mais importante é a inversão da tendência. E a estratégia do deixar andar não costuma dar bons resultados. Veremos o que se passa depois da atrasada descoberta.
Estudo permitiu definir concelhos
Combate à Pobreza: Governo elege quase 200 concelhos para intervenção prioritária
(...)
"Letargia social e envelhecimento"
O Progride, continua, é "um instrumento importante e indispensável" para combater a pobreza ao nível micro, mas a verdade é que "não é suficiente para reabilitar economicamente e socialmente os concelhos" que apresentam mais problemas. Aí a estratégia tem de ser outra. Implica "soluções de maior alcance.
(...)
"Há, aqui, uma maior letargia social e um problema grave de envelhecimento da população. Houve países que deixaram o interior esvaziar-se. É um modelo. Em Portugal tem de se definir o que é que se quer dos concelhos do interior", defende Joaquina Madeira. Se a opção for pela reabilitação, tem de se conceber uma estratégia que envolva diversos actores económicos e sociais.
Soluções de curto prazo são necessárias mas mais importante é a inversão da tendência. E a estratégia do deixar andar não costuma dar bons resultados. Veremos o que se passa depois da atrasada descoberta.
sexta-feira, janeiro 21, 2005
A leitura como acto de criação
«E, embora à primeira vista a leitura possa não parecer um acto de criação, é-o num sentido profundo. Sem o leitor apaixonado, que, na realidade, é o complemento do autor e muitas vezes o seu mais secreto rival, um livro morreria. O homem que passa a palavra, aumenta não só a vida do livro em questão, mas o próprio acto de criação. Dá alento aoutros leitores. Encoraja por todo o lado o espírito criativo. Quer esteja ou não ciente disto, o que faz é louvar o trabalho de Deus. O bom leitor, tal como o bom autor, sabe que tudo nasce da mesma fonte.»
Os Livros da Minha Vida - Henry Miller
Os Livros da Minha Vida - Henry Miller
As mil e uma maneiras de cozinhar bacalhau
«Primeiro, quando as grandes empresas do Estado são privatizadas, pode não haver uma maneira honesta de valorizar os seus activos, e, o regime regulador e fiscal que prevalecerá retrospectivamente, poderá ser mal especificado. As incertezas do processo criam oportunidades para favorecer as pessoas corruptas que estão por dentro desse mesmo processo, com acesso a informação que não está disponível ao público em geral, fornecendo informação antecipada a troco de pagamento de luvas ou dando a empresas corruptas tratamento especial no processo de licitação.»
Corrupção e Governo - Susan Rose-Ackerman
Corrupção e Governo - Susan Rose-Ackerman
O sobressalto positivo(?)
Público
Como crescer com Finanças
(...)
Perante a questão/tema "Como crescer com finanças públicas equilibradas" Miguel Frasquilho (PSD), Guilherme d'Oliveira Martins (PS), Pires de Lima (CDS/PP), Honório Novo (PCP) e Luís Fazenda (BE), não escondem que o país precisa de um novo modelo de crescimento, se bem que apresentem motivos bastante divergentes. Para Oliveira Martins, Portugal precisa mesmo de "um sobressalto positivo".
E já não andamos há anos em sobressaltos com as asneiras que eles têm feito?
Como crescer com Finanças
(...)
Perante a questão/tema "Como crescer com finanças públicas equilibradas" Miguel Frasquilho (PSD), Guilherme d'Oliveira Martins (PS), Pires de Lima (CDS/PP), Honório Novo (PCP) e Luís Fazenda (BE), não escondem que o país precisa de um novo modelo de crescimento, se bem que apresentem motivos bastante divergentes. Para Oliveira Martins, Portugal precisa mesmo de "um sobressalto positivo".
E já não andamos há anos em sobressaltos com as asneiras que eles têm feito?
O masoquismo político da Tribulandia
Público
Pior É Sempre Possível
Por MIGUEL SOUSA TAVARES
(...)
O lado positivo desta história é a constatação de que é sempre possível descer mais baixo no descaramento político. E que o que faz a força da democracia é o facto de ela ser o único sistema político em que o povo pode livremente votar contra si próprio.
Embora MST se refira no artigo à investidura de Bush, pensamos que a frase se aplica inteiramente à Tribulandia
Pior É Sempre Possível
Por MIGUEL SOUSA TAVARES
(...)
O lado positivo desta história é a constatação de que é sempre possível descer mais baixo no descaramento político. E que o que faz a força da democracia é o facto de ela ser o único sistema político em que o povo pode livremente votar contra si próprio.
Embora MST se refira no artigo à investidura de Bush, pensamos que a frase se aplica inteiramente à Tribulandia
Soluções em causa própria?
Público
Esta Lei Eleitoral Deve Ir para o Lixo
Por MARIA FILOMENA MÓNICA
Politica, filosófica e temperamentalmente, sou centralizadora. Num caso, todavia, o da lei eleitoral, a minha posição altera-se. Porque diante da urna, ninguém, melhor do que o próprio, sabe o que lhe convém. Há anos que os grandes partidos, com destaque para o PS, têm vindo a prometer a reforma da lei eleitoral, mas, chegado o momento, retraem-se. Em 2001, ainda ouvi alguns socialistas falar destes planos. Foi o que se viu. Hoje, penso que será necessário um maremoto político para que algo aconteça.
A regra da proporcionalidade, a interdição de candidatos independentes, a existência de grandes círculos, a confecção de listas pelos secretários-gerais - tudo coisas infelizmente inscritas na Constituição - têm de terminar.
Como será que os beneficiados do sistema o vão alterar? O monopólio da política está firme e de boa saúde como o apoio de alguns sectores económicos, do futebol e da comunicação social.
Esta Lei Eleitoral Deve Ir para o Lixo
Por MARIA FILOMENA MÓNICA
Politica, filosófica e temperamentalmente, sou centralizadora. Num caso, todavia, o da lei eleitoral, a minha posição altera-se. Porque diante da urna, ninguém, melhor do que o próprio, sabe o que lhe convém. Há anos que os grandes partidos, com destaque para o PS, têm vindo a prometer a reforma da lei eleitoral, mas, chegado o momento, retraem-se. Em 2001, ainda ouvi alguns socialistas falar destes planos. Foi o que se viu. Hoje, penso que será necessário um maremoto político para que algo aconteça.
A regra da proporcionalidade, a interdição de candidatos independentes, a existência de grandes círculos, a confecção de listas pelos secretários-gerais - tudo coisas infelizmente inscritas na Constituição - têm de terminar.
Como será que os beneficiados do sistema o vão alterar? O monopólio da política está firme e de boa saúde como o apoio de alguns sectores económicos, do futebol e da comunicação social.
O que é preciso é fazer estudos
Público
O Ter e o Parecer
Por EDUARDO DÂMASO
O Estado gastou em 2003 qualquer coisa como 250 milhões de euros (50 milhões de contos) em pareceres de toda a espécie, desde jurídicos a estudos económicos. O número não deixa de ser surpreendente, por muito relativizadora da sua importância que possa ser a argumentação dos que defendam tal despesa do Estado.
Ainda gostaríamos de saber os resultados de tantos estudos e pareceres.
O Ter e o Parecer
Por EDUARDO DÂMASO
O Estado gastou em 2003 qualquer coisa como 250 milhões de euros (50 milhões de contos) em pareceres de toda a espécie, desde jurídicos a estudos económicos. O número não deixa de ser surpreendente, por muito relativizadora da sua importância que possa ser a argumentação dos que defendam tal despesa do Estado.
Ainda gostaríamos de saber os resultados de tantos estudos e pareceres.
Resultados da Tribulandia
Público
Um Quarto dos Concelhos Portugueses Correm Risco de "Morte Social"
Por ANDREIA SANCHES
Regiões de Trás-os-Montes, Dão-Lafões e Baixo Alentejo marcadas por "situações graves" de analfabetismo e desemprego
Vinhais, distrito de Bragança, tem quase dois pensionistas por cada pessoa que trabalha. Em Penedono, nordeste de Viseu, o valor médio das pensões de velhice, invalidez e sobrevivência é o mais baixo do país: 163 euros por mês. A taxa de desemprego em Almodôvar, Baixo Alentejo, é de mais de 20 por cento.
Quais são as soluções dos entendidos da Sedes e dos estudos de diagnóstico?
Um Quarto dos Concelhos Portugueses Correm Risco de "Morte Social"
Por ANDREIA SANCHES
Regiões de Trás-os-Montes, Dão-Lafões e Baixo Alentejo marcadas por "situações graves" de analfabetismo e desemprego
Vinhais, distrito de Bragança, tem quase dois pensionistas por cada pessoa que trabalha. Em Penedono, nordeste de Viseu, o valor médio das pensões de velhice, invalidez e sobrevivência é o mais baixo do país: 163 euros por mês. A taxa de desemprego em Almodôvar, Baixo Alentejo, é de mais de 20 por cento.
Quais são as soluções dos entendidos da Sedes e dos estudos de diagnóstico?
Tudo se conjuga na Tribulandia
Um dos principais membros da Sedes, defende o aumento dos impostos para um lado e o não agravamento para outro. Ora aqui está mais um milagre da Tribulandia: a conciliação de posições contraditórias.
Toca a consumir com crédito externo
DN
País vai ter mais de cem novas lojas alimentares e 26 'shoppings'
Os 200 projectos de unidades comerciais aprovados pelas Direcções Regionais de Economia vão aumentar a oferta global em 30%, especialmente na área da distribuição alimentar. Um pouco mais de cem estabelecimentos correspondem a este sector, 26 dizem respeito a centros comerciais e os restantes são lojas de comércio especializadas, apurou o DN.
"Este aumento da oferta, estimado em 30%, vai desequilibrar o mercado, que já está estagnado em termos de consumo, e trazer efeitos perversos a nível de concentrações e fusões, podendo mesmo levar a encerramentos", afirmou ao DN José António Silva, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
E quantas novas indústrias e empresas de tecnologia?
País vai ter mais de cem novas lojas alimentares e 26 'shoppings'
Os 200 projectos de unidades comerciais aprovados pelas Direcções Regionais de Economia vão aumentar a oferta global em 30%, especialmente na área da distribuição alimentar. Um pouco mais de cem estabelecimentos correspondem a este sector, 26 dizem respeito a centros comerciais e os restantes são lojas de comércio especializadas, apurou o DN.
"Este aumento da oferta, estimado em 30%, vai desequilibrar o mercado, que já está estagnado em termos de consumo, e trazer efeitos perversos a nível de concentrações e fusões, podendo mesmo levar a encerramentos", afirmou ao DN José António Silva, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
E quantas novas indústrias e empresas de tecnologia?
quinta-feira, janeiro 20, 2005
As campanhas eleitorais e o futebol
No telejornal da RTP1, mostram dois presidentes de grandes sociedades de futebol a afirmarem que os partidos devem incluir nas campanhas a discussão da situação do futebol. Aplaudimos vivamente, uma vez que a vida nacional se passa maioritariamente a discutir a bola. Aliás, não poderíamos ter nada mais entusiasmante. Deveria até, talvez, ser criada uma verba no orçamento para subsídios para aquisição de grandes vedetas e salvar assim a nossa maior indústria. E porque não jogadores e árbitros numa certa percentagem da assembleia? Assim ficaria tudo muito mais transparente.
As peças modelares de colagem ao sistema predominante
Público
Avisos
Por EDUARDO PRADO COELHOO FIO DO HORIZONTE
O documento da Sedes, apresentado por João Salgueiro em conferência de imprensa, é um texto de qualidade, denso, sereno e desdramatizador. Procura dar aspectos concretizadores a diagnósticos que têm vindo a ser feitos pela esmagadora maioria dos economistas. Num tom equilibrado e deliberadamente não "ideológico", é uma peça modelar de intervenção política. Dir-se-á que tem algumas ideias que pertencem ao pensamento liberal. Não devemos jogar com o fetichismo das palavras. Porque a esquerda, num processo de recuo, tem vindo a ceder à direita o que deveria ser um plano ofensivo e integrador por essa mesma esquerda.
Já nada nos espanta nestes pensadores. Mas porque carga de água anda ele a falar de economia? Duvido que seja para se colar aos tecnocratas que por aí andam por conta dos lóbis e mais não fazem do que governar o seu tachinho que não existe só na função pública. Essas peças modelares melhoraram alguma vez a situação do país? Ou chegaram agora vindos do Alasca?
Avisos
Por EDUARDO PRADO COELHOO FIO DO HORIZONTE
O documento da Sedes, apresentado por João Salgueiro em conferência de imprensa, é um texto de qualidade, denso, sereno e desdramatizador. Procura dar aspectos concretizadores a diagnósticos que têm vindo a ser feitos pela esmagadora maioria dos economistas. Num tom equilibrado e deliberadamente não "ideológico", é uma peça modelar de intervenção política. Dir-se-á que tem algumas ideias que pertencem ao pensamento liberal. Não devemos jogar com o fetichismo das palavras. Porque a esquerda, num processo de recuo, tem vindo a ceder à direita o que deveria ser um plano ofensivo e integrador por essa mesma esquerda.
Já nada nos espanta nestes pensadores. Mas porque carga de água anda ele a falar de economia? Duvido que seja para se colar aos tecnocratas que por aí andam por conta dos lóbis e mais não fazem do que governar o seu tachinho que não existe só na função pública. Essas peças modelares melhoraram alguma vez a situação do país? Ou chegaram agora vindos do Alasca?
A luta pela justiça e equidade é de todos
A maior colecção de discursos e sermões de Martin Luther King em Stanford University
"And we are not wrong; we are not wrong in what we are doing. If we are wrong, the Supreme Court of this nation is wrong. If we are wrong, the Constitution of the United States is wrong. If we are wrong, God Almighty is wrong. If we are wrong, Jesus of Nazareth was merely a utopian dreamer that never came down to earth. And we are determined here is Montgomery to work and fight until justice runs down like water and righteousness like a mighty stream."
Martin Luther King, Jr., MIA Mass Meeting at Holt Street Baptist Church, 5 December 1955
"And we are not wrong; we are not wrong in what we are doing. If we are wrong, the Supreme Court of this nation is wrong. If we are wrong, the Constitution of the United States is wrong. If we are wrong, God Almighty is wrong. If we are wrong, Jesus of Nazareth was merely a utopian dreamer that never came down to earth. And we are determined here is Montgomery to work and fight until justice runs down like water and righteousness like a mighty stream."
Martin Luther King, Jr., MIA Mass Meeting at Holt Street Baptist Church, 5 December 1955
Os produtos na vida da Tribulandia
Como na vida actual da sociedade tudo é considerado um produto, às vezes, interrogamo-nos se não teriam impingido à Tribulandia um regime democrático fora de prazo, caduco e a cheirar a mofo que é distribuído por uma cadeia de incompetentes.
A justiça tarda mas aparece
Correio da Manhã
Entre-os-rios vai a julgamento
O Tribunal da Relação do Porto decidiu esta quinta-feira, levar o caso da queda da ponte de Entre-os-Rios a julgamento. Os magistrados deram razão ao recurso do Ministério Público, depois da primeira Instância de Castelo de Paiva ter concluído que não havia fundamentos para deduzir acusação.
Já não era sem tempo. Pelo menos a ver se no futuro há menos irresponsabilidade
Entre-os-rios vai a julgamento
O Tribunal da Relação do Porto decidiu esta quinta-feira, levar o caso da queda da ponte de Entre-os-Rios a julgamento. Os magistrados deram razão ao recurso do Ministério Público, depois da primeira Instância de Castelo de Paiva ter concluído que não havia fundamentos para deduzir acusação.
Já não era sem tempo. Pelo menos a ver se no futuro há menos irresponsabilidade
Políticos remunerados na televisão como comentadores
Ouça na TSF um jornalista estrangeiro falar de relações extremamente perigosas entre os políticos e a televisão
DIRECTO AO ASSUNTO
Portugal visto de fora
Portugal volta a ser tema de debate, desta feita «visto de fora», com jornalistas estrangeiros em Portugal.
( 14:56 16 de Janeiro 05 )
DIRECTO AO ASSUNTO
Portugal visto de fora
Portugal volta a ser tema de debate, desta feita «visto de fora», com jornalistas estrangeiros em Portugal.
( 14:56 16 de Janeiro 05 )
Indignações da Tribulandia
Público
Presidente da ANMP reage às declarações do ex-Presidente
Autarcas desafiam Mário Soares a denunciar casos de corrupção no poder local
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, desafiou hoje Mário Soares a revelar os nomes dos autarcas corruptos que conhece, em reacção às declarações do ex-Presidente da República, ontem à noite, durante o programa da RTP "Prós e Contras".
"Faz-se muito elogio do poder local, mas passa hoje muita corrupção", afirmou Mário Soares, acrescentando que "o poder local tem sido responsável por muitas das coisas que se atiram neste momento contra o Estado. Isso tem de dar uma volta e os partidos têm de ser responsáveis quanto às escolhas que fazem em relação aos candidatos às autarquias".
Esta só mesmo para rir no país dos silêncios.
Presidente da ANMP reage às declarações do ex-Presidente
Autarcas desafiam Mário Soares a denunciar casos de corrupção no poder local
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, desafiou hoje Mário Soares a revelar os nomes dos autarcas corruptos que conhece, em reacção às declarações do ex-Presidente da República, ontem à noite, durante o programa da RTP "Prós e Contras".
"Faz-se muito elogio do poder local, mas passa hoje muita corrupção", afirmou Mário Soares, acrescentando que "o poder local tem sido responsável por muitas das coisas que se atiram neste momento contra o Estado. Isso tem de dar uma volta e os partidos têm de ser responsáveis quanto às escolhas que fazem em relação aos candidatos às autarquias".
Esta só mesmo para rir no país dos silêncios.
É sempre a aviar
Público
Governantes em Gestão Continuam a Nomear Membros de Gabinetes
Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2005
Requicha Ferreira, que esteve envolvido no caso da "cunha", é um dos nomeados
Helena Pereira
Os membros do Governo continuam a nomear pessoas para os seus gabinetes. Entre a data do anúncio da dissolução do Parlamento, a 30 de Novembro, e o dia de ontem são vários os casos de recrutamento para cargos como adjuntos de gabinete, secretárias ou chefes de gabinetes. Entre o dia 30 de Novembro e o de ontem, foram publicados em Diário da República 2446 despachos de nomeação, de vária ordem.
Há que aproveitar a mará. Nunca se sabe o que pode vir a seguir e candeia que vai à frente alumia duas vezes.
Governantes em Gestão Continuam a Nomear Membros de Gabinetes
Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2005
Requicha Ferreira, que esteve envolvido no caso da "cunha", é um dos nomeados
Helena Pereira
Os membros do Governo continuam a nomear pessoas para os seus gabinetes. Entre a data do anúncio da dissolução do Parlamento, a 30 de Novembro, e o dia de ontem são vários os casos de recrutamento para cargos como adjuntos de gabinete, secretárias ou chefes de gabinetes. Entre o dia 30 de Novembro e o de ontem, foram publicados em Diário da República 2446 despachos de nomeação, de vária ordem.
Há que aproveitar a mará. Nunca se sabe o que pode vir a seguir e candeia que vai à frente alumia duas vezes.
Desejos impossíveis
JN
"PS devia mostrar em que é diferente"
Isabel Teixeira da Mota
(...)
Ontem, no programa Sociadeda Aberta, na SIC-Notícias, o primeiro de 2005, o ex-presidente da República, sustentou que o PS deve saber diferenciar-se o mais possível das propostas do PSD e do CDS-PP e procurar a maioria absoluta.
Isso ainda é mais difícil do que o actual governo parar com as inaugurações.
"PS devia mostrar em que é diferente"
Isabel Teixeira da Mota
(...)
Ontem, no programa Sociadeda Aberta, na SIC-Notícias, o primeiro de 2005, o ex-presidente da República, sustentou que o PS deve saber diferenciar-se o mais possível das propostas do PSD e do CDS-PP e procurar a maioria absoluta.
Isso ainda é mais difícil do que o actual governo parar com as inaugurações.
Indicadores civilizacionais da Tribulandia
Público
Gianluigi Buffon ficou em primeiro
IFFHS: Vítor Baía considerado o oitavo melhor guarda-redes em 2004
O guarda-redes do FC Porto, Vítor Baía, foi considerado pela Federação de História e Estatística do Futebol (IFFHS) o oitavo melhor guarda-redes de 2004, numa eleição que colocou no topo o italiano Gianluigi Buffon. O guarda-redes da selecção portuguesa e do Sporting, Ricardo, ficou em 19º lugar.
IFFHS????????????
Gianluigi Buffon ficou em primeiro
IFFHS: Vítor Baía considerado o oitavo melhor guarda-redes em 2004
O guarda-redes do FC Porto, Vítor Baía, foi considerado pela Federação de História e Estatística do Futebol (IFFHS) o oitavo melhor guarda-redes de 2004, numa eleição que colocou no topo o italiano Gianluigi Buffon. O guarda-redes da selecção portuguesa e do Sporting, Ricardo, ficou em 19º lugar.
IFFHS????????????
Grandes projectos da Tribulandia
De acordo com a vontade do governo, os tribus vão continuar a ver os combóios passar
O apito volta a soar
Público
Processo de corrupção no futebol português
"Apito Dourado": presidente da Câmara de Leiria constituída arguida
A presidente da Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno, foi hoje constituída arguida no âmbito do processo de corrupção no futebol português denominado "Apito Dourado", revelou à Lusa uma fonte camarária.
De acordo com a mesma fonte, não identificada pela Lusa, Isabel Damasceno, que é também presidente da distrital do PSD, esteve hoje de manhã a prestar declarações na Polícia Judiciária (PJ), onde respondeu sobre as relações de amizade entre a sua filha e uma neta de Pinto de Sousa, presidente suspenso do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e também arguido no processo. Pinto de Sousa é sócio de uma empresa do ramo automóvel em Leiria.
Felizmente, ainda não foi preciso chamar o Hercule Poirot. Haja esperança.
Processo de corrupção no futebol português
"Apito Dourado": presidente da Câmara de Leiria constituída arguida
A presidente da Câmara Municipal de Leiria, Isabel Damasceno, foi hoje constituída arguida no âmbito do processo de corrupção no futebol português denominado "Apito Dourado", revelou à Lusa uma fonte camarária.
De acordo com a mesma fonte, não identificada pela Lusa, Isabel Damasceno, que é também presidente da distrital do PSD, esteve hoje de manhã a prestar declarações na Polícia Judiciária (PJ), onde respondeu sobre as relações de amizade entre a sua filha e uma neta de Pinto de Sousa, presidente suspenso do conselho de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e também arguido no processo. Pinto de Sousa é sócio de uma empresa do ramo automóvel em Leiria.
Felizmente, ainda não foi preciso chamar o Hercule Poirot. Haja esperança.
A famosa produtividade
JN
Produtividade cresceu mais em Portugal do que nos EUA
A produtividade do capital e do trabalho em Portugal cresceu mais do que nos EUA, entre 1990 e 2003, quando comparada a produção total por hora trabalhada, segundo um estudo do Deutsche Bank, ontem divulgado.
Entre 1995 e 2003, a produção por hora trabalhada aumentou anualmente 2,2% em Portugal e 2,1% nos EUA.
De 1990 a 1995, a diferença de crescimento foi maior, já que Portugal viu a sua produtividade crescer 3,1% por ano, contra os 1,3% dos norte-americanos.
Afinal porque andam sempre a queixar-se da produtividade portuguesa? A razão deve estar que nos USA são mais honestos e não roubam nos números.
Produtividade cresceu mais em Portugal do que nos EUA
A produtividade do capital e do trabalho em Portugal cresceu mais do que nos EUA, entre 1990 e 2003, quando comparada a produção total por hora trabalhada, segundo um estudo do Deutsche Bank, ontem divulgado.
Entre 1995 e 2003, a produção por hora trabalhada aumentou anualmente 2,2% em Portugal e 2,1% nos EUA.
De 1990 a 1995, a diferença de crescimento foi maior, já que Portugal viu a sua produtividade crescer 3,1% por ano, contra os 1,3% dos norte-americanos.
Afinal porque andam sempre a queixar-se da produtividade portuguesa? A razão deve estar que nos USA são mais honestos e não roubam nos números.
quarta-feira, janeiro 19, 2005
Nada de novo na Tribulandia
«Peut-on encore parler de démocracie lorsqu´une majorité de citoyens ne parvient plus à distinguer les thèses de l´opposition des thèses du pouvoir? écrivait déjà Claude Julien en 1972. La democracie est atteinte dans son principe lorsqu´une majorité de l´opinion est persuadée qu´elle ne pourra pas infléchir la politique du governement.» Cette situation résulte de constraintes nombreuses qui, à l´insu des hommes et des forces politiques, pèsent sur la situation actuelle. À cette destruction du politique par en haut, répond une dépolitisation par en bas. Le citoyen impuissant abdique sa citoyenneté et renonce à ses droits et à ses devoirs.
Serge Latouche - professeur à l´université de Paris-Sud
Serge Latouche - professeur à l´université de Paris-Sud
Superprodução cinematográfica na Tribulandia
Uma nova versão de Ali Baba e os quarenta ladrões vai ser rodada na Tribulandia, dirigida pelo cineasta Martinho Secorres, com música do Burrester e uma canção do Toninho Lamechas. A nova versão terá o título de Ali Baba e os 40232 ladrões, incluindo assim um número recorde de figurantes. O protagonista principal é um modesto autarca, muito amigo do ambiente e fanático do seu clube que num dos inúmeros buracos que mandou abrir encontra um tesouro. Como artistas secundários foram já convidados árbitros, empresários da construção civil, dirigentes desportivos e outras figuras do jetset. Após várias e divertidas peripécias o autarca fica como o tesouro, compra uma grande vivenda e encontra o amor da sua vida. A estreia está prevista para 2012 e qualquer semelhança entre esta história e a realidade é pura coincidência.
As grandes oportunidades para a corrupção
USIA, Economic Perspectives
A CORRUPÇÃO NAS COMPRAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Donald Strombom, Presidente da IDBC
Contratos governamentais para obras como aeroportos, represas, e rodovias geram imensas oportunidades para o pagamento de suborno e outras ações antiéticas. Neste artigo, Donald Strombom, ex-chefe do departamento de compras do Banco Mundial, analisa os efeitos prejudiciais da corrupção sobre o desenvolvimento, e apresenta uma avaliação não muito otimista das dificuldades para a resolução desse problema. Atualmente, Strombom preside a IDBC, uma empresa de consultoria que orienta e treina os seus clientes para que estes vençam concorrências internacionais, competindo de forma inteligente e eficaz, em conformidade com as normas - e não devido à prática da corrupção.
Vale a pena ler o resto.
A CORRUPÇÃO NAS COMPRAS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
Donald Strombom, Presidente da IDBC
Contratos governamentais para obras como aeroportos, represas, e rodovias geram imensas oportunidades para o pagamento de suborno e outras ações antiéticas. Neste artigo, Donald Strombom, ex-chefe do departamento de compras do Banco Mundial, analisa os efeitos prejudiciais da corrupção sobre o desenvolvimento, e apresenta uma avaliação não muito otimista das dificuldades para a resolução desse problema. Atualmente, Strombom preside a IDBC, uma empresa de consultoria que orienta e treina os seus clientes para que estes vençam concorrências internacionais, competindo de forma inteligente e eficaz, em conformidade com as normas - e não devido à prática da corrupção.
Vale a pena ler o resto.
O "normal" na Tribulandia
JN
Abusos sexuais e prostituição na Casa Pia eram "normais"
Afirma "Bibi" em tribunal, acrescentando que educadores e professores conheciam a situação
O principal arguido do processo Casa Pia, Carlos Silvino, disse hoje em tribunal que eram "normais" e frequentes os abusos sexuais e a prostituição de alunos da instituição e que alguns educadores e professores o sabiam.
Interrogado pelo seu advogado, José Maria Martins, Carlos Silvino ("Bibi") explicou que os alunos da Casa Pia chegaram a ser levados de avião para os Estados Unidos para participarem em filmagens.
O arguido disse que entrou para a Casa Pia em 1960 e que teve conhecimento de casos de prostituição a partir de 1966/68 "quando iam senhores das embaixadas" buscar jovens e quando estes se prostituíam em Belém e junto "aos barcos que iam para a Trafaria".
Quantas actividades "normais" não andarão por aí? E quantos não fazem de conta?
Abusos sexuais e prostituição na Casa Pia eram "normais"
Afirma "Bibi" em tribunal, acrescentando que educadores e professores conheciam a situação
O principal arguido do processo Casa Pia, Carlos Silvino, disse hoje em tribunal que eram "normais" e frequentes os abusos sexuais e a prostituição de alunos da instituição e que alguns educadores e professores o sabiam.
Interrogado pelo seu advogado, José Maria Martins, Carlos Silvino ("Bibi") explicou que os alunos da Casa Pia chegaram a ser levados de avião para os Estados Unidos para participarem em filmagens.
O arguido disse que entrou para a Casa Pia em 1960 e que teve conhecimento de casos de prostituição a partir de 1966/68 "quando iam senhores das embaixadas" buscar jovens e quando estes se prostituíam em Belém e junto "aos barcos que iam para a Trafaria".
Quantas actividades "normais" não andarão por aí? E quantos não fazem de conta?
Pior do que isto ainda é possível?
Público
Quanto Pior, Melhor
Por PEDRO URBANO
(...)
II. Mas porquê tanto sofrimento? Quanto pior for o próximo governo, melhor. A caravela está, sabe-lo muito bem, encalhada no lodo há várias décadas; pode desfazer-se de vez, mas não se pode afundar. (Um país encalhado não se afunda.) E se se desfizesse? O tabuado está de tal modo podre que já não serve para lenha. Sequer. (O madeirame? Não te preocupes, ó povo egrégio: já passou por tantos aviltamentos em 800 anos de história que aguenta o próximo governo, por pior que seja, seja ele qual for. Já aguentou muitos outros.)
III. Aliás, bom mesmo seria que o próximo governo fosse mau, muito mau mesmo, o pior possível, pior mesmo que os anteriores, mesmo que isso te pareça impossível. (Não é impossível, é possível, provável e desejável.) Porque quanto pior for, mais depressa acontece alguma coisa e seja o que for que aconteça será melhor do que tudo aquilo que vem acontecendo. Mais depressa despertas da letargia e mais depressa acabas com a asquerosa orgia da mediocridade a que tens assistido, aparvalhado, todos estes anos.
Todo o povo tem os políticos e o governo que merece. Isto de olhar sempre para cima não evita as nossa próprias responsabilidades.
Quanto Pior, Melhor
Por PEDRO URBANO
(...)
II. Mas porquê tanto sofrimento? Quanto pior for o próximo governo, melhor. A caravela está, sabe-lo muito bem, encalhada no lodo há várias décadas; pode desfazer-se de vez, mas não se pode afundar. (Um país encalhado não se afunda.) E se se desfizesse? O tabuado está de tal modo podre que já não serve para lenha. Sequer. (O madeirame? Não te preocupes, ó povo egrégio: já passou por tantos aviltamentos em 800 anos de história que aguenta o próximo governo, por pior que seja, seja ele qual for. Já aguentou muitos outros.)
III. Aliás, bom mesmo seria que o próximo governo fosse mau, muito mau mesmo, o pior possível, pior mesmo que os anteriores, mesmo que isso te pareça impossível. (Não é impossível, é possível, provável e desejável.) Porque quanto pior for, mais depressa acontece alguma coisa e seja o que for que aconteça será melhor do que tudo aquilo que vem acontecendo. Mais depressa despertas da letargia e mais depressa acabas com a asquerosa orgia da mediocridade a que tens assistido, aparvalhado, todos estes anos.
Todo o povo tem os políticos e o governo que merece. Isto de olhar sempre para cima não evita as nossa próprias responsabilidades.
Sacrifícios sempre para os mesmos palermas
Público
Sacrifícios
Por FERNANDO ROSAS
(...)
Por todos, os técnicos, os políticos e os ideólogos das finanças públicas deste bloco central conservador e de sólida essência neoliberal, reencontrado em redor da urgência dos sacrifícios, se terá expressado o dr. João Salgueiro, ex-porta-voz dos banqueiros e dirigente da associação Sedes, ao sintetizar a questão quase tão claramente como o dr. Vitorino: continuar a fazer sacrifícios quer dizer: cortar sem contemplações na despesa pública e aumentar as receitas (ou seja, agravar os impostos, medida incómoda e que os líderes partidários do "centrão" tentam de várias formas iludir).
Ora, parece-me a mim, a pergunta que para o cidadão comum se impõe, decifrando o jargão por detrás do qual economistas e políticos conservadores normalmente ocultam a violência do que em termos sociais se prepara, é esta: sacrifícios em nome do quê? Sacrifícios por parte de quem?
A esses tecnicos todos da economia pronta a comer só lhes resta um caminho: carregar o cidadão de impostos e dobrar a espinha até ao chão a quem lhes paga.
Sacrifícios
Por FERNANDO ROSAS
(...)
Por todos, os técnicos, os políticos e os ideólogos das finanças públicas deste bloco central conservador e de sólida essência neoliberal, reencontrado em redor da urgência dos sacrifícios, se terá expressado o dr. João Salgueiro, ex-porta-voz dos banqueiros e dirigente da associação Sedes, ao sintetizar a questão quase tão claramente como o dr. Vitorino: continuar a fazer sacrifícios quer dizer: cortar sem contemplações na despesa pública e aumentar as receitas (ou seja, agravar os impostos, medida incómoda e que os líderes partidários do "centrão" tentam de várias formas iludir).
Ora, parece-me a mim, a pergunta que para o cidadão comum se impõe, decifrando o jargão por detrás do qual economistas e políticos conservadores normalmente ocultam a violência do que em termos sociais se prepara, é esta: sacrifícios em nome do quê? Sacrifícios por parte de quem?
A esses tecnicos todos da economia pronta a comer só lhes resta um caminho: carregar o cidadão de impostos e dobrar a espinha até ao chão a quem lhes paga.
Os abanadores da Tribulandia
Público
O Défice
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
O estabelecimento de que o défice público não deve exceder os três por cento do Produto Interno Bruto tem vindo a ser apresentado como uma medida "cega" que necessita de ser rapidamente revista. A Europa do Euro já iniciou de resto esse caminho, que não se sabe bem onde acabará, e muitos em Portugal - designadamente entre os que esperam chegar em breve ao poder - começam a pensar e a escrever que, assim, vai acabar por ser mais fácil.
Ficamos à espera das declarações dos sábios da Tribulandia sobre o imperativo de conter défice. Mas como a maioria são do tipo "His Masters Voice" nada nos admirará.
O Défice
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
O estabelecimento de que o défice público não deve exceder os três por cento do Produto Interno Bruto tem vindo a ser apresentado como uma medida "cega" que necessita de ser rapidamente revista. A Europa do Euro já iniciou de resto esse caminho, que não se sabe bem onde acabará, e muitos em Portugal - designadamente entre os que esperam chegar em breve ao poder - começam a pensar e a escrever que, assim, vai acabar por ser mais fácil.
Ficamos à espera das declarações dos sábios da Tribulandia sobre o imperativo de conter défice. Mas como a maioria são do tipo "His Masters Voice" nada nos admirará.
O que nos fatiga na Tribulandia
Público
A Irremediável Contradição
Por EDUARDO PRADO COELHO
(...)
Mas há perguntas mais fáceis de responder: a de anteontem pretendia saber o que havia de melhor e o que havia de pior na televisão portuguesa. Ora as televisões de todo o mundo são quase todas do lado do pior, e por isso os nossos canais são o pior do pior. Como tenho repetido, o que me fatiga nos principais canais generalistas portugueses é o facto de serem inteiramente previsíveis: às tantas eu sei que há um concurso, às tantas são as telenovelas portuguesas ou brasileiras e antes os "malucos do riso" e depois um programa mistificado em que se pretende apresentar casos humanos manifestamente encenados, e de tempos a tempos lá vem um filme, que só raramente tem alguma lógica na sequência que faz com o filme anterior.
É este o admirável mundo novo que nos ofereceram com a "liberdade" e a "concorrência". Formalmente porque na realidade entramos no buraco mais escuro da contemporaneidade.
A Irremediável Contradição
Por EDUARDO PRADO COELHO
(...)
Mas há perguntas mais fáceis de responder: a de anteontem pretendia saber o que havia de melhor e o que havia de pior na televisão portuguesa. Ora as televisões de todo o mundo são quase todas do lado do pior, e por isso os nossos canais são o pior do pior. Como tenho repetido, o que me fatiga nos principais canais generalistas portugueses é o facto de serem inteiramente previsíveis: às tantas eu sei que há um concurso, às tantas são as telenovelas portuguesas ou brasileiras e antes os "malucos do riso" e depois um programa mistificado em que se pretende apresentar casos humanos manifestamente encenados, e de tempos a tempos lá vem um filme, que só raramente tem alguma lógica na sequência que faz com o filme anterior.
É este o admirável mundo novo que nos ofereceram com a "liberdade" e a "concorrência". Formalmente porque na realidade entramos no buraco mais escuro da contemporaneidade.
Milagres da Tribulandia
DN
Madeira
PS quer esclarecimentos sobre ligação a'O Diabo'
Lília Bernardes
Funchal
"Jacinto Serrão, lider do PS/M, apresentou na Assembleia Legislativa da Madeira um pedido formal de presença de Alberto João Jardim na 1.ª comissão especializada para que se submeta à fiscalização política dos deputados e esclareça a situação denunciada na última edição da revista Grande Reportagem, sobre as verbas distribuidas mensalmente pelo governo da Madeira ao jornal O Diabo alegadamente para pagar publicidade que "nunca existiu"."
Afinal não é só no Entroncamento que aparecem fenómenos e sobretudo paranormais.
Madeira
PS quer esclarecimentos sobre ligação a'O Diabo'
Lília Bernardes
Funchal
"Jacinto Serrão, lider do PS/M, apresentou na Assembleia Legislativa da Madeira um pedido formal de presença de Alberto João Jardim na 1.ª comissão especializada para que se submeta à fiscalização política dos deputados e esclareça a situação denunciada na última edição da revista Grande Reportagem, sobre as verbas distribuidas mensalmente pelo governo da Madeira ao jornal O Diabo alegadamente para pagar publicidade que "nunca existiu"."
Afinal não é só no Entroncamento que aparecem fenómenos e sobretudo paranormais.
Parece que nem todos estão cegos, surdos e mudos
asbeiras online
14-01-2005
Ex-responsável da PJ receia Estado “de joelhos”
Maria José Morgado, antiga responsável da PJ pelo combate à corrupção, questiona se, num futuro próximo, o Estado não se colocará “de joelhos” perante os clubes de futebol.
Quero ver se num futuro próximo não temos o Estado português de joelhos perante o futebol no “Totonegócio”, com a renegociação (das dívidas)”, colocando–se numa “situação humilhante”, disse a magistrada, alertando para um possível “tratamento desigual e injustificado” para os clubes em matéria fiscal.
A actual procuradora–geral adjunta falava num debate intitulado “Corrupção - O Lado Obscuro da Democracia”, realizado pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
Neste debate participaram ainda como convidados o ex–ministro socialista João Cravinho, o secretário de Estado da Defesa e ex- deputado do PSD Jorge Neto, o jornalista Rudolfo Rebelo (Diário de Notícias) e o professor do ISPA Victor Cláudio.
Confrontada com a ideia de alunos presentes no encontro de que a corrupção cresce e goza de impunidade em Portugal, Maria José Morgado admitiu que, de facto, não há “risco” para os prevaricadores, sendo que “as pessoas fazem transferências para off–shores porque em Portugal não há risco”, nem resposta rápida e eficiente a este tipo de crimes. “Quem responde por este estado de coisas. É o procurador–geral da República? É o director–geral da Polícia Judiciária (PJ)? É cada magistrado em particular?”, questionou a magistrada, acrescentando “não saber quem responde pelos (fracos) resultados do combate à corrupção em Portugal”.
“Quem é chamado à pedra? Há pessoas que não podem falar sobre corrupção sem serem chamadas à pedra. Qual é a responsabilidade dos políticos, do MP e das polícias?”, perguntou.
Maria José Morgado criticou o facto de o tema da corrupção tanto estar na “moda” em Portugal como, logo a seguir, cair no esquecimento, comentando: “Não temos a atitude mais saudável. A corrupção é como o pó da nossa casa. Temos que ir limpando de vez em quando, senão qualquer dia ficamos totalmente cobertos de pó”.
Precisa-se aspirador gigante para limpor o pó. De preferência económico e de saldo.
14-01-2005
Ex-responsável da PJ receia Estado “de joelhos”
Maria José Morgado, antiga responsável da PJ pelo combate à corrupção, questiona se, num futuro próximo, o Estado não se colocará “de joelhos” perante os clubes de futebol.
Quero ver se num futuro próximo não temos o Estado português de joelhos perante o futebol no “Totonegócio”, com a renegociação (das dívidas)”, colocando–se numa “situação humilhante”, disse a magistrada, alertando para um possível “tratamento desigual e injustificado” para os clubes em matéria fiscal.
A actual procuradora–geral adjunta falava num debate intitulado “Corrupção - O Lado Obscuro da Democracia”, realizado pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada.
Neste debate participaram ainda como convidados o ex–ministro socialista João Cravinho, o secretário de Estado da Defesa e ex- deputado do PSD Jorge Neto, o jornalista Rudolfo Rebelo (Diário de Notícias) e o professor do ISPA Victor Cláudio.
Confrontada com a ideia de alunos presentes no encontro de que a corrupção cresce e goza de impunidade em Portugal, Maria José Morgado admitiu que, de facto, não há “risco” para os prevaricadores, sendo que “as pessoas fazem transferências para off–shores porque em Portugal não há risco”, nem resposta rápida e eficiente a este tipo de crimes. “Quem responde por este estado de coisas. É o procurador–geral da República? É o director–geral da Polícia Judiciária (PJ)? É cada magistrado em particular?”, questionou a magistrada, acrescentando “não saber quem responde pelos (fracos) resultados do combate à corrupção em Portugal”.
“Quem é chamado à pedra? Há pessoas que não podem falar sobre corrupção sem serem chamadas à pedra. Qual é a responsabilidade dos políticos, do MP e das polícias?”, perguntou.
Maria José Morgado criticou o facto de o tema da corrupção tanto estar na “moda” em Portugal como, logo a seguir, cair no esquecimento, comentando: “Não temos a atitude mais saudável. A corrupção é como o pó da nossa casa. Temos que ir limpando de vez em quando, senão qualquer dia ficamos totalmente cobertos de pó”.
Precisa-se aspirador gigante para limpor o pó. De preferência económico e de saldo.
terça-feira, janeiro 18, 2005
Temos a televisão avariada na redacção da Tribulandia
De vez em qundo a nossa televisão passa-se. Começo a ver uns senhores muito dignos e muito bem vestidos, cheios de currículo, a mandar faladura e concentro-me para aprender algo. Quando me dou conta começa a sair um palavreado de vigarice nata. Ligo e desligo. Continua na mesma. Alguém me pode informar onde podemos comprar uma televisão nova sem entrada inicial e com juros abaixo dos 20%?
Entrevistas para eleitor, depois de jantar
Chego a casa e vejo o Costa do PS (futuro candidato a ministro) numa grande entrevista. Que o desenvolvimento do país passa pela educação, pela formação e pela investigação tecnológica,... Grande novidade. Perco a vontade de ouvir o resto. E quando vão começar a fazer algo de concreto?
Quando eles resolvem falar com alguma decência
Vejo na SIC Notícias o Cravinho e o Menezes de Gaia. este diz que não são só os políticos que se agarram aos lugares e aponta uma série de personagens que nouto tipo de instituições se conservam, como lapas, há décadas nos lugares. O Cravinho diz que tanto na sociedade civil como nos políticos as mentalidades são de uma pobreza franciscana. Falam de mudar os sitema político gasto e das críticas da SEDES. Também concordo que não indicam nenhuma solução e que até são contrários a algumas medidas necessárias. O que faz correr Sammy?
Cartilhas rotas e esfarrapadas da Tribulandia
Como diria o venerável professor Saraiva nas suas andanças pela História deste país: -Meus amigos! A cartilha da Sedes está mais rota e esfarrapada do que a do tempo do nosso Estado Novo.
O capital de risco na Tribulandia
JN
Portugueses têm medo de criar empresas
Correspondente em Bruxelas
Os portugueses são o povo da União Europeia com a maior percentagem (62%) de pessoas que prefere o trabalho por conta própria ao trabalho assalariado, mas mais de dois terços (65%) nunca pensou fazê-lo por via da criação de uma empresa, revela uma sondagem Eurobarómetro cujos resultados foram ontem divulgados, em Bruxelas.Cinquenta e sete por cento é a percentagem de europeus que afirmam nunca ter pensado em criar uma empresa, uma atitude partilhada por menos de metade (44%) da população dos estados-membros.
Pelo menos metade dos europeus e 62% dos portugueses (percentagem mais elevada da União) explica o seu receio de criar uma empresa pelos riscos de falência. Na UE, são os gregos (29%) quem tem menos medo de falir.
(...)
A falta de ajuda financeira é avançada por 82% dos portugueses como razão principal do não cumprimento do desejo de ser patrão de si mesmo.
Quem não tem capital não arrisca nem lho emprestam. Para que servirão as capital de risco existentes? Para ajudar os grandes a crescerem mais?
Portugueses têm medo de criar empresas
Correspondente em Bruxelas
Os portugueses são o povo da União Europeia com a maior percentagem (62%) de pessoas que prefere o trabalho por conta própria ao trabalho assalariado, mas mais de dois terços (65%) nunca pensou fazê-lo por via da criação de uma empresa, revela uma sondagem Eurobarómetro cujos resultados foram ontem divulgados, em Bruxelas.Cinquenta e sete por cento é a percentagem de europeus que afirmam nunca ter pensado em criar uma empresa, uma atitude partilhada por menos de metade (44%) da população dos estados-membros.
Pelo menos metade dos europeus e 62% dos portugueses (percentagem mais elevada da União) explica o seu receio de criar uma empresa pelos riscos de falência. Na UE, são os gregos (29%) quem tem menos medo de falir.
(...)
A falta de ajuda financeira é avançada por 82% dos portugueses como razão principal do não cumprimento do desejo de ser patrão de si mesmo.
Quem não tem capital não arrisca nem lho emprestam. Para que servirão as capital de risco existentes? Para ajudar os grandes a crescerem mais?
Não se esqueçam das bandeirinhas pretas
JN
Porto lidera falências
João Madeira
O Porto é o distrito português com mais situações de falência, revela um estudo divulgado, ontem, pela Coface Mope-Serviços de Informação e Gestão de Cobranças, SA. No ano passado, os tribunais receberam 377 requisições de falência (pedidas pelos credores ou pelo Ministério Público) respeitantes a empresas sediadas naquela região, o que corresponde a um aumento de 70,59% face a 2003, em que se registaram 221 situações deste tipo. Os casos em que as próprias empresas declararam ter falido também cresceram. Em 2003, apenas cinco firmas portuenses haviam apresentado passivos superiores aos activos, em tribunal; no ano passado, foram 59 a fazê-lo.
Biba o norte. Até nisto somos campeões.
Porto lidera falências
João Madeira
O Porto é o distrito português com mais situações de falência, revela um estudo divulgado, ontem, pela Coface Mope-Serviços de Informação e Gestão de Cobranças, SA. No ano passado, os tribunais receberam 377 requisições de falência (pedidas pelos credores ou pelo Ministério Público) respeitantes a empresas sediadas naquela região, o que corresponde a um aumento de 70,59% face a 2003, em que se registaram 221 situações deste tipo. Os casos em que as próprias empresas declararam ter falido também cresceram. Em 2003, apenas cinco firmas portuenses haviam apresentado passivos superiores aos activos, em tribunal; no ano passado, foram 59 a fazê-lo.
Biba o norte. Até nisto somos campeões.
Morra Roma mas viva farta
JN
Campanhas fartas e ricas
legislativas Soma dos orçamentos dos cinco principais partidos equivale ao valor gasto nas três eleições anteriores Apoios financeiros estatais duplicaram em relação a 2002
Aumento exponencial do financiamento público sem quebra de abstenção torna voto mais "caro"
Paulo Martins
Na próxima campanha eleitoral, os cinco partidos com assento parlamentar prevêem, em conjunto, investir 20,5 milhões de euros. Tanto quanto foi gasto nos três anteriores sufrágios legislativos. E mais 277% do que custou a "caça ao voto" em 2002 [ler caixa]. Não é que nadem em dinheiro; apenas beneficiam da duplicação do montante da subvenção estatal, prevista na actual lei. E ainda podem acrescentar o produto da angariação de fundos.
Quem é que pediu uma crise económica e financeira?
Campanhas fartas e ricas
legislativas Soma dos orçamentos dos cinco principais partidos equivale ao valor gasto nas três eleições anteriores Apoios financeiros estatais duplicaram em relação a 2002
Aumento exponencial do financiamento público sem quebra de abstenção torna voto mais "caro"
Paulo Martins
Na próxima campanha eleitoral, os cinco partidos com assento parlamentar prevêem, em conjunto, investir 20,5 milhões de euros. Tanto quanto foi gasto nos três anteriores sufrágios legislativos. E mais 277% do que custou a "caça ao voto" em 2002 [ler caixa]. Não é que nadem em dinheiro; apenas beneficiam da duplicação do montante da subvenção estatal, prevista na actual lei. E ainda podem acrescentar o produto da angariação de fundos.
Quem é que pediu uma crise económica e financeira?
Glórias do futebol mundial
Público
A acusação
Banca europeia quer levar Abramovich a tribunal
A Banca Europeia para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) vai levar Roman Abramovich a tribunal, acusado de desvio de fundos. A BBC prepara-se para revelar na próxima quinta-feira o resultado de uma investigação sobre os investimentos do magnata russo, que detém 92 por cento do grupo petrolífero Sibneft, sendo também, desde 2003, proprietário do Chelsea, clube treinado pelo português José Mourinho.
Será que ele aprendeu na Tribulandia?
A acusação
Banca europeia quer levar Abramovich a tribunal
A Banca Europeia para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) vai levar Roman Abramovich a tribunal, acusado de desvio de fundos. A BBC prepara-se para revelar na próxima quinta-feira o resultado de uma investigação sobre os investimentos do magnata russo, que detém 92 por cento do grupo petrolífero Sibneft, sendo também, desde 2003, proprietário do Chelsea, clube treinado pelo português José Mourinho.
Será que ele aprendeu na Tribulandia?
Gostar de futebol ou de mundanidades?
Público
O Ausente
Por LA CANCHANUNO RIBEIRO, Madrid
Terça-feira, 18 de Janeiro de 2005
Foi fim-de-semana de visitas. Por Madrid passou Edson Arantes de Oliveira, já sabem, Pelé. Em Barcelona, num "raid" de poucas horas, Roman Abramovich acompanhou José Mourinho numa espreitadela ao Nou Camp para ver o adversário da Liga de Campeões. Houve, portanto, notáveis e "glamour", essa mistura de dinheiro, poder e inutilidade. Mas, para quem gosta da bola e não de mundanas actividades, apareceu um vazio. Havia um ausente.
Pelé, o rei, esteve na capital em tarefas publicitárias de um produto para o bem-estar masculino. E, nada melhor, que uma passagem pelo Santiago Bernabéu, para dar o pontapé de honra e receber o aplauso da memória. A tribuna madridista recuperou, aí vai o palavrão, o "glamour" de recentes tempos. Lá estavam dois ministros, o de Exteriores, Miguel Ângel Moratinos, e da Educação e Ciência, Maria Jesus Sansegundo. E também o presidente do Senado, Javier Rojo. O novo poder socialista sucumbiu ao convite e à vaidade, perpetuando o namoro da política com o pontapé. Uma estranha atracção. Que não se recomenda.
Pois olhe que por cá é muito recomendado o produto da mistura do dinheiro, do poder e da inutilidade e o namoro da política com o pontapé tem dado grandes casamentos.
O Ausente
Por LA CANCHANUNO RIBEIRO, Madrid
Terça-feira, 18 de Janeiro de 2005
Foi fim-de-semana de visitas. Por Madrid passou Edson Arantes de Oliveira, já sabem, Pelé. Em Barcelona, num "raid" de poucas horas, Roman Abramovich acompanhou José Mourinho numa espreitadela ao Nou Camp para ver o adversário da Liga de Campeões. Houve, portanto, notáveis e "glamour", essa mistura de dinheiro, poder e inutilidade. Mas, para quem gosta da bola e não de mundanas actividades, apareceu um vazio. Havia um ausente.
Pelé, o rei, esteve na capital em tarefas publicitárias de um produto para o bem-estar masculino. E, nada melhor, que uma passagem pelo Santiago Bernabéu, para dar o pontapé de honra e receber o aplauso da memória. A tribuna madridista recuperou, aí vai o palavrão, o "glamour" de recentes tempos. Lá estavam dois ministros, o de Exteriores, Miguel Ângel Moratinos, e da Educação e Ciência, Maria Jesus Sansegundo. E também o presidente do Senado, Javier Rojo. O novo poder socialista sucumbiu ao convite e à vaidade, perpetuando o namoro da política com o pontapé. Uma estranha atracção. Que não se recomenda.
Pois olhe que por cá é muito recomendado o produto da mistura do dinheiro, do poder e da inutilidade e o namoro da política com o pontapé tem dado grandes casamentos.
Há que andar sempre a fazer obras e buracos
Público
Cidadãos Lançam Abaixo-assinado Contra Metro na Boavista
Por NATÁLIA FARIA
Arquitectos, artistas, moradores e demais interessados vão lançar um abaixo-assinado contra a passagem do metro pela Avenida da Boavista. O desafio foi lançado por Manuel Macedo Pinto, médico reformado e morador naquela artéria, e já angariou muitos adeptos no contexto da discussão que se desencadeou na Internet (www.porto.taf.net), com várias vozes a defenderem a opção pelo eléctrico rápido, alegando que, ao contrário do metro ligeiro, aquele dispensa o canal exclusivo e, consequentemente, o novo viaduto no remate marítimo do Parque da Cidade.
Até que enfim. Aliás era dispensável noutros pontos do centro da cidade. Mas eles gostam de fazer obras grandes e lá sabem porquê, pesem os inconvenientes e os prejuízos no quotidiano dos cidadãos em nome de um futuro risonho (?).
Cidadãos Lançam Abaixo-assinado Contra Metro na Boavista
Por NATÁLIA FARIA
Arquitectos, artistas, moradores e demais interessados vão lançar um abaixo-assinado contra a passagem do metro pela Avenida da Boavista. O desafio foi lançado por Manuel Macedo Pinto, médico reformado e morador naquela artéria, e já angariou muitos adeptos no contexto da discussão que se desencadeou na Internet (www.porto.taf.net), com várias vozes a defenderem a opção pelo eléctrico rápido, alegando que, ao contrário do metro ligeiro, aquele dispensa o canal exclusivo e, consequentemente, o novo viaduto no remate marítimo do Parque da Cidade.
Até que enfim. Aliás era dispensável noutros pontos do centro da cidade. Mas eles gostam de fazer obras grandes e lá sabem porquê, pesem os inconvenientes e os prejuízos no quotidiano dos cidadãos em nome de um futuro risonho (?).
As barbas do vizinho a arder
Público
Tsunami no Centro das Atenções de Conferência Sobre Desastres
Um compromisso firme sobre a criação de um sistema de alerta de maremotos no Índico é o resultado mais esperado da Conferência Mundial para a Redução de Desastres, que hoje tem início em Kobe, no Japão. O tsunami de 26 de Dezembro conferiu uma importância muito maior à conferência, que já estava programada anteriormente
Depois da casa roubada trancas na porta. Assim vai a organização no mundo.
Tsunami no Centro das Atenções de Conferência Sobre Desastres
Um compromisso firme sobre a criação de um sistema de alerta de maremotos no Índico é o resultado mais esperado da Conferência Mundial para a Redução de Desastres, que hoje tem início em Kobe, no Japão. O tsunami de 26 de Dezembro conferiu uma importância muito maior à conferência, que já estava programada anteriormente
Depois da casa roubada trancas na porta. Assim vai a organização no mundo.
A descrença na Tribulandia
Público
Estado de Descrença
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
Quando três em cada quatro eleitores pensam que, apesar de se criticarem muito uns aos outros, os políticos são no fundo todos iguais, quando mais de metade acham que seja qual for o resultado das eleições isso não alterará o curso dos acontecimentos, que pensar do estado da nossa democracia?
Estes números constavam de uma sondagem ontem editada pelo PÚBLICO e que, à noite, foi discutida na RTP por Mário Soares, Freitas do Amaral, Pinto Balsemão e Adriano Moreira. Em parte não surpreendem: a imagem dos políticos é muito má, tão má como nos piores dias do "rotativismo" do século XIX que Eça tão bem vergastou.
E nós que pensávamos que éramos pessimistas. E o que mudou? Nada, a não ser a conversa fiada. Muitos princípios de livros e pouca acção. E os que discutiram a sondagem não participaram neste percurso de decadência?
Estado de Descrença
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
Quando três em cada quatro eleitores pensam que, apesar de se criticarem muito uns aos outros, os políticos são no fundo todos iguais, quando mais de metade acham que seja qual for o resultado das eleições isso não alterará o curso dos acontecimentos, que pensar do estado da nossa democracia?
Estes números constavam de uma sondagem ontem editada pelo PÚBLICO e que, à noite, foi discutida na RTP por Mário Soares, Freitas do Amaral, Pinto Balsemão e Adriano Moreira. Em parte não surpreendem: a imagem dos políticos é muito má, tão má como nos piores dias do "rotativismo" do século XIX que Eça tão bem vergastou.
E nós que pensávamos que éramos pessimistas. E o que mudou? Nada, a não ser a conversa fiada. Muitos princípios de livros e pouca acção. E os que discutiram a sondagem não participaram neste percurso de decadência?
Bloqueios e desiquílibrios são pão de cada dia
Público
Portugal manteve os desequilíbrios macroeconómicos
Sedes avisa que próximo Governo terá de aumentar impostos e cortar despesa
A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) defendeu hoje que o próximo Governo deve aumentar impostos e cortar despesas, por considerar que Portugal manteve nos últimos três anos os "desequilíbrios macroeconómicos" e agravou os "bloqueios políticos".
Haverá alguma coisa (exceptuando o futebol) que não esteja desiquilibrada ou bloqueada?
Portugal manteve os desequilíbrios macroeconómicos
Sedes avisa que próximo Governo terá de aumentar impostos e cortar despesa
A Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) defendeu hoje que o próximo Governo deve aumentar impostos e cortar despesas, por considerar que Portugal manteve nos últimos três anos os "desequilíbrios macroeconómicos" e agravou os "bloqueios políticos".
Haverá alguma coisa (exceptuando o futebol) que não esteja desiquilibrada ou bloqueada?
Os grandes valores da humanidade
Público
Recomendação da ONU
Pobreza extrema: países desenvolvidos instados a ceder 0,5 por cento da sua riqueza
A pobreza extrema em todo o Mundo pode ser reduzida para metade até 2015 se os países ricos destinarem cerca de meio por cento do seu Produto Interno Bruto à ajuda ao desenvolvimento, revela um relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
As recomendações da equipa Projecto do Milénio foram aprovadas pelas Nações Unidas e pretendem reduzir para metade o número de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema (com rendimento inferior a um dólar [0,76 cêntimos] por dia).
Por aqui se vê o grau de desenvolvimento cultural da humanidade. Tudo se inventa mas não se resolve o mais primário e simples.
Recomendação da ONU
Pobreza extrema: países desenvolvidos instados a ceder 0,5 por cento da sua riqueza
A pobreza extrema em todo o Mundo pode ser reduzida para metade até 2015 se os países ricos destinarem cerca de meio por cento do seu Produto Interno Bruto à ajuda ao desenvolvimento, revela um relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
As recomendações da equipa Projecto do Milénio foram aprovadas pelas Nações Unidas e pretendem reduzir para metade o número de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema (com rendimento inferior a um dólar [0,76 cêntimos] por dia).
Por aqui se vê o grau de desenvolvimento cultural da humanidade. Tudo se inventa mas não se resolve o mais primário e simples.
Um olhar profundo e belo
No "60 minutes" disseram que ela era a mulher mais bonita do mundo. O que pensam?
Aishwarya-Rai
Aishwarya-Rai
segunda-feira, janeiro 17, 2005
A Tribulandia adiantada na tecnologia letal
Diário Digital
Pentágono considerou desenvolver bomba sexual
O Ministério da Defesa norte-americano (Pentágono) considerou desenvolver um conjunto de armas químicas não letais para abalar a moral e a disciplina das tropas inimigas, tais como uma bomba sexual, indicam documentos secretos agora divulgados.
Podiam perguntar ao ministério da defesa da Tribulandia que tem essa bomba muito desenvolvida...Fartam-se de nos dar cabo da paciência...
Pentágono considerou desenvolver bomba sexual
O Ministério da Defesa norte-americano (Pentágono) considerou desenvolver um conjunto de armas químicas não letais para abalar a moral e a disciplina das tropas inimigas, tais como uma bomba sexual, indicam documentos secretos agora divulgados.
Podiam perguntar ao ministério da defesa da Tribulandia que tem essa bomba muito desenvolvida...Fartam-se de nos dar cabo da paciência...
Velhos ditados populares
Há muitos anos, um velho republicano dizia-nos que na política a porcaria era sempre a mesma e que só as moscas mudavam. Na Tribulandia nem as moscas mudam...
O que nos vale é o humor
Correio da Manhã
Entrevista a José Pedro Vasconcelos
Mato-me a trabalhar
"Num ápice, José Pedro Vasconcelos saltou do quase anonimato para a fama. Ainda estranha ser chamado na rua pelo nome próprio, mas admite que a popularidade é fruto de muito trabalho. E, apesar de lamentar o estado calamitoso em que o país se encontra, acredita que em “época de crise vinga o humor”."
Sobretudo o humor negro. E os estado do país é uma autêntica anedota.
Entrevista a José Pedro Vasconcelos
Mato-me a trabalhar
"Num ápice, José Pedro Vasconcelos saltou do quase anonimato para a fama. Ainda estranha ser chamado na rua pelo nome próprio, mas admite que a popularidade é fruto de muito trabalho. E, apesar de lamentar o estado calamitoso em que o país se encontra, acredita que em “época de crise vinga o humor”."
Sobretudo o humor negro. E os estado do país é uma autêntica anedota.
Uma delegação polémica de visita à China
Diário Digital
Deslocalização: Sampaio recusa acusações dos sindicatos
O Presidente da República classificou esta segunda-feira de «absurdas» as acusações feitas na véspera por sindicatos portugueses, segundo os quais a visita de Jorge Sampaio à China serviria para beneficiar a deslocalização de empresas portugueses para o mercado chinês.
Ou servirá para a instalação de chineses em Portugal? Não estamos a ver a China como um novo mercado. Mas como a nossa especialidade é a importação, compreende-se.
Deslocalização: Sampaio recusa acusações dos sindicatos
O Presidente da República classificou esta segunda-feira de «absurdas» as acusações feitas na véspera por sindicatos portugueses, segundo os quais a visita de Jorge Sampaio à China serviria para beneficiar a deslocalização de empresas portugueses para o mercado chinês.
Ou servirá para a instalação de chineses em Portugal? Não estamos a ver a China como um novo mercado. Mas como a nossa especialidade é a importação, compreende-se.
As famosas listas para deputados
Público
A Confirmação Socialista
Por JOAQUIM JORGE
1. Depois de analisar e ter conhecimento dos nomes elaborados para a lista de deputados do Partido Socialista, constato que os meus receios não eram infundados. Acredito e sei que a seriação de qualquer lista não é fácil e cria sempre tensões. Mas se estivesse devidamente definido e aceite pelos militantes o perfil do deputado valorizando o mérito, a área de especialização, a sua postura, a defesa dos valores éticos socialistas, etc., não haveria certamente tanta contestação.
Mas que ingenuidade! Como se esses factores interessassem para alguma coisa na cabecinha dos dirigentes e militantes.
A Confirmação Socialista
Por JOAQUIM JORGE
1. Depois de analisar e ter conhecimento dos nomes elaborados para a lista de deputados do Partido Socialista, constato que os meus receios não eram infundados. Acredito e sei que a seriação de qualquer lista não é fácil e cria sempre tensões. Mas se estivesse devidamente definido e aceite pelos militantes o perfil do deputado valorizando o mérito, a área de especialização, a sua postura, a defesa dos valores éticos socialistas, etc., não haveria certamente tanta contestação.
Mas que ingenuidade! Como se esses factores interessassem para alguma coisa na cabecinha dos dirigentes e militantes.
As estratégias hedonistas da Tribulandia
Público
A Noite das Facas Longas
Por EDUARDO PRADO COELHOO FIO DO HORIZONTE
(...)
Inês Serra Lopes, no segredo dos pequenos deuses de São Bento, confidenciava na SIC que a deserção verificada dos ministros ao Conselho de Ministros tinha deixado Santana extremamente desanimado e mal-disposto: faltaram cinco ministos, cada um a tratar da sua vida. O que impressiona é o vazio que se vai alargando à volta de Santana Lopes. E as facas afiadas começam a surgir no interior do próprio partido. O que se passou com Morais Sarmento (que deu origem a uma saborosa contradição de Álvaro Barreto) faz parte dos "duelos ao sol" a que vamos assistir: uma estratégia inteiramente pessoal, correspondendo a um investimento simultaneamente hedonista e económico.
São anos de facas longas. E não andam todos a tratar, fundamentalmente das suas vidinhas?
A Noite das Facas Longas
Por EDUARDO PRADO COELHOO FIO DO HORIZONTE
(...)
Inês Serra Lopes, no segredo dos pequenos deuses de São Bento, confidenciava na SIC que a deserção verificada dos ministros ao Conselho de Ministros tinha deixado Santana extremamente desanimado e mal-disposto: faltaram cinco ministos, cada um a tratar da sua vida. O que impressiona é o vazio que se vai alargando à volta de Santana Lopes. E as facas afiadas começam a surgir no interior do próprio partido. O que se passou com Morais Sarmento (que deu origem a uma saborosa contradição de Álvaro Barreto) faz parte dos "duelos ao sol" a que vamos assistir: uma estratégia inteiramente pessoal, correspondendo a um investimento simultaneamente hedonista e económico.
São anos de facas longas. E não andam todos a tratar, fundamentalmente das suas vidinhas?
Uma estratégia de desenvolvimento que convém
Público
Para Um Desenvolvimento Económico Sustentável
Por JOSÉ ROCHA JANUÁRIO
Está na ordem do dia, de uma forma impressiva, a reflexão sobre qual a estratégia de desenvolvimento que permita ao nosso País sair, de uma forma sustentada, da "zona do vermelho" em que actualmente se encontra, incrementando a produtividade e a riqueza nacionais.
Como é relativamente consensual, temos vindo, ao longo dos anos, a manter, a ensaiar e a desenvolver modelos de actuação social e económica que, a um tempo, se revelam ultrapassados - como a insistência na manutenção de sectores que assentam a sua existência no recurso a uma mão-de-obra barata e não muito qualificada - e/ou não competitivos - como o incremento de uma actividade turística massificada.
E porquê? Não será o modelo que convém a tanta gente que se tem sustentado do mesmo?
Para Um Desenvolvimento Económico Sustentável
Por JOSÉ ROCHA JANUÁRIO
Está na ordem do dia, de uma forma impressiva, a reflexão sobre qual a estratégia de desenvolvimento que permita ao nosso País sair, de uma forma sustentada, da "zona do vermelho" em que actualmente se encontra, incrementando a produtividade e a riqueza nacionais.
Como é relativamente consensual, temos vindo, ao longo dos anos, a manter, a ensaiar e a desenvolver modelos de actuação social e económica que, a um tempo, se revelam ultrapassados - como a insistência na manutenção de sectores que assentam a sua existência no recurso a uma mão-de-obra barata e não muito qualificada - e/ou não competitivos - como o incremento de uma actividade turística massificada.
E porquê? Não será o modelo que convém a tanta gente que se tem sustentado do mesmo?
A integração na União Europeia
Público
Vigarice e Europa
O caso dos atestados médicos falsos para vigarizar o concurso dos professores devia ser objecto de exame político. É um exemplo nítido de obstáculo à integração de Portugal na União Europeia.
Numerosos professores recorreram a numerosos médicos para lhes passarem atestados médicos falsos que lhes permitiriam concorrer a lugares em escolas mais convenientes. Muitos médicos aceitaram.
Um atestado médico é um documento que faz fé pública. Viciá-lo é um crime grave. Esse crime foi induzido por membros de um grupo profissional que devia dar o exemplo a cumprir a lei: os professores. Para não falar dos médicos.
E eles que andam sempre a querer estar integrados. Pelo menos no sector das grandes vigarices estamos perfeitamente integrados.
Vigarice e Europa
O caso dos atestados médicos falsos para vigarizar o concurso dos professores devia ser objecto de exame político. É um exemplo nítido de obstáculo à integração de Portugal na União Europeia.
Numerosos professores recorreram a numerosos médicos para lhes passarem atestados médicos falsos que lhes permitiriam concorrer a lugares em escolas mais convenientes. Muitos médicos aceitaram.
Um atestado médico é um documento que faz fé pública. Viciá-lo é um crime grave. Esse crime foi induzido por membros de um grupo profissional que devia dar o exemplo a cumprir a lei: os professores. Para não falar dos médicos.
E eles que andam sempre a querer estar integrados. Pelo menos no sector das grandes vigarices estamos perfeitamente integrados.
Ascenção e queda das nações
Público
Os Interesses
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
Num livro com mais de 20 anos - ("Ascensão e Queda das Nações: Crescimento Económico, Estagnação e Bloqueios Sociais", de Mancur Olson -, citado quinta-feira no "Financial Times", defendia-se que uma das razões para as diferenças de crescimento entre as nações é a forma como lidam com os interesses instalados.
Ora aí está uma previsão do que aconteceria na Tribulandia. Dado que os interesses instalados se confundem com o poder é fácil adivinhar a taxa de crescimento.
Os Interesses
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
Num livro com mais de 20 anos - ("Ascensão e Queda das Nações: Crescimento Económico, Estagnação e Bloqueios Sociais", de Mancur Olson -, citado quinta-feira no "Financial Times", defendia-se que uma das razões para as diferenças de crescimento entre as nações é a forma como lidam com os interesses instalados.
Ora aí está uma previsão do que aconteceria na Tribulandia. Dado que os interesses instalados se confundem com o poder é fácil adivinhar a taxa de crescimento.
O roubo como instituição da Tribulandia
Público
Roubos no Retalho Custam 71,53 Euros a Cada Europeu
Segundo o Barómetro Europeu do Roubo no Retalho, os retalhistas portugueses não facturaram, em 2004, 181 milhões de euros em consequência de roubos e perdas. O valor das perdas equivale à facturação anual da Fnac. Por Diana Ralha
Os roubos perpetrados aos retalhistas da União Europeia (UE) pelos consumidores, empregados e fornecedores custaram, em média, 71,52 euros a cada um dos 460 milhões de habitantes, revala a quarta edição do Barómetro Europeu do Roubo no Retalho.
Portugal é o terceiro país mais afectado pelo crime no retalho, de acordo com este estudo...
Falta saber quanto nos custam os restantes roubos e em que lugar ficamos.
Roubos no Retalho Custam 71,53 Euros a Cada Europeu
Segundo o Barómetro Europeu do Roubo no Retalho, os retalhistas portugueses não facturaram, em 2004, 181 milhões de euros em consequência de roubos e perdas. O valor das perdas equivale à facturação anual da Fnac. Por Diana Ralha
Os roubos perpetrados aos retalhistas da União Europeia (UE) pelos consumidores, empregados e fornecedores custaram, em média, 71,52 euros a cada um dos 460 milhões de habitantes, revala a quarta edição do Barómetro Europeu do Roubo no Retalho.
Portugal é o terceiro país mais afectado pelo crime no retalho, de acordo com este estudo...
Falta saber quanto nos custam os restantes roubos e em que lugar ficamos.
A tranquilidade na Tribulandia
No Público de ontem, na primeira página, em letra gorda:
Comissão Nacional de Protecção Civil não reune há três anos
Será que recebem por senha de presença ou por avença mensal?
Comissão Nacional de Protecção Civil não reune há três anos
Será que recebem por senha de presença ou por avença mensal?
domingo, janeiro 16, 2005
Grandes frases da Tribulandia
Público
Fernández: "Não Aproveitámos as Poucas Oportunidades Que Criámos
(...)
Mais contundente foi o avançado sul-africano McCarthy: "Não estamos a jogar mal, mas não podemos perder pontos estúpidos"
Fernández: "Não Aproveitámos as Poucas Oportunidades Que Criámos
(...)
Mais contundente foi o avançado sul-africano McCarthy: "Não estamos a jogar mal, mas não podemos perder pontos estúpidos"
Nada como uma verdadeira máquina de limpeza
Ligo a TV. Lá está mais um programa de "entretenimento" aparecendo no zapping. Pasmo. Um entrevista com uma figura suspeita de crimes, placidamente sentada, com um auréloa de santidade, respeito e carácter, vai respondendo às perguntas (combinadas?) do entertainer. Fala de transparência e de respeito. Um verdadeiro chefe de "família". Tudo na sua vida se passou com uma limpidez exemplar. Na assistência os apaniguados batem palmas e riem. Na verdade, a verdadeira limpeza de imagem não está com o Skip está com a televisão.
Abaixo o IRC e viva o IRS da Tribulandia
SIC Online
Catroga: Políticos devem dizer quanto vão custar as promessas
(...)
Quanto aos impostos, o antigo ministro de Cavaco, diz que a prioridade deve ser a baixa do IRC e não do IRS e deixa um alerta aos políticos: "Ninguém deve prometer a retoma, devem isso sim criar condições para que ela exista".
Estamos inteiramente de acordo. E mais: deve ser eliminado o IRC e aumentado o IRS em 100%. Afinal não são os sacrificados dos donos das empresas que nos pagam?
Catroga: Políticos devem dizer quanto vão custar as promessas
(...)
Quanto aos impostos, o antigo ministro de Cavaco, diz que a prioridade deve ser a baixa do IRC e não do IRS e deixa um alerta aos políticos: "Ninguém deve prometer a retoma, devem isso sim criar condições para que ela exista".
Estamos inteiramente de acordo. E mais: deve ser eliminado o IRC e aumentado o IRS em 100%. Afinal não são os sacrificados dos donos das empresas que nos pagam?
Grandes pensadores da Tribulandia
Público
benfica// aposta em dois pontas-de-lança
Defesa renovada
(...)
Adversário duro
Em conferência de Imprensa, realizada no Estádio da Luz, o treinador enfatizou a importância da partida. "Tivemos tempo para pensar neste encontro durante a semana. Aproveitámos também para esclarecer alguns aspectos. É importante saber conviver com as vitórias e com as... derrotas. A SuperLiga está ainda em aberto", salientou.
Ainda bem que teve tempo para pensar em tão profundas ilações que tanto enriquecem a nossa cultura.
benfica// aposta em dois pontas-de-lança
Defesa renovada
(...)
Adversário duro
Em conferência de Imprensa, realizada no Estádio da Luz, o treinador enfatizou a importância da partida. "Tivemos tempo para pensar neste encontro durante a semana. Aproveitámos também para esclarecer alguns aspectos. É importante saber conviver com as vitórias e com as... derrotas. A SuperLiga está ainda em aberto", salientou.
Ainda bem que teve tempo para pensar em tão profundas ilações que tanto enriquecem a nossa cultura.
O grande brinquedo da Tribulandia
Público
Novo alerta para perigos dos telemóveis
reino unido Estudo oficial desaconselha a utilização dos aparelhos por crianças com menos de oito anos Investigações associam radiações a tumores.
Leonel de Castro
"Os riscos dos telemóveis para a saúde, sempre considerados mas nunca completamente provados, voltam a preocupar. Um relatório elaborado esta semana por cientistas do Governo britânico alerta sobre novas investigações que ligam o aparelho a cancros e problemas de percepção. Nas suas conclusões, o documento desaconselha a sua utilização em crianças, o público mais vulnerável às radiações."
Mas que grande desgraça. Lá vai a principal "indústria" da Tribulandia ter prejuízos. E como nos vamos divertir sem telemóveis?
Novo alerta para perigos dos telemóveis
reino unido Estudo oficial desaconselha a utilização dos aparelhos por crianças com menos de oito anos Investigações associam radiações a tumores.
Leonel de Castro
"Os riscos dos telemóveis para a saúde, sempre considerados mas nunca completamente provados, voltam a preocupar. Um relatório elaborado esta semana por cientistas do Governo britânico alerta sobre novas investigações que ligam o aparelho a cancros e problemas de percepção. Nas suas conclusões, o documento desaconselha a sua utilização em crianças, o público mais vulnerável às radiações."
Mas que grande desgraça. Lá vai a principal "indústria" da Tribulandia ter prejuízos. E como nos vamos divertir sem telemóveis?
As moscas não se apanham com vinagre na Tribulandia
Público
Oliveira Marques, presidente da Comissão executiva da empresa do metro do Porto
"Começamos a operar até Pedras Rubras em Março"
Hugo Silva Textos
Num registo cauteloso, o presidente da Comissão Executiva da Empresa do Metro do Porto deixa bem claro que quer continuar à frente dos destinos da maior obra pública de transportes da União Europeia, evita comparar a realidade de Lisboa com a do Porto e lembra que a linha de Gondomar devia ter feito parte dos planos iniciais da empreitada. No fim deste ano, vaticina Oliveira Marques, o Metro vai duplicar o número de validações registadas até ao momento.
(...)
Estas demoras serão um sinal de que Valentim Loureiro faz falta na Metro, enquanto interlocutor do Governo?
São decisões do Governo, não do Conselho de Administração, que tem desempenhado o seu papel sem qualquer perturbação, independentemente das pessoas que dele fazem parte. O major Valentim Loureiro foi um notável presidente da empresa e o dr. Rui Rio está a ser um notável presidente. Já uma vez disse que a Metro teve sorte nos presidentes, desde a sua fundação.
Lembramo-nos da música Besame, besame mucho...
Oliveira Marques, presidente da Comissão executiva da empresa do metro do Porto
"Começamos a operar até Pedras Rubras em Março"
Hugo Silva Textos
Num registo cauteloso, o presidente da Comissão Executiva da Empresa do Metro do Porto deixa bem claro que quer continuar à frente dos destinos da maior obra pública de transportes da União Europeia, evita comparar a realidade de Lisboa com a do Porto e lembra que a linha de Gondomar devia ter feito parte dos planos iniciais da empreitada. No fim deste ano, vaticina Oliveira Marques, o Metro vai duplicar o número de validações registadas até ao momento.
(...)
Estas demoras serão um sinal de que Valentim Loureiro faz falta na Metro, enquanto interlocutor do Governo?
São decisões do Governo, não do Conselho de Administração, que tem desempenhado o seu papel sem qualquer perturbação, independentemente das pessoas que dele fazem parte. O major Valentim Loureiro foi um notável presidente da empresa e o dr. Rui Rio está a ser um notável presidente. Já uma vez disse que a Metro teve sorte nos presidentes, desde a sua fundação.
Lembramo-nos da música Besame, besame mucho...
Uma equação sem solução
Público
Ainda as Listas
Por ANTÓNIO BARRETO
A discussão sobre os sistemas eleitorais pode, em plena campanha, parecer extemporânea. Não é a altura adequada a mudar as regras e as atenções estão mais viradas para os temas próprios da operação, seja a habitual demagogia, sejam os problemas sociais e políticos. No entanto, a oportunidade é maior do que parece: diante de nós estão todos os exemplos do sistema absurdo em vigor. E também é pertinente convidar os partidos a definirem, nos programas, as suas opiniões sobre o assunto.
Um dos motivos invocados para debater ou corrigir o sistema eleitoral consiste na necessidade de produzir um parlamento melhor e eleger deputados mais capazes. Eis uma ideia errada que corre o risco de tornar inúteis as discussões. Nada garante que as actuais listas blindadas de candidatos substituíveis produzam deputados inferiores ou superiores aos que resultariam de listas individuais e de círculos uninominais.
O sistema é absurdo mas parece que nada o poderá alterar. Mais adiante diz que o problema é dos eleitores. Mesmo por muito ignorantes que sejam só têm o poder por um dia. E alguém estará interessado numa democracia participativa e no aumento da participação dos eleitores? Ai o regresso aos lugarzinhos do poder...
Ainda as Listas
Por ANTÓNIO BARRETO
A discussão sobre os sistemas eleitorais pode, em plena campanha, parecer extemporânea. Não é a altura adequada a mudar as regras e as atenções estão mais viradas para os temas próprios da operação, seja a habitual demagogia, sejam os problemas sociais e políticos. No entanto, a oportunidade é maior do que parece: diante de nós estão todos os exemplos do sistema absurdo em vigor. E também é pertinente convidar os partidos a definirem, nos programas, as suas opiniões sobre o assunto.
Um dos motivos invocados para debater ou corrigir o sistema eleitoral consiste na necessidade de produzir um parlamento melhor e eleger deputados mais capazes. Eis uma ideia errada que corre o risco de tornar inúteis as discussões. Nada garante que as actuais listas blindadas de candidatos substituíveis produzam deputados inferiores ou superiores aos que resultariam de listas individuais e de círculos uninominais.
O sistema é absurdo mas parece que nada o poderá alterar. Mais adiante diz que o problema é dos eleitores. Mesmo por muito ignorantes que sejam só têm o poder por um dia. E alguém estará interessado numa democracia participativa e no aumento da participação dos eleitores? Ai o regresso aos lugarzinhos do poder...
Mesas redondas da Tribulandia
As mesas redondas da televisão são o máximo. Melhor só mesmo uma entrevista com um treinador de futebol. Uma do Expresso da noite reunia algumas das cabecinhas pensantes deste nosso planeta à beira mar. EPC falou bem mas chegou à conclusão que os sistema está está a dar as últimas mas que falta saber quem o vai consertar. JPP diz que concorda mas que a culpa é de haver demasiado estado (deve-se privatizar os lavabos públicos e chafarizes) para tudo funcionar melhor. O presidente continua a ter um belo dum sorriso e já nem sei a que apelou desta vez. Noutra, o prof. Bessa que passou 6 meses como ministro da Economia, dizia de sua justiça, depois de ter feito mais um diagnóstico à situação das regiões deprimidas. Questionado sobre a hipótese do demorado estudo ir para à gaveta quando o governo mudar disse que foi à comissão da Assembleia e que todos os partidos gostaram muito. Só gostaria de saber se algum adormeceu. Ao que sabemos prepara-se para passar para a órbita do PS de novo. Para alguma coisa serviu o diagnóstico (além do que custou de massa e tempo). Assim como assim continuamos a preferir ver os Sopranos na 2 ás segundas-feiras.
A Tribulandia de novo na blogoesfera
Pois é, os computadores têm destas coisas, especialmente com o Windows e seus services packs.De vez em quando engasgam-se. Vai daí, a nossa ausência do ameno convívio e "cavaqueira" com os frequentadores da Tribulandia. De cronistas do quotidiano passamos a observadores, pura e simpelesmente. Não é que tenham acontecido muitas coisas diferentes nem que os nossos periódicos e companheiros da blogoesfera não as tenham descrito com a profundidade desejada. Digno de nota o dvd do Gato Fedorento em cuecas. Muito original. E aqui estamos companheiros que a estrada continua longa.
sábado, janeiro 08, 2005
Um estado, duas populações
Público
As Riquezas da Nação
Por JOÃO CÂNDIDO DA SILVA
(...)
"Os estudos episodicamente realizados sobre a dramática realidade de um país em que a carga fiscal é distribuída de forma escandalosamente injusta, minando os fundamentos do Estado de direito, divergem ligeiramente nos números, mas coincidem naquilo que é essencial. A economia informal, onde florescem os negócios que sobrevivem à margem dos sistemas fiscal e de segurança social, representa cerca de um quarto de toda a riqueza produzida anualmente em Portugal."
O estado de direito é só pra alguns e os outros só têm deveres. E sobre os últimos toca de sobrecarregar com impostos. É o mais fácil.
As Riquezas da Nação
Por JOÃO CÂNDIDO DA SILVA
(...)
"Os estudos episodicamente realizados sobre a dramática realidade de um país em que a carga fiscal é distribuída de forma escandalosamente injusta, minando os fundamentos do Estado de direito, divergem ligeiramente nos números, mas coincidem naquilo que é essencial. A economia informal, onde florescem os negócios que sobrevivem à margem dos sistemas fiscal e de segurança social, representa cerca de um quarto de toda a riqueza produzida anualmente em Portugal."
O estado de direito é só pra alguns e os outros só têm deveres. E sobre os últimos toca de sobrecarregar com impostos. É o mais fácil.
Há que manter o povo iludido
Público
O Porto e o FC Porto
Por MANUEL CARVALHO
"O que mais surpreende no convite de Pedro Santana Lopes a Pôncio Monteiro para o segundo lugar na lista do PSD pelo Porto não é a comprovação de que vamos assistir à repetição, na campanha, das cenas trapalhonas que fizeram a imagem de marca do primeiro-ministro nos últimos meses. Não é também o facto de a escolha obedecer aos elementares princípios do populismo que destoa, porque há muito que Santana parece confundir o protagonismo mediático com a substância e a respeitabilidade política. O que mais incomoda no episódio é a persistência de uma visão saloia e paroquial sobre o Porto e os seus eleitores, que os confina a um estatuto de adoradores da bola e seguidores acéfalos de um competente dirigente desportivo. Sabe-se que essa visão preconceituosa existe em vários círculos (nas universidades, nos clubes de futebol ou na pequena política), mas que seja assumida e aplicada como estratégia eleitoral por Santana Lopes é um absurdo que só prova o desnorte no PSD."
Convém que o F.C. Porto ganhe muitos campeonatos e os grandes accionistas da SAD encham os bolsos. Assim a importância do facto obscura a decadência da cidade e do concelho. Basta reparar para a diferença dos indicadores económicos entre o Porto e Lisboa. Uns são campeões e os outros têm melhor nível de vida, mais emprego, melhores remunerações e mais oportunidades culturais. Com papas e bolos se enganam os tolos.
O Porto e o FC Porto
Por MANUEL CARVALHO
"O que mais surpreende no convite de Pedro Santana Lopes a Pôncio Monteiro para o segundo lugar na lista do PSD pelo Porto não é a comprovação de que vamos assistir à repetição, na campanha, das cenas trapalhonas que fizeram a imagem de marca do primeiro-ministro nos últimos meses. Não é também o facto de a escolha obedecer aos elementares princípios do populismo que destoa, porque há muito que Santana parece confundir o protagonismo mediático com a substância e a respeitabilidade política. O que mais incomoda no episódio é a persistência de uma visão saloia e paroquial sobre o Porto e os seus eleitores, que os confina a um estatuto de adoradores da bola e seguidores acéfalos de um competente dirigente desportivo. Sabe-se que essa visão preconceituosa existe em vários círculos (nas universidades, nos clubes de futebol ou na pequena política), mas que seja assumida e aplicada como estratégia eleitoral por Santana Lopes é um absurdo que só prova o desnorte no PSD."
Convém que o F.C. Porto ganhe muitos campeonatos e os grandes accionistas da SAD encham os bolsos. Assim a importância do facto obscura a decadência da cidade e do concelho. Basta reparar para a diferença dos indicadores económicos entre o Porto e Lisboa. Uns são campeões e os outros têm melhor nível de vida, mais emprego, melhores remunerações e mais oportunidades culturais. Com papas e bolos se enganam os tolos.
A hipocrisia dos instalados e inamovíveis
Público
Os Medíocres Só Estão Lá Porque Deixamos
Por AUGUSTO SANTOS SILVA
"O retrato que a imprensa traça da qualidade dos candidatos não é, pois, inteiramente correcto. Mas o mais extraordinário é que as direcções dos partidos capricham, eleição após eleição, em dar-lhe razão. Abdicam de comandar politicamente a selecção dos quadros, preocupando-se apenas, quando se preocupam, com cabeças de lista e outros lugares cimeiros. Sucumbem à tentação parola de lançar para a campanha uma ou outra personalidade sem consistência nem crédito político, mas que, ou porque aparece na televisão, ou porque é do mundo da bola, ou porque tem capital social, é suposta cativar emocionalmente as pessoas. Entregam de bandeja ao que de mais sombrio existe nos aparelhos partidários a tarefa de "encher" as listas, de onde resulta o seu assalto geral pela mediocridade instalada no momento."
Só lá estão porque deixamos ou porque convém ao sistema apodrecido que nos governa? Quando acabam com o monopólio dos partidos? Têm medo que apareçam alguns cidadãos a repor a dignidade nas instituições? Deixem-se de hipocrisias e criem condições para que outros possam discutir princípios, objectivos e soluções.
Os Medíocres Só Estão Lá Porque Deixamos
Por AUGUSTO SANTOS SILVA
"O retrato que a imprensa traça da qualidade dos candidatos não é, pois, inteiramente correcto. Mas o mais extraordinário é que as direcções dos partidos capricham, eleição após eleição, em dar-lhe razão. Abdicam de comandar politicamente a selecção dos quadros, preocupando-se apenas, quando se preocupam, com cabeças de lista e outros lugares cimeiros. Sucumbem à tentação parola de lançar para a campanha uma ou outra personalidade sem consistência nem crédito político, mas que, ou porque aparece na televisão, ou porque é do mundo da bola, ou porque tem capital social, é suposta cativar emocionalmente as pessoas. Entregam de bandeja ao que de mais sombrio existe nos aparelhos partidários a tarefa de "encher" as listas, de onde resulta o seu assalto geral pela mediocridade instalada no momento."
Só lá estão porque deixamos ou porque convém ao sistema apodrecido que nos governa? Quando acabam com o monopólio dos partidos? Têm medo que apareçam alguns cidadãos a repor a dignidade nas instituições? Deixem-se de hipocrisias e criem condições para que outros possam discutir princípios, objectivos e soluções.
A comédia das listas continua
Público
As Listas Socialistas
Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2005
Se as listas do PS foram feitas para que voltássemos "a acreditar", então falharam rotundamente
As listas do PSD são uma gargalhada. As do PS, mesmo sem chegarem a idênticos limites de extravagância, não deixam de criar o maior dos incómodos. E de revelar o estado em que está o outro partido que, a par com o PSD, tem sido um dos pilares da nossa democracia. Pelos mais diferentes motivos.
Primeiro, Paulo Pedroso, mesmo para os que estão convictos da sua inocência, mesmo para os que simpatizam com ele - assuntos sobre os quais não tenho nem devemos pronunciar-nos - concordam que alguém que tem um processo como o que ele tem não devia, pura e simplesmente, aceitar ser candidato. Primeiro, porque está num lugar elegível se o PD obtiver, como deseja, a maioria absoluta. Depois porque é uma falácia afirmar que não ocupará o seu lugar enquanto tudo não estiver resolvido nos tribunais - e é uma falácia porque entretanto está a pedir o voto dos eleitores. Leonor Beleza esteve anos fora da Assembleia e de cargos políticos por causa do processo dos hemofílicos - que custaria a Pedroso, que tem uma carreira universitária, fazer o mesmo?
Segundo, Matilde Sousa Franco. Alguma vez fez política? Alguma desempenhou um cargo político? Conhece-se-lhe outra qualidade além de viúva de Sousa Franco? Não, não e não. E como Portugal não é (pelo pelos julgamos que não é) nem as Filipinas nem a Nicarágua, para não citar outros exemplos terceiro-mundistas, onde ser viúva de um líder político é meio caminho andado para o poder, a sua candidatura chega a ser mórbida. E só existe para explorar sentimentos populares que nada têm a ver com a nobreza da política.
E será que a distância para o terceiro-mundismo ainda é grande?
As Listas Socialistas
Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2005
Se as listas do PS foram feitas para que voltássemos "a acreditar", então falharam rotundamente
As listas do PSD são uma gargalhada. As do PS, mesmo sem chegarem a idênticos limites de extravagância, não deixam de criar o maior dos incómodos. E de revelar o estado em que está o outro partido que, a par com o PSD, tem sido um dos pilares da nossa democracia. Pelos mais diferentes motivos.
Primeiro, Paulo Pedroso, mesmo para os que estão convictos da sua inocência, mesmo para os que simpatizam com ele - assuntos sobre os quais não tenho nem devemos pronunciar-nos - concordam que alguém que tem um processo como o que ele tem não devia, pura e simplesmente, aceitar ser candidato. Primeiro, porque está num lugar elegível se o PD obtiver, como deseja, a maioria absoluta. Depois porque é uma falácia afirmar que não ocupará o seu lugar enquanto tudo não estiver resolvido nos tribunais - e é uma falácia porque entretanto está a pedir o voto dos eleitores. Leonor Beleza esteve anos fora da Assembleia e de cargos políticos por causa do processo dos hemofílicos - que custaria a Pedroso, que tem uma carreira universitária, fazer o mesmo?
Segundo, Matilde Sousa Franco. Alguma vez fez política? Alguma desempenhou um cargo político? Conhece-se-lhe outra qualidade além de viúva de Sousa Franco? Não, não e não. E como Portugal não é (pelo pelos julgamos que não é) nem as Filipinas nem a Nicarágua, para não citar outros exemplos terceiro-mundistas, onde ser viúva de um líder político é meio caminho andado para o poder, a sua candidatura chega a ser mórbida. E só existe para explorar sentimentos populares que nada têm a ver com a nobreza da política.
E será que a distância para o terceiro-mundismo ainda é grande?
Quando as comadres não se entendem
Correio da Manhã
Pacheco Pereira critica Santana
Luís Filipe Coito
Pacheco Pereira criticou ontem no seu ‘blog’ os cartazes do PSD. “Se Sá Carneiro fosse vivo, a sua fotografia saltaria dali mais rápido ainda do que a de Cavaco”, frisou.
O ex-eurodeputado criticou também Santana Lopes, num programa da SIC Notícias, por ter convidado Pôncio Monteiro, referindo que foi “uma tentativa de dar uma quota ao FCP”
Algo já anda mal no reino dos eleitos. Será que o bolo já é pequeno para distribuir?
Pacheco Pereira critica Santana
Luís Filipe Coito
Pacheco Pereira criticou ontem no seu ‘blog’ os cartazes do PSD. “Se Sá Carneiro fosse vivo, a sua fotografia saltaria dali mais rápido ainda do que a de Cavaco”, frisou.
O ex-eurodeputado criticou também Santana Lopes, num programa da SIC Notícias, por ter convidado Pôncio Monteiro, referindo que foi “uma tentativa de dar uma quota ao FCP”
Algo já anda mal no reino dos eleitos. Será que o bolo já é pequeno para distribuir?
Como se morre na Tribulandia
Correio da Manhã
Idosa esteve 12 horas sem atendimento na Urgência
Tiago Sousa Dias
Maria Lurdes Pires, 90 anos, esteve quase 12 horas na Urgência do Hospital Amadora-Sintra à espera de ser observada por um médico. Como nenhum se lhe abeirasse, o filho, Carlos Pires, tirou-a de lá e levou-a para outra unidade de saúde.
Veio a morrer quatro dias depois noutro hospital. A administração admite ao CM a razão da queixa, mas justifica a demora na assistência com o elevado número de doentes que acorreu à Urgência nesse dia.
Assim vai a saúde no país da retórica. E há sempre uma razão plausível...
Idosa esteve 12 horas sem atendimento na Urgência
Tiago Sousa Dias
Maria Lurdes Pires, 90 anos, esteve quase 12 horas na Urgência do Hospital Amadora-Sintra à espera de ser observada por um médico. Como nenhum se lhe abeirasse, o filho, Carlos Pires, tirou-a de lá e levou-a para outra unidade de saúde.
Veio a morrer quatro dias depois noutro hospital. A administração admite ao CM a razão da queixa, mas justifica a demora na assistência com o elevado número de doentes que acorreu à Urgência nesse dia.
Assim vai a saúde no país da retórica. E há sempre uma razão plausível...
La Palisse não diria melhor
JN
Frases redondas" não chegam
Os problemas "estruturais" da economia portuguesa "não se resolvem com declarações programáticas e frases mais ou menos redondas", defendeu ontem Bagão Félix, após a reunião com o primeiro-ministro e o governador do Banco de Portugal. O ministro reagia assim ao facto de Vítor Constâncio de ter dito que chegou "a hora da verdade" para o défice das contas públicas (ver página 18).
Mas os "recados" ao governador não ficaram por aqui. Sobre o facto de Constâncio ter sublinhado a necessidade de se aumentarem as receitas e reduzirem as despesas, Bagão foi lapidar "La Palisse não diria melhor".
Finalmente estamos de acordo com o ministro nesta matéria. Esperemos que também lhe sirva de cartilha.
Frases redondas" não chegam
Os problemas "estruturais" da economia portuguesa "não se resolvem com declarações programáticas e frases mais ou menos redondas", defendeu ontem Bagão Félix, após a reunião com o primeiro-ministro e o governador do Banco de Portugal. O ministro reagia assim ao facto de Vítor Constâncio de ter dito que chegou "a hora da verdade" para o défice das contas públicas (ver página 18).
Mas os "recados" ao governador não ficaram por aqui. Sobre o facto de Constâncio ter sublinhado a necessidade de se aumentarem as receitas e reduzirem as despesas, Bagão foi lapidar "La Palisse não diria melhor".
Finalmente estamos de acordo com o ministro nesta matéria. Esperemos que também lhe sirva de cartilha.
sexta-feira, janeiro 07, 2005
O delírio do consumo cego na Tribulandia
Público
Dados do Instituto Nacional de Estatística
Défice comercial agravou-se 20,7 por cento até Outubro
"O défice comercial português agravou-se 20,7 por cento nos dez primeiros meses de 2004. As exportações cresceram 4,6 por cento e as importações aumentaram 9,6 por cento, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de cobertura das importações pelas exportações piorou, passando de 69 por cento em 2003 para 65,8 por cento nos dez primeiros meses de 2004."
Continuem a consumir e a importar para nos endividarmos mais. Qualquer dia teremos que empenhar a pele já que não temos honradas barbas.
Dados do Instituto Nacional de Estatística
Défice comercial agravou-se 20,7 por cento até Outubro
"O défice comercial português agravou-se 20,7 por cento nos dez primeiros meses de 2004. As exportações cresceram 4,6 por cento e as importações aumentaram 9,6 por cento, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de cobertura das importações pelas exportações piorou, passando de 69 por cento em 2003 para 65,8 por cento nos dez primeiros meses de 2004."
Continuem a consumir e a importar para nos endividarmos mais. Qualquer dia teremos que empenhar a pele já que não temos honradas barbas.
A mediocridade pacífica da Tribulandia
Público
O Excesso dos Nossos Sonhos
Por VASCO PULIDO VALENTE
(...)
Até a democracia acabou um dia por nos cair do céu. Além disso, a civilização, aos soluços, chega cá sempre: a água canalizada, o comboio, uma espécie de Estado-previdência ou o DVD. Portugal é um sítio para onde escorre um bocado de Europa, como não escorre para o Haiti ou para o Darfur. É um sítio feliz, no fundo. Com um "atraso", claro, mas normal, que não explica ou desculpa o melodrama em curso. Por tudo isso, e para lá das ridículas peripécias de um regime desacreditado, de uma falência financeira sem concerto visível e de uma corrupção quase universal, Eduardo Lourenço oferece o consolo da mediocridade pacífica. Ele, que durante 30 anos persistentemente encorajou o "excesso dos nossos sonhos", desistiu de excessos. Portugal vale o que vale, "não mais". Fim de capítulo. Santana e Sócrates podem entrar.
Quando o consolo de mediocridade pacífica chega a vultos como Eduardo Lourenço que havemos de dizer? Parece que toda a sociedade desistiu de sonhar e se contenta com um quotidiano cinzento, sujo e alienante. Tudo em nome da democracia???
O Excesso dos Nossos Sonhos
Por VASCO PULIDO VALENTE
(...)
Até a democracia acabou um dia por nos cair do céu. Além disso, a civilização, aos soluços, chega cá sempre: a água canalizada, o comboio, uma espécie de Estado-previdência ou o DVD. Portugal é um sítio para onde escorre um bocado de Europa, como não escorre para o Haiti ou para o Darfur. É um sítio feliz, no fundo. Com um "atraso", claro, mas normal, que não explica ou desculpa o melodrama em curso. Por tudo isso, e para lá das ridículas peripécias de um regime desacreditado, de uma falência financeira sem concerto visível e de uma corrupção quase universal, Eduardo Lourenço oferece o consolo da mediocridade pacífica. Ele, que durante 30 anos persistentemente encorajou o "excesso dos nossos sonhos", desistiu de excessos. Portugal vale o que vale, "não mais". Fim de capítulo. Santana e Sócrates podem entrar.
Quando o consolo de mediocridade pacífica chega a vultos como Eduardo Lourenço que havemos de dizer? Parece que toda a sociedade desistiu de sonhar e se contenta com um quotidiano cinzento, sujo e alienante. Tudo em nome da democracia???
A luta pelos poleiros no aparelho
JN
Polémica persiste em Lisboa e Porto
PsD Montalvão Machado dentro, Henrique Chaves de fora Lista lisboeta provoca violência quase física
Isabel Teixeira da Mota
(...)
"Relvas frisou que existe uma renovação nos cabeças de lista propostos de 64% , em que cinco são mulheres, e de 60% nos candidatos. O que não disse é que existem apenas 10 mulheres nas listas e que a renovação de candidatos foi conseguida à custa do "aparelho" e não de uma abertura a independentes."
Isto ainda acaba à chapada para conseguir o lugarzito. E viva a renovação dentro do mesmo aparelho.
Polémica persiste em Lisboa e Porto
PsD Montalvão Machado dentro, Henrique Chaves de fora Lista lisboeta provoca violência quase física
Isabel Teixeira da Mota
(...)
"Relvas frisou que existe uma renovação nos cabeças de lista propostos de 64% , em que cinco são mulheres, e de 60% nos candidatos. O que não disse é que existem apenas 10 mulheres nas listas e que a renovação de candidatos foi conseguida à custa do "aparelho" e não de uma abertura a independentes."
Isto ainda acaba à chapada para conseguir o lugarzito. E viva a renovação dentro do mesmo aparelho.
Das palavras piedosas aos actos
JN
Urgente transformar palavras em dinheiro
cimeira Kofi Annan diz que são precisos, no imediato, mil milhões de dólares Há 150 mil pessoas na iminência da morte
Pedro Olavo Simões *
"Mil milhões de dólares, já. Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, deixou claro, em Jacarta, que as necessidades urgentes não podem estar dependentes apenas de promessas de ajuda, sendo necessário passar de imediato aos actos."
Lá como cá. Palavreado há muito e boas intenções também. Porque será que as UN não dispõem de um orgão próprio para tratar de catástrofes a nível mundial e fundos para emergências? Pelos vistos a globalização só funciona para negócios.
Urgente transformar palavras em dinheiro
cimeira Kofi Annan diz que são precisos, no imediato, mil milhões de dólares Há 150 mil pessoas na iminência da morte
Pedro Olavo Simões *
"Mil milhões de dólares, já. Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas, deixou claro, em Jacarta, que as necessidades urgentes não podem estar dependentes apenas de promessas de ajuda, sendo necessário passar de imediato aos actos."
Lá como cá. Palavreado há muito e boas intenções também. Porque será que as UN não dispõem de um orgão próprio para tratar de catástrofes a nível mundial e fundos para emergências? Pelos vistos a globalização só funciona para negócios.
Mais uma lamentação para animar a malta
JN
Banco de Portugal espera anos ainda mais difíceis
previsões Vítor Constâncio avisa que a economia poderá crescer abaixo do previsto Governador chamado a S. Bento. Bagão queixa-se de não ter conhecido o Boletim previamente
"Ogovernador do Banco de Portugal foi ontem à residência oficial de S. Bento para se reunir com o primeiro-ministro, a pedido deste. Não sendo inéditos, este tipo de encontros sem haver um motivo palpável, não deixam de ser incomuns. E este acontece precisamente no dia em que o Banco de Portugal apresentou publicamente o seu Boletim Económico de Dezembro, onde faz uma revisão em baixa da previsão do crescimento económico para este ano, ao mesmo tempo que avisa que 2005 e 2006 serão ainda mais difíceis se for adoptada uma política orçamental mais exigente."
Não faltam analistas da desgraça. Onde param as cabecinhas que pensem na solução? Ou a crise é só para o povo pagar mais e viver pior?
Banco de Portugal espera anos ainda mais difíceis
previsões Vítor Constâncio avisa que a economia poderá crescer abaixo do previsto Governador chamado a S. Bento. Bagão queixa-se de não ter conhecido o Boletim previamente
"Ogovernador do Banco de Portugal foi ontem à residência oficial de S. Bento para se reunir com o primeiro-ministro, a pedido deste. Não sendo inéditos, este tipo de encontros sem haver um motivo palpável, não deixam de ser incomuns. E este acontece precisamente no dia em que o Banco de Portugal apresentou publicamente o seu Boletim Económico de Dezembro, onde faz uma revisão em baixa da previsão do crescimento económico para este ano, ao mesmo tempo que avisa que 2005 e 2006 serão ainda mais difíceis se for adoptada uma política orçamental mais exigente."
Não faltam analistas da desgraça. Onde param as cabecinhas que pensem na solução? Ou a crise é só para o povo pagar mais e viver pior?
A redundância e o esoterismo
Público
Ilusões Ou Eleições
Por RUI MOREIRA
1. O Governo recorreu a publicidade paga para explicar o Orçamento Geral do Estado. Apesar da inspiração divina que anima o ministro das Finanças, a pedagogia não resultou. O folheto foi polémico e inútil, redundante para os que compreendem o OGE e esotérico para a maioria, que não faz ideia do que trata.
(...)
2. A verdade nua e crua é que, em 30 anos, pouco ou nada foi feito em matéria de reformas desta nossa casa comum. O sistema não é solidário, está distorcido, e por isso, condenado à falência. É impossível continuar a espremer os contribuintes (do costume) para cobrir a factura (que não pára de aumentar) dos serviços (maus) que o Estado nos presta.
Não se pode viver bem num país iludido, onde reina a impunidade, em que se ouvem basófias de café sobre a fuga ao fisco, em que o Fundo Social Europeu deu mais mansões do que formações, em que há Ferraris com atestados de pobreza no porta-luvas, em que os meninos ricos fazem guerra a propinas que valem menos do que a gasolina que gastam, em que o rendimento mínimo garantido é suspeito, mas a acção social não chega aos que dela precisam, em que o subsídio de desemprego é um complemento do vencimento do trabalho por fora, em que é mais fácil obter uma baixa do que uma receita, em que o funcionalismo público complica, em que na justiça, na educação e na saúde são sempre os problemas da máquina e dos seus agentes que marcam a agenda e se sobrepõem ao drama dos utentes.
Bem prega Frei Tomás. Quanto menos o povo saiba melhor para os que conseguiram os Ferraris e quejandos.
Ilusões Ou Eleições
Por RUI MOREIRA
1. O Governo recorreu a publicidade paga para explicar o Orçamento Geral do Estado. Apesar da inspiração divina que anima o ministro das Finanças, a pedagogia não resultou. O folheto foi polémico e inútil, redundante para os que compreendem o OGE e esotérico para a maioria, que não faz ideia do que trata.
(...)
2. A verdade nua e crua é que, em 30 anos, pouco ou nada foi feito em matéria de reformas desta nossa casa comum. O sistema não é solidário, está distorcido, e por isso, condenado à falência. É impossível continuar a espremer os contribuintes (do costume) para cobrir a factura (que não pára de aumentar) dos serviços (maus) que o Estado nos presta.
Não se pode viver bem num país iludido, onde reina a impunidade, em que se ouvem basófias de café sobre a fuga ao fisco, em que o Fundo Social Europeu deu mais mansões do que formações, em que há Ferraris com atestados de pobreza no porta-luvas, em que os meninos ricos fazem guerra a propinas que valem menos do que a gasolina que gastam, em que o rendimento mínimo garantido é suspeito, mas a acção social não chega aos que dela precisam, em que o subsídio de desemprego é um complemento do vencimento do trabalho por fora, em que é mais fácil obter uma baixa do que uma receita, em que o funcionalismo público complica, em que na justiça, na educação e na saúde são sempre os problemas da máquina e dos seus agentes que marcam a agenda e se sobrepõem ao drama dos utentes.
Bem prega Frei Tomás. Quanto menos o povo saiba melhor para os que conseguiram os Ferraris e quejandos.
A solidariedade e a separação das causas
Público
Deputado concorre em lugar não elegível pelo círculo de Setúbal
Sócrates diz que PS separou política e justiça no caso de Paulo Pedroso
"José Sócrates explicou hoje que a direcção do Partido Socialista separou política e justiça ao colocar Paulo Pedroso, envolvido no processo Casa Pia, como candidato a deputado por Setúbal em lugar não elegível.
"Em primeiro lugar, o PS é um partido que não esconde ou esquece a solidariedade devida em relação aos seus militantes", afirmou José Sócrates à entrada da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que esta noite irá votar as listas completas de deputados às legislativas de 20 de Fevereiro.
Segundo o líder socialista, a colocação do ex-porta-voz socialista em lugar não elegível pelo círculo eleitoral de Setúbal "foi a solução mais adequada". "O PS sabe separar aquilo que é política e aquilo que é justiça", justificou."
Tapar o sol com a peneira. E nós que julgávamos que a política e a justiça eram inseparáveis...
Deputado concorre em lugar não elegível pelo círculo de Setúbal
Sócrates diz que PS separou política e justiça no caso de Paulo Pedroso
"José Sócrates explicou hoje que a direcção do Partido Socialista separou política e justiça ao colocar Paulo Pedroso, envolvido no processo Casa Pia, como candidato a deputado por Setúbal em lugar não elegível.
"Em primeiro lugar, o PS é um partido que não esconde ou esquece a solidariedade devida em relação aos seus militantes", afirmou José Sócrates à entrada da reunião da Comissão Política Nacional do PS, que esta noite irá votar as listas completas de deputados às legislativas de 20 de Fevereiro.
Segundo o líder socialista, a colocação do ex-porta-voz socialista em lugar não elegível pelo círculo eleitoral de Setúbal "foi a solução mais adequada". "O PS sabe separar aquilo que é política e aquilo que é justiça", justificou."
Tapar o sol com a peneira. E nós que julgávamos que a política e a justiça eram inseparáveis...
Verdade para que te queremos nós
Público
Socialistas propõem comissão para apurar défice real
PS promete não recorrer a receitas extraordinárias para cumprir défice
(...)
"Ainda sobre esta matéria, o Partido Socialista anunciou que uma das primeiras medidas que irá adoptar, caso vença as eleições, será convidar o governador do Banco de Portugal para presidir a uma comissão destinada a "apurar a verdade sobre o défice orçamental"."
Quererá dizer que temos vivido com uma mentira? Mais uma comissão para empastelar...
Socialistas propõem comissão para apurar défice real
PS promete não recorrer a receitas extraordinárias para cumprir défice
(...)
"Ainda sobre esta matéria, o Partido Socialista anunciou que uma das primeiras medidas que irá adoptar, caso vença as eleições, será convidar o governador do Banco de Portugal para presidir a uma comissão destinada a "apurar a verdade sobre o défice orçamental"."
Quererá dizer que temos vivido com uma mentira? Mais uma comissão para empastelar...
quinta-feira, janeiro 06, 2005
Princípios de gestão democrática
A rotatividade democrática na Tribulandia faz-se com os mesmos políticos mudando de lugar.
Os novos regulamentos da Tribulandia
Segundo me contou o meu barbeiro, numa das igrejas mais conhecidas do Porto, entra um indivíduo à hora da missa mais concorrida e chique, dirige-se para junto de uma senhora que assistia ao acto e saca-lhe a carteira. Sai impunemente. Cá fora já não é a primeira vez que roubam carros. Resultado: contratação de seguranças privados. Noutro domingo, a missa atrasa-se. Motivo: estão a multar os carros mal aparcados.
Moral da história: pode-se roubar na igreja mas não se pode estacionar mal para assistir à missa. Assim vão os tempos na Tribulandia.
Moral da história: pode-se roubar na igreja mas não se pode estacionar mal para assistir à missa. Assim vão os tempos na Tribulandia.
Cenas da vida doméstica da Tribulandia
Isto cá em casa está um saco, como diz o meu filho. A minha querida Lurdinhas não para se me xingar. Pôs-se a ver debates com doutores e políticos e toca de me arreliar dizendo que a culpa é minha por falta de produtividade e de competitividade. Começou a achar pouco o tempo que passo na fábrica, desde as 8h00 até às 20h00, com meia hora para almoçar. Está cheia de pena do meu patrão (que já não paga impostos há anos e deve outros tantos à segurança Social, devendo milhões) e da famíla que já não trocam de Porche nem de jeep há 2 anos. Diz que eu sou um malandro e que nem jeito tenho para colar cartazes do partido dela. Que deveria chegar a casa limpinho como aqueles dotores mesmo depois de me borrar todo a consertar as máquinas velhas. Está muito triste pelo Santana (pobrezinho, tão simpático e sorridente) e por aquele comentador a quem meteram a faca nas costas e que ia para deputado. Mas o ídolo dela é aquele senhor muito bem vestido que costuma falar dos aumentos do telefone, da electricidade e da água. Não deixa de me referir o vizinho que andava na moina há anos mas que agora como presidente de junta já deu um todo-o-terreno ao filho. Até chegou a dizer que antes queria que eu fosse bicha (?) mas que sequer ao menos aparecesse na televisão. Respondi-lhe se ela queria que eu andasse aos abraços e aos beijos dos matulões que moram no bairro. Estes programas de entendidos têm-me dado cabo da vida. Ela agora pensa que é intelectual ou lá o que seja e que eu como trabalhador pouco qualificado sou o culpado de tudo. Só falta acusar-me de ser o autor do Tunami o lá que é. Agora deu-lhe para insistir para eu mandar uma mensagem para a Tv para aparecer em rodapé dos programas. Um a coisa do género: Lurdinhas - Bairro do Cacete amo-te muito e biba o glorioso. Beijos para o bébé das Micas (vizinha) e continuem a fazer o bom trabalho de sempre. Ah, e quer um telemóvel daqueles topo de gama com televisão. Como não tenho dinheiro para me divorciar, Lá vamos a mais uma sessão de violência doméstica. Tenho que me pirar pró café.
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