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Redução do Investimento Público Vai Agravar Assimetrias Regionais
Por CRISTINA FERREIRA
A redução do investimento público nas regiões portuguesas mais pobres não contribui para a convergência do território e não contrariará a actual tendência de alargamento do desequilíbrio entre as zonas mais prósperas e mais deprimidas. A riqueza produzida pela sub-região mais pobre do país, o Vale do Tâmega, correspondia, em 2002, a 29 por cento do produto gerado na Grande Lisboa, que apresentava um rendimento por pessoa de 21.000 euros, o que traduz um PIB per capita superior à média nacional de 146 por cento e de 117 por cento em relação à União Europeia já alargada a 25 países. Estes dados estão a ser trabalhados pelo Centro de Estudos Aplicados da Universidade Católica Portuguesa (UCP). O economista João Confraria, da UCP, alerta para a necessidade de esbater as disparidades territoriais, com investimento público "reprodutivo", que se articule com as necessidades locais, assegurando efeitos duradouros.
E o que respondem a isto os crentes do equílibrio natural dos mercados? Deve ser bom para os que estão na região de Lisboa e mau para os outros. E a solução destes neo-liberais que quando em aflição de causa e sem soluções viram-se para os cofres públicos? Grandes descobertas. Merecem o Prémio Nobel da "La Palisse".
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