domingo, janeiro 23, 2005

Utilidade para quem?

Público
A Traição do Pequeno Lorde
Por MÁRIO MESQUITA
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O voto útil

Ao lembrar esta possibilidade de entendimentos pontuais com o PS, o partido de Paulo Portas não anuncia, afinal, nenhum cenário radicalmente novo, visto que tal situação já se verificou na época dos governos de António Guterres, baseados numa maioria relativa. Portas reforça, deste modo, o slogan central da campanha eleitoral do seu partido: o "voto útil".
Explicada deste modo, tal utilidade apresenta-se de uma forma dupla: poderá servir, no âmbito do acordo com Santana Lopes, para viabilizar novo Governo de direita, mas, noutro cenário eleitoral, aliás mais provável, ofereceria a possibilidade de acordos à direita, evitando que Sócrates ficasse dependente apenas das forças parlamentares situadas à sua esquerda.

Todos os arranjos são possíveis para se manterem na mesa do orçamento.

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