Público
O Silêncio dos Livros
Por EDUARDO PRADO COELHO
É extremamente triste assistirmos à decadência de uma livraria. Deixam de existir novidades, os livros amarelecem nas próprias estantes, são sempre os mesmos, mas o gerente vai fazendo uma lamentável dança da morte das espécies que subsistem, com o propósito de dar uma aparência mais vistosa. Mas há editoras que deixam de enviar livros porque têm pagamentos em atraso, e os vazios, atrozes, começam a aparecer. É um salve-se quem puder - uma paisagem de naufrágio.
E não é o que está acontecendo à cultura portuguesa em geral? Essa decadência corresponde ao silêncio das almas vazias de ideais e de ética, num acomodar das novidades quotidianas.
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