Almeida Santos, ao fim de três décadas como deputado, diz ao Público no sábado que as instituições e a prática política estão desajustadas da realidade. Ele «que foi um dos principais legislador da democracia lamenta a falta de valores na sociedade e o facto de se ter perdido o "prestígio da lei".» Diz o jornal que "Com a segurança e a maturidade de quem se sabe um dos pais do regime, Almeida Santos não se inibe de apontar as causas do que pensa ser uma crise alargada nas democracias representativas."
É caso para dizer que o seu exercício de "pai" é uma autêntica frustação. E foram precisos trinta anos para se dar conta que as instituições não funcionam e que os políticos são fracos por causa dos vencimentos! Boa desculpa. E porque vão os políticos para os lugares? É muito interessante ler a entrevista toda porque ela é representativa de todo um conjunto de diletantes intelectuais, bem instalados na vida, que continuam a consubstanciar na palavra aquilo que deveria ser acção. E ainda por cima, coitados, pouco agarrados ao poder. Valha-nos Santa Engrácia!
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