Público
Portugal Sem Norte
Por LUÍS COSTA
A ampla divulgação e debate que tem suscitado o estudo sobre o poder de compra concelhio realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) não deveria ocultar o impacte mediático e político de um outro estudo, esse sim particularmente revelador e preocupante, realizado por um conjunto de investigadores da Universidade Católica Portuguesa, UCP.
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E o que revela de especialmente novo e assustador a análise realizada pela UCP? Revela, entre outras coisas, que o Norte de Portugal - essa outrora mítica região de quem mais produz e enriquece com facilidade - se encaminha para um abismo aparentemente inexorável
O que mais assusta não é a falta de atenção que os prováveis vencedores das eleições dão ao tema. O que mais preocupa é que durante dezenas de anos este agravamento das condições económicas do norte do país e, em especial, da região do Porto, não teve qualquer acção dos detentores do poder político, empresarial e institucional da região. Vêm todos constatar, de novo, as misérias e mostrar intenções para o futuro. Tudo em nome do Futebol Clube do Porto que levanta no estrangeiro a imagem do país. Mas para a criação de riqueza os espaços geográficos e sociais são outros. Parece que até lhes convém a situação. Assim se ilude o povo.
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