Público
Da Alemanha à Campanha no PS
Terminada a fase de debate na campanha à liderança do PS, dois pontos merecem ser destacados.
Primeiro, a forma aberta, plural e competitiva que a corrida eleitoral assumiu, quebrando o unanimismo que caracterizava o PS desde o embate, no início dos anos 90, entre Sampaio e Guterres. Só por si isso é muito positivo, até por contraste com o que se passa nos outros partidos, com destaque para um PSD que já foi exactamente o inverso do partido amorfo que é hoje.
(...)
A este respeito vale a pena meditar um pouco no que se está a passar na Alemanha com o partido-irmão do PS, o SPD do chanceler Schroeder. Na passada segunda-feira, o PÚBLICO editou um conjunto de artigos sobre a forma como os grandes partidos alemães (mas mais o SPD) estão a descolar do seu eleitorado. Pior: como perdem votos para partidos extremistas, de direita ou de esquerda.
O comodismo e a concordância morna no pântano político não levam a nenhum lado. Ou antes, acabam por trazer consequências graves para o funcionamento da sociedade. Aparecendo a desilusão e o abatimento colectivo, abrem-se as portas para os indesejáveis extremismos.
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