O grande problema de qualquer empresa são os custos fixos ou seja aqueles que não variam com o volume de produção. Qualquer custo por outro lado tem sempre uma componente fixa e outra variável. Varia o custo das chamada telefónicas mas não varia o custo da central e da assinatura, por exemplo. O custo das matérias primas e subsidiárias é o custo mais variável, já para não falar dos subcontratos com terceiros, ou seja produção encomendada a terceiros. Daí a razão de muitas multinacionais espalharem a produção de componentes por diversas empresas, porque a qualquer altura que o mercado entre em recessão podem facilmente suspender grande parte da produção e deixar ou outros com os problemas na mão. Durante muitos anos a maior parte das empresas internacionais considerou o custo com o pessoal como um custo fixa: a tal levava a legislação de diversos países e a força das centrais sindicais. Isto é mais complexo do que o que aqui posso escrever, nem eu pretendo instituir um curso de economia. Outros saberão mais. O que assistimos agora e no concreto no nosso país ( a mim importa-me menos o que se passa noutros lados) é pretender equiparar o trabalhdor assalariado com a matéria-prima. Com o equipamento também mas noutros aspectos.
Daí com o estafado argumento da competitividade, da globalização, da concorrência e da sobrevivência, vamos parar aos famosos entraves da lei laboral. Já não há lugar a políticas de relações humanas nem são necessárias. Os sindicatos enfraqueceram e há que aproveitar. O que me causa impressão é que estes agarrados às regalias materiais esqueceram outros aspectos importantes para defender o trabalhador, nomeadamente a preparação e evolução técnica,a mudança do sistema cultural dos seus sócios e a necessidade de ver a economia como um todo, inserida no social. Agora os aprendizes de feiticeiros, que lançam foguetes quando nos vêm explorar ( a todos, menos aos serventuários), descobriram a pólvora: mexer à vontade com os direitos adquiridos. Dirão alguns que são conceitos ultrapassados mas esquecem-se que tiveram pais e esquecem-se da dignidade humana.
Ora toca a circular que a mobilidade aumenta a famosa eficiência (não a deles). E porque não vendê-los por junto ao que der mais? Voltarei a este assunto porque penso que a ignorância já se sobrepõe à falta de humanismo.
Os resultados virão, estejam seguros e não serão de carácter social, serão de carácter económico. Não acreditam?
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