Eu gosto de teatro. Mais do que cinema. Verdade. Integro-me na peça, esqueço que conheço alguns actores, tento perceber os diálogos, sonho um pouco, interrogo-me e dou sempre por bem aplicado o tempo. A cabeça se solta e parece que viajei umas horas por um mundo real. Fui ver "A vida é cheia de som & fúria", adaptação do romance "Alta Fidelidade" de Nick Hornby, um destacado representante da literatura britânica contemporânea . A companhia brasileira SUTIL, deu um bom espectáculo que é sobre uma geração que coleccciona discos vinil, cultiva o hábito de fazer listas (de livros, de músicas, de relações amorosas ), suas paixões e separações, suas relações com os pais, ao mesmo tempo que reflecte sobre o sentido da vida e o peso da solidão. O texto baseado numa linguagem actual aparece cheio de f..., c..., p....,o que é característico do vocabulário actual jovem e não só. Penso que a "força" daquelas palavras acaba por pretender reforçar ideias e sentimentos e perde muito do impacto pejorativo ou vulgar. Um bom espectáculo, bons actores jovens e uma noite bem preenchida. A determinada altura, o actor principal referindo-se a um anúncio dum pub que frequenta, provoca-me riso. Aqui fica.
CERVEJA - Quinhentos anos ajudando pessoas feias a fazer sexo.
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