Calmamente, escuto Jacques Brel enquanto vou dando uma volta pela blogoesfera. Algum mau gosto, algumas coisas interessantes, como tudo na vida. Ao passar por um post de um blogueiro, concentro a minha atenção num post. Sorrio. O companheiro (dos blogs) escreve sobre a possível greve do SEF e entende que dá má imagem ao país, inferindo posteriormente que "depois não se queixem dos estrangeiros não investirem cá e de o desemprego aumentar". Os investidores estrangeiros não se regem por imagens nem por acontecimentos futebolísticos. Ao realizarem os seus estudos debruçam-se sobre os custos de produção (neste caso com especial incidência na mão-de-obra e sua formação para o pretendido), vantagens obtidas do ponto de vista fiscal e financeiro (subsídios e contrapartidas), possibilidade de repatriar lucros e capital (este no fim do período considerado útil), risco de perturbações sociais e nacionalizações, vias de comunicação, etc... Os dirigentes dos países que negoceiam com eles têm que estar cientes destas e de outras premissas, e saber defender os intereses do seu povo, sabendo que na despedida não há lugar para choramingas nem abraços. Se não o fazem são incompetentes. E a culpa dos trabalhadores já cansa. Os generais têm que ser capazes de liderar. É, o mundo dos negócios é duro e não tem nada de emoções, fado e vida de cigarra.
Brel canta "Madeleine" e será eterno. Não se contentou com pimbas. Vou dormir.
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