Luísa é licenciada e trabalha numa empresa com sérias dificuldades económicas e financeiras. Tenta mudar e responde a inúmeros anúncios. Sempre sem resposta, diz. Casada, já com os seus trintas e tais diz que nesta situação não pode ter filhos. O ordenado vem atrasado meses e o do marido não chega para essa aventura da vida: dar à luz um rebento novo. Diz que o facto de não ter já filhos a prejudica: ninguém quer uma profissional que pode engravidar. De onde teriam vindo os que a não querem empregar? Parto espontáneo ou clonagem? São certamente filhos de outras mães. Possivelmente andam por aí a falar de solidariedade social ou de irmandade cristã.
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