terça-feira, outubro 19, 2004

A encenação desportiva na Tribulandia

As trompetas cedo tocaram: por causa da falta de bilhetes. As falanges vermelhas estariam em vantagem. Vamos não vamos? Aparece secretário de estado. Tudo garantido. A polícia que falta no quotidiano sobra nos dias de jogo. E lá vêm os comunicados. Jogo só a pagar. Antes do começo, mais pareciam os preparativos para a chegada dos bárbaros. Mil, dois mil, três mil afoitos guerreiros dos slogans e da chapada são contidos com dificuldade pela autoridades. Insultos, bandeiras e a namorada do chefe dos Hunos à frente, heroicamente. Jogo cheio de erros. Propositados ou inocentes? Sabe-se lá. Final: conferência de imprensa. Únicos decentes os treinadores que por acaso não são da Tribulandia. O chefe dos Vikings e o seu acessor para as questões marítimas começam o insulto pessoal. E prometem não ficar por ali. O chefe dos Hunos, gravata desapertada quer falar. Alguns não querem que ele fale. Silenciam os microfones. Volta o chefe Viking dos àguias. Que tem mais para falar. Mais insultos pessoais? O chiqueiro já não aguenta mais porcaria: deita por fora.
Chamam a isto exemplo desportivo? Ah, ah, ah.

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