Uma noite de Natal em paz. Um esquecer do que se passou antes e uma esperança para o futuro. Um espírito que se renova a cada ano, mesmo que a realidade piore, dia a dia. Eis o milagre do Natal. Por breves horas, um sentimento de tranquilidade e um desejo de perdão. Também um dia de recolhimento, em família, essa instituição tão depedrada nos tempos modernos ( à Charlie Chaplin). Passeio pelas ruas desertas que me parecem mais interessantes do que nos momentos de correria. Imagino como poderia ser um pouco melhor o dia a dia. O meu pensamento diz-me que me iludo e que tudo voltará: egoísmo, maldade, frustação, sofrimento e dor, mas sinto, ao mesmmo tempo, que só a ignorância é mãe da maldade e que essa pode ser combatida. Melhorando o ensino, defendendo a saúde, eliminando, pouco a pouco, as situações aberrantes de pobreza material e mental, deixando de adorar cegamente o bezerro de ouro que nos envenena a todos e, embora não querendo impossiveis, esperar que os que detêm as rédeas do poder (económico e político) se abstraiam de olhar para a própria barriga e tratem de conseguir a imortalidade, não através do frio betão e de festivais, mas levando com a sua acção os demais para caminhos melhores. Verão, talvez, que um sorriso na face de outro ser humano pode ser mais compensador do que atingir os 200km por hora, tomar uma bebedeira numa “boite de luxo” ou usar uma marca de calças para se distinguirem de milhares iguais.
O verdadeiro Papa disse que se derrama demasiado sangue na humanidade. Nada mais certo. E se Cristo não estiver disposto a voltar à Terra par salvar a humanidade? E se Deus resolver castigar o homem por não saber usar a liberdade e discernimento que lhe deu?
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