Na Tribulandia é muito complicado acordar. Depois de uns sonhos mais ou menos agradáveis, entre um café e um banho, liga-se o rádio para animar a ainda presente sonolência. De vez em quando um fórum. Interessantes os temas, muitas vezes, mas levando-nos à triste realidade, mesmo antes de pormos o pé fora de casa. Hoje o tema era a nomeação do novo Comandante da Brigada de Trânsito. Algumas interessantes intervenções ( prova de que a inteligência ainda anda por aí distribuída) mas muito más notícias. Desde as promessas não cumpridas nas eleições, passando pela resolução casuística das situações, falta de meios de defesa das polícias, corrupcções generalizadas, civilismos exagerados, adiamento de resoluções por parte de ministros, clima de insegurança, agentes que são baleados com armamento superior, etc., etc....
Antigamente, tínhamos uma polícia autoritária e trataram de a desautorizar. Em nome de um democraticismo cego, toca a fazer os agentes pagar as fardas rotas e os consertos dos automóveis (dizem?), toca de os retirar da rua, toca de levantar inquéritos por tudo e por nada, toca de os motorizar e concentrar(?), toca de os por a caçar multas e pior do que isso a fazer vista grossa, em algumas situações. De repente, quisemos ter uma polícia britânica em 24 horas. Só que já a vi actuar e perante más atitudes reagem (e bem)) sem grandes hesitações. Parece que também foi feito um esforço para aumentar o nível de habilitações mas a nível geral a sensação é de pouco apoio ao pacato cidadão. Esta mudança de actuação só aconteceu na polícia? E nas escolas onde muitos professores são enxovalhados e têm medo de dar aulas? E nos balneários onde se festejam vitórias? E no trânsito citadino?
O problema é que grande parte da nossa sociedade deixou de respeitar o outro. E como sempre passamos do oito ao oitenta. Ou socialismo já ou capitalismo selvagem. Nada de meios termos. Ou autoritarismo cego ou mandamos todos, e em tudo. Impávidos e serenos, vamos assistindo a um fenómeno de desagregação social cujas consequências não são dificeis de prever. Já agora, continuem a tirar verbas às escolas para reduzir o nível de educação e civismo. Invistam antes em cimento.
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