sexta-feira, março 04, 2005

Uma cidade decadente com alguns impulsos pelo meio

JN
10 ANOS
"O que seria das pessoas sem o Coliseu do Porto?"

arquivo jn
Manifestação de 1995 foi uma das maiores de sempre a favor de uma causa cultural

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"Foi uma luta cívica ímpar, porque as pessoas se reviram naquele crime", reflecte, à distância, Pedro Abrunhosa. "Mas foi possível porque o então presidente da Câmara, Fernando Gomes, foi rápido a reagir. Não sei se hoje, a mesma situação, suscitaria a mesma sensibilidade no presidente Rui Rio".
O autor de "Tudo o que eu te dou" revê criticamente a cidade "Temos assistido a uma série de atentados. Há locais em risco. Porque é que ninguém faz nada pelo Batalha? Porque é que o Porto era mais vivo há dez anos? Porque é que a cidade perdeu a força cultural e ficou cinzenta? Se fosse hoje", teme, "não sei o que seria do Coliseu. É uma incógnita."

São meritórios os impulsos por causas meritórias. Mas o que tem acontecido de há anos para cá? Uma degradação contínua. E como a cidade está muito cinzenta, e não aparece o cinzento na televisão, não temos ninguém acorrentado ao Batalha, ao Águia de Ouro ou aos locais onde as pessoas conviviam e davam vida à cidade.

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