Num colóquio realizado acerca da última obra de José Saramago, "Ensaio sobre a Lucidez" e em que participaram diversos convidados, nomeadamente Mário Soares e Rebelo de Sousa,aquele Nobel teria aconselhado o voto em branco, nas próximas eleições, como manifestação de descontentamento com os políticos que temos na Tribulândia. Teria dito ainda que esta democracia não existe e que os políticos estivessem atentos porque um dia os cidadãos acabariam por perder a paciência. Mário Soares apontou que a alternativa seria mais democracia.
Isto refelecte bem o estado a que chegamos. Os aprendizes de feiticeiro continuam a brincar com o nosso futuro como povo, reservando para si a tal dita de "democracia". Ela só existe no dia de votar, depois esquecem-se dos eleitores e fazem durante o mandato o que bem lhes apetece, muitas vezes com total incompetência e a seu próprio favor. E mesmo, no dia de votar, sérias dúvidas se pôem sobre este exercício de cidadania. Vota-se no símbolo (seta, mão, foice) e não em pessoas ou projectos concretos, sabendo bem a influência que os media têm em muitos eleitores incultos e analfabetos, para já não falar dos apoios financeiros (zona nebulosa). De facto, ao votar sentimo-nos, logo á partida, enganados e espoliados. A solução? Esperar que esta camada de políticos seja corrida, e que apareça uma nova geração com mais valores e mais devotada à causa pública.
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