Toca o telefone. Do lado de lá, uma senhora pergunta-me se sou o assinante do telefone. Que eu fui seleccionado para escolher entre diversos electrodomésticos. Depois diversas perguntas: se vivo com a minha mulher; se ela está, etc.Respondo, dizendo que já são perguntas a mais e que não estou interessado. Normalmente, à hora que telefonam a minha mulher está no hipismo e eu a jogar golfe no meu relvado privativo ( green para os intelectuais).
Outras vezes é para me oferecerem bilhetes para o Euro. E é por isso que eu estou vendo que a Tribulandia é um paraíso de ofertas, não só pelo telefone. Pelos mais variados meios, as ofertas de bilhetes para o Euro, chovem a toda a hora: cartões de crédito (descontos), gasolinas, bancos, fábricas diversas e um nunca acabar. Todos irmanados no sonho nacional. Só a oferecer emprego é que eles não aparecem, que bem jeito dava a muita gente que conheço. A continuar assim, ainda me vai acontecer que quando for à peixeira, ela me vai dizer: - Ó freguês, se levar este cherne fresquíssimo, ofereço-lhe dois bilhetes para a final. Mas como o cherne anda caro, vou esperar mais uns tempos e ainda arranjo os bilhetes oferecidos pelo correio quando for comprar selos. Afinal, eu também pago parte da festa. Eu e muitos mais. Coisas.
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