quinta-feira, março 18, 2004

Os comentadores de retaguarda da Tribulandia

Segundo o ilustre iluminado JPP, no "Público", "O que os terroristas querem saber é que da bomba resultou a fragilização do eixo europeu mais ligado aos EUA, o reforço do eixo franco-alemão, ou até a junção de Madrid à ligação Paris-Berlim-Moscovo e a consequente perturbação na coligação do Iraque. O que me interessa não é a análise espanhola, ou europeia, ou americana, é a análise da Al-Qaeda". Mais adiante, no artigo, JPP não se coíbe de dar conselhos à oposição: "Ora, o pior que poderia acontecer a Portugal e à Europa era termos Zapateros portugueses a acalentar uma nova forma de derrotismo, que é a melhor maneira de apelar às bombas.". Se não viesse donde veio o artigo, eu teria desatado à gargalhada. Primeiro o JPP fala muito em eixos o que me traz tristes memórias, na Europa. E como ele sabe muito de história e de grego, deve perceber. Depois admira-me que ele consiga analisar a Al-Qaeda, a menos que se meta a viajar à procura dos núcleos de terroristas existentes por esse mundo, qual peregrino em busca do fanatismo e que o seu gosto pela guerra o ajude a perceber aquele tipo de mentalidade.. Depois atreve-se a chamar imbecis aos nossos vizinhos alinhando na história que ele ganhou as eleições por causa das bombas em Madrid! Parece-me que o que lê, em grego, não é parecido com as análises de diversos jornais estrangeiros. E quem não é pela guerra é contra nós (onde já ouvi isto?). Termina bombástico: É guerra , é guerra. Ainda gostava de saber as guerras onde ele andou a combater.Porque não se oferece como voluntário para o Iraque? Estes descendentes mentais do maoísmo sempre me arrepiaram a pele. Que estariam agora a escrever se não tivesse vencido a democracia na Tribulandia?

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