Foram impressionantes as manisfestações espanholas na sequência do massacre de Madrid. Milhões de pessoas, debaixo de chuva intensa, mostrando a cara e a sua indignação pela perda de 200 pessoas (até agora). Unidas pelo desgosto mostraram ao mundo o repúdio pela violência. Estivemos com eles.
Falando com algumas pessoas e vendo o blog Jóias da Coroa duas questões derivadas do trágico acontecimento se levantam: o aproveitamento político da moção suscitada e a atribuição de culpas. Parece-me profundamente errado transportar para as eleições de domingo as consequências do atentado, porque, fundamentalmente, não é de acreditar que qualquer dos principais partidos, com possibilidades de ganhar as eleições, não repudie e não se disponha a combater este tipo de acções e a proteger os seus cidadãos. Votar é um acto pensado e não uma emoção. Segundo porque não me parece que qualquer partido decente procure tirar partido duma desgraça deste tipo.Aguardemos a prova de maturidade que estou seguro vai aparecer em Espanha.
A segunda questão refere-se ao imediatismo da atribuição de culpas. Há que investigar e não apontar o dedo ao primeiro que nos surge à cabeça. A democracia e os seus princípios assim o exigem para sua dignificação.
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