segunda-feira, março 22, 2004

O espítito da Morte e a resistência da Vida

Há dias um massacre. Hoje um assassinato . Alguns chamam-lhe assassinato extrajudicial. Desconheço o que será um assassinato judicial. Não me passa pela cabeça ver um juiz ordenar um assasinato. Duma forma mais ou menos explícita, este acto também é condenado no Ocidente, desde acto irreflectido até ao tal assassinato extrajudicial. O espírito da Morte encarna nas mais diversas situações e procura a parte mais irracional do homem para o levar, por diversas palavras e formas, a comportamentos que se traduzem num exercício de poder absoluto, pestilento, que deixa marcas de sofrimento em toda a humanidade (mesmo os que não são afastados pela ceifadora da Vida). Estamos, certamente, a assistir a um crescendo desta forma de não encarar a Vida como o bem mais precioso que Deus nos deu.Em nome das mais variadas razões, com valores ou sem valores, o espírito da destruição passeia-se, diante dos nossos olhos. Pena que seja assim que o homem resolve os seus conflictos, destruindo e auto-destruindo, porque no final, acabará reconhecendo que foi um erro e, independentemente da sua vontade e orgulho, a Vida vencerá, naturalmente. Vinte e um séculos parece que ainda é pouco tempo.

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