Segundo o Público, a Comissão Nacional de Justiça e Paz (CNJP), critica fortemente a forma como, no discurso político, a crise económica é apresentada como uma "inevitibilidade, mas esquecendo as vítimas da crise, descurando aspectos como as políticas públicas e o apoio social".
"No entender de Manuela Silva (mulher notável, nota minha), esta situação "se não acordarmos a tempo para a exclusão e as grandes desigualdades", pode levar as sociedades a entrar "num plano inclinado de tensão, conflito e violência".
Eis aqui uma posição que merece o nosso inteiro acordo, porque vai muito para além do imediato e significa a posição de uma corrente convencer humanista que nos pode levar a refectir seriamente sobre o tema. A tecnocracia bem procura impor as suas regras analíticas mas não consegue convencer os verdadeiros técnicos e especialistas, mesmo de origem económica, que sabem que a Economia não é um ente abstracto nem uma ciência exacta, fria e cujos números são o seu único breviário. Assim nos distinguimos dos autómatos ao serviço dos cifrões anónimos.
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