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Agricultores citadinos sem medo das enxadas
Acção Portuenses plantam verduras e partilham experiências nas hortas municipais, que ajudam a poupar dinheiro Há mais 25 talhões em Lordelo
Carla Sofia Luz
As mãos citadinas já se habituaram à enxada e até a dor nas costas desapareceu. O estreante Alexandre Muge não dispensa a visita matinal ao pequeno talhão na horta comunitária de Aldoar, no Porto. Serve para enganar as horas passadas sem trabalho e ajuda a encher o tacho da sopa. O sabor das hortaliças é, garante Alexandre, bem melhor.
A exígua parcela de terreno nas traseiras da escola de Aldoar parece que tem sempre espaço para mais verduras. Não há área desaproveitada. Cenouras, batatas, pencas, alfaces, repolhos e ervilhas crescem no pequeno talhão. Os vizinhos de bairro são, também, colegas na tarefa de agricultores do acaso. Ali, com o cheiro da terra molhada, trocam receitas, ajuda e sementes.
Eis um verdadeiro fenómeno da evolução da economia próspera do Porto: o retorno ao sector da agricultura. Agora já entendemos o cheiro a cebola de muitos autocarros.
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