Público
Intelectuais, Democracia e Socialismo
Por EDUARDO LOURENÇO
Há trinta anos, o Partido Socialista é, quase por autonomásia, a encarnação da democracia em Portugal. Por culpa própria, em parte, os portugueses já se esqueceram disso. De algum modo, esse é também o maior elogio que se pode fazer ao antigo partido de Mário Soares e Zenha: ser "democrático", já não denota nada, como era o caso nos primeiros cinco anos após o 25 de Abril. Nasce-se democrático como se nasce português e este registo de nascimento parece passado directamente no céu democrático. Não o é.
É de facto o único elogio que se pode fazer de um partido que enveredou pela terceira via (?) e que pouco se distingue do seu principal rival nas cadeiras do poder.
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