terça-feira, fevereiro 22, 2005

Novo és, velho serás ( por muito que o tentes esquecer)

Em nome duma chamada competitividade que tarda em aparecer por falta de gestores capazes e não de trabalhadores indiferenciados, têm sido constants os ataques ao serviço público da segurança social, não para o melhorar mas pura e simplesmente para o transformarem num negócio rendoso para alguns amigos. Os argumentos são vários e capciosos, dirigidos sobretudo aos ignorantes na matéria económica, indo desde a catástrofe do seu desaparecimento até ao elogio descarado da sua privatização como se o que não é possível dar lucro no sector público dê lucro no sector privado! Vem agora mais um acólito da desgraça (antigo secretário do guterrismo: um chuchialista!) escrever um grosso livro sobre uma chamada "conspiração grisalha" contra as gerações mais novas liderada pelos trabalhadores mais velhos, com idades superiores a 50 anos, que preferem ignorar as alterações demográficas e tecnológicas e perder os seus privilégios!
O assunto presta-se a uma mais profunda análise mas algumas questões simples se põem desde já: quem criou estes indivíduos e lhes deu condições de chegarem à idade adulta?; quem lhes deixou um ambiente económico e patrimonial que lhes permite passear os jeeps?; quem inventou as reformas antecipadas?; quem tem gasto estupidamente os fundos públicos em submarinos e construções de cimento, mais ou menos inúteis? quem vem destruindo as empresas com a sua falta de conhecimentos e de iniciativa empresarial?
Voltaremos ao assunto com um pouco mais de profundidade mas desde já lembramos a estes senhores a história do velho, do filho e da manta que também lhes pode vir a servir a eles na sua velhice.

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