Público
Do rol de acusados também consta a mulher do antigo presidente do Vitória
Pimenta Machado acusado de peculato por alegada apropriação de 820 mil euros
António Arnaldo Mesquita
O Departamento Central de Investigação e de Acção Penal (DCIAP) do Ministério Público acusou ontem António Pimenta Machado, ex-presidente do Vitória de Guimarães, de quatro crimes de peculato e dois de falsificação de documento. Do rol de acusados constam ainda a sua mulher, por co-autoria numa alegada apropriação de cerca de 820 mil euros, e ainda João Vale Azevedo, ex-presidente do Benfica, por dois crimes de falsificação de documento.
(...)
Nas buscas efectuadas à sede do Vitória de Guimarães e ao domicílio de Pimenta Machado, os investigadores confiscaram documentação que indiciaria a existência de contratos paralelos do clube minhoto com vários atletas. A administração fiscal, por
seu turno, acabaria por fornecer aos investigadores as conclusões de uma inspecção feita às contas do Guimarães, em que terá detectado alegadas ilicitudes relacionadas com negócios de jogadores. O clube viria a ser intimado a pagar uma multa superior a 200 mil euros às finanças.
O titular do inquérito acabaria por arquivar, por já ter prescrito, um crime de usurpação de funções supostamente cometido por Pimenta Machado. O arguido alegou ser advogado e/ou licenciado em Direito nos documentos em que requereu a emissão do bilhete de identidade. O ilícito resultaria do facto do ex-dirigente vimaranense não ter concluído aquele curso superior.
Mais um episódio da telenovela quem apita teu amigo é. E ele é cada apitadela. Paraísos fiscais, falsificação documentos e cursos tirados por um canudo. Será ele o único nesse reino maravilhoso do que parece é?
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